VEIOS FILOLÓGICOS NO CURSO
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS DA PUC-MINAS

Vanda de Oliveira Bittencourt (PUC-MINAS)

Helenismo que significa literalmente ‘amor à ciência’, ou, como indica Nascentes (1966:327), ‘amor aos discursos, às letras’, o vocábulo FILOLOGIA tem servido, no percurso evolutivo dos estudos da linguagem, para nomear dois grandes ramos de abordagem: o de edição de textos e o de qualquer estudo sobre a língua.
Nos primórdios deste século, a partir dos novos rumos conferidos à investigação lingüística por Saussure, que trata a língua como sistema autônomo e se bate pela exclusividade da sincronia, emerge uma nova ciência com designação própria e distinta da que se atribui aos trabalhos de recuperação, fixação ou edição de textos: a Lingüística.
Apesar dessa ruptura e até mesmo do antagonismo entre os dois campos, denunciado e lamentado por Mattos e Silva (1983), é impossível negar a articulação de um com outro. Tanto é que Leite de Vasconcelos, filólogo e lingüista português de renome, continuou entendendo por Filologia Portuguesa “o estudo da nossa língua em toda a sua amplitude, e o dos textos em prosa e verso, que servem para a documentar” (Vasconcelos, 1959:9).
Reconhecendo a distinção do objeto formal, dos objetivos e da metodologia das duas disciplinas, ao buscar delinear aqui o panorama concernente aos estudos desenvolvidos no Programa de Pós-graduação em Letras da PUC-Minas, procuro associá-las, tomando como ponto axial de convergência a dimensão histórica, ou seja, conjungindo Filologia e Lingüística Histórica.
Ainda recente, pois que criado em 1989, o curso da PUC de Minas Gerais compreende hoje duas grandes áreas de concentração: a de Literaturas em Língua Portuguesa e a de Língua Portuguesa. A primeira, mais antiga, contempla os níveis de mestrado e doutorado, ao passo que a segunda, ativada a partir de 1995, apenas o de mestrado, por enquanto. Pelo que se pode perceber, não contamos com uma área de Filologia “stricto sensu”, ou seja, voltada especificamente para a edição de textos. Contudo, é possível depreender,  a partir do conjunto de disciplinas oferecidas e ``das linhas de pesquisa propostas, alguns veios que nos remetem a uma ação filológica tanto na sua acepção particular de trabalho de cunho ecdótico, quanto no sentido de investigação lingüística de ordem diacrônica.
O primeiro veio se reporta à linha de pesquisa inserida na área de Literaturas em Língua Portuguesa, intitulada “Texto, Gênese e Memória”, e tem como meta o estudo de textos de literatura portuguesa e brasileira, com vistas à recuperação de sua gênese, ao estabelecimento de textos, à crítica textual e à produção de edições. Vinculados a ela encontram-se projetos de fixação de textos e análise textual de novelas camilianas, sob a coordenação da Prof.ª Lélia Parreira Duarte, de estabelecimento de textos, crítica textual e crítica genética de poetas mineiros, sob a coordenação da Prof.ª Melânia Silva de Aguiar, e o estudo das Cantigas de Santa Maria, documento e monumento da cultura medieval ibérica, sob a coordenação da Prof.ª Ângela Vaz Leão.
As tarefas editoriais concernentes aos textos camilianos envolvem bolsistas de Iniciação Científica da PUC e  integram uma pesquisa de maior porte, tutelada por universidade portuguesa. Por sua vez, o trabalho em torno dos manuscritos de poetas mineiros, principalmente  inconfidentes, já produziu frutos meritórios. Dentre eles, a edição crítica do poema “Vila Rica”, de Cláudio Manuel da Costa, em vias de ser publicada pela Editora da UFMG, instituição de origem da Prof.ª Melânia, junto a qual  contribuíra para a edição de duas grandes obras: Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga ( editada em 1989 pela Editora Vila Rica - Belo Horizonte- e em 1992 pela Garnier - Rio de Janeiro) e A poesia dos inconfidentes, organizada por Domício Proença Filho e publicada em 1996 pela Nova Aguilar - Rio de Janeiro. Em fase final, temos, ainda a cargo da Prof.ª Melânia, o estabelecimento de um opúsculo de caráter encomiástico acerca das terras e coisas de Minas, de autoria de Joaquim José Lisboa (cognominado “Pastor do Serro”), poeta mineiro do século XVIII. Em andamento, registre-se a operação de atualização gráfica dos sete volumes do Dicionário bibliográfico brasileiro, de autoria de Sacramento Blake e datado do século XIX.
Outro subfilão a comentar, na mesma esfera literária, é o trabalho empreendido pela Prof.ª Ângela Vaz Leão, centrado no estudo de textos medievais, principalmente  no das cantigas religiosas dedicadas à Virgem, de autoria de D. Afonso X, o Sábio. Fonte inestimável para o conhecimento da história, da sociedade, da cultura ibérica  (literária, pictórica, arquitetônica, musical, etc.) e, ainda, da língua galego-portuguesa, em que foi escrito, o acervo afonsino tem merecido destaque na Pós-graduação da PUC, reunindo, num mesmo grupo de pesquisa (de que faço parte), historiadores, musicistas, psicólogos, teólogos, sociólogos, etc., além de professores e mestrandos da área de Letras.
