dicionários
houaiss da
língua
portuguesa
um
breve
percurso: do míni ao
eletrônico
Érica
Santos
Soares
de Freitas
Encontramos uma
estranha
pegada
nas
areias
do
desconhecido.
Formulamos
teorias
profundas, uma
após
a
outra,
para
mostrar
sua
origem.
Finalmente,
conseguimos
reconstituir
a
criatura
que
deixou a
pegada.
E vejam ! A
pegada
é
nossa
!
(Sir Arthur Stanley Eddington)
INTRODUÇÃO
Através
da
memória
social,
a
informação
das primeiras
sociedades
humanas
era
relembrada e transmitida
por
pessoas
mais
velhas: menestréis,
gritos,
pajés,
já
que
o
conhecimento
se compartilhava
oralmente.
Difundiam-se os
mitos
por
meio
de
rituais
apropriados
a
fim
de se
preservar
alguma
particularidade
que
pudesse
ser
esquecida.
Surgindo a
escrita,
de
início
pictográfica,
qualquer
material
que
pudesse
deixar
marcas
passou a
ser
suporte
da
informação:
pedras,
tijolos
de
cerâmica,
tabuinhas de
madeira
ou
o
primitivo
papel
de
papiro.
Depois,
já
ideográfica, usava os
mesmo
suportes;
evoluiu
para
o
alfabeto
e houve uma
diversificação
paralela:
rolos
de
papiro,
pergaminho,
papéis
rudimentares
feitos
de
panos,
de
madeira,
com
o
emprego
de
produtos
químicos.
A
forma
canônica
do
saber
era
a
narrativa
e houve a possibilidade de
crítica
e a
exigência
de
verdade,
devido
ao
distanciamento
físico
entre
o
autor
da
mensagem
e
seu
futuro
receptor,
“o
que
conduziu a uma
preocupação
com
a universalidade e à
objetividade
por
parte
do
emissor
e à
necessidade
de uma
atividade
interpretativa
explícita
por
parte
do
receptor”
(LÉVY, 1993). Daí o
surgimento
da
interpretação
e,
conseqüentemente,
da
teoria
(explicação,
fundamentação,
exposição
sistemática).
Sobretudo
a
partir
do
Renascimento
e da
invenção
da
imprensa,
os
textos
passaram a
apresentar
uma
grande
diversidade
de
formas,:
diplomas,
livros,
mapas.
No
século
XIX, desenvolveram-se
outros
tipos
de
suporte,
como
o
fotográfico
- partindo do daguerreótipo,
fotografia,
microfilme
-
associado
ao
desenvolvimento
do
registro
de
som
e
sua
teletransmissão, surgindo
filmes
sonoros,
programas
de
rádio,
televisão
e
registro
em
vídeo
com
o
uso
de
recursos
audiovisuais.
Com
o
advento
da
informática
e a possibilidade de
comunicação
em
tempo
curto
ou
mesmo
real,
imediato,
a
informação
eletrônica
e digitalizada evoluiu
para
o
registro
e
guarda
em
cartões,
fitas,
discos
magnéticos,
microfilmes,
discos
óticos,
compactos.
Hoje
em
dia,
o
hipertexto
tornou-se
comum
e é
fato
que,
cada
vez
mais,
utilizar-se-á a
informática
para
transmissão
de
informação.
Com,
isso,
além
de
empresas
e
pessoas
jurídicas
em
geral,
todo
usuário
dessa
tecnologia
de
informação
que
possua
um
microcomputador
necessita de uma
base
de
referência
para
seus
dados,
seja
para
decodificá-los
ou
simplesmente
saber
um
pouco
mais
sobre
eles.
Logo,
faz-se
necessário
um
dicionário.
O
dicionário
é uma
obra
que
reúne
por
ordem
alfabética
e explica, de
maneira
ordenada,
o
conjunto
de
vocábulos
de uma
língua
ou
os
termos
próprios
de uma
ciência
ou
arte.
Há
também
dicionários
que
explicitam o
significado
das
palavras
e a
sua
correspondência
em
outros
idiomas.
Esses
livros
especiais
classificam-se de
acordo
com
seus
objetivos
didáticos
e
finalidades
a
que
se propõem.
Fonte
de
informação
de uma
língua,
é
extremamente
necessário;
é a
primeira
obra
de consulta a
que
se recorre
para
saber,
entre
outras, o
significado
de uma
palavra,
checar
sua
ortografia,
conferir
sua
pronúncia
ou,
inclusive,
sua
categoria
gramatical.
Além
de
servir
como
material
de
apoio,
podemos elevá-lo à
categoria
de
material
didático,
em
atividades
como:
desenvolvimento
de
vocabulário,
gramática,
pronúncia,
uso
de
língua,
cultura,
leitura
e
interpretação
de
texto.
