dicionários houaiss da língua portuguesa
um breve percurso: do míni ao eletrônico[1]

Érica Santos Soares de Freitas

 

Encontramos uma estranha pegada nas areias do desconhecido.

Formulamos teorias profundas, uma após a outra, para mostrar sua origem.

Finalmente, conseguimos reconstituir a criatura que deixou a pegada.

E vejam ! A pegada é nossa !

(Sir Arthur Stanley Eddington)

 

INTRODUÇÃO

Através da memória social, a informação das primeiras sociedades humanas era relembrada e transmitida por pessoas mais velhas: menestréis, gritos, pajés, que o conhecimento se compartilhava oralmente. Difundiam-se os mitos por meio de rituais apropriados a fim de se preservar alguma particularidade que pudesse ser esquecida.

Surgindo a escrita, de início pictográfica, qualquer material que pudesse deixar marcas passou a ser suporte da informação: pedras, tijolos de cerâmica, tabuinhas de madeira ou o primitivo papel de papiro. Depois, ideográfica, usava os mesmo suportes; evoluiu para o alfabeto e houve uma diversificação paralela: rolos de papiro, pergaminho, papéis rudimentares feitos de panos, de madeira, com o emprego de produtos químicos.

A forma canônica do saber era a narrativa e houve a possibilidade de crítica e a exigência de verdade, devido ao distanciamento físico entre o autor da mensagem e seu futuro receptor, “o que conduziu a uma preocupação com a universalidade e à objetividade por parte do emissor e à necessidade de uma atividade interpretativa explícita por parte do receptor (LÉVY, 1993). Daí o surgimento da interpretação e, conseqüentemente, da teoria (explicação, fundamentação, exposição sistemática). Sobretudo a partir do Renascimento e da invenção da imprensa, os textos passaram a apresentar uma grande diversidade de formas,: diplomas, livros, mapas. No século XIX, desenvolveram-se outros tipos de suporte, como o fotográfico - partindo do daguerreótipo, fotografia, microfilme - associado ao desenvolvimento do registro de som e sua teletransmissão, surgindo filmes sonoros, programas de rádio, televisão e registro em vídeo com o uso de recursos audiovisuais.

Com o advento da informática e a possibilidade de comunicação em tempo curto ou mesmo real, imediato, a informação eletrônica e digitalizada evoluiu para o registro e guarda em cartões, fitas, discos magnéticos, microfilmes, discos óticos, compactos. Hoje em dia, o hipertexto tornou-se comum e é fato que, cada vez mais, utilizar-se-á a informática para transmissão de informação. Com, isso, além de empresas e pessoas jurídicas em geral, todo usuário dessa tecnologia de informação que possua um microcomputador necessita de uma base de referência para seus dados, seja para decodificá-los ou simplesmente saber um pouco mais sobre eles. Logo, faz-se necessário um dicionário.

O dicionário é uma obra que reúne por ordem alfabética e explica, de maneira ordenada, o conjunto de vocábulos de uma língua ou os termos próprios de uma ciência ou arte. Há também dicionários que explicitam o significado das palavras e a sua correspondência em outros idiomas. Esses livros especiais classificam-se de acordo com seus objetivos didáticos e finalidades a que se propõem. Fonte de informação de uma língua, é extremamente necessário; é a primeira obra de consulta a que se recorre para saber, entre outras, o significado de uma palavra, checar sua ortografia, conferir sua pronúncia ou, inclusive, sua categoria gramatical. Além de servir como material de apoio, podemos elevá-lo à categoria de material didático, em atividades como: desenvolvimento de vocabulário, gramática, pronúncia, uso de língua, cultura, leitura e interpretação de texto. Contudo, para que essas atividades tenham um bom resultado, é preciso que o usuário saiba qual o tipo de dicionário mais adequado para seus objetivos específicos, que há uma grande variedade no mercado.

Além dos tradicionais dicionários impressos, há vários dicionários chamados eletrônicos, nos quais podem se reunir informações muitas vezes mais analíticas que na forma impressa, devido à sua forma, digital e compacta, proporcionando um maior armazenamento de dados. Instalados em microcomputadores, possuem a facilidade de não ser necessário um local físico para ser guardado, além de serem rápidos na busca da informação.

Este trabalho visa, portanto, uma comparação entre as formas de apresentação de um mesmo dicionário: Houaiss da língua portuguesa – seu formato impresso (Dicionário Houaiss da língua portuguesa) e digital, em cd-rom (Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa)[2]. Não se pretende apontar qual deles é o dicionário ideal, tampouco assegurar a um deles uma melhor consulta em detrimento do outro, mas sim mostrar suas diferenças e apontar qual pode ser mais apropriado em determinada situação para seus usuários. Não nos esquecemos do Minidicionário Houaiss da língua portuguesa[3], lançado quase simultaneamente ao DH, porém de menor importância, pois “o objetivo deste dicionário foi ser essencialmente funcional e prático, uma ferramenta eficiente, capaz de estar sempre à mão de quem dele precise, mas sem perda da qualidade do Dicionário Houaiss” (Ibidem.).

