Ano 5 - N o 25 - Rio de Janeiro, jan-fev de 2001. Publicação bimestral.

Aqui estamos com o primeiro número do ano, do século e do milênio. Esperamos que haja mudanças para melhor. Aos que nos dedicamos às ciências da linguagem cabe-nos uma grande responsabilidade, pois com o avanço da ciência e da tecnologia é tal o bombardeio de informações que cada vez temos mais dificuldade de selecioná-las e processá-las. Parece que se aceita tudo, que tudo é válido. É preciso pôr ordem no caos, parar para pensar e ouvir, aceitando o novo, sem deixar-nos ofuscar por ele.

PROF. EVANILDO BECHARA - NOVO IMORTAL

Foi com grande satisfação que os membros do CiFEFiL receberam a notícia da eleição de seu sócio honorário, Prof. Dr. Evanildo Cavalcante Bechara, para membro da Academia Brasileira de Letras, na cadeira que pertenceu ao acadêmico Afrânio Coutinho. A longa dedicação do Prof. Bechara ao ensino e pesquisa da língua portuguesa é bem conhecida por todos, desde estudantes secundários até pesquisadores nacionais e estrangeiros. Aos muitos votos de felicitações que vem recebendo, somam-se os mais entusiastas de O Filólogo de Plantão.

 

Já trocou de carro este ano? Se ainda não, que tal este modelo? Tem outras cores.

RAFAEL LAPESA

Faleceu em Madri, no 01/02/01, aos 92 anos, o mais antigo membro da Real Academia Espanhola da Língua, o filólogo e lingüista, Prof. Rafael Lapesa Melgar. Foi eleito membro da Academia em 1950. Publicou mais de 300 títulos, entre eles Historia de la Lengua Española. Dedicou sua vida ao estudo e à divulgação da língua espanhola até pouco antes de falecer. Numa entrevista concedida ao jornal El País, por ocasião do cumprimento de seus 90 anos, pronunciou as palavras sobre o espanhol, que aqui reproduzimos: "Cada vez hay más hispanos que viven en Estados Unidos y una lengua tiene un valor psicológico sobre aquellos que la viven y la hablan. El español es la tercera lengua en influencia tras el inglés y el chino, y su futuro no está en absoluto amenazado. El inglés nunca logrará arrinconar al español. Además, pese a sus pequeñas y a veces no tan pequeñas diferencias dialectales, el español se ha mantenido unido en América y en Europa".

Fonte: El País. Madrid, 02/02/01

FIM DE FÉRIAS

Terminadas ou prestes a terminar as férias escolares, começam as atividades em congressos seminários e outros eventos. Comunique-nos o de seu interesse para publicá-lo aqui.

 

v congresso nacional de lingüística e filologia
Em homenagem a serafim da silva neto

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos

27 a 31 de agosto de 2001

Informações e inscrições:

Home page www.filologia.org.br

Pelo correio tradicional:

Coordenação Geral do V CNLF.

A/C de José Pereira da Silva.

Rua Visconde de Niterói, 512/97.

20943-000 - Rio de Janeiro - RJ.

Pessoalmente:

Centro Filológico Clóvis Monteiro

Instituto de Letras da UERJ

Por e-mail: pereira@uerj.br

Por tel. ou fax, com a Secretária:

(021) 569-0276 ou (021) 9619-6114

ESTILO

 

Em geral, o estilo de um escritor é o reflexo fiel de seu íntimo. Quem quiser escrever num estilo claro, deverá ter primeiro clareza na alma; e quem quiser escrever num estilo magnífico, deverá ter um caráter grandioso.

GOETHE (1749-1832)


Caia eu também, sem esperança / porém tranqüilo, / Inda, ao cair, vibrando a lança / Em prol do Estilo.

(OLAVO BILAC (1865-1918)

 

 

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Visite!

CiFEFiL - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos Lingüísticos

CASÓRIO

Será realizado no próximo mês de abril o enlace matrimonial da Srta. Daniela Bonfim dos Anjos com o Diretor de Relações Públicas do CiFEFiL, Prof. Dr. Afrânio da Silva Garcia. Ao novo casal, votos de muita felicidade de O Filólogo de Plantão.

