Ano 13 - No 61 - Rio de Janeiro, Julho, Agosto e Setembro de 2009. Publicação bimestral.

  O FILÓLOGO DE PLANTÃO
Um jornal que teima em buscar a verdade na doce ilusão de encontrá-la.
Publicação do CiFEFiL
- Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos.
Ano 13 – No. 61. Rio de Janeiro: Julho, Agosto e Setembro de 2009.

Terceiro número de 2009. (ainda atrasado). Continuem visitando o site www.filologia.org.br. Ali encontrarão informações dos programas do CiFEFiL, além de muitos programas interessantes no setor de Letras. Também podem fazer as perguntas que quiserem para o site www.alfredo.ntg.com.br ou informar-se pelo telefone (21)2593-1960.

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A vitória-régia ou victória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distribuídos em sua superfície.

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AVA
Ambiente Virtual de Aprendizagem

Espaço criado pelo professor José Pereira da Silva, com cursos on-line e muito mais.

Não deixem de visitá-lo. Encontrarão surpresas agradáveis. Está no endereço do CiFEFiL ou em www.ava-pereira.com.br/

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Congresso Universal de Esperanto
95ª Universala Kongreso de Esperanto
Havana, Cuba: 17-24 de julho 2010.
info@esperanto.co.cu

"O esperanto é uma língua simples, harmoniosa e dúctil."

Olavo Bilac

"Toda discussão teórica é vã: o Esperanto funcionou."

Antoine Meillet (linguista francês)

 

 

E-mails pessoais que respondem sem demora

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O FILÓLOGO DE PLANTÃO

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Alguns aspectos da utilidade do Esperanto

 

O esperanto é a língua planejada mais vastamente falada. Ao contrário da maioria das outras línguas planejadas, o esperanto saiu dos níveis de projeto (publicação de instruções) e semilíngua (uso em algumas poucas esferas da vida social)[2].

Seu iniciador, Ludwik Lejzer Zamenhof, publicou a versão inicial do idioma em 1887, com a intenção de criar uma língua de muito fácil aprendizagem, que servisse como língua franca internacional, para toda a população mundial (e não, como muitos supõem, para substituir todas as línguas existentes).

O esperanto é empregado em viagens, correspon-dência, intercâmbio cultural, convenções, literatura, ensino de línguas, televisão e transmissões de rádio. Alguns sistemas estatais de educação oferecem cursos opcionais de esperanto, e há evidências de que auxilia no aprendizado dos demais idiomas.

Fontes: Wikipedia (Esperanto)

www.hkocher.info

 

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Figuras de Linguagem

Figuras de Palavras, ou Tropos - metáfora, metonímia, hipérbole, sinestesia, catacrese, símile ou comparação, etc.:

As figuras de palavras desviam a palavra de sua significação normal.

Metáfora – Estabelece uma comparação sem conectivo. Exemplos:

Essa garota é uma linda gatinha.

Dizem que você é uma fera no vôlei.

A paciência é uma gazua do amor (Machado de Assis).

Sinestesia ou metáfora sinestésica – As relações se cruzam nos nossos sentidos. Exemplos:

Ouvia-se uma música triste.

Notava-se um silêncio áspero ali.

Seus olhos escutavam algo no horizonte.

Metonímia – O desvio se produz num só campo por haver relação de interdependência, contiguidade, proximidade (autor pela obra, lugar pelo produto, matéria pelo objeto, sinal pela coisa significada, continente pelo conteúdo, etc.).

Este ano lemos Machado de Assis e Lima Barreto.

Carlos abriu uma garrafa de Porto para celebrar o aniversário com os amigos.

Ele precisa ganhar uns trocados.

Essa é a cruz da sua vida.

Comeu um prato cheio no almoço.

Catacrese – É uma metáfora especial. É adotada por não haver uma palavra adequada para dar o significado.

O da mesa estava quebrado.

Esta serra tem dentes muito afiados.

Navegamos pelo outro braço do rio.

Símile ou comparação – Distingue-se da metáfora porque usa uma conjunção comparativa.

