LEGENDA
Votou em si, no seu futuro, no seu só ter.
Perdeu a senha do bem comum, do dividir.
Perdeu-se. Subiu bem alto e, lá de cima,
Baixou os olhos, e viu miséria.
Não se abalou, na escala louca do carro novo.
Construiu
a mansão a ser invadida.
Comprou
o ouro a ser roubado.
Criou
o império a ser falido.
Produziu
a mercadoria a ser encalhada.
E acumulou
os bens a serem confiscados.