Ano 7 - No 39 - Rio de Janeiro, maio-junho de 2003. Publicação bimestral

Aproxima-se a realização do VII Congresso Nacional de Lingüística e Filologia (25-29 de agosto, no Instituto de Letras na UERJ), como tem sido amplamente divulgado. Programação e informações atualizadas encontram-se em www.filologia.org.br/viicnlf. A inscrição de trabalhos já está encerrada, mas quem quer somente freqüentar ou assistir a um minicurso ainda pode fazê-lo, porém não convém deixar para a última hora. Estamos esperando a todos vocês!

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iii seminário superior da língua portuguesa

Este Seminário será realizado nos dias 21 a 25 de julho de 2003, no Instituto de Letras da UERJ. É um importante evento da Academia Brasileira de Filologia. Informações pelo telefone (21) 2569-0276 ou pelo e-mail pereira@uerj.br

O que você está vendo encima da asa do golfinho é um dispositivo eletrônico para poder monitorá-lo, a fim de proteger a espécie. Os golfinhos agradecem.

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VII Congresso nacional de lingüística e filologia

O VII CNLF será realizado no Instituto de Letras da Uerj (mesmo local dos últimos anos) nos dias 25 a 29 de agosto de 2003. Será em memória e homenagem ao filólogo Gladstone Chaves de Melo. Até esta data já há 430 inscrições de participantes. A programação atualizada encontra-se à disposição para consulta ou impressão em www.filologia.org.br/viicnlf

Também podem ser obtidas informações detalhadas sobre o evento com seu Coordenador Geral, Prof. José Pereira da Silva:

pereira@uerj.br

Tel/Fax.: (21) 2569-0276.

88o congresso universal de esperanto

Realiza-se nos dias 26 de julho a 02 de agosto de 2003, na cidade de Gotenburgo (Suécia), o 88o Congresso Universal de Esperanto.

Informações:

www.uea.org./esperanto/index.kongres.html

kongresoj@co.uea.org

38o congresso brasileiro de esperanto

Realiza-se em Belo Horizonte (MG) o 38o Congresso Brasileiro de Esperanto, patrocinado pela Liga Brasileira de Esperanto.

Informações:

www.esperanto.org.br

bel@esperanto.org.br

Tel.: (0xx61) 226-1928

Fax: 90XX610 226-4446

periódicos

revista philologus

Acabam de ser publicados os números 24 e 25 da Revista Philologus, correspondentes, respectivamente, a set/dez de 2002 e jan/abr de 2003. Cada número tem mais de 150 páginas e seu conteúdo é muito diversificado e interessante para os estudiosos das ciências da linguagem. Pode solicitar estes e outros números, assim como fazer assinatura, pelo telefax (021) 2569-0276 ou pelo e-mail pereira@uerj.br. Também podem ser lidos diretamente em www.filologia.org.br.

hispanista

HISPANISTA é a primeira revista eletrônica dos Hispanistas do Brasil.

Editora: Profa. Dra. Sueli Reis Pinheiro - Niterói - RJ

www.hispanista.com.br

tradução

Apresentamos um texto em português para que você o traduza para o espanhol. No próximo número publicaremos nossa tradução. Não se esqueça!

Uma aula de redação

A professora da turma disse aos alunos que se preparassem para fazer uma redação, porque tinham que aprender a redigir bem, pois já estavam no sexto período. Disse-lhes que pegassem uma folha pautada e escrevessem no cabeçalho seu nome, sobrenomes e a data. Depois que deixassem uma linha em branco antes e depois do título e que não se esquecessem das margens assim como das entradas nos parágrafos e que usassem adequadamente os sinais de pontuação tais como aspas e reticências, além do hífen e do travessão. Joãozinho perguntou se podia fazer um rascunho a lápis. Ela permitiu isso a todos, desde que soubessem calcular o tempo para escrever o texto com caneta, sem usar borracha nem fazer emendas. O tema proposto era: Uma viagem ao campo nas férias.

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos. CiFEFiL

Rua Visconde de Niterói, 512 / 97

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Tel./Fax.: (021) 2569-0276

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José Pereira da Silva

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Vito César de Oliveira Manzolillo

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Amós Coêlho da Silva

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O FILÓLOGO DE PLANTÃO

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Redator: Alfredo Maceira Rodríguez

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texto de gladstone chaves de melo

(Reproduzimos aqui parte de um capítulo de um livro do escritor homenageado no VII CNLF. Não deixe de ler o livro todo. Veja no final do texto).