A vida é vã como a sombra que passa (Manuel Bandeira).

Essa ideia é tal qual um sonho.

Para muitos o futebol é como uma guerra.

Figuras de Pensamento – eufemismo, disfemismo, ironia, prosopopéia ou personificação, apóstrofe. São recursos que se referem ao significado das palavras em seu aspecto semântico. As figuras de pensamento resultam de uma discrepância entre o propósito e o que realmente é expresso.

Eufemismo – Uma palavra ou expressão é usada para atenuar uma verdade tida como desagradável ou chocante.

Ele não está mais aqui, Deus já o levou.

Ela vai ter um filho, namorou demais.

Disfemismo – Palavra ou expressão grosseira ou desagradavelmente direta.

Sabe que ele já esticou as botas?

Eles bebem água-que-passarinho-não-bebe.

Felipe disse ao pai da moça que pensava pedir-lhe a mão.

Ironia – Declara-se o oposto do que em realidade se pensa.

É claro, já sei que você é muito inteligente.

Não se lembrou de pagar, pois ele é muito rico.

Será que você não levou minha carteira, por engano?

 

 

Hipérbole (exagero):

Já lhe disse isso milhões de vezes.

Elas choraram rios de lágrimas.

Esperarei por você, nem que tarde mil anos.

Prosopopéia, personificação ou animização – Ocorre quando se atribui movimento, ação, fala, ou sentimento próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários ou caracteres humanos a animais, etc.

A noite passada o vento cantou e assoviou.

O jardim sentiu sua presença e as flores ficaram mais bonitas.

O gato disse para o rato que podia sair de sua toca porque havia um convênio em que todos os animais tinham que se respeitar, mas o rato respondeu-lhe que ele não o firmara.

Apóstrofe – Ocorre quando há invocação de uma pessoa ou algo real ou imaginário.

Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? (Castro Alves)

Que é o que você acha deste tema, caro leitor?

Venha aqui, menino, agora mesmo.

Figuras de Sintaxe ou de Construção

Chamam-se assim as figuras que podem ocorrer com fatores que interferem nos princípios de dependência, nas orações da linguagem culta, alterando a concordância, a regência ou a colocação. Entre elas – elipse, pleonasmo, hipérbato e silepse.

 

Elipse – Omissão de termos que podem ser subentendidos facilmente.

Quanta promessa por aí! (anda)

Ela foi dormir, ele, para a farra. (foi)

Pleonasmo – Repetição de ideias com as mesmas palavras ou com outras.

Eu vi com meus próprios olhos.

Seus dentes eram brancos, brancos como o marfim.

Hipérbato – Inversão da ordem na oração ou das orações no período.

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas... (sujeito) (Do Hino Nacional)

Que arcanjo teus olhos veio

Velar, maternos, um dia?

(Fernando Pessoa)

 

Silepse – Também se chama concordância ideológica (concorda com a ideia) A silepse pode ser de gênero, de número ou de pessoa.

Vossa Excelência foi muito injusto. (De gênero).

Deu-me notícias da gente Aguiar; estão bons. (Machado de Assis) (De número).

Os que conseguimos entrar, entramos logo. (De pessoa).

 

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UNIVERSALISMO E RELATIVISMO LINGUÍSTICO (Resumo)

Verificamos que há dois princípios filosóficos opostos relativos à origem das línguas humanas.

Para a escolástica, (doutrina teológico-filosófica da Idade Média, entre os sécs. IX e XVII, caracterizada pelos problemas da relação entre a fé e a razão) a língua é um dom divino concedido só aos seres humanos. A grande diversidade de línguas no mundo devia-se à confusão de línguas imposta por Deus à humanidade, pela ousadia de querer atingir o céu através da Torre de Babel. Ao dispersar-se, cada comunidade não podia entender-se com as demais. No entanto, a gênese tinha sido a mesma e o dom da linguagem só fora concedido à espécie humana.

Os histórico-comparativistas do século XIX conviveram com duas teorias filosóficas opostas:

1. O racionalismo, que pretendia chegar à verdade por meio da razão;

2. O empirismo, que acreditava que só a experiência podia levar à verdade.

Segundo os empiristas, os princípios racionais, embora existam, não podem levar ao conhecimento da verdade.