Contudo,
para
que
essas
atividades
tenham
um
bom
resultado,
é
preciso
que
o
usuário
saiba
qual
o
tipo
de
dicionário
mais
adequado
para
seus
objetivos
específicos,
já
que
há uma
grande
variedade
no
mercado.
Além
dos tradicionais
dicionários
impressos,
há
vários
dicionários
chamados
eletrônicos,
nos
quais
podem se
reunir
informações
muitas
vezes
mais
analíticas
que
na
forma
impressa,
devido
à
sua
forma,
digital
e
compacta,
proporcionando
um
maior
armazenamento de
dados.
Instalados
em
microcomputadores,
possuem a
facilidade
de
não
ser
necessário
um
local
físico
para
ser
guardado,
além
de serem
rápidos
na
busca
da
informação.
Este
trabalho
visa,
portanto,
uma comparação
entre
as
formas
de
apresentação
de
um
mesmo
dicionário:
Houaiss da
língua
portuguesa –
seu
formato
impresso
(Dicionário
Houaiss da
língua
portuguesa) e
digital,
em
cd-rom (Dicionário
eletrônico
Houaiss da
língua
portuguesa).
Não
se pretende
apontar
qual
deles é o
dicionário
ideal,
tampouco
assegurar
a
um
deles uma
melhor
consulta
em
detrimento
do
outro,
mas
sim
mostrar
suas
diferenças
e
apontar
qual
pode
ser
mais
apropriado
em
determinada
situação
para
seus
usuários.
Não
nos
esquecemos do Minidicionário Houaiss da
língua
portuguesa,
lançado
quase
simultaneamente ao DH,
porém
de
menor
importância,
pois
“o
objetivo
deste
dicionário
foi
ser
essencialmente
funcional
e
prático,
uma
ferramenta
eficiente,
capaz
de
estar
sempre
à
mão
de
quem
dele precise,
mas
sem
perda
da
qualidade
do
Dicionário
Houaiss” (Ibidem.).
Como
trataremos de
alguns
termos
de uma
área
de
especialidade,
ou
seja, a
Informática,
foi
necessária
a
elaboração
de
um
glossário,
incluído ao
final
do
trabalho,
a
fim
de
não
se
inserir
a
todo
momento
explicações
para
eles,
pois
“los
términos
son
unidades
léxicas, activadas
singularmente
por
sus condiciones
pragmáticas
de adecuación a
um
tipo
de comunicación.
Se componen de
forma
o denominación y
significado
o contenido” (CABRÉ, 1999).
Estão
destacados
no
texto
em
itálico
negrito
(p. ex.:
link)
e organizados
por
seus
primitivos
quando
palavras
derivadas (como
digitação –
ver
digitar),
em
ordem
alfabética,
cuja
microestrutura foi
retirada
do DEH ipisis litteris,
quase
sempre
da
acepção
terminológica
da
informática,
direcionada ao
trabalho
proposto,
já
que
“los conceptos de
um
mismo
âmbito
especializado mantienen
entre
si
relaciones de
diferente
tipo”
(Ibidem).
As
figuras
indicadas
em
notas
ao
longo
do
trabalho
também
estão ao
seu
final,
conforme
indicação,
como
anexos.
HISTÓRIA
DO
DICIONÁRIO
HOUAISS
DA
LÍNGUA
PORTUGUESA
Muitos,
inclusive
os da
área
humanística, tinham
pouco
ouvido
falar
de Houaiss
antes
de
ser
lançado o
seu
dicionário.
Um
dos
maiores
filólogos e lexicógrafos
que
o Brasil
já
teve, Antônio Houaiss trabalhou
muito;
iniciados
aos dezesseis
anos,
seus
trabalhos
são
de
grande
valia
para
o
mundo
lusófono,
seja
como
diplomata de
carreira,
ministro
da
Cultura
ou
presidente
da
Academia
Brasileira
de
Letras.
Infelizmente,
não
pôde
ver
o
resultado
final
de
sua
grande
obra;
as
pesquisas
para
a
elaboração
do
dicionário,
concluídas
em
2000,
pouco
mais
de
um
ano
após
seu
falecimento,
foram concretizadas no
lançamento
do
Dicionário
Houaiss da
Língua
Portuguesa, no
início
de 2001,
pelo
instituto
fundado
com
seu
próprio
nome,
junto
com
Francisco Manoel de Mello
Franco
e Mauro de Salles Villar.
No
início
de 1985, deu inicio a
produção
do
dicionário,
interrompida
por
cinco
anos
devido
à
falta
de
patrocínio.
Logo
após
a
inauguração
do
Instituto
Antônio Houaiss de
Lexicografia,
em
1997, reiniciou-se a
elaboração
da
obra.