Como trataremos de alguns termos de uma área de especialidade, ou seja, a Informática, foi necessária a elaboração de um glossário, incluído ao final do trabalho, a fim de não se inserir a todo momento explicações para eles, pois “los términos son unidades léxicas, activadas singularmente por sus condiciones pragmáticas de adecuación a um tipo de comunicación. Se componen de forma o denominación y significado o contenido” (CABRÉ, 1999). Estão destacados no texto em itálico negrito (p. ex.: link) e organizados por seus primitivos quando palavras derivadas (como digitação – ver digitar), em ordem alfabética, cuja microestrutura foi retirada do DEH ipisis litteris, quase sempre da acepção terminológica da informática, direcionada ao trabalho proposto, que “los conceptos de um mismo âmbito especializado mantienen entre si relaciones de diferente tipo” (Ibidem).

As figuras indicadas em notas ao longo do trabalho também estão ao seu final, conforme indicação, como anexos.

 

HISTÓRIA DO DICIONÁRIO HOUAISS
DA
LÍNGUA PORTUGUESA

Muitos, inclusive os da área humanística, tinham pouco ouvido falar de Houaiss antes de ser lançado o seu dicionário. Um dos maiores filólogos e lexicógrafos que o Brasil teve, Antônio Houaiss trabalhou muito; iniciados aos dezesseis anos, seus trabalhos são de grande valia para o mundo lusófono, seja como diplomata de carreira, ministro da Cultura ou presidente da Academia Brasileira de Letras. Infelizmente, não pôde ver o resultado  final de sua grande obra; as pesquisas para a elaboração do dicionário, concluídas em 2000, pouco mais de um ano após seu falecimento, foram concretizadas no lançamento do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, no início de 2001, pelo instituto fundado com seu próprio nome, junto com Francisco Manoel de Mello Franco e Mauro de Salles Villar.

No início de 1985, deu inicio a produção do dicionário, interrompida por cinco anos devido à falta de patrocínio. Logo após a inauguração do Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia, em 1997, reiniciou-se a elaboração da obra. Contanto com duas fases, o projeto foi constituído por uma grande equipe, dividida entre: diretores (os fundadores do instituto),  redatores-lexicógrafos, redatores de elementos mórficos, redatores etimologistas, redatores datadores, pesquisa e assistência editorial, tradutores, colaboradores externos (para as mais diversas áreas de especialidades, como Biologia, Direito, Física, entre outras), colaboradores de africanismos e asiatismos, equipe administrativa, assistência administrativa, corpo auxiliar, normalização das referências bibliográficas, revisores, informatização, projeto gráfico, criação da tipologia Houaiss e editoração eletrônica. Diante da tamanha extensão do grupo, espera-se que a obra englobe “não o lado quantitativo do acervo vocabular, para possibilitar que o todo possa ser de todos, como informem nesse todo elementos que em última análise dêem rica amostragem histórica do que o forma. (HOUAISS, op. cit.)

Poucos meses depois, lançou-se o Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Contanto com uma equipe editorial mais reduzida, é uma versão bastante sucinta do dicionário impresso, mas não lacônica. Com 30.815 entradas, pretende ser conciso e informa-nos que, caso não entendamos alguma das palavras utilizadas na microestrutura, procuremo-la no próprio dicionário. Não é um costumeiro formato de bolso; diferencia-se de seu concorrentes por ter tamanho diferenciado para esse tipo de obra, (A6)[4]. Mostraremos durante esse trabalho, quando necessário, algumas de suas peculiaridades.

Ao final do mesmo ano, lançou-se o Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, versão informatizada da mesma obra. Aqueles se diferenciam deste pela falta de espaço – e por razões econômicas – que os dicionários impressos muitas vezes não podem fornecer todas as informações a respeito de todas as possibilidades de ocorrência ou omissão de complementos. Geralmente, nos dicionários eletrônicos não há o problema de espaço, porém persistem as dificuldades de elaboração detalhada dos verbetes; podemos dizer que neste isso não aconteceu, uma vez que dados foram transferidos do arquivo da versão impressa e depois, enriquecidos. Evidentemente, pode e deve haver mais informações no dicionário informatizado do que nos dicionários tradicionais, o que também acontece no Houaiss: patrocinado pela Petrobrás, sua versão digital permite termos o acesso a todos os verbetes da versão impressa, além de incluir muitos links e outras ferramentas de uso, facilitando-nos a pesquisa.