 

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos

Rua Visconde de Niterói, 512 / 97

CEP: 20943-000 Rio de Janeiro -RJ

Tel./Fax.: (021) 569-0276

e-mail: pereira@uerj.br

Diretor-Presidente:

José Pereira da Silva

Vice-Diretor:

Maria Lúcia Mexias Simon

1o Secretário:

Alfredo Maceira Rodríguez

2o Secretário:

Ruy Magalhães de Araújo

Diretor Cultural:

Aileda de Mattos Oliveira

Vice-Diretor Cultural:

Cristina Alves de Brito

Diretor Financeiro:

Amós Coêlho da Silva

Vice-Diretor Financeiro:

Salatiel Ferreira Rodrigues

Diretor de Relações Públicas:

Afrânio da Silva Garcia

Vice-Diretor de Relações Públicas:

Álvaro Alfredo Bragança Júnior

Diretor da Revista Philologus:

Nataniel dos Santos Gomes

Vice-Diretor da Revista Philologus:

Vito César de Oliveira Manzolillo

Domínio do CiFEFiL

http://www.filologia.org.br


 

O FILÓLOGO DE PLANTÃO

Redator: Alfredo Maceira Rodríguez

Rua Brasilina, 34 / 204

21350-060 - Cascadura - Rio de Janeiro - RJ

Tel.: (0XX21) 593-1960

e-mail: alfredo.ntg@terra.com.br

home page: www.filologia.org.br/alfredo

Sobre A FILOLOGIA

 

As professoras Aileda de Mattos Oliveira e Cristina Alves de Brito, respectivamente, Diretora e Vice-Diretora Cultural do CiFEFiL, estão organizando, um encontro de filólogos a ser realizado no próximo mês de maio, no Rio de Janeiro. O evento, tem por finalidade principal informar os estudantes e o público em geral sobre a importância da Filologia nos dias de hoje, visto que ainda perdura bastante confusão a respeito de sua utilidade e do interesse de seu estudo. Serão convidados filólogos e estudiosos de universidades brasileiras como palestrantes. No próximo número daremos informações mais detalhadas. A seguir, para provar que a desinformação sobre a Filologia é antiga, transcrevemos alguns parágrafos, extraídos da Introdução ao estudo da Filologia Portuguesa, do Prof. Serafim da Silva Neto, o homenageado do CiFEFiL no V Congresso Nacional de Filologia e Lingüística:

“A Filologia, entre nós, não goza de bom conceito. Confundem-na com o simples conhecimento prático da língua e, o que é mais e pior, identificam-na com os exageros e a desorientação disso a que pejorativamente se chama purista, figura tão propícia ao ridículo.

Correm, assim os filólogos, o cruel risco de ser considerados intolerantes, e intratáveis, incapazes de sentir e compreender uma obra de arte, preocupados, tão somente, com a míope fiscalização dos galicismos, dos barbarismos ou dos solecismos.

De certo é obrigação elementar de todo homem bem educado falar e escrever corretamente a sua língua. A linguagem classifica socialmente os indivíduos: cumpre, portanto, que as classes mais bem dotadas, cônscias de suas responsabilidades, cultivem a língua vernácula”.

“A língua é um poderoso vínculo da unidade nacional: é um símbolo que une e estreita fortemente os grupos humanos que se comunicam por seu intermédio.

É fenômeno conhecido aos que estudam as Ciências Sociais que a desnacionalização de um povo começa pelas infiltrações estrangeiras no idioma nacional, cujo sistema pouco a pouco se vai desorganizando”

“...é preciso que não nos entreguemos ao Purismo, de pés e mãos atados. O Purismo é uma arma bigúmea; se, de um lado, pela defesa das línguas vernáculas, presta bons serviços - de outro corre o risco de contribuir para empobrecer a língua, pois levanta um obstinado muro, que opõe feroz intransigência a qualquer penetração de neologismos.

O Purismo é uma exagerada e exclusiva imitação do passado, é deturpação, é imobilidade morta. O passado não deve ser um modelo cristalizado e hirto, mas um modelo em perpétuo movimento, constantemente vivificado e enriquecido”.

“Por mais nobre, portanto, que nos pareça a defesa inteligente das formas vernáculas, a Filologia é outra coisa. Para ela a língua é uma expressão de cultura e, como tal as estuda. Interessam-lhe, assim, os falares das sociedades não alfabetizadas tanto quanto a expressão artística dos grandes escritores”.

SILVA NETO, Serafim da. Introdução ao estudo da Filologia Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1956. p. 11-13.


TRADUÇÃO AO ESPANHOL

Como prometemos, apresentamos um texto em português para que você o passe para o espanhol. Confira com nossa tradução no próximo número.

O fumante

Conheço um homem já de certa idade que tem muitas qualidades, mas também um grande defeito: É um fumante inveterado. Segundo me disse, começou fumando um cigarro de brincadeira, com os amigos, mas quando se deu conta já estava fumando um maço por dia. O pior é que não parou aí. Do cigarro passou à cigarrilha, desta ao charuto e não parou mais. Qualquer tipo de fumo lhe serve. Pode ser de cachimbo, de piteira ou o que vier. Só não pode parar de fazer fumaça. Campanhas como O fumo faz mal à saúde não tem efeito para ele. Sabe as doenças que o fumo pode causar, mas acha que isso só acontece com os outros. Para ele, a vida sem cigarro não vale a pena.


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Fiat voluntus tua
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