LETRAS EM FOCO

Regina Michelli (UERJ)

Educar não diz somente transmitir conhecimentos ou soluções culturais acumuladas. Educar, em seu sentido originário e radical diz EX- para fora e DUCERE conduzir. Logo, educar é conduzir para fora o ser humano e não levar para dentro conhecimentos externos. (...) É fazer desabrochar em plenitude cada ser humano.

Francisca Nóbrega e Manuel Antônio de Castro*

Letras em Foco foi o nome proposto por alguns alunos para a “Semana de Letras” da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Pensar Letras em Foco significa lançar um breve olhar à Educação brasileira, a fim de que se tenha clareza ao estabelecer as metas norteadoras dessa semana.

O desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem pressupõe específicas relações entre os diferentes segmentos integrantes desse processo - como direção, professores, alunos -, relações que também se modificam ao longo do tempo. O primeiro momento de um ensino sistematizado em nosso país abrange a atuação dos jesuítas da Companhia de Jesus durante um longo período que se inicia em 1549 e termina em 1759, época do absolutismo monárquico. O ensino visava à catequese dos indígenas e ao desenvolvimento humanista do homem integrante da elite colonial. A Educação, caracterizada por uma Pedagogia tradicional de linha religiosa, considera o homem, ser criado à imagem e semelhança de Deus, como universal, sem atender as diferenças de personalidade. Isto significa que o conhecimento enciclopédico e geral transmitido na metrópole deveria ser o mesmo para a elite na colônia, alheio às especificidades locais. Se o homem é constituído por uma essência universal e imutável (visão essencialista), o ensino pode permanecer o mesmo, indiferente às variáveis de espaço e tempo; o objetivo era atualizar as capacidades da pessoa humana, de maneira a possibilitá-la a receber a luz da fé, a salvar sua alma [1]. O ensino jesuítico priorizava a memória, a aceitação passiva dos conhecimentos acumulados, a obediência, rejeitando a reflexão crítica, o questionamento, a curiosidade.. O Ratio Studiorum, compêndio de Pedagogia, prescrevia a metodologia a ser desenvolvida com os alunos, essencialmente intelectiva: estudo privado sob as diretrizes do professor (matéria, método e horário); aulas expositivas com as sabatinas; repetição, com vistas à memorização; desafio, estímulo à competição; disputa semanal e anual, espécie de defesa de tese. A relação entre o mestre e o discípulo é a mais distanciada possível, sendo o primeiro o detentor de um saber inquestionável, afastado da realidade circundante. No que diz respeito à catequese dos indígenas, o quadro parece um pouco diferente, pois o jesuíta, para falar com o índio, teve que aprender a língua indígena, que acabou por integrar o currículo educacional jesuítico:

Assim, ao mesmo tempo que mestre, o padre da Companhia de Jesus também se fazia discípulo do curumim, estabelecendo e vivendo o método direto, em que estudante e professor aprendem a língua pelo convívio e conversas de um com o outro.[2]

O fim do absolutismo coincide com a ascensão da burguesia, ocasionando a laicização da cultura (que se afasta da influência religiosa). O Iluminismo francês alarga os horizontes trazendo o culto à Ciência, à razão, ao progresso. É desta época a criação da Sociedade Real de Londres, importante centro de investigação científica. Em Portugal, Luís Antonio Verney publicou o Verdadeiro método de estudar, criticando as instituições pedagógicas tradicionais, de base escolástica jesuítica, propondo um ensino voltado para as ciências. O Marquês de Pombal implantou uma série de mudanças: expulsou os jesuítas em 1759, submeteu a Santa Inquisição e a censura ao poder real, contratou o pedagogo Antonio Nunes Ribeiro Sanches e facilitou a contratação de "professores estrangeiros" leigos, o que na realidade foi um retrocesso. No Brasil, as idéias iluministas se instauram em meados de 1870, ocasionando o afastamento da esfera religiosa, passando o Estado a gerenciar o ensino público. O que se observa, entretanto, é o abandono em que ficou relegada a colônia, no campo educacional, após a saída dos jesuítas. O ensino torna-se cada vez mais distante da realidade brasileira, aristocratizando-se em função da metrópole: passam a estudar apenas os que querem se tornar padres, militares ou os que querem bacharelar-se em Coimbra, formando-se doutores em Direito ou em Medicina. A chegada de D. João VI em 1808 vai trazer benéficas mudanças educacionais, devido à criação de escolas que formassem profissionais indispensáveis à sobrevivência da corte no Brasil, que necessitava de oficiais, médicos e engenheiros.