 

CHAVE DOS DICIONÁRIOS

Introdução mais aprofundada da obra, a

Chave do dicionário mostra nada menos de 26 indicações que podem ter cada verbete. Pela primeira vez surgiu a data em que um verbete entrou no português e a fonte dessa datação, como, ainda, os antônimos, alteração da classe gramatical, ortografias históricas, etc. Além da Chave do dicionário foram redigidos o Detalhamento dos Verbetes, Os Verbos, Lista Geral de Reduções e Bibliografia das Fontes de Datação e Etimologia[5].

No DH, há duas maneiras de vermos essa chave: uma é no próprio livro, outra através de um anexo; por ser solto do livro, é fácil de ser manipulado. Ao seu final, informa-nos que caso não encontremos o que procuramos, devemos ir até a página XVI do DH (onde há a chave completa), logo após a indicação da equipe editorial, o prefácio de Houaiss e a apresentação de Villar. Em seguida, há o “Detalhamento dos verbetes e outras informações técnicas”, subdividido em Entrada, Campo da ortoépia e da pronúncia, Campo da datação, Campo do conteúdo ou das definições, Subcampo do plural com sentido próprio, Subcampo das locuções e da fraseologia, Campo da gramática, ou da gramática de uso, ou do uso, Campo da Etimologia (com quadros de transliteração do alfabeto grego, de vogais e de consoantes), Campo dos sinônimos, Campo dos Antônimos, Campo dos coletivos, Campo dos homônimos e dos parônimos, Campo das vozes de animais, Campo da onomasiologia, encerrando com a Ordem completa dos elementos componentes de um verbete, pela qual temos a visão de estrutura de cada verbete.

no MDH, mais reduzida que a do DH, é chamadaChave do uso” e aparece após a apresentação da equipe editorial, as palavras iniciais de Villar e um tópico chamado “Este dicionário”, dividido em 21 subtópicos; acreditamos que é parte das informações de sua chave, como o detalhamento o é para a chave do DH, complementando-a, visto que nos indica o que fornece o dicionário, como apresentação do verbete em sua macroestrutura (p. ex. as locuções ganharam verbetes autônomos, que se seguem à definição da palavra-chave – por exemplo, com água na boca vem a seguir a água), algumas informações gramaticais, homonímias e outras, numa linguagem mais clara e direta, acessível a qualquer tipo de leitor.

No DEH há uma cópia fiel da versão do DH, no ícone ajuda > conhecendo o dicionário. Contudo há uma informação bastante útil e diferente; em seu encarte, após os tópicos Apresentação, Configuração mínima, Instalação, Como iniciar, Registro, Suporte técnico e Garantia e limitações de uso, os quais abordaremos mais tarde, há a “Estrutura do verbete”, e depois uma breve explicação do que é apresentado em sua microestrutura. Dividida em três partes, mostra-nos o que há de informação no verbete e como devemos pesquisá-la, através de seu cabeçalho, corpo e elementos.

 

VERBOS

Embora não seja função de um dicionário possuir um paradigma das conjugações verbais, visto que é função de uma gramática, os três dicionários apresentam, de maneiras diferentes, um campo para os verbos.

No DH, intitulariza-se “Os Verbos” e traz toda e qualquer informação que possa existir sobre os verbos da língua portuguesa, informando e explicando o que é número, pessoa, modo, tempo, voz, aspecto, conjugação, regularidade, irregularidade, intensidade, sínclise, formação dos tempos simples, seguido de umQuadro das conjugações”, através do qual é possível observar o paradigma dos verbos regulares, divididos em tempos e modos (voz ativa, voz passiva analítica e voz reflexiva).

Na versão míni, o tópico chama-se “Conjugação dos verbos” e é assinado por Vera Cristina Rodrigues Feitosa. Diferente do DH, há indicação das formas rizotônicas e arrizotônicas e possui 32 paradigmas de conjugação, informando que cada um dos verbos do dicionário remete-se a um dos modelos. Além disso, subdivide as irregularidades em vários tipos, explicando a diferença entre verbos irregulares, anômalos, defectivos e abundantes. Também há, separadamente, um modelo para os verbos compostos, diferente do DH em que faziam parte de cada um dos paradigmas .

Como não há a falta de espaço, a versão eletrônica possui a conjugação completa de todos os verbos da língua portuguesa. Ativando o recurso conjugação de verbos, é digitar o verbo a ser conjugado e aparecerá sua conjugação completa. Ferramenta bastante útil, é uma maneira rápida e completa para se consultar, sem dúvidas, os verbos do português. A classificação de cada um aparece marcada (regular, irregular, defectivo, abundante), além de haver uma caixa de observações, na qual apresentam-se esclarecimentos de cunho gramatical referentes ao verbo.