  Tendo acesso a uma edição fac-similar de raro valor ( Código Rico, adquirido recentemente pela instituição), que compreende, além do texto, ilustrações e partituras musicais, e obras de edição crítica   como as de Walter Mettmann (1959, 1986), esse grupo vem produzindo dissertações e teses, além de trabalhos de menor porte, numa atentativa de desvendar aspectos históricos, religiosos, pictóricos, musicais, etc., além dos literários e lingüísticos desse acervo mariano. Das dissertações de mestrado, quatro já foram defendidas e outra, juntamente a uma tese de doutorado, se encontra em fase de elaboração, sob os mesmos cuidados da  Prof.ª Ângela.
Dos trabalhos já apresentados ao Programa, o primeiro, de Suzani Silveira de Lemos (1992), intitulado A presença da morte na poesia galego-portuguesa, procura, a partir da localização da poesia trovadoresca na sociedade portuguesa e do papel do trovador nesse mesmo espaço, abordar a questão da morte no texto literário e sua articulação com aspectos sociais. O segundo, de Luiz Carlos de Sousa (1995), sob o título Vocalidade e escrita nas Cantigas de Santa Maria, procura situar o culto mariano e a poesia religiosa galego-portuguesa no âmbito da cultura medieval hispânica e confrontar os relatos afonsinos de milagres atribuídos à Virgem com narrativas populares hodiernas, coligidas de três santuários brasileiros, com o intento de detectar pontos de retenção e de variação entre os mesmos. A terceira, de Bernardo Monteiro de Castro (1996), com o título Sexo, diabo e loucura nas Cantigas de Santa Maria, busca estudar as figuras do diabo e do louco, associadas à sociedade da Baixa Idade Média ibérica, no intuito de comprovar que o culto à Virgem (identificada como Grande Mãe) está relacionado com o fortalecimento do mito do diabo, com a marginalização do louco e com a intensificação da repressão sexual. Por fim, a quarta dissertação, de Heloísa Guaracy Machado (1996), denominada  A imagem do judeu na representação cristã ibero-castelhana do século XIII: uma leitura das Cantigas de Santa Maria, propõe-se investigar a imagem do judeu na representação cristã ibérica e identificar um forte sentimento antijudaico na comunidade de Leão e Castela, desmistificando, assim, a idéia de uma coexistência pacífica entre cristãos e judeus na Ibéria Medieval.
Dentre os trabalhos em preparo, também voltados para o  estudo literário das Cantigas, todos sob a responsabilidade da Prof.ª Ângela, faça-se referência aqui  à dissertação de Carla Cristina de Araújo, cujo intuito é a detecção das técnicas de composição literária ( rimas, ritmos e refrães) empregadas por D. Afonso, e à tese que vem sendo elaborada por Bernardo Monteiro de Castro, com vistas a depreender um  estilo literário gótico na composição afonsina, condizente com o seu momento histórico e com os elementos que caracterizam as produções góticas arquitetônicas.
Um segundo veio em garimpagem na Pós-graduação da PUC concerne, como já se antecipou, a investidas no campo da Lingüística Histórica. Nesse âmbito, chame-se a atenção para dois projetos em andamento: um interessado no registro e descrição de mudanças sintáticas ( em progresso ou “a posteriori”) no português e outro, no exame da linguagem das Cantigas de Santa Maria.
 Tendo como uma de suas metas apontar convergências e discrepâncias entre o português europeu e o brasileiro, o primeiro, sob minha coordenação, se assenta em “corpora” representativos das diversas fases das duas variedades da nossa língua, “corpora” esses que têm demandado um trabalho especial de constituição de banco informatizado de textos, que vem sendo desenvolvido pelos mestrandos interessados nessa sub-área. Relacionada a essa empresa, temos a composição  de um banco de cartas mineiras, que integra um projeto em fase de implementação, intitulado “Memória Epistolar de Minas”.
No intuito de trazer à luz informações acerca de uma das fases do português arcaico, a ducentista, o outro projeto supracitado tem como proposta o exame da língua galego-portuguesa, utilizada pelo rei de Leão e Castela na sua composição poética religiosa
Por se tratar de escrita poética, e, por conseguinte, de natureza mais culta e estilizada, a idéia que se pode ter a respeito dessa última atividade é de um franco distanciamento entre o galego-português das Cantigas, de lavra erudita, e o galego-português de documentos em prosa, literária ou não, apontados por estudiosos como Mattos e Silva (1988, 1989) como fonte “menos ruim”  do acervo documental relativo a fases lingüísticas pretéritas, para a realização de pesquisas sintáticas. Todavia, no caso das Cantigas de Santa Maria, contamos com dois aspectos atenuantes, uma vez que muitos dos milagres recontados por D. Afonso e sua equipe remontam a uma tradição oral e apresentam uma escrita vazada de oralidade, conforme demonstrado por Sousa (1995), aqui já referido. O próprio rei-autor nos notifica, com a maior insistência, da tradição oral de certos milagres que retoma, conforme nos comprovam as seguintes passagens, transcritas da edição de Mettmann (1959):