O Estilo Brasileiro de Alencar

Foi Alencar, dos nossos escritores românticos, um dos que mais tiveram preocupação de estilo, cuidado da expressão. Basta cotejar a primeira e a segunda edição de Iracema, para ver um sem-conto de alterações, de novas redações, sempre em busca de melhor expressão. Basta ler, com espírito de observação, os seus grandes livros, para sentir bem essa luta pelo estilo, que lhe caracteriza a arte de dizer. Basta lembrar o testemunho do mesmo Alencar: “Entretanto, poucos darão mais, senão tanta importância à forma do que eu; pois entendo que o estilo é, também, uma arte plástica, porventura muito superior a qualquer das outras destinadas à revelação do belo.”

Por outro lado, no meu entender, nenhum dos nossos escritores conheceu tão fundamente e exprimiu tão belamente a alma brasileira, no que ela tem de característico, de distintivo, como o fez Alencar. Certo ele não foi psicólogo, não analisou, não penetrou os escaninhos da alma individual, não foi escritor do Homem. Mas, com sua intuição de artista, ele soube compreender o coração, a sensibilidade brasileira, a nossa maneira de interpretar a vida, o nosso sentimentalismo, o nosso amor à natureza, aquela esquisita “nostalgia do sertão”, do que fala GODEFROY RAMURES em Lês Brésiliens chez eux, o nosso desequilíbrio, a nossa imaginação ardente, a nossa facúndia, o nosso tropicalismo, a nossa constante e subterrânea tristeza, o nosso lirismo piegas, enfim, todos esses traços que conformam o temperamento brasileiro.

Mas Alencar não apenas sentiu, pela intuição, esses caracteres mas também estudou largamente, manuseando crônicas e alfarrábios, a formação nacional, atentou para os momentos mais significativos da história brasileira. Foi, conscientemente, intencionalmente, escritor brasileiro.

Mais. Ele próprio, como dito ficou, teve um temperamento profundamente brasileiro, foi bem uma expressão de sua gente, de sua terra.

Daí se vê como natural seria que o espírito, a alma brasileira, o coração do Brasil pulsasse nos seus escritos.

Qual o segredo da grande popularidade de Alencar, como se justifica o prazer que temos todos em lê-lo e relê-lo, todos, cultos ou ignorantes, como se explica o amor que o Brasil lhe consagra, senão porque ele foi um lídimo representante e fiel intérprete do espírito brasileiro? Já o notara o agudíssimo MACHADO DE ASSIS: ”Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira. E não é só porque houvesse tratado assuntos nossos. Há um modo de ver e de sentir que dá a nota íntima da nacionalidade, independente da face externa das coisas. O mais francês dos trágicos franceses é Racine, que só fez falar a antigos. Schiller é sempre alemão, quando recompõe Felipe II e Joana d’Arc. O nosso Alencar juntava a esse dom a natureza dos assuntos, tirados da vida ambiente e da história local. Outros os fizeram também; mas a expressão de seu gênio era mais vigorosa e mais íntima. A imaginação, que sobrepujava nele o espírito de análise, dava a tudo o calor dos trópicos e a gala viçosa de nossa terra.”

O estilo brasileiro de Alencar não só se faz notar nesse espírito, nesse “modo de ver e de sentir, que dá a nota mais íntima da nacionalidade”, caráter permanente e transcendente de toda a sua obra, mas também se concretiza no vocabulário brasileiro, e nas comparações e imagens tomadas à terra e à paisagem nossa.

MELLO, Gladstone Chaves de. Alencar e a “Língua Brasileira”.3. ed. /s.l./ Conselho Federal de Cultura, 1972. p. 52-54.

frases latinas

Iam ante Brasiliam ego. [Divisa de Porto Seguro, BA]. Eu já existia antes do Brasil.

Ibi iacet lepus. [Rabelais, Gargantua 1.29]. Aí é que está a lebre. nÉ aqui que a porca torce o rabo. nÉ aqui que a coisa pega. ||VIDE: lHic haeret aqua. lHic iacet lepus.

Igne semel tactus, timet ignem postmodo cattus. [DAPR 287]. O gato que uma vez foi tocado pelo fogo, depois sempre teme o fogo. nGato escaldado tem medo de água fria. nCachorro mordido de cobra tem medo de lingüiça. ||VIDE: lFelis aqua calida perfusus callidus exit: fit cautus, gelidam dum fugit, ipse cattus! lHorrescit gelidas felis adustus aquas. lQui semel effugit naufragus, horret aquas.

Ibi est cogitatio mea ubi est quod amo. Meu pensamento está onde está aquilo que amo. nOnde a galinha tem os pintos, lá se lhe vão os olhos. ||VIDE: lIbi sum, ubi cogitatio mea est; ibi est frequenter cogitatio mea, ubi est quod amo.

Ibi deficit orbis. [Rezende 2417]. Aqui acaba o mundo. ||VIDE: lHucusque, nec amplius. lNe plus ultra. lNec plus ultra. lNon plus ultra. lNon ultra.

Fonte: KOCHER, Henerik (Org.) Dicionário de Expressões e Frases latinas: Página dos Provérbios.

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“Página dos Provérbios”