 

ABREVIATURAS

Como o próprio Houaiss indica, a abreviação é a

... representação escrita de uma palavra grafando-se apenas algumas de suas sílabas ou letras; abreviatura; redução literal, ger. de uso e valor circunstancial, variável de obra para obra, de autor para autor [Na medida em que se tornam de uso geral, entram na categoria de abreviaturas[6].

Portanto, cabe ao autor, muitas vezes, criar suas próprias abreviações e indicá-las aos leitores.

No impresso DH, o tópico é chamado “Lista geral de reduções” e possui seis páginas. O verso do anexo, citado na Chave do dicionário, contém uma boa parte das abreviações e informa-nos logo no início que para consulta da lista completa devemos pesquisar no próprio dicionário.

No MDH, há um nome diferente para esse tópico: “Abreviações e sinais”. Mais reduzido que no DH (três páginas), o tópico contém não somente as reduções, mas também algumas indicações (sinais), pertencentes, nas outras versões, às chaves dos dicionários. Em seguida, inicia-se o dicionário.

Mesmo com bastante espaço disponível, a versão eletrônica também possui suas abreviações, chamando-as de “Reduções utilizadas” e, inclusive, uma redução destas, na qual há a indicação que encontramos a lista completa através de um outro acesso do programa, cujo funcionamento mostraremos em breve.

 

BIBLIOGRAFIA DOS DICIONÁRIOS

Questão bastante difícil e vasta é a bibliografia de uma obra como a de Houaiss. Bibliografia é a relação das obras consultadas ou citadas por um autor na criação de determinado texto” (Ibidem). Conforme o próprio filólogo,

Seria impraticável minuciar todas as publicações e afins de que nos servimos para consulta nos dez anos transcorridos durante a feitura deste dicionário. A bibliografia que se segue, porém, procura ser tão exaustiva como o possível, e não inclui as obras utilizadas no trabalho de datação e etimologia - estas, objeto de outra listagem (Ibidem.).

Após as reduções, no DH há a “Bibliografia das fontes de datação e etimologia”. Com dezoito páginas, incluem-se, por ordem alfabética das abreviaturas aplicadas, obras de referências em geral, textos literários e não literários. Último tópico do livro, em seguida se  inicia a parte do dicionário; ao final deste, seguem-se por nove páginas as chamadasReferências bibliográficas”.

no minidicionário, não nenhum tipo de indicação bibliográfica, nem sugestão de pesquisa na versão DH, em cuja base foi retirado quase todo o MDH.

Entretanto, quando procuramos dentro da versão digital algo sobre bibliografia, encontramos, como no DH,  não somente as “Referências bibliográficas”, mas também as “Bibliografia das fontes de datação e etimologia”, chamadas no menu por  “Bibliografia de datação” e “Bibliografia do dicionário”, respectivamente.

 

ESTRUTURA DOS VERBETES

Abordada brevemente quando mostramos as chaves dos dicionários, a estrutura de cada verbete é essencial para que possamos aproveitar ao máximo as informações que nela constam, visto que é, literalmente, a organização, disposição e ordem dos elementos essenciais que compõem o verbete.

Tanto no DH quanto no MDH, o verbete é apresentado de uma maneira “tradicional”, ou seja, logo após sua entrada, há várias informações sobre ele na microestrutura, a qual pode conter, como visto, remissões, abonações, informações gramaticais, entre outras.  Evidente que no míni são menores as quantidades de acepções. O que os diferenciam, muitas vezes, é um verbete ser bastante esmiuçado no DH, isto é, dentro de sua microestrutura há quase todas as suas locuções e usos, e no MDH não, ou seja, a informação é breve, mas um maior número de entradas, pois um verbete para cada acepção abordada. De uma maneira geral, a idéia que o míni deveria reduzir espaço é, muitas vezes, falsa, que ao limitar o verbete para uma menor quantidade de acepções, faz com que se prolongue, em razão de aumentar a quantidade de entradas, aumentando a sua macroestrutura.

Todavia essa estrutura é diferente no DEH, pois depende do modo de visualização escolhido, o qual pode ser tradicional, ou seja, como sua versão DH, interativo ou expresso.

 

Modo Tradicional

Para os que ainda não se acostumaram a toda a tecnologia oferecida pelo programa, pode-se selecionar esse modo de visualização e o dicionário apresentará o conteúdo do verbete de maneira tradicional, isto é, com a mesma forma da versão impressa.

 

Modo Interativo

Este modo ad hoc apresenta todo o conteúdo do verbete e permite selecionar, de maneira interativa, a informação que se deseja; através de um simples clique de mouse, podemos observar outras entradas indicadas dentro de cada verbete. Sua estrutura é dividida em:

Cabeçalho do verbete: entrada; número alceado; datação; fonte de datação; ortoépia; indicação de marca registrada; pronúncia; língua de origem de palavra estrangeira.

