A ETIMOLOGIA SEGUNDO SANTO ISIDORO DE SEVILHA

Edison Lourenço Molinari (UFRJ)

Santo Isidoro de Sevilha (circa 562-636), cuja vasta produção aborda assuntos variados, como Sagradas Escrituras, teologia, vida monástica, fé católica, heresias, paganismo, Histórias, ciências naturais, lingüística, celebrizou-se através dos séculos graças às Etimologias ou Origens.  Trata-se de uma enciclopédia do conhecimento antigo, clássico e cristão, dividida em vinte livros.  Em suas linhas gerais, esta obra apresenta, além de um estudo sobre as artes liberais, três temas gerais: conhecimento da natureza, conhecimentos políticos e conhecimentos religiosos.  Podemos resumi-la conforme vai abaixo indicado:
1-3. as sete artes liberais: gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, música, astronomia.
4. medicina
5. leis e divisões do tempo
6. livros e bibliotecas
7. Deus e a vida religiosa
8. Igreja, heresias e paganismo
9. línguas, povos e organizações familiar
10. etimologias de palavras dispostas em ordem alfabética
11. corpo humano
12. zoologia
13. céu, a terra e as águas
14. continentes e acidentes geográficos
15. as cidades e os ambientes rurais
16. mineralogia
17. agricultura
18. atividades bélicas, jogos e espetáculos
19. embarcações, moradia e vestuário
20. alimentação, utensílios domésticos e rurais.