Contanto
com
duas
fases,
o
projeto
foi constituído
por
uma
grande
equipe,
dividida
entre:
diretores
(os
fundadores
do
instituto),
redatores-lexicógrafos,
redatores
de
elementos
mórficos,
redatores
etimologistas,
redatores
datadores,
pesquisa
e
assistência
editorial,
tradutores, colaboradores
externos
(para
as
mais
diversas
áreas
de
especialidades,
como
Biologia,
Direito,
Física,
entre
outras), colaboradores de africanismos e asiatismos,
equipe
administrativa,
assistência
administrativa,
corpo
auxiliar,
normalização das
referências
bibliográficas,
revisores,
informatização,
projeto
gráfico,
criação
da
tipologia
Houaiss e
editoração
eletrônica.
Diante
da
tamanha
extensão
do
grupo,
espera-se
que
a
obra
englobe “não
só
o
lado
quantitativo
do
acervo
vocabular,
para
possibilitar
que
o
todo
possa
ser
de
todos,
como
informem nesse
todo
elementos
que
em
última
análise
dêem
rica
amostragem
histórica
do
que
o
forma”.
(HOUAISS, op. cit.)
Poucos
meses
depois,
lançou-se o Minidicionário Houaiss da
língua
portuguesa.
Contanto
com
uma
equipe
editorial
mais
reduzida, é uma
versão
bastante
sucinta
do
dicionário
impresso,
mas
não
lacônica.
Com
30.815
entradas,
pretende
ser
conciso
e informa-nos
que,
caso
não
entendamos alguma das
palavras
utilizadas na microestrutura, procuremo-la no
próprio
dicionário.
Não
é
um
costumeiro
formato
de
bolso;
diferencia-se de
seu
concorrentes
por
ter
tamanho
diferenciado
para
esse
tipo
de
obra,
(A6).
Mostraremos
durante
esse
trabalho,
quando
necessário,
algumas de
suas
peculiaridades.
Ao
final
do
mesmo
ano,
lançou-se o
Dicionário
eletrônico
Houaiss da
língua
portuguesa,
versão
informatizada da
mesma
obra.
Aqueles
se diferenciam deste
pela
falta
de
espaço
– e
por
razões
econômicas –
já
que
os
dicionários
impressos
muitas
vezes
não
podem
fornecer
todas as
informações
a
respeito
de todas as possibilidades de
ocorrência
ou
omissão
de
complementos.
Geralmente,
nos
dicionários
eletrônicos
não
há o
problema
de
espaço,
porém
persistem as
dificuldades
de
elaboração
detalhada dos
verbetes;
podemos
dizer
que
neste
isso
não
aconteceu, uma
vez
que
dados
foram transferidos do
arquivo
da
versão
impressa
e
depois,
enriquecidos.
Evidentemente,
pode e deve
haver
mais
informações
no
dicionário
informatizado do
que
nos
dicionários
tradicionais, o
que
também
acontece no Houaiss: patrocinado
pela
Petrobrás,
sua
versão
digital
permite
termos
o
acesso
a
todos
os
verbetes
da
versão
impressa,
além
de
incluir
muitos
links
e outras
ferramentas
de
uso,
facilitando-nos a
pesquisa.
CHAVE
DOS
DICIONÁRIOS
Introdução
mais
aprofundada da
obra,
a
“Chave
do
dicionário”
mostra
nada
menos
de 26
indicações
que
podem
ter
cada
verbete.
Pela
primeira
vez
surgiu a
data
em
que
um
verbete
entrou no
português
e a
fonte
dessa
datação,
como,
ainda,
os
antônimos,
alteração da
classe
gramatical,
ortografias
históricas, etc.
Além
da
Chave
do
dicionário
foram redigidos o
Detalhamento
dos
Verbetes,
Os
Verbos,
Lista
Geral
de Reduções e
Bibliografia
das
Fontes
de
Datação
e
Etimologia.
No DH, há duas
maneiras
de vermos essa
chave:
uma é no
próprio
livro,
outra
através
de
um
anexo;
por
ser
solto do
livro,
é
fácil
de
ser
manipulado. Ao
seu
final,
informa-nos
que
caso
não
encontremos o
que
procuramos, devemos
ir
até
a
página
XVI do DH (onde
há a
chave
completa),
logo
após
a
indicação
da
equipe
editorial,
o
prefácio
de Houaiss e a
apresentação
de Villar.