Corpo do verbete:  é o registro de acepções e locuções com as seguintes informações: classe gramatical; rubrica temática (área de especialidade); regionalismo; nível de uso derivação semântica; estatística de emprego; datação da acepção; diacronismo.

Elementos do verbete – no modo interativo, isto é, um dos modos de visualização do programa, são exibidos dentro de pastas os seguintes elementos: gramática, uso, ou gramática e uso; etimologia; formas históricas; noção; sinônimos e variantes; antônimos; parônimos; homônimos; coletivos; vozes de animais.

 

Modo Expresso

Como o próprio nome diz, sem muitas intermediações, o modo expresso permite ao usuário consultar o verbete de forma simplificada, por conter apenas a sua classe gramatical, significados, indicações de rubrica temática e regionalismo. Como o tempo de pesquisa despendido é o mesmo que no modo interativo, recomenda-se este em vez daquele, a fim de se obter uma informação mais completa.

Vejamos o verbetecasa”. No DH, temos primeiro o radical √cas- que origina diversas outras palavras em nossa língua. Em seguida, há um parônimo, “cãs”, para depois vir o verbetecasa”, cuja microestrutura contém quase todas as suas acepções e locuções, excluindo “casa-alugada”, “casa-comum”, “casa-de-mãe-joana” e “casa-mestra”, as quais aparecem como entradas distintas[7].

Observando no MDH, percebemos que é diferente: na microestrutura da palavracasa”, há cinco acepções e uma informação gramatical, referente ao seu aumentativo irregular, “casarão”. Logo após, temos diversas outras entradas; algumas composições – “casa-forte”, “casa-grande”, “casamata” –, outras podemos chamar sintagmas nominais, devido a serem expressos por segmentos frásicos (...), que se tornam termos” (ALVES, 1999)casa da moeda”, “casa de cômodos”, “casa de correção”, “casa de detenção”, “casa de máquinas”, “casa de saúde”, “casa de sopapo”, “casa de tolerância” – e, por fim, “casarão”, a qual remete-nos à casa, informando que é seu aumentativo irregular, “casario”.

Aqui cabe algumas questões: suponhamos que essas outras entradas da palavracasa” no MDH devam ser as mais utilizadas, mais procuradas, por essa razão colocaram-nas nessa edição; por que aparecem na macroestrutura e não na micro, que assim estão no completo DH? A penúltima citada, “casarão”, causou-nos ainda mais dúvidas quanto ao emprego da obra; ora, se numa versão reduzida a idéia é economizar espaço, para que haver duas vezes a mesma informação? Por que várias entradas e não uma, como na obra completa, contendo todas as formas?

no DEH, em que não obstáculos quanto ao espaço utilizado, temos o verbetecasa” e diversas outras entradas, as quais não superam o número existente no MDH: “casa-alugada”, “casa-da-mãe-Joana” (com a variação “casa-de-mãe-Joana”), “casa-dos-homens”, “casa-forte”, “casa-grande”, “casa-grandense”, “casamata”, “casa-mestra”, “casarão”. Em seu modo expresso, que poderia ser utilizado, como sugestão, para o MDH, traz 27 acepções para a palavracasa”; no modo tradicional, informação idêntica ao DH para o mesmo verbete. no modo interativo, a palavra é organizada de maneira clara e rica, fazendo com que o usuário tenha diretamente à informação desejada. No corpo do verbete, podemos escolher entre as acepções ou locuções. nos elementos do verbete, as informações referentes a gramática, coletivos, sinônimos/variantes, homônimos, etimologia e noção estão separadas, por pastas, podendo o usuário verificar cada uma individualmente.

Em sua versão digital, percebe-se uma maior preocupação quanto à entrada do verbetecasa”: em sua macroestrutura há casa e seus compostos, formados ou não por hífen; na sua microestrutura há uma parte reservada a alguns sintagmas ou locuções existentes. Comparando com o míni, acaba sendo muito mais organizado, visto que a breve versão apresenta uma macroestrutura contendo alguns compostos e locuções, não havendo uma uniformização. Quando defrontamos o DEH com o DH, notamos que o usuário terá informações mais claras e diretas na versão eletrônica em modo interativo, ou seja, com a apresentação dividida em verbete, locuções, informações gramaticais, podendo simplesmente clicar onde quiser.

O que o difere também, nesta questão, é seu recurso de pesquisas; há três modos: simples, combinada e reversa. Em todas, a facilidade se estende quando, ao surgir alguma palavra desejada, clicarmos sobre ela, pois iremos diretamente à sua entrada; todavia, para poder navegar dentro do novo verbete, é necessário fechar a janela de pesquisa.

