Ano 5 - No 30 - Rio de Janeiro, nov-dez de 2001. Publicação bimestral.

 

Chegamos ao final do ano com a nossa publicação em dia. Esperamos que continue saindo sem atraso no ano que vem. Desejamos-lhe Boas Festas de Natal e Ano Novo, assim como tudo de bom em 2002. Se você perdeu algum número, peça-o porque podemos remetê-lo por e-mail ou por correio. Também pode ver e até baixar todos os números na internet em: www.filologia.org.br, na seção Publicações. Envie-nos suas opiniões. Saudações Filológicas!

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ÄRETROSPECTIVA

Chegamos ao número trinta de O Filólogo de Plantão. Publicação modesta, sem pretensão de promover mudanças nem de tomar partido por nenhuma corrente das ciências da linguagem, procuramos divulgar os eventos principais e contribuir com algum grão de areia ao desenvolvimento e divulgação das matérias de interesse de todos nós. Presenciamos com satisfação o progresso do CiFEFiL e esperamos que esse progresso continue, devido ao esforço e participação de todos. Agradecemos as sugestões que nos têm sido feitas no decorrer desse período e espero poder contar sempre com a colaboração dos amigos leitores.




Paz no mundo. É do que mais precisamos neste milênio, que começou com tanta violência.



ALMANAQUE CIFEFIL

Como informamos no número anterior, já está à venda o CD-ROM com o Almanaque CiFEFiL, contendo, entre outras matérias, os trabalhos dos membros que foram publicados até o ano de 2000. Imperdível. Solicite-o ao Prof. José Pereira. O preço é apenas R$ 15,00.

VI CNLF

O VI Congresso Nacional de Lingüística e Filologia será realizado no Instituto de Letras da UERJ (R J) nos dias 26-30 de agosto de 2002. A divulgação do andamento dos preparativos irá sendo feita até lá, mas, desde já, vá contando com isso.

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CONGRESSO UNIVERSAL DE ESPERANTO

Será realizado em Fortaleza (CE) o 87o Congresso Internacional de Esperanto nos dias 3-10 de agosto de 2002. É a segunda vez que se realiza no Brasil e espera-se grande afluência de esperantistas dos mais diversos países. Informes:

Liga Brasileira de Esperanto

Caixa Postal 03625

70084-970 - Brasília - DF

www.esperanto.org.br

DOMÍNIO DE FILOLOGIA

www.filologia.org.br


Não deixe de visitar. Está sendo atualizada pelo webmaster Marcílio Pereira.

 

COITADINHO DO PÔR

Como ocorre com os mortais, há palavras que não têm sorte. Senão vejamos um verbo que cada vez está sendo menos usado: pôr

Do latim pónere > ponére > põer > poer > pôr. Não bastassem as perdas de matéria morfológica, ainda houve quem lhe quisesse atribuir a responsabilidade de uma nova conjugação, que seria a 4a. Ainda bem que o bom senso prevaleceu e deixaram-no ficar na 2a, mesmo porque seria difícil explicar as flexões em -õe: pões, põe, põem, etc. Mas não é só isso. É fácil observar sua substituição por colocar. Não se põem mais os livros na estante: colocam-se. E assim ocorre em quase todos os casos que exigem seu uso. Por enquanto, as galinhas ainda põem ovos, mas, pelo andar da carruagem, quem sabe se não os vão colocar. Vicente de Carvalho faz uma deliciosa rima rica interna com pomos (frutas de pomar) e pomos (do verbo pôr):

“Essa felicidade que supomos, / Árvore milagrosa que sonhamos /

Toda arreada de dourados pomos /

Existe, sim: mas nós não a alcançamos / Porque está sempre apenas onde a pomos / E nunca a pomos onde nós estamos.”

Bem, vou colocando (digo pondo) um ponto final neste texto, mas, como estamos em época de festas, vamos dar a palavra a gente famosa que falou de felicidade.

 

CiFEFiL - Círculo Fluminense de Estudos Filológicos Lingüísticos

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opiniões sobre a Felicidade

“Felicidade - sonho sombrio! / Feliz é o simples que sabe ser / como o ar, as rosas, a árvore, o rio: / simples, mas simples sem o saber.”

Guilherme de Almeida (1890-1969). Simplicidade.

“Só há um jeito de viver a vida: é ter espírito religioso. Explico melhor: não se trata de ter espírito católico ou budista, trata-se de ter espírito religioso pra com a vida, isto é, viver com religião a vida. Eu sempre gostei muito de viver, de maneira que nenhuma manifestação da vida me é indiferente.”