Em
seguida,
há o “Detalhamento
dos
verbetes
e outras
informações
técnicas”,
subdividido
em
Entrada,
Campo
da
ortoépia
e da
pronúncia,
Campo
da
datação,
Campo
do
conteúdo
ou
das
definições,
Subcampo do
plural
com
sentido
próprio,
Subcampo das
locuções
e da
fraseologia,
Campo
da
gramática,
ou
da
gramática
de
uso,
ou
do
uso,
Campo
da
Etimologia
(com
quadros
de transliteração do
alfabeto
grego,
de
vogais
e de
consoantes),
Campo
dos
sinônimos,
Campo
dos
Antônimos,
Campo
dos
coletivos,
Campo
dos
homônimos
e dos
parônimos,
Campo
das
vozes
de
animais,
Campo
da onomasiologia, encerrando
com
a
Ordem
completa
dos
elementos
componentes
de
um
verbete,
pela
qual
temos a
visão
de
estrutura
de
cada
verbete.
Já
no MDH,
mais
reduzida
que
a do DH, é
chamada
“Chave
do
uso”
e aparece
após
a
apresentação
da
equipe
editorial,
as
palavras
iniciais
de Villar e
um
tópico
chamado “Este
dicionário”,
dividido
em
21 subtópicos; acreditamos
que
é
parte
das
informações
de
sua
chave,
como
o
detalhamento
o é
para
a
chave
do DH, complementando-a,
visto
que
nos
indica o
que
fornece o
dicionário,
como
apresentação
do
verbete
em
sua
macroestrutura (p. ex. as
locuções
ganharam
verbetes
autônomos,
que
se seguem à
definição
da palavra-chave –
por
exemplo,
com
água
na
boca
vem a
seguir
a
água),
algumas
informações
gramaticais,
homonímias
e outras, numa
linguagem
mais
clara
e
direta,
acessível
a
qualquer
tipo
de
leitor.
No DEH há uma
cópia
fiel
da
versão
do DH, no
ícone
ajuda
> conhecendo o
dicionário.
Contudo
há uma
informação
bastante
útil
e
diferente;
em
seu
encarte,
após
os
tópicos
Apresentação,
Configuração
mínima,
Instalação,
Como
iniciar,
Registro,
Suporte
técnico
e
Garantia
e
limitações
de
uso,
os
quais
abordaremos
mais
tarde,
há a “Estrutura
do
verbete”,
e
depois
uma
breve
explicação
do
que
é apresentado
em
sua
microestrutura. Dividida
em
três
partes,
mostra-nos o
que
há de
informação
no
verbete
e
como
devemos pesquisá-la,
através
de
seu
cabeçalho,
corpo
e
elementos.
VERBOS
Embora
não
seja
função
de
um
dicionário
possuir
um
paradigma
das
conjugações
verbais,
visto
que
é
função
de uma
gramática,
os
três
dicionários
apresentam, de
maneiras
diferentes,
um
campo
para
os
verbos.
No DH, intitulariza-se “Os
Verbos”
e traz
toda
e
qualquer
informação
que
possa
existir
sobre
os
verbos
da
língua
portuguesa, informando e explicando o
que
é
número,
pessoa,
modo,
tempo,
voz,
aspecto,
conjugação,
regularidade,
irregularidade,
intensidade,
sínclise,
formação
dos
tempos
simples,
seguido de
um
“Quadro
das
conjugações”,
através
do
qual
é
possível
observar
o
paradigma
dos
verbos
regulares,
divididos
em
tempos
e
modos
(voz
ativa,
voz
passiva
analítica
e
voz
reflexiva).
Na
versão
míni, o
tópico
chama-se “Conjugação
dos
verbos”
e é assinado
por
Vera
Cristina Rodrigues Feitosa.
Diferente
do DH, há
indicação
das
formas
rizotônicas e arrizotônicas e possui 32
paradigmas
de
conjugação,
informando
que
cada
um
dos
verbos
do
dicionário
remete-se a
um
dos
modelos.
Além
disso, subdivide as
irregularidades
em
vários
tipos,
explicando a
diferença
entre
verbos
irregulares,
anômalos,
defectivos
e abundantes.
Também
há, separadamente,
um
modelo
para
os
verbos
compostos,
diferente
do DH
em
que
faziam
parte
de
cada
um
dos
paradigmas
.
Como
não
há a
falta
de
espaço,
a
versão
eletrônica
possui a
conjugação
completa
de
todos
os
verbos
da
língua
portuguesa. Ativando o
recurso
conjugação
de
verbos,
é
só
digitar
o
verbo
a
ser
conjugado
e aparecerá
sua
conjugação
completa.
Ferramenta
bastante
útil,
é uma
maneira
rápida
e
completa
para
se
consultar,
sem
dúvidas,
os
verbos
do
português.
A classificação de
cada
um
aparece marcada (regular,
irregular,
defectivo,
abundante),
além
de
haver
uma
caixa
de
observações,
na
qual
apresentam-se esclarecimentos de
cunho
gramatical
referentes
ao
verbo.