Santo Isidoro de Servilha (Isidorus Hispalensis) foi o mais produtivo escritor espanhol de seu tempo, tendo iniciado sua atividade episcopal depois do ano 600.  Alguns anos antes, o rei Leovigildo (568-567) havia praticamente realizado a unidade territorial da Espanha visigótica e empreendera a crescente fusão de visigodos e hispano-romanos, autorizando a celebração de matrimônios mistos.  Não conseguiu, entretanto, impor o arianismo a todo o seu reino, como desejara.  Foi sucedido no trono por seu filho Recaredo (587-601)  que em maio de 569, durante o terceiro concílio de Toledo, com sua esposa e juntamente com um grupo importante de nobres visigodos e bispos arianos, se converteu ao catolicismo que, a partir de então foi proclamado como religião oficial da Espanha visigótica.
Já no exercício de seu episcopado em Sevilha, Santo Isidoro projetou a elaboração de uma vasta enciclopédia que sintetizasse todo o saber antigo, pagão e cristão, para que servisse como orientação aos estudos voltados para a Antigüidade clássica.  Os visigodos estabelecidos na Espanha consideravam-se os legítimos sucessores de Roma na região, visto que o Império do Ocidente já não existia.  E para difundir a cultura latina em solo hispânico, Santo Isidoro apoiou seu trabalho no princípio de que o conhecimento do universo lingüístico era a chave para a aquisição de todos os ramos do saber, através da investigação etimológica dos nomes que designavam os seres e objetos existentes em nosso universo:  o conhecimento da etimologia de determinada palavra permitia conhecer o ser ou objeto por ela designado.  Daí a publicação das Etimologias, após vários anos de estudos relacionados com as origens das palavras.
No início de sua obra (1, 29), Santo Isidoro expões sua teoria sobre a investigação das etimologias.  Inicialmente define etimologia como a origem das palavras, visto que através de sua investigação conheceremos o sentido das palavras e dos nomes.  Em grego ela é denominada “sýmbolon” (sinal) por Aristóteles, e Cícero denomina-a “adnotatio” (marca), porque a partir de um exemplo ou modelo são conhecidas as palavras e os nomes das coisas.  o primeiro exemplo apontado pelo bispo hispalense, em apoio a sua definição, é o substantivo neutro “flumen”(rio), proveniente do verbo “fluo”, aplicado a líquidos e que significa fluir, escoar, pois o rio é a água corrente, o rio aumenta de volume à medida que as águas fluem através de seu leito.
O conhecimento etimológico oferece-nos uma aplicação prática, segundo Santo Isidoro.  Se conhecermos a origem de uma palavra, logo nós compreenderemos o sentido;  consequentemente, a compreensão do seu sentido facilitarão conhecimento do objeto por ela designado.  Em outros termos, nosso autor estabelece a existência de um vínculo natural entre a palavra (verbum) e o objeto por ela designado (res).  Deste modo Santo Isidoro leva seus leitores à convicção de que o universo no qual vivemos e que nos cerca, é constituído de seres cujo conhecimento está intimamente associado a um universo lingüístico, o qual se faz necessário analisar e interpretar.  Através dessa pesquisa etimológica, por conseguinte, ser-nos á possível a aquisição do saber, em todas as suas manifestações culturais.
Embora o bispo sevilhano conceba a existência de um vínculo natural entre “verbum” e “res”, impões restrição a determinados nomes que foram aplicados pelas antigas gerações, sem se levar em consideração os seres ou objetos designados.  Assim ocorre que, ao se darem nomes a escravos ou a objetos de nossa propriedade, por vezes, não se leva em consideração a natureza do objeto ou ser designado, mas prevalece o critério da vontade humana, o gosto pessoal – o que impede, portanto, a identificação das etimologias de tais nomes.
Colocando, porém, de lado esses casos particulares, o autor estabelece os mecanismos através dos quais se deve proceder à pesquisa etimológica.  Assim, o estudo das etimologias isidorianas apresentará as seguintes divisões:
a - etimologia “ex causa”— consiste em assinalar o motivo pelo qual o ser é designado por determinado nome, não se trata apenas de apontar a origem desse nome.  Como exemplo é apresentado o substantivo “reges”, plural de “rex”, aquele que dirige sozinho os negócios do Estado; “reges”, segundo Santo Isidoro, provém do verbo “rego”, dirigir, comandar: “reges a regendo”.  Embora vários códices apresentem a variante “reges a recte agendo”, concordamos com o editor das Etimologias, visto que a primeira explicação é reiterada em outras passagens da obra, como por exemplo: “Reges a regendo vocati” (9,3,4).  Os reis são assim chamados a partir do verbo “rego”, ou seja os reis recebem esse nome porque comandam.