Na pesquisa simples, há a possibilidade de procurarmos palavras, na macroestrutura do dicionário, através de seu início, final, ou combinação de ambos, como podemos observar nas figuras 19, 20 e 21, respectivamente, informando-nos, inclusive, a quantidade de verbetes encontrados. na pesquisa combinada, há a mesma possibilidade que na simples, porém o que a diferencia é por ter a opção de separar os verbetes pela sua classificação gramatical. Quando clicarmos em um dos verbetes da lista de resultados, a classificação pesquisada será apresentada em destaque.

No recurso chamado pesquisa reversa, podemos obter todas as entradas que contenham a palavracasa em Suas acepções ou locuções, ou seja, há a possibilidade de pesquisa dentro da microestrutura do dicionário, fazendo com que o Houaiss eletrônico tenha um diferencial em relação a seus impressos, os quais possibilitam somente pesquisa pela macroestrutura, por ordem alfabética. No caso da palavra casa, encontramos 728 verbetes que a contém em sua microestrutura. Se quisermos ir diretamente a algum dos verbetes, é clicarmos sobre ele, como dito e este aparecerá em destaque.

Separadamente, há, ainda, a Pesquisa de datação, cujo recurso temos acesso diretamente pelo botão existente na barra de ferramentas, ou ainda pelo menu Ferramentas. Bastante interessante, possui pesquisa por século, através do posicionamento da barra deslizante à esquerda e apresenta, após selecionada a opção verbete ou época, “uma lista de palavras cujo registro mais antigo encontrado na língua escrita se enquadra no século selecionado. O resultado da pesquisa poderá informar o ano exato, o período ou o século em que se encontrou o primeiro registro da palavra” (Ibidem). Diferentemente das outras pesquisas, ainda que para vermos o significado do verbete devamos clicar uma vez sobre a palavra da lista apresentada na pesquisa, há o recurso do clique duplo, ou seja, clicamos duas vezes sobre a palavra e teremos acesso às referências da fonte bibliográfica da datação, como no exemplo da figura 26..

 

OUTROS RECURSOS DO DICIONÁRIO ELETRÔNICO

Como a idéia deste trabalho é mostrar as diferenças entre todos os formatos do dicionário Houaiss, acreditamos que seja interessante abrimos mais um espaço para mostrarmos alguns outros recursos brevemente abordados ou ainda não tratados da versão em cd-rom.

 

Barra de menus

Na barra de menus,  há todos os menus que compõem a interface do programa, pelos quais podemos acessar todos os principais recursos do dicionário.

 

Barra de ferramentas

Composta por ícones que representam funções do dicionário, a barra de ferramentas permite-nos um acesso rápido a alguns recursos do programa. Observando a figura 28 nos anexos deste trabalho, temos, da esquerda para a direita impressão do verbete, notas do usuário, conjugação de verbos, vozes de animais, coletivos, pesquisa de datação, pesquisas simples, combinada ou reversa, histórico, retornar, avançar, modo interativo, modo tradicional, modo expresso, terminando no ícone do Houaiss através do qual podemos ter informações sobre o dicionário.

 

Dicas

As dicas estão por todo o programa. “São pequenos rótulos amarelos que contêm explicações sucintas sobre alguns elementos da interface do programa. Basta estacionar o cursos do mouse sobre esses elementos para que a explicação apareça” (Ibidem). Em qualquer ícone ou menu, podemos ter acesso a elas.

 

Conjugação de verbos

Conforme explicitado no capítulo Verbos deste trabalho, podemos ter acesso ao recurso de Conjugação de verbos diretamente pelo seu botão ou pelo menu Ferramentas. “Ao se ativar este recurso, se o verbete corrente for um verbo, aparecerá uma tela com a conjugação verbal preenchida. Se o verbete corrente não for um verbo, aparecerá uma mensagem de aviso na tela.” Deveremos, então, digitar no campo próprio o verbo que se quer pesquisar, no qual podemos pesquisar, sem sair do recurso, outros verbos. Também há a possibilidade de impressão direta da conjugação verbal apresentada.

 

Vozes de animais

Apesar de não ser sonoro, o recurso Vozes de animais permite-nos pesquisar tanto através do animal, obtendo as palavras que representam sua voz, quanto da voz, encontrando os animais correspondente a ela. Representado por um gatinho, podemos acessar o ícone diretamente na barra de ferramentas ou pelo menu Ferramentas.

 

Coletivos

Caso desejemos pesquisar o coletivo de uma palavra, ou a que palavras um determinado coletivo pode estabelecer ligação, além da pesquisa normal dentro da microestrutura de cada verbete o dicionário possui um recurso exclusivo chamado Coletivos. Tendo um botão para acesso direto na Barra de ferramentas, ou através do menu Ferramentas, “permite fazer a pesquisa a partir de uma palavra para obter o seu coletivo ou a partir do coletivo para chegar à noção singular a ele correspondente”.