ABREVIATURAS
Como
o
próprio
Houaiss indica, a
abreviação
é a
...
representação
escrita
de uma
palavra
grafando-se
apenas
algumas de
suas
sílabas
ou
letras;
abreviatura;
redução
literal,
ger. de
uso
e
valor
circunstancial,
variável
de
obra
para
obra,
de
autor
para
autor
[Na
medida
em
que
se tornam de
uso
geral,
entram na
categoria
de
abreviaturas.
Portanto,
cabe ao
autor,
muitas
vezes,
criar
suas
próprias
abreviações
e indicá-las aos
leitores.
No
impresso
DH, o
tópico
é chamado “Lista
geral
de reduções” e possui
seis
páginas.
O
verso
do
anexo,
citado na
Chave
do
dicionário,
contém uma boa
parte
das
abreviações
e informa-nos
logo
no
início
que
para
consulta da
lista
completa
devemos
pesquisar
no
próprio
dicionário.
No MDH, há
um
nome
diferente
para
esse
tópico:
“Abreviações
e
sinais”.
Mais
reduzido
que
no DH (três
páginas),
o
tópico
contém
não
somente
as reduções,
mas
também
algumas
indicações
(sinais),
pertencentes, nas outras
versões,
às
chaves
dos
dicionários.
Em
seguida,
inicia-se o
dicionário.
Mesmo
com
bastante
espaço
disponível,
a
versão
eletrônica
também
possui
suas
abreviações,
chamando-as de “Reduções utilizadas” e,
inclusive,
uma redução destas, na
qual
há a
indicação
que
encontramos a
lista
completa
através
de
um
outro
acesso
do
programa,
cujo
funcionamento
mostraremos
em
breve.
BIBLIOGRAFIA
DOS
DICIONÁRIOS
Questão
bastante
difícil
e
vasta
é a
bibliografia
de uma
obra
como
a de Houaiss.
Bibliografia
é a “relação
das
obras
consultadas
ou
citadas
por
um
autor
na
criação
de
determinado
texto”
(Ibidem).
Conforme
o
próprio
filólogo,
Seria
impraticável
minuciar
todas as publicações e
afins
de
que
nos
servimos
para
consulta
nos
dez
anos
transcorridos
durante
a
feitura
deste
dicionário.
A
bibliografia
que
se segue,
porém,
procura
ser
tão
exaustiva
como
o
possível,
e
não
inclui as
obras
utilizadas no
trabalho
de
datação
e
etimologia
- estas,
objeto
de
outra
listagem
(Ibidem.).
Após
as reduções, no DH há a “Bibliografia
das
fontes
de
datação
e
etimologia”.
Com
dezoito
páginas,
incluem-se,
por
ordem
alfabética
das
abreviaturas
aplicadas,
obras
de
referências
em
geral,
textos
literários
e
não
literários.
Último
tópico
do
livro,
em
seguida
se inicia a
parte
do
dicionário;
ao
final
deste, seguem-se
por
nove
páginas
as
chamadas
“Referências
bibliográficas”.
Já
no minidicionário,
não
há
nenhum
tipo
de
indicação
bibliográfica,
nem
sugestão
de
pesquisa
na
versão
DH,
em
cuja
base
foi retirado
quase
todo
o MDH.
Entretanto,
quando
procuramos
dentro
da
versão
digital
algo
sobre
bibliografia,
encontramos,
como
no DH,
não
somente
as “Referências
bibliográficas”,
mas
também
as “Bibliografia
das
fontes
de
datação
e
etimologia”,
chamadas
no
menu
por
“Bibliografia
de
datação”
e “Bibliografia
do
dicionário”,
respectivamente.
ESTRUTURA
DOS
VERBETES
Abordada
brevemente
quando
mostramos as
chaves
dos
dicionários,
a
estrutura
de
cada
verbete
é
essencial
para
que
possamos
aproveitar
ao
máximo
as
informações
que
nela constam,
visto
que
é,
literalmente,
a
organização,
disposição
e
ordem
dos
elementos
essenciais
que
compõem o
verbete.
Tanto
no DH
quanto
no MDH, o
verbete
é apresentado de uma
maneira
“tradicional”,
ou
seja,
logo
após
sua
entrada,
há várias
informações
sobre
ele
na microestrutura, a
qual
pode
conter,
como
já
visto,
remissões,
abonações,
informações
gramaticais,
entre
outras.
Evidente
que
no míni
são
menores
as
quantidades
de
acepções.