O final do século é marcado por inúmeras transformações como a abolição da escravatura e a proclamação da república. O espírito positivista, baseado nas idéias de Augusto Comte, orienta as reformas de Benjamim Constant: a Educação objetiva consolidar a ideologia burguesa, voltada para a valorização do trabalho e, com os pais ausentes de casa, caberá ao Estado ocupar-se da educação da criança. A Pedagogia Tradicional atualiza a visão essencialista do homem presente no pensamento jesuítico, mas adere a idéia de racionalidade da natureza humana à origem divina. Neste tipo de Educação privilegia-se a figura do professor, aquele que detém o saber (verdade universal, conhecimento estático) acumulado pela sociedade e que será transmitido ao aluno, passivo receptáculo cuja eficiência na profissão futura depende da posse desse conhecimento que lhe é externo. A ênfase recai, em todos os campos do saber, nos modelos pré-estabelecidos, cabendo ao aluno armazenar as informações recebidas, devidamente instruído pelo professor. É um ensino que se preocupa com a variedade e quantidade do conteúdo, em detrimento do pensar reflexivo; ao verbalismo do mestre deve corresponder o silêncio, a atenção e a memorização do aprendiz. A relação professor-aluno se desenvolve de forma hierarquizada e vertical: o primeiro detém o saber e a metodologia inerente à sua transmissão; o segundo deve reproduzir esses conteúdos, preservando o patrimônio cultural, momento em que se verifica se a aprendizagem foi realmente efetiva. A Didática, nesta concepção, prioriza a dimensão intelectual, a exploração racional dos conteúdos, negligenciando as relações psicossociais. Afasta-se também da política social, como se a escola fosse uma ilha com existência autônoma. Os currículos acentuam o ensino humanístico-literário, mantendo-se desligados do cotidiano do aluno e de sua realidade social.

A década de 1920-1930 foi decisiva para a desaristocratização do ensino, buscando a socialização do educando e da escola, não, porém, da Educação brasileira em seu aspecto abrangente [3]. Em 1932 é lançado o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, objetivando fundamentar a Didática sobre bases técnicas, de acordo com o método científico e os pressupostos da Psicologia e da Pedagogia, conjugando-os muitas vezes. O Manifesto orienta que a escola, em todos os níveis, deve levar à formação da personalidade integral do aluno e ao desenvolvimento de sua faculdade produtora e de seu poder criador [4] através da aquisição ativa de conhecimentos, desenvolvendo-se o espírito de pesquisa. Os currículos passam a considerar as características psicológicas e a experiência do aluno como eixo do processo curricular. A visão de homem define-se pela existência, pela vida, pela atividade. A Educação passa a ser vista como um processo, levando em conta o aspecto psicológico, a teoria e a prática, o conhecimento como resultado direto da experiência. A valorização da criança – o professor auxilia seu desenvolvimento sem estar no centro do processo – alia-se à busca da democratização do ensino, que não se efetiva na prática pelas diferenças de classe. Um aspecto negativo da Escola Nova é não observar o contexto social, político e econômico em que a Educação inevitavelmente se insere; os problemas restringem-se ao âmbito da escola cuja proposta é ensinar bem, ainda que se direcionando a uma minoria.

O período de 1945 a 1960, centrado nos princípio da democracia liberal, assinala, ao fim, duas tendências principais, a populista, com base na participação dos setores populares aliados aos empresários contra as oligarquias, e a antipopulista. A Educação oscila entre essas duas forças. Começam a existir confrontos entre a escola particular e a pública e as escolas católicas buscam novos caminhos com o método de Maria Montessori e Lubienska. A orientação para o trabalho, a melhoria de ensino no antigo Curso Normal e a tendência tecnicista importada dos Estados Unidos difundem-se nessa época. Sos a influência do liberalismo e pragmatismo reinantes, defende-se o ideário renovador da Escola Nova adequando-o ao tecnicismo emergente. Os processos metodológicos continuam a ser mais importantes que a aquisição do conhecimento, mantendo-se a Educação ainda afastada do contexto político-social.