Mário de Andrade (1893-1945). A lição de amigo, I.

“Para o homem da cidade, ser feliz se traduz em ‘ter coisas’: ter apartamento, rádio, geladeira, televisão, bicicleta, automóvel. Quantas mais engenhocas mecânicas possuir, mais feliz se presume. Para isso se escraviza, trabalha dia e noite, e se gaba de bem sucedido. O homem daqui, seu conceito de felicidade é muito mais subjetivo: ser feliz não é ter coisas; ser feliz é ser livre, não precisar de trabalhar. E, mormente, não trabalhar obrigado.”

Rachel de Queiroz (1910). 100 crônicas escolhidas.

“Quantas vezes a gente, em busca da ventura, / Procede tal e qual o avozinho infeliz: / Em vão, por toda parte os óculos procura, Tendo-os na ponta do nariz”.

Mário Quintana (1906-1994). Espelho mágico.

“Renda anual vinte libras, despesa anual dezenove libras, dezenove xelins e seis pence, resultado: felicidade. Renda anual vinte libras, despesa anual vinte libras, zero xelins e seis pence, resultado: miséria.”

Charles Dickens (1812-1870). Da-vid Coperfield, XII



Apud RÓNAI, Paulo. Dicionário universal de citações.São Paulo: Círculo do Livro, 1985.


 


 Calendários 

O calendário romano tem início no séc. VII a.C. Começava em março e tinha dez meses, somando 304 dias. Ainda no mesmo século foram-lhe acrescentados os meses de janeiro e fevereiro. Como os meses tinham 29 ou 30 dias, intercalava-se um mês extra a cada dois anos. Era um cálculo complicado porque se inicia nas calendas (primeiro dia de cada mês). No ano 45 a. C., Júlio César decidiu estabelecer um calendário estritamente solar, contando 365 o ano normal, com um ano bissexto a cada quatro anos. Este calendário, conhecido como juliano, instituiu os meses e os dias na ordem em que se encontram atualmente, porém o ano juliano era 11 minutos e 14 segundos maior que o anos solar. Em 1582, o equinócio da primavera ocorreu dez dias antes e as festas da igreja não foram realizadas nas estações apropriadas, pelo que o papa Gregório XIII promulgou um decreto eliminando 10 dias do calendário, estabelecendo que os anos centenários divisíveis por 400 deveriam ser bissextos. O calendário judeu não se altera desde o ano 900. Parte do ano 3761 a.C. O calendário islâmico inicia-se no ano 622, ano da hégira.


 

TRADUÇÃO

Apresentamos nossa tradução para o espanhol do texto do número 29. Repetimos aqui o texto:

Um dia de compras

Ontem de manhã fui a um shopping porque precisava comprar alguns objetos de uso pessoal. Andei pelos corredores olhando as vitrinas de algumas lojas. Entrei em uma, aproximei-me do balcão e pedi meias de homem. A vendedora mostrou-me meias de muitos tipos e cores. Comprei um par cinza com xadrez azul e outro puxando a roxo. Saí da loja, desci pela escada rolante e entrei noutra loja para comprar camisas, calças e uma gravata. Depois ainda comprei cuecas, lenços, cintos, um chapéu e um guarda-chuva. Como já estava com muitos embrulhos, tive que deixar o resto das compras para depois de amanhã.

Traducción

Un día de compras

Ayer por la mañana fui a una gran superficie porque necesitaba comprar algunos objetos de uso personal. Anduve por los pasillos mirando los escaparates de algunas tiendas. Entré en una, me acerqué al mostrador y pedí calcetines. La dependienta me enseñó calcetines de muchos tipos y colores. Compré un par gris a cuadros azules y otro tirando a violeta. Salí de la tienda, bajé por la escalera mecánica y entré en otra tienda para comprar camisas, pantalones y una corbata. Después todavía compré calzoncillos, pañuelos y cinturones, un sombrero y un paraguas. Como ya estaba con muchos paquetes, tuve que dejar el resto de las compras para pasado mañana.

 

lembretes

     1. Visitar www.filologia.org.br

                         2.  Pagar a anuidade do CiFEFiL

                                             3. Comprar o Almanaque CiFEFiL.

                                                                 4. Enviar sugestões ao Redator

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Felices Navidades y Próspero Año Nuevo

Marry Christmas and Happy New Year

Joyeux Noël

Bonan Kristnaskon kaj Prosperan Novan Jaron