b - etimologia “ex origine”—consiste em explicar a etimologia indicando a origem, a proveniência do ser denominado.  O exemplo apontado é “homo”, homem, representante da espécie humana:  ‘homo quia sit ex humo”.  O homem é assim chamado porque nasce da terra.  Os Romanos entendiam “homo” como homem, ser humano, propriamente aquele que nasce da terra, i. e., ser terrestre.  Em outra passagem de sua obra, Santo Isidoro fundamenta esta etimologia (11,1,4), citando um trecho do Gênesis (2, 7): “Et creavit Deus hominem de humo terras”.  E Deus criou o homem do barro da terra.
c - etimologia “ex contrariis” – consiste na explicação etimológica por antífrase, ou seja, a etimologia justificada por uma noção de sentido contrário.  O primeiro exemplo apresentado é o substantivo “lutum”, lodo, lama, associado pelo autor ao verbo “lavare”, lavar, limpar, exatamente porque o lodo não é algo limpo:  “a lavando lutum...” O substantivo “lutum” provém do verbo “lavare”.  O segundo exemplo de etimologia por antífrase dado por nosso autor é o substantivo “lucus”, bosque; na língua religiosa, o bosque sagrado, dedicado a uma divindade.  Para Santo Isidoro, “lucus” provém do verbo “luceo”, ser luminoso, brilhar, luzir, porque o bosque e desprovido de luz:  “lucus, quia umbra opacus parum luceat”, bosque, porque coberto pela sombra, possui pouca claridade.  Neutra passagem da obra ( 14, 8, 30), esta justificativa é reforçada em virtude do espesso arvoredo existente nos bosques e que impede a entrada da luz; o autor, porém, admite que tal nome também pode ser explicado pelo grande número de luzes que os pagãos acendias, durante suas cerimônias religiosas; neste caso, “lucus” proviria do verbo composto “colluceo”(conluceo).
d - etimologia “ex nominum derivatione” — trata-se da etimologia explicada por derivação nominal.  O exemplo apresentado é o substantivo “prudens”, prudente, que o autor considera como um derivado regressivo de “prudentia”, prudência.
e - etimologia “ex vocibus”—trata-se da etimologia explicada a partir do conjunto de fonemas constitutivos da palavras; por isso, julgamos apropriado designá-la como etimologia onomatopaica, considerando-se a onomatopéia consiste em reproduzir de forma aproximada um ruído ou um som inarticulado.  O exemplo apresentado é o substantivo “garrulus”, tagarela, que o autor faz derivar de “garrulitas”, tagarelice, Na realidade, ambos os substantivos prendem-se ao radical do verbo “garrio”, tagarelar, proveniente da língua familiar, que somente em época tardia foi aplicado ao grito de um determinado animal, ao canto de um pássaro, por exemplo.
f - helenismos – trata-se das palavras de origem grega incorporadas ao latim.  Santo Isidoro exemplifica-as com os substantivos “silva”, floresta, e “domus”, casa.  Em outra passagem da obra (17, 6, 5), o autor explica que em latim se diz “silva”, como se disséssemos “xylva”, porque na floresta se corta lenha, que em grego é designada pela palavra “xýlon.  Na realidade, o substantivo “silva” é sinônimo do grego “hýle”, cujos sentidos tomou parcialmente, sobretudo e sentido de materiais de construção e mais comumente o de matéria de uma obra, de um poema, como as Silvas de Estácio, mas não o de matéria em filosofia, onde o latim traduz “hýle” por matéria”.  Podemos também aqui lembrar que em português o helenismo Hiléia é aplicado à Floresta Amazônica.  Quanto ao substantivo “domus”, casa como símbolo da família presidida pelo “dominus”, senhor, e sede da família, seu equivalente grego é o substantivo “o?kos”. Santo Isidoro (!5, 3, 1) supõe para “domus” uma origem grega, através do substantivo neutro “dõma, dómatos”, casa, residência, tratando-se dos deuses ou dos homens .  Vemos, portanto, que nos dois exemplos mencionados, o autor não lhes indicou as etimologias, mas apresentou-nos os substantivos gregos equivalentes aos mesmos; em suma, traduziu-nos.
g - etimologias ligadas a topônimos – o autor não nos fornece nenhum exemplo a respeito.
h - etimologias de procedência desconhecida – existem palavras oriundas de várias línguas, sendo muitas delas desconhecidas tanto do latim quanto do grego.
Pelo que ficou acima exposto, o esquema das etimologias proposto por Santo Isidoro resume-se no seguinte:
a - etimologia a partir da causa
b - etimologia a partir da origem
c - etimologia por antífrase
d - etimologia por derivação nominal
e - etimologia onomatopaica
f - helenismos
g - etimologias ligadas a topônimos
h - estrangeirismos de procedência desconhecida.