O período pós-1964, com a instalação dos governos militares, alterou profundamente o campo educacional, acentuando-se a crise entre a Pedagogia Nova e a Tecnicista. Interessava ao governo o desenvolvimento sócio-econômico do país. Cabe à Educação acelerar esse processo objetivando uma organização curricular voltada para a sociedade técnico-industrial, com vistas à preparação de indivíduos competentes para o mercado de trabalho, espécie de produto final a ser alcançado segundo estratégias didaticamente definidas. Segundo essa vertente da tecnologia educacional, há a preocupação com a eficácia e a eficiência do processo ensino-aprendizagem, com o condicionamento às respostas que se deseja obter. O professor transforma-se num técnico a seguir receitas de bolo pré-determinadas. Professor e aluno têm suas condutas completamente definidas quanto aos objetivos, estratégias e momento da aprendizagem, sendo a relação pautada por essas mesmas normas. O processo está preso a um currículo pronto, fechado, cabendo ao professor cumprir o que lhe está determinado e ao aluno aprender esses conteúdos a fim de adquirir a competência necessária ao desempenho de suas funções futuras.

A partir de 1974 tem início a abertura política e a conseqüente possibilidade de uma crítica da educação destacando seus aspectos sociais, porém com a função de reproduzir as condições sociais vigentes. O foco desloca-se para os aspectos político-sociais em detrimento dos didático-pedagógicos, comprometendo o próprio papel da Educação, que passa a analisar seu conteúdo ideológico esquecendo suas especificidades teóricas. Se por um lado esta teoria crítico-reprodutivista intensifica uma postura pessimista com relação à importância da Didática na formação do futuro professor, já que ela se acha tão contaminada pela ideologia vigente, por outro, faz com que os professores revejam a sua prática pedagógica desenvolvendo uma atitude crítica estimulada pelos alunos.

O ensino atual compreende o período pós-1980, marcado pelo fim da ditadura e instalação do governo civil, desenvolvendo-se a concepção dialética ou crítica da Educação. Fundamenta-se no trabalho com o ser homem concreto e sua realização em sociedade, tendo em vista o amanhã. A prática educativa visa à formação do homem, descentrando-se do professor ou do aluno. Voltada para as classes menos favorecidas, a escola deixa de reproduzir a dominação vigente na sociedade, abandonando uma visão maniqueísta. Sob influência do pensador italiano Antonio Gramsci, desenvolve-se o enfoque da crítica social dos conteúdos; discute-se o compromisso da escola com a transmissão do saber, objetivando instrumentalizar as classes trabalhadoras para que compreendam a realidade histórica em que estão inseridas; à escola cabe ministrar um ensino de qualidade cujos conteúdos estejam ligados à sua significação humana e social, oportunizando a apropriação desses conteúdos que garantirá aos alunos a transformação de suas vidas e da sociedade em que vivem. Neste enfoque, a relação professor-aluno passa pela participação ativa do segundo, cuja bagagem cultural é levada em consideração no processo ensino-aprendizagem. A Pedagogia Crítica amplia os horizontes do professor, politizando-o, tornando-o consciente da ideologia que subjaz ao conhecimento e à prática educativa, condição que, aliada à visão das contradições inerentes ao dinamismo da sala de aula, oportuniza a construção de uma escola mais dinâmica, preocupada com a construção do conhecimento. A Doutora Balina Bello Lima acena com uma Ampla Didática, caracterizada pela valorização de uma atitude docente centrada na troca, na relação amorosa entre professor e aluno, abdicando de fórmulas e receitas apriorísticas e de uma Didática meramente tecnicista. Propõe a prática da criatividade, que define como a atitude ou capacidade de assumir com ousada alegria até mesmo a possibilidade de errar [5], permitindo que o novo, o risco e o ilógico se instaurem, preparando melhor o homem de amanhã. A memorização de conteúdos cede terreno à produção, incentivando a divergência, a crítica, a dúvida, o erro provisório. Não é necessário que o professor seja criativo, basta que seja sensível, flexível, receptivo e que estimule a criatividade de seus alunos através de atividades que fujam do óbvio, do senso comum. Na definição da autora citada, o professor criativo é uno e variado; tem grande capacidade de relacionamento com educandos e com o mundo em geral. É sensível, flexível, ousado, independente. Um tanto mestre, um pouco poeta, é por vezes deliciosamente “maluco”. Encara o erro com a mesma naturalidade do acerto e por isso não o teme: inventa caminhos para remediá-lo. De quando em quando é malvisto ou malquisto por colegas bem diferentes dele, ou por supervisores medíocres.[6]

O aluno criativo é o que gosta de desafios e enfrenta riscos, dá respostas inusitadas e subverte as convenções, necessitando de um professor que o ajude a lidar com essa criatividade que o torna, às vezes, diferente dos demais: Cada aluno precisa-aprender a expressar seu mundo, expressar-se no mundo, atuar sobre ele e transformá-lo numa reconstrução positiva e permanente [7].