 

Histórico

Ótimo recurso que o dicionário eletrônico Houaiss possui, o Histórico

Permite conferir as palavras consultadas durante o uso do programa e retornar a esses verbetes rapidamente. Casa verbete exibido por mais de 3 (três) segundos é gravado na lista do histórico, na ordem em que foi consultado. Na configuração padrão, tal lista pode registrar até 50 palavras; ultrapassando esse número, a cada nova inclusão, a mais antiga é eliminada da lista (Ibidem).

 

Impressão

Citado diversas vezes, o recurso Impressão possibilita-nos, como seu próprio nome informa, a impressão do verbete em uso, ou a área selecionada, sendo que são obrigatórios o cabeçalho do verbete e acepções e opcionais as locuções e elementos do verbete. Acessando-o através do menu Ferramentas ou do seu próprio botão, abrirá uma janela a qual possibilitará ao usuário escolher, dentre os itens, o que deseja enviar à impressora. Caso seja necessária alguma modificação na impressão, há a opção configurar a qual acessa diretamente a tela da impressora instalada no Windows.

 

Notas do usuário

Uma ferramenta de grande auxílio, as Notas do usuário “funciona como um editor de textos, permitindo anotar o que você quiser a respeito de qualquer verbete” (Ibidem). Terminada a digitação, há a possibilidade de se salvar o texto e toda vez que o verbete for acessado, será indicada a nota através de um ícone no canto direito do cabeçalho. “Para visualizar, editar ou excluir as anotações escritas anteriormente em qualquer verbete, basta acionar esse ícone para que o editor de notas apareça” (Ibidem).

Ainda neste recurso, podemos obter uma lista de todos os verbetes que possuam notas e “ao clicar sobre os verbetes da lista, você pode efetuar alterações diretamente nas notas, sem precisar abrir o verbete em questão” (Ibidem).

 

CONCLUSÃO

Dependendo do momento, o dicionário ideal pode ter o formato de um dos três levantados; ele deve ser aquele que auxiliará mais, em menos tempo, diminuindo o mínimo possível o ritmo de leitura, para que o fluxo das idéias necessário para a compreensão do texto não seja interrompido

Relembrando o questionamento feito quanto a diferente estrutura dos dicionários e suas funções, visto que há uma “échelle de valeurs dont lês meilleures assises sont l´intuition du lexicographe” (BOULANGER, 1986), sabemos que equipes diferentes pensam de maneira adversa, portanto, percebe-se que a equipe produtora dos dicionários não se manteve a mesma em suas versões: no MDH, houve uma estruturação diferente, não podendo ser chamada literalmente de versão reduzida do DH. o eletrônico contém tudo o que possui o DH, além de nos proporcionar muitos outros recursos informatizados, o que nos facilita a pesquisa e faz com que ganhemos tempo.

Para que a leitura seja significativa, ela requer uma velocidade mínima de processamento, então o tempo gasto entre a dificuldade com alguma palavra e a consulta no dicionário deveria ser quase instantânea ao leitor, pois qualquer interrupção pode ser prejudicial à compreensão. A caminho do terceiro milênio, o dicionário eletrônico deve ter maior distribuição e conhecimento alheio, entretanto são imprescindíveis algumas características básicas, como permitir acesso instantâneo ao verbete. Além disso, quando mais subordinado ao texto o dicionário estiver, mais rica será sua consulta ao dicionário, pois o texto não deve ser afastado da frente do leitor; caso ele precise deixar de lado o texto que está lendo a fim de consultar o dicionário, pode-se criar uma concorrência entre um e outro. O ideal é que o dicionário fique às margens do texto, discretamente, para um acesso fácil, que o texto é mais importante que ele: “o dicionário apenas pistas; quem dá o significado da palavra é o texto” (LEFFA, 2001). É impossível um recurso com essas propriedades na forma tradicional de texto impresso; esse dicionário, imediato e subordinado do texto, é viável em formato digital, ou seja, eletrônico.

 

GLOSSÁRIO

arquivo: conjunto de dados digitalizados que pode ser gravado em um dispositivo de armazenamento e tratado como ente único [Arquivos podem conter representações de documentos, figuras estáticas ou em movimentos, sons e quaisquer outros elementos capazes de serem digitalizados.]

clicar: ato de premir (um dos botões do mouse); pressionar (uma tecla, dispositivo etc. que opera uma mudança qualquer).

cd-rom: disco, us. esp. em computadores, que contém informações digitalizadas (texto, imagens, sons e vídeo) capazes de serem recuperadas através de leitura óptica, mas não alteradas. Acrônimo do ing. compact disc read-only memory, lit. 'disco compacto de memória apenas para leitura' (1983).

digitar: introduzir (informações), através de um teclado, em cartões perfurados ou na memória de um computador.

diretório: subdivisão de um disco ou de outro meio de armazenamento capaz de conter arquivos.

hardware: conjunto dos componentes físicos (material eletrônico, placas, monitor, equipamentos periféricos etc.) de um computador.

hipertexto: forma de apresentação de informações em um monitor de vídeo, na qual algum elemento (palavra, expressão ou imagem) é destacado e, quando acionado (ger. mediante um clique de mouse), provoca a exibição de um novo hipertexto com informações relativas ao referido elemento; hipermídia.