Cabe finalmente ressaltar que este ideal etimológico nem sempre é realizado em todas as definições apresentadas no decorrer da obra isidoriana.  Em proporções diversas e através de mecanismo lógicos distintos, certamente em virtude das fontes consultadas pelo autor, são propostas etimologias para explicar as palavras segundo procedimentos de interpretação popular, de interpretação filosófica, de interpretação gramatical, de interpretação histórica ou de interpretação tecnológica.
Em seguida, apresentamos ao leitor o texto sobre as etimologias por nós estudado, acompanhado da tradução em português.
 
DE ETYMOLOGIA

1. Etymologia est origo vocabulorum, cum vis verbi vel nominis per interpretationem colligitur.  Hano Aristoteles 6ú??o?oy, Cicero adnotationem nominavit, quia nomina et verba rerum nota faci exemplo posito; utputa “flumen”, quis fluendo crevit, a fluendo dictum.  2. Cuius cognitio saepe usum necessarium habet in interpretatione sua  Nam dum videris und ortum est nomem, citius vim eius intellegis, Ommia emim rei imspectio etymologia cognita planior est.  Non autem omnia monina a veteribus secumdum naturam imposita sunt, sed quaedam et secumdum placitum, sicut et nos servis et possessionibus imterdum secundum quod placet mostrae voluntati nomina damus.  3. Hino est quod omnium nominum etymologias non repetiuntur, quia quaedam non secundum qualitatem, que genita sunt, sed iuxta arbitrium humanae voluntatis vocabula acceperunt.  Sunt autem atymologiae nominum aut ex causa datae, ut “reges” a [ regendo et] recte agendo, aut ex origine, ut “homo”, quia sit ex humo, aut ex contrariis ut a lavando “lutum”, dum lutum non sit mundum, et “lucus”, quia umbra opacus parum luceat.  4. Quaedam etiam facta sunt ex nominum derivatione, ut a prudentia “prudens”; quaedam etiam ex vocibus, ut a garrulitate “garrulus”; quaedam ex graeca etymologia orta et declinata sunt in Latinum, ut “silva”, “doimus”.  5. Alia quoque ex nominietiam ex diversarum gentium sermone vocantur.  Vnde et origo sorum vix cernitur.  Sunt enim pleraque barbara nomina et incognita Latinis et Graecis.
(Etymologias, 1, 29)
 

TRADUÇÃO
Sobre a etimologia
1. A etimologia é a origem dos vocábulos, visto que pela sua interpretação o sentido das palavras e dos nomes é compreendido.  Aristóteles chamou-a de “ sýmbolon”  o Cícero, de marca (“ adnotatio” ), porque pelo modelo apresentado, a marca revela as palavras e os nomes das coisas; por exemplo, “ flumen” (rio) ‘e designado a partir de “fluere” (fluir), porque cresce fluindo.  2. Seu conhecimento muitas vezes tem um uso necessário na sua interpretação.  Com efeito desde que se saiba donde surgiu o nome, mais rapidamente.  Com efeito o exame de todo o objeto fica mais claro depois de conhecida a sua etimologia.  Todavia nem todos os nomes foram postos pelos antigos segundo sua natureza, mas alguns foram colocados segundo sua vontade, assim como por vezes damos nomes não só aos escravos, mas também aos pertences, conforme o que agrada a nossa vontade.  3. Eis por que não são encontradas as etimologias de todos os nomes, pois alguns receberam designações, não segundo a característica com a qual foram criados, mas de acordo com o arbítrio da vontade humana.  Há contudo etimologias dos nomes explicadas ou pela causa (“ex causa”), como “reges” (reis) provém de [“regere” (reger) e] agir com retidão, ou pela origem (“ex origine”), com “homo”(homem), porque provém de “humus” (terra), ou pelos contrários (“ex contrariis”) como “lutum” (lodo) provém de “lavare”(lavar, limpar), visto que o lodo não é limpo, e “lucus”(bosque), porque escurecido pela sombra, possui pouca luz.  4. Algumas ainda são provenientes da derivação dos nomes, como “prudens”(prudente) de “prudentia”(prudência); outras ainda provêm do som, como “garrulus” (chilreador) de “garrulitas” (chilreio); algumas são oriundas de uma etimologia grega e foram transmitidas ao latim, como “silva” (floresta), “domus”(casa).  5. Outras também tiraram sua formação dos nomes de lugares, cidades ou rio.  Muitas ainda são designadas a partir das línguas de diversos povos.  Daí se destingue dificilmente sua origem.  Com efeito existem inúmeras palavras bárbaras e desconhecidas dos latinos bem como dos gregos.