Uma proposta pedagógica atual não pode, por conseguinte, abdicar da relação afetiva entre professor e aluno. Escutar e recordar devem oferecer espaço à imaginação e à fantasia, ao pensamento criativo e crítico, capaz de transformar os estreitos horizontes da sociedade (e talvez relegado a segundo plano justamente por ameaçar a ordem estabelecida). Gianni Rodari alerta que Em nossas escolas, de um modo geral, se ri muito pouco. A idéia de que a educação deve ser uma coisa tétrica está entre as mais difíceis de combater[8]. O ludismo e o prazer devem freqüentar os bancos escolares, abastecendo a criança com uma provisão de otimismo e confiança para seguir a vida. E, depois, não vamos menosprezar o valor educativo da utopia [9]. Como escreve Ruth Rocha, o objetivo do verdadeiro educador deve ser um só: educar pessoas que possam mudar esse mundo tão voltado para coisas sem nenhuma importância, tão esquecido da felicidade de todos, tão cheio de injustiças! [10]

A escola deve constituir-se também como espaço criado para a transmissão, a partilha e a reflexão de um saber historicamente acumulado, oportunizando uma postura crítica e criativa que se contraponha aos estereótipos e ao conhecimento imposto e imutável. O desejo de uma sociedade mais justa passa necessariamente por uma escola de qualidade e democrática, que propiciará uma mudança diante da vida ao trazer as diferenças sociais e culturais para dentro da escola, analisando as contradições existentes, e ao proporcionar o acesso ao conhecimento à grande maioria da população.

Pensar Letras em Foco significa, portanto, articular, essencialmente, o saber e o homem, o conhecimento e os seres com ele envolvidos.

O que se pretende com o saber? Impossível pensarmos que, na universidade, continua a ser monopólio de poucos, detentores da palavra e da verdade. Há muito que se deixou de considerar o aluno – a criança – como uma tábula rasa em que o magister imprime os seus conhecimentos. Aprendizagem envolve interação, exige efetiva troca dos saberes que circulam numa sala de aula, que transitam pelo espaço acadêmico, espaço reservado à fala de alunos e professores.

Começamos a pensar em outra questão envolvendo o saber. Como esse saber deve ser partilhado, vivido no âmbito universitário? É inquestionável que há conhecimentos a serem transmitidos, embora a nossa preocupação ultrapasse a idéia de uma mera transmissão de conhecimentos e esteja centrada no processo de aprendizagem. As estratégias para a aprendizagem desse conhecimento culturalmente acumulado pelo homem – e que não deve se perder – requerem uma certa atenção. O encontro de Letras da FFP foi pensado como um espaço para a dinamização de atividades que ultrapassem os estreitos limites da sala de aula, aprimorando a formação acadêmica e profissional de alunos e professores.

Aportamos ao segundo elemento citado: o humano. Falamos, basicamente, de alunos e professores e suas organizações administrativas, o Centro Acadêmico e o Departamento de Letras, embora existam outras pessoas envolvidas, participantes externos à unidade. Acreditamos estar fadado ao insucesso qualquer atividade acadêmica que não envolva o aluno, ainda que essa atividade tenha sido pensada para ele. O que vemos, quando isso acontece, são salas vazias, por inúmeras razões que não nos interessa analisar neste momento. Letras em Foco partiu da necessidade de uma ação integradora que efetivamente espelhasse os trabalhos desenvolvidos por docentes e discentes ao longo do semestre, ponto de culminância das atividades acadêmico-culturais do Departamento. Os professores da instituição têm assim a oportunidade de apresentar suas pesquisas, além de coordenar a apresentação dos melhores trabalhos produzidos pelos alunos no semestre, embora a apresentação destes não esteja restrita à seleção dos professores e nem as palestras ao corpo docente da instituição: o encontro está aberto a professores convidados e a pessoas interessadas. Um dos objetivos, portanto, de Letras em Foco é incentivar a produção acadêmica de qualidade, a divulgação e, se possível, a publicação desse saber, o que não é tão fácil assim se pensarmos na realidade de nosso país.