ícone: elemento gráfico que, em sistemas operacionais ou em programas com interfaces gráficas, representa determinado objeto, operação ou link, sendo ger. acionável por um clique de mouse.

interface: fronteira compartilhada por dois dispositivos, sistemas ou programas que trocam dados e sinais.

link: elemento de hipermídia formado por um trecho de texto em destaque ou por um elemento gráfico que, ao ser acionado (ger. mediante um clique de mouse), provoca a exibição de novo hiperdocumento.

menu: lista de opções ou entradas postas à disposição do usuário, que aparece no vídeo de um terminal de computador com as funções que este poderá, a seguir, realizar por meio de um programa ou de um software.

mouse: dispositivo de entrada dotado de um a três botões, que repousa em uma superfície plana sobre a qual pode ser deslocado, e que, ao ser movimentado, provoca deslocamento análogo de um cursor na tela [O mouse permite ao usuário comandar a execução de determinadas ações, quer movendo o cursor até ícones, regiões da tela ou entradas de menus que correspondam às ações desejadas, quer clicando um dos botões.]

pasta: diretório ('lista de arquivos') representado pelo ícone de uma pasta.

programa: conjunto de instruções concatenadas, expressas em uma linguagem de programação, que um computador é capaz de executar para alcançar um determinado objetivo.

software: conjunto de componentes lógicos de um computador ou sistema de processamento de dados; programa, rotina ou conjunto de instruções que controlam o funcionamento de um computador; suporte lógico.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 

ALVES, Ieda Maria (org.). A constituição da normalização terminológica no Brasil. São Paulo: FFLCH/CITRAT, 2ª ed., 2001.

––––––. A delimitação da unidade lexical nas línguas de especialidade. In: BASÍLIO, Margarida. A delimitação de unidades lexicais. Rio de Janeiro: Grypho, 1999.

BASSETTO, Bruno F. Elementos de filologia românica. São Paulo: Edusp, 2001.

BOULANGER, Jean-Claude. Aspects de l’interdiction dans la lexicographie française contemporaine. Tübingen: Max Niemeyer, 1986.

CABRÉ, M. Teresa. La terminologia: representación y comunicacion. Barcelona: Universitat Pompeu Fabra, 1999.

CRÍTICA NA REDE. Acesso em 8 de janeiro de 2005. Disponível em www.criticanarede.com/lds_houaiss.html

EDITORA OBJETIVA. Acesso em 8 de janeiro de 2005. Disponível em www.dicionariohouaiss.com.br

HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

––––––. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, CD-ROM.

––––––. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

LEFFA, Vilson J. O uso de dicionários on-line na compreensão de textos em língua estrangeira Trabalho apresentado no VI Congresso Brasileiro de Lingüística Aplicada. Belo Horizonte: UFMG, 2001. Disponível em www.leffa.pro.br/dicionario.htm. Acesso em 10 de janeiro de 2005.

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da Informática. Trad. Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

MARCUSCHI, Luiz A. & XAVIER, Antônio C. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.

 


 

[1] Trabalho apresentado na  Disciplina FLC5722, “Lexicografia e Terminologia em Língua Portuguesa”, no curso de pós-graduação ministrado pela Profa. Dra. Ieda Maria Alves, no segundo semestre de 2004.

[2] Chamaremos DH a versão impressa de HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001; e DEH a versão digital de HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, CD-ROM.

[3] Chamaremos MDH a versão reduzida de HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro S. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

[4] O formato A6 equivale a 105 mm por 148 mm.

[5] Crítica feita por Antônio R. Almeida no site: http://www.criticanarede.com/lds_houaiss.html. Acesso em 8 de janeiro de 2005.

[6] Texto extraído do verbete abreviação de HOUAISS, Antônio e VILLAR, Mauro S. op. cit.

[7] Excluiu-se as entradas referentes ao verbo casar, derivação de casa: casado, casadouro, casal, casamento, casamenteiro, e também às referentes a Casanova, célebre aventureiro veneziano cuja fama perpetua até hoje, inclusive na língua, tornando-se adjetivo: indivíduo que se dedica com grande empenho a conquistas amorosas; mulherengo. Derivações: casa-novense, casanovesco, casanovismo, casanovista, casanovístico.