O
que
os diferenciam, muitas
vezes,
é
um
verbete
ser
bastante
esmiuçado
no DH,
isto
é,
dentro
de
sua
microestrutura há
quase
todas as
suas
locuções
e
usos,
e no MDH
não,
ou
seja, a
informação
é
breve,
mas
há
um
maior
número
de
entradas,
pois
há
um
verbete
para
cada
acepção
abordada. De uma
maneira
geral,
a
idéia
que
o míni deveria
reduzir
espaço
é, muitas
vezes,
falsa,
já
que
ao
limitar
o
verbete
para
uma
menor
quantidade
de
acepções,
faz
com
que
se prolongue,
em
razão
de
aumentar
a
quantidade
de
entradas,
aumentando a
sua
macroestrutura.
Todavia
essa
estrutura
é
diferente
no DEH,
pois
depende do
modo
de
visualização
escolhido, o
qual
pode
ser
tradicional,
ou
seja,
como
sua
versão
DH,
interativo
ou
expresso.
Modo
Tradicional
Para
os
que
ainda
não
se acostumaram a
toda
a
tecnologia
oferecida
pelo
programa,
pode-se
selecionar
esse
modo
de
visualização
e o
dicionário
apresentará o
conteúdo
do
verbete
de
maneira
tradicional,
isto
é,
com
a
mesma
forma
da
versão
impressa.
Modo
Interativo
Este
modo
ad hoc apresenta
todo
o
conteúdo
do
verbete
e permite
selecionar,
de
maneira
interativa,
a
informação
que
se
deseja;
através
de
um
simples
clique
de
mouse,
podemos
observar
outras
entradas
indicadas
dentro
de
cada
verbete.
Sua
estrutura
é dividida
em:
–
Cabeçalho
do
verbete:
entrada;
número
alceado;
datação;
fonte
de
datação;
ortoépia;
indicação
de
marca
registrada;
pronúncia;
língua
de
origem
de
palavra
estrangeira.
–
Corpo
do
verbete:
é o
registro
de
acepções
e
locuções
com
as
seguintes
informações:
classe
gramatical;
rubrica
temática
(área
de
especialidade);
regionalismo;
nível
de
uso;
derivação
semântica;
estatística
de
emprego;
datação
da
acepção;
diacronismo.
–
Elementos
do
verbete
– no
modo
interativo,
isto
é,
um
dos
modos
de
visualização
do
programa,
são
exibidos
dentro
de
pastas
os
seguintes
elementos:
gramática,
uso,
ou
gramática
e
uso;
etimologia;
formas
históricas;
noção;
sinônimos
e
variantes;
antônimos;
parônimos;
homônimos;
coletivos;
vozes
de
animais.
Modo
Expresso
Como
o
próprio
nome
diz,
sem
muitas intermediações, o
modo
expresso
permite ao
usuário
consultar
o
verbete
de
forma
simplificada,
por
conter
apenas
a
sua
classe
gramatical,
significados,
indicações
de
rubrica
temática
e
regionalismo.
Como
o
tempo
de
pesquisa
despendido é o
mesmo
que
no
modo
interativo,
recomenda-se
este
em
vez
daquele, a
fim
de se
obter
uma
informação
mais
completa.
Vejamos o
verbete
“casa”.
No DH, temos
primeiro
o
radical
√cas-
que
origina diversas outras
palavras
em
nossa
língua.
Em
seguida,
há
um
parônimo,
“cãs”,
para
depois
vir
o
verbete
“casa”,
cuja
microestrutura contém
quase
todas as
suas
acepções
e
locuções,
excluindo “casa-alugada”, “casa-comum”, “casa-de-mãe-joana”
e “casa-mestra”, as
quais
aparecem
como
entradas
distintas.
Observando no MDH, percebemos
que
é
diferente:
na microestrutura da
palavra
“casa”,
há
cinco
acepções
e uma
informação
gramatical,
referente
ao
seu
aumentativo
irregular,
“casarão”.
Logo
após,
temos diversas outras
entradas;
algumas
composições
– “casa-forte”,
“casa-grande”,
“casamata”
–, outras podemos
chamar
sintagmas
nominais,
devido
a serem
expressos
“por
segmentos
frásicos (...),
que
se tornam
termos”
(ALVES, 1999)
– “casa
da
moeda”,
“casa
de
cômodos”,
“casa
de
correção”,
“casa
de
detenção”,
“casa
de
máquinas”,
“casa
de
saúde”,
“casa
de
sopapo”,
“casa
de
tolerância”
– e,
por
fim,
“casarão”,
a
qual
remete-nos à
casa,
informando
que
é
seu
aumentativo
irregular,
“casario”.