Mas nem só de pão se alimenta o homem. O encontro foi pensado como um espaço aberto a atividades culturais. Letras em Foco também tem por objetivo viabilizar a apresentação de trabalhos artístico-culturais que promovam a formação dos alunos, trabalhos, na maioria das vezes, desenvolvidos por eles mesmos, como peças de teatro, leitura de poemas, músicas, etc.

Se por um lado a universidade é o espaço do saber, por outro não podemos deixar de lado as relações humanas. O saber não circula entre cérebros, circula entre homens que pensam sim, mas que também sentem, emocionam-se, discutem, convivem. Letras em Foco visa oportunizar a integração dos professores dentro do Departamento, dos alunos no Centro Acadêmico de Letras e do corpo docente com o discente, com vistas a uma ação conjunta. Cumpre destacar a colaboração do C. A. de Letras na organização e realização do evento.

O primeiro evento, o Letras em Foco I, realizou-se em três dias; o segundo, durante uma semana. O período determinado para a realização do evento – tendo em vista a idéia de culminância das atividades do semestre - foi a segunda semana de junho e de novembro. O período da tarde ficou reservado para oficinas, mini-cursos e comunicações. À noite tivemos as palestras e as mesas-redondas. As atividades artístico-culturais aconteceram no intervalo entre um período e outro e, às vezes, como encerramento, no fim da noite.

O encontro procurou atender as especificidades do currículo de Letras, que integra o estudo de Línguas, Literaturas e Educação, com respectivas disciplinas afins. As palestras e as apresentações culturais foram organizadas por temas. Como forma de incentivo à participação dos alunos, foram conferidos certificados.

Letras em Foco, portanto, é um evento que tem por linha norteadora a comunhão na diversidade, entrosando diferentes pessoas ao redor dos múltiplos saberes acadêmico-culturais. Em Educação, muito já se falou e escreveu, muito há ainda a realizar. Os caminhos parecem apontar para necessidade de revitalizar o ensino, conferindo alma ao espaço da sala de aula e permitindo o desabrochar de relações afetivas entre todos os seres envolvidos no processo ensino-aprendizagem. O professor desce do pedestal de sapiência que o diviniza, distanciando-o do aluno, para se humanizar através de suas falhas, de suas incertezas, homem que se alimenta de idealismo e se constrói também no momento presente, graças à relação com o aluno e com seus pares, graças à troca dadivosa de seres e saberes.

BIBLIOGRAFIA

LIMA, Balina Bello. Ampla Didática. 2ª ed. Niterói : Universidade Federal Fluminense, 1985.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo : Ed. Pedagógica e Universitária, 1986.

MULTIEDUCAÇÂO: Núcleo Curricular Básico. Rio de Janeiro : Secretaria Municipal de Educação, 1996.

NÓBREGA, Francisca e CASTRO, Manuel Antônio . Literatura Infantil: questões de ser. In: Letra - Faculdade de Letras da UFRJ. Rio de Janeiro, ano 1, n°1, jan./jul.1980.

ROCHA, Ruth. Apresentação da Edição Brasileira. In: RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. São Paulo : Summus, 1982.

RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. São Paulo : Summus, 1982.

SARAIVA, António José e LOPES, Oscar. História da literatura Portuguesa. Porto, Porto, [s.d.].

TOBIAS, José Antonio. História da Educação Brasileira. São Paulo : Juriscredi, [s.d.].



* NÓBREGA, F. e CASTRO, M. A. (1980), p. 75.

[1] TOBIAS, J. A. [s.d.], p. 47.

[2] Ibidem, p.67.

[3] TOBIAS, J. A, [s.d.] cap. IV.

[4] Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Apud TOBIAS, J. A. [s.d.] p.385.

[5] 10- LIMA, B. B. (1985) p. 27.

[6] Ibidem, p. 85.

[7] Ibidem p. 92.

[8] RODARI, G. (1982) p. 23.

[9] Ibidem, p. 99.

[10] ROCHA, R. (1982) p. 10.