(1)  a- “Sobr’esto, se m’ouissedes, diria
           dun joyzo que deu Santa Maria
           por un que cad’ano ya,
          com’oý contar,
          a San Jam’ en romaria (...)”  - Cant. 26, v. 13-17, grifo meu.

 ( ‘A esse respeito, se me ouvísseis, contaria sobre uma sentença que  Santa Maria proferiu a favor de um [romeiro], que, segundo ouvi contar, ia, todos os anos,  em romaria a Santiago. ’)
b-  “ Na cidade, com’oý.
     se Deus m’ajud’ e  parca,
     San German dentr’era y (...)”  - Cant. 28, v.32-34, grifo meu.

(‘Na cidade, segundo  ouvi, que Deus me ajude e me perdoe, São Germano aí se encontrava. ‘)
Por outro lado, encontramos, na mesma ação de relato de milagres, a referência  à sua origem escrita ( mais comumente latina):

(2)  “E dêsto vos quer’eu ora contar, segundo a letra diz
      un mui gran miragre que fazer quis pola Emperatriz
      de Roma, segund’eu contar oý, per nome Beatriz,
      Santa Maria, a Madre de Deus, ond’este cantar fiz.” - Cant. 5, v.5-8.
(‘E a respeito disto eu quero agora vos contar, segundo está escrito,   um milagre muito grande que Santa Maria, a Mãe de Deus, quis fazer em favor da Imperatriz de Roma, de nome Beatriz, coinforme eu ouvi contar,                    sobre o qual compus esta cantiga.’)
No intuito de desvendar mais acuradamente essa etapa do português arcaico e de divulgar o texto mariano de D. Afonso, duas de minhas orientandas do Mestrado de Língua Portuguesa da PUC, integrantes como eu do grupo de pesquisas das Cantigas, vêm tentando explorar alguns aspectos de sua linguagem. Uma delas, Andréa Lourdes Ribeiro, vem examlinando as estratégias discursivas e lingüísticas utilizadas pelo rei-Sábio na  marcação das categorias de tempo e espaço, que, mais ou menos explícitas no enunciado (texto-produto), nos remetem a dois níveis principais: o da narração ( enunciação) e o do narrado ( enuncivo), além do engendramento de instâncias discursivas encaixadas, como as de discurso reportado.
No que tange à instância temporal, por exemplo, constata-se que D. Afonso (re)conta milagres que nos remetem a duas faixas básicas do tempo real: uma anterior e outra coetânea à dele, uma vez que ele próprio aparece como personagem beneficiário (direto ou indireto) das graças da Virgem, imiscuindo-se, assim, no tempo narrado conforme nos revela o seguinte excerto da cantiga 142, em que se nomeia explicitamente a figura do rei:

(3)  “Com’ hua vez acorreu ant’ el Rey
      Don Affonsso, com’ ora vos direi
      a un ome que morrera (...)”  - Cantiga 142, v. 5-7
      (‘ Agora vos contarei o que aconteceu, ante o rei D. Afonso, a um     homem que morrera.’)
Quanto ao tempo antecedente ao rei-autor, é passível de depreensão praticamente por inferência, a partir de índices como os nomes das personagens envolvidas, o cenário geográfico, ou os hábitos e costumes referidos. Esses mesmos antropônimos e topônimos são marcadores lexicais explícitos do espaço real que serve d e cenário para a ação miraculosa da Virgem, marcadores esses que nos remetem a inúmeras e variadas localidades situadas na Ibéria, em partes da Europa e  até da Ásia. Nos versos abaixo, temos a ilustração de milagres ocorridos na cidade de Burges (Bélgica) e na Inglaterra:

(4)  “En Beorges un judeu
      ouve que fazer sabia
      vidro (...)”  - Cant. 4, v. 7-9, grifo meu.
    ( ‘Em Burges havia um judeu que sabia fabricar vidro/vidraça ’)

