ARAKNE
No texto
em que teço
a trama
que em versos
revelo
veladamente
me exponho
e espelho.
E te convoco
a devassar
e desvelar
todo o tecido
fio por fio
no emaranhado
da tessitura
em que o meu
e o teu desejo
se buscam
e imbricam
na luz
que é sombra
de algo mais.
E no prazer
de nos devassarmos
nos iludimos
na crença tola
de que esgotamos
tudo de nós.