Sob o domínio do evolucionismo e do romantismo, os histórico-comparativistas lançaram-se à procura de propriedades universais nas línguas humanas. Compararam as línguas conhecidas e afastaram-se mais no tempo e no espaço.

Conseguiram reconstituir línguas e protolínguas, e apesar da distância, comprovaram que as línguas humanas tinham elementos em comum. Faltava saber o que era realmente universal, ou seja, característico de toda língua humana, e o era específico da cada uma delas.

Os estruturalistas descrevem cada língua em particular e consideram impossível a existência de uma gramática universal. A aprendizagem, mesmo da língua materna se obtinha com exercícios repetidos e reforço. Já o gerativismo admite algum tipo de inatismo para a aquisição da língua materna.

 

 As regras transformacionais da sintaxe seriam comuns a todo ser humano, independente do qual for sua língua e cultura. Da mesma forma haveria propriedades responsáveis pela universalidade de grande parte dos fonemas e das regras que governam a estrutura fonológica, além das propriedades universais geralmente aceitas como a arbitrariedade, a dualidade, a descontinuidade e a produtividade.

Se há pouca discussão quanto à aceitabilidade dos universais fonológicos e sintáticos, o mesmo não ocorre com os universais semânticos. Sabemos que a arbitrariedade é uma propriedade universal, portanto, o léxico não se deve caracterizar pela universalidade. Sua equivalência ou semelhança em grande número de línguas deve-se à origem comum, ao contato, empréstimos, etc. O que se pretende provar é que na organização do léxico em campos que têm a ver necessariamente com o ser humano em geral, em qualquer cultura, o léxico desse campo será organizado da mesma maneira. Aqui poder-se-ia incluir o léxico de parentesco, da anatomia humana, do tempo e do espaço, entre outros.

Um dos campos semânticos mais polêmicos nesse sentido e dos mais estudados é o das cores. Estudos realizados pretenderam provar que em todas as línguas o continuum visual do espectro era lexicalizado da mesma maneira. Em todas as línguas as cores visualizadas seriam as mesmas e ocupariam a mesma faixa no espectro, logo essa distribuição seria um universal linguístico. Ocorre que estudos posteriores questionam e restringem essa universalidade. Há outros métodos e outras teorias a respeito da lexicalização das cores, mas o tema é controvertido. Pesquisas ainda estão sendo realizadas com vistas a uma conclusão que possa ser aceita por universalistas e relativistas. As duas posições não são excludentes como já foi demonstrado por vários especialistas que aceitam versões mais fracas (menos radicais) de ambas as teorias.

Extraído de nossa página publicada em Revista Philologus, 11, (Atualizado).

 

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A pátria é o idioma, e só no idioma pátrio a gente pode pensar bem e dizer besteira.

Monteiro Lobato.

No jogo da vida humana os homens baralham as cartas, mas Deus é que as distribui.

Marquês de Maricá.

Pelas notícias de ontem, o jornal de hoje faz temer as de amanhã.

Carlos Drummond de Andrade.

Não me envergonho confessar não saber o que ignoro.

Cícero.

 

 

A missão do chamado ‘intelectual’ é, de certo modo, oposta à do político. A obra intelectual aspira, frequentemente em vão, a aclarar um pouco as coisas, em quanto a do político sói, pelo contrário, consistir em confundi-las mais que estavam. Ser da esquerda é, como ser da direita, uma das infinitas maneiras que o homem pode eleger para ser um imbecil: ambas, com efeito, são formas da hemiplegia moral.

Ortega y Gasset.

Alguns anos vivi em Itabira. /

Principalmente nasci em Itabira. /

Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.

Uma rua começa em Itabira, que vai dar no meu coração.

Carlos Drummond de Andrade.

 

 

 

Feliz Natal e Ano Novo, amigos!

Felices Navidades y Feliz Año Nuevo!

Felican Kristnasko, samideanoj!

Bonan 2010!