Aqui
cabe algumas
questões:
suponhamos
que
essas outras
entradas
da
palavra
“casa”
no MDH devam
ser
as
mais
utilizadas,
mais
procuradas,
por
essa
razão
colocaram-nas nessa
edição;
por
que
aparecem na macroestrutura e
não
na
micro,
já
que
assim
estão no
completo
DH? A
penúltima
citada, “casarão”,
causou-nos
ainda
mais
dúvidas
quanto
ao
emprego
da
obra;
ora,
se numa
versão
reduzida a
idéia
é
economizar
espaço,
para
que
haver
duas
vezes
a
mesma
informação?
Por
que
várias
entradas
e
não
só
uma,
como
na
obra
completa,
contendo todas as
formas?
Já
no DEH,
em
que
não
há
obstáculos
quanto
ao
espaço
utilizado, temos o
verbete
“casa”
e diversas outras
entradas,
as
quais
não
superam o
número
existente no MDH: “casa-alugada”, “casa-da-mãe-Joana”
(com
a variação “casa-de-mãe-Joana”),
“casa-dos-homens”, “casa-forte”,
“casa-grande”,
“casa-grandense”, “casamata”,
“casa-mestra”, “casarão”.
Em
seu
modo
expresso,
que
poderia
ser
utilizado,
como
sugestão,
para
o MDH, traz 27
acepções
para
a
palavra
“casa”;
no
modo
tradicional,
informação
idêntica
ao DH
para
o
mesmo
verbete.
Já
no
modo
interativo,
a
palavra
é organizada de
maneira
clara
e
rica,
fazendo
com
que
o
usuário
tenha
diretamente
à
informação
desejada. No
corpo
do
verbete,
podemos
escolher
entre
as
acepções
ou
locuções.
Já
nos
elementos
do
verbete,
as
informações
referentes
a
gramática,
coletivos,
sinônimos/variantes,
homônimos,
etimologia
e
noção
estão separadas,
por
pastas,
podendo o
usuário
verificar
cada
uma
individualmente.
Em
sua
versão
digital,
percebe-se uma
maior
preocupação
quanto
à
entrada
do
verbete
“casa”:
em
sua
macroestrutura há
casa
e
seus
compostos,
formados
ou
não
por
hífen;
já
na
sua
microestrutura há uma
parte
reservada
a
alguns
sintagmas
ou
locuções
existentes. Comparando
com
o míni, acaba sendo
muito
mais
organizado,
visto
que
a
breve
versão
apresenta uma macroestrutura contendo
alguns
compostos
e
locuções,
não
havendo uma uniformização.
Quando
defrontamos o DEH
com
o DH, notamos
que
o
usuário
terá
informações
mais
claras
e diretas na
versão
eletrônica
em
modo
interativo,
ou
seja,
com
a
apresentação
dividida
em
verbete,
locuções,
informações
gramaticais,
podendo
simplesmente
clicar
onde
quiser.
O
que
o difere
também,
nesta
questão,
é
seu
recurso
de
pesquisas;
há
três
modos:
simples,
combinada e
reversa.
Em
todas, a
facilidade
se estende
quando,
ao
surgir
alguma
palavra
desejada, clicarmos
sobre
ela,
pois
iremos
diretamente
à
sua
entrada;
todavia,
para
poder
navegar
dentro
do
novo
verbete,
é
necessário
fechar
a
janela
de
pesquisa.
Na
pesquisa
simples,
há a possibilidade de procurarmos
palavras,
na macroestrutura do
dicionário,
através
de
seu
início,
final,
ou
combinação
de
ambos,
como
podemos
observar
nas
figuras
19, 20 e 21,
respectivamente,
informando-nos,
inclusive,
a
quantidade
de
verbetes
encontrados.
Já
na
pesquisa
combinada, há a
mesma
possibilidade
que
na
simples,
porém
o
que
a diferencia é
por
ter
a
opção
de
separar
os
verbetes
pela
sua
classificação
gramatical.
Quando
clicarmos
em
um
dos
verbetes
da
lista
de
resultados,
a classificação pesquisada será apresentada
em
destaque.
No
recurso
chamado
pesquisa
reversa,
podemos
obter
todas as
entradas
que
contenham a
palavra
“casa”
em
Suas
acepções
ou
locuções,
ou
seja, há a possibilidade de
pesquisa
dentro
da microestrutura do
dicionário,
fazendo
com
que
o Houaiss
eletrônico
tenha
um
diferencial
em
relação
a
seus
impressos,
os
quais
possibilitam
somente
pesquisa
pela
macroestrutura,
por
ordem
alfabética.
No
caso
da
palavra
casa,
encontramos 728
verbetes
que
a contém
em
sua
microestrutura. Se quisermos
ir
diretamente
a
algum
dos
verbetes,
é
só
clicarmos
sobre
ele,
como
já
dito
e
este
aparecerá
em
destaque.