(5)  “Porende a Sant’ Escritura, que non mente nem erra,
      nos conta un gran miragre que fez en Engraterra
      a Virgen Santa Maria (...)”  - Cant. 6, v. 7-9, grifo meu.
      (‘Por isso a Sagrada Escritura,  ue  não  mente nem  erra,  nos  conta  um grande milagre que a Virgem Santa Maria fez na Inglaterra ’)
No que tange ao tempo e espaço narrados, vamos encontrar uma série de delimitações, relativas, no caso do primeiro, ao início e fim dos eventos e peripécias, à sua seqüenciação e duração, e, no do segundo, à alteração de cenários, mais ou menos abrangentes.
Levando em conta alguns elementos desse quadro espaço-temporal tão rico e a própria atividade narrativa de D. Afonso, Andréa Lourdes vem tentando estabelecer o quadro lingüístico das estratégias por ele utilizadas na demarcação dessas categorias, procurando confrontá-lo com o panorama vigente no português arcaico ( tal como traçado por autores dedicados ao estudo dessa fase), e, ainda, com a situação vigente no português hodierno. Dessa sorte, tem detectado fatos de variação e mudança, que vão desde deslizamentos semânticos da ordem temporal, mais abstrata, para a espacial, mais concreta, até casos de co-existência ou de obsolescência de certos marcadores lingüísticos, dentre os quais, os pronomes adverbiais u e y.
A última pesquisa a comentar é a que vem sendo elaborada por Meire Mara Coelho Nogueira. Elegendo como unidade de análise construções de anacoluto, ou de tópico, similares às estudadas por Braga (1986), Pontes (1987), Decat (1989), Seabra (1994), etc., que as abordaram, sincrônica ou diacronicamente, à luz da teoria variacionista ou de uma linha tipológico-funcional-discursiva, essa mestranda da PUC vem tentando mostrar o seu estatuto formal e seus efeitos de sentido nas cantigas marianas. Com base em pressupostos teóricos propugnados pela Gramática Funcional e pela Lingüística Textual, sua proposta analítica extrapola o plano da sentença e se estende à detecção dos papéis que essas estruturas exercem nas duas dimensões da construção textual, quais sejam, a temática e a informacional, contribuindo, assim, para a manutenção do tópico discursivo e para o fluxo de informações. Nos versos a seguir, temos um exemplo dessa construção, na qual figura o pronome correferente, também dito lembrete, sombra, ou  pleonástico, como prefere a gramática tradicional:

(6)  “ A Virgen Santa Maria
      todos a loar devemos,
      cantand’ e con alegria,
      quantos seu ben atendemos.”  - Cant. 8, refrão, grifos meus.
      (‘ A Virgem Santa Maria todos quantos esperamos sua graça devemos louvá-La cantando com alegria.’)
Tal caminho de análise é motivado pela próprio engendramento estrutural das cantigas, que seguem o seguinte esquema-padrão:
 
a)  a ementa  ( possivelmente acrescentada posteriormente), que precede os versos  e anuncia o caráter laudatório das composições decenais e o narrativo das nove que as antecedem e, ainda, no caso dessas últimas, o teor (assunto) dos milagres atribuídos a Nossa Senhora;
b)  o refrão, que apresenta o tema desenvolvido pelo autor;
c)  as estrofes contêm o louvor ou o milagre ocorrido.

 Para ilustrar tal organização, transcrevem-se, abaixo, a ementa, o refrão e a primeira estrofe da cantiga  4:

(7)  “Esta é como Santa Maria guardou ao  filho  do  judeu  que  non  ardesse,
       seu padre deitara no forno.
       A madre do que livrou
       dos leões Daniel,
      essa do fogo guardou
      un menyo d’ Irrael.
     En Beorges un judeu
     ouve, que fazer sabia
     vidro, e un fillo seu     (..)
     ontr’ os crischãos liya
     na escola’; e era greu
     a seu padre Samuel.” - Cant. 4, v. 1-14.

    (‘Esta é como Santa Maria evitou que o filho de um judeu, que   o   deitara  no fogo, não se queimasse./ A Mãe do que livrou Daniel dos  leões  livrou do fogo um menino de Israel./ Em Burges havia um judeu que sabia  fabricar vidro e cujo filho estudava na escola entre cristãos - o  que desagradava o pai, de nome Samuel.’ )
Diante do que aqui se expôs, fica patente que, embora o Curso de Pós-graduação da PUC-Minas não ofereça um espaço exclusivo para a Filologia “stricto sensu”, promove escavações de ordem textual e lingüística, que resultam em estabelecimentos de textos, edições críticas e/ou genéticas, ou em investigações acerca da linguagem de obras esquecidas nas dobras do tempo, contribuindo, assim, para a reabilitação da memória das culturas lusa e brasileira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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