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Passamos, em seguida, ao exame de dois trechos das Etimologias, para verificar de que modo esses recursos são empregados na interpretação e análise das palavras e dos seres por elas designados.  No terceiro livro da obra ( a partir do capítulo 24), Santo Isidoro fala sobre astronomia.  No capítulo 29, o mundo é definido como o conjunto constituído pelo céu, a terra, o mar e todos os astros.  Em seguida, explica-nos o autor que o mundo recebe nessa denominação por estar sempre em movimento, e seus elementos nunca estão em repouso:  “mundus est appelatus, quia sempre in motu est”.  No livro 13, que trata do mundo e de suas partes, o autor retoma o assunto, acrescentando que o mundo é uma criação de Deus, reiterando sua definição e sua etimologia.  Ressalta ainda que os gregos denominavam o mundo de “kósmos”, que significa ornamento, em virtude de sua beleza, da diversidade de seus elementos e da beleza das estrelas (13, 1, 1-2).  Os antigos Romanos realmente consideravam “mundus” um equivalente do grego “kósmos”,  Na época imperial, “mundus” restringiu-se à acepção de mundo terrestre, terra, habitantes da terra, humanidade.  Na língua da Igreja passa a designar somente o mundo em oposição ao céu.
Ao tratar do céu e de sua denominação (3, 31, 1-2), nosso autor estabeleceu uma etimologia por homonímia, como ocorre em várias passagens de sua obra, relacionando “caelum”, céu, como “caelum”, cinzel, este último ligado ao radical do verbo “caedo”, cortar, talha (*caidlom), apresentando-nos ma explicação poética, ao afirmar que o céu é assim denominado, por apresentar como um vaso cinzelado as constelações estelares nele esculpidas: “... vocatumque hoo nomine, eo quod tamquam vas caelatum inpressa signa habeat stellarum”(3,31,1).  Segundo o autor, Deus embelezou o céu com luzeiros brilhantes, ornamentou-o com o sol, o disco lunar e as estrelas cintilantes.  Santo Isidoro recorre ainda ao grego “curanós”, o céu, derivando-o equivocamente do verbo “horãsthai”, ver, “a videndo”, porque o ar é puro e transparente, para que possamos olhar através dele.  Estes comentários são retomados no livro 13 (mais precisamente: 13, 4, 1-3), onde o autor acrescenta que nas Sagradas Escrituras o céu se chama firmamento, porque é fixo pelo curso dos astros e po leis imutáveis.  O substantivo “caelum”, céu, pode significar o ar (apoiado em Lucrécio, 4, 133) e cita ainda um salmo (79,2,104,12) que fala sobre as aves do céu, “volucres caeli”, porque elas voam nos ares que costumamos chamar de céu.

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Apresentamos abaixo um quadro relativo aos nomes próprios tratados pelo autor, visto que sua análise ultrapassa os limites de nosso trabalho:
a. nomes aplicados às três pessoas Santíssima Trindade; anjos, personagens bíblicos, patriarcas, profetas, apóstolos e mártires (livro 7).
b. nomes das divindades do mundo greco-romano e de outros povos, analisados segundo a teoria evemerista (livro 8): os povos pagãos cultuavam como deuses os homens que em vida se haviam celebrizado por seus méritos extraordinários.
c. nomes de povos (livro 9)
d. nomes de mares, lagos e rios (livro 13)
e. nomes dos continentes e suas regiões, ilhas, cabos e montes (livro 14)
f. nomes de cidades famosas e seus fundadores (livro 15).

BIBLIOGRAFIA

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CURTIUS, Ernst Robert.  Literatura Européia e Idade Média Latina.  Trad. Teadoro Cabral.  Rio de Janeiro, INL, 1957.
ERNOUT, A. & NEILLET, A.. Dictionnaire étymologique de la langue latine; histoire des mots. 4. éd. rev. corr. augm.. Paris, Klincksieck, 1959.
GAFFIOT, Félix.  Dictionnaire illustré latin-français.  Paris, Hachette, 1934.
SAN ISIDORO DE SEVILLA.  Etimologías.  Madrid, La Editorial Catolca, S.A., 1982-1983. 2 v..
SARAIVA, F. R. dos Santos.  Novíssimo dicionário latino-português.  10. ed.. Rio de Janeiro, Editora Garnier, 1993.