Separadamente, há,
ainda,
a
Pesquisa
de
datação,
cujo
recurso
temos
acesso
diretamente
pelo
botão
existente na
barra
de
ferramentas,
ou
ainda
pelo
menu
Ferramentas.
Bastante
interessante, possui
pesquisa
por
século,
através
do
posicionamento
da
barra
deslizante à
esquerda
e apresenta,
após
selecionada
a
opção
verbete
ou
época,
“uma
lista
de
palavras
cujo
registro
mais
antigo
encontrado na
língua
escrita
se enquadra no
século
selecionado.
O
resultado
da
pesquisa
poderá
informar
o
ano
exato,
o
período
ou
o
século
em
que
se encontrou o
primeiro
registro
da
palavra”
(Ibidem).
Diferentemente
das outras
pesquisas,
ainda
que
para
vermos o
significado
do
verbete
devamos
clicar
uma
vez
sobre
a
palavra
da
lista
apresentada na
pesquisa,
há o
recurso
do
clique
duplo,
ou
seja, clicamos duas
vezes
sobre
a
palavra
e teremos
acesso
às
referências
da
fonte
bibliográfica da
datação,
como
no
exemplo
da
figura
26..
OUTROS
RECURSOS
DO
DICIONÁRIO
ELETRÔNICO
Como
a
idéia
deste
trabalho
é
mostrar
as
diferenças
entre
todos
os
formatos
do
dicionário
Houaiss, acreditamos
que
seja interessante abrimos
mais
um
espaço
para
mostrarmos
alguns
outros
recursos
brevemente
abordados
ou
ainda
não
tratados
da
versão
em
cd-rom.
Barra
de
menus
Na
barra
de
menus,
há
todos
os
menus
que
compõem a
interface
do
programa,
pelos
quais
podemos
acessar
todos
os
principais
recursos
do
dicionário.
Barra
de
ferramentas
Composta
por
ícones
que
representam
funções
do
dicionário,
a
barra
de
ferramentas
permite-nos
um
acesso
rápido
a
alguns
recursos
do
programa.
Observando a
figura
28
nos
anexos
deste
trabalho,
temos, da
esquerda
para
a
direita
impressão
do
verbete,
notas
do
usuário,
conjugação
de
verbos,
vozes
de
animais,
coletivos,
pesquisa
de
datação,
pesquisas
simples,
combinada
ou
reversa,
histórico,
retornar,
avançar,
modo
interativo,
modo
tradicional,
modo
expresso,
terminando no
ícone
do Houaiss
através
do
qual
podemos
ter
informações
sobre
o
dicionário.
Dicas
As
dicas
estão
por
todo
o
programa.
“São
pequenos
rótulos
amarelos
que
contêm
explicações
sucintas
sobre
alguns
elementos
da
interface
do
programa.
Basta
estacionar
o
cursos
do
mouse
sobre
esses
elementos
para
que
a
explicação
apareça” (Ibidem).
Em
qualquer
ícone
ou
menu,
podemos
ter
acesso
a
elas.
Conjugação
de
verbos
Conforme
explicitado no
capítulo
Verbos
deste
trabalho,
podemos
ter
acesso
ao
recurso
de
Conjugação
de
verbos
diretamente
pelo
seu
botão
ou
pelo
menu
Ferramentas.
“Ao se
ativar
este
recurso,
se o
verbete
corrente
for
um
verbo,
aparecerá uma
tela
com
a
conjugação
verbal
preenchida. Se o
verbete
corrente
não
for
um
verbo,
aparecerá uma
mensagem
de aviso na
tela.”
Deveremos,
então,
digitar
no
campo
próprio
o
verbo
que
se
quer
pesquisar,
no
qual
podemos
pesquisar,
sem
sair
do
recurso,
outros
verbos.
Também
há a possibilidade de
impressão
direta
da
conjugação
verbal
apresentada.
Vozes
de
animais
Apesar
de
não
ser
sonoro,
o
recurso
Vozes
de
animais
permite-nos
pesquisar
tanto
através
do
animal,
obtendo as
palavras
que
representam
sua
voz,
quanto
da
voz,
encontrando os
animais
correspondente
a
ela.
Representado
por
um
gatinho, podemos
acessar
o
ícone
diretamente
na
barra
de
ferramentas
ou
pelo
menu
Ferramentas.
Coletivos
Caso
desejemos
pesquisar
o
coletivo
de uma
palavra,
ou
a
que
palavras
um
determinado
coletivo
pode
estabelecer
ligação,
além
da
pesquisa
normal
dentro
da microestrutura de
cada
verbete
o
dicionário
possui
um
recurso
exclusivo
chamado
Coletivos.
Tendo
um
botão
para
acesso
direto
na
Barra
de
ferramentas,
ou
através
do
menu
Ferramentas,
“permite
fazer
a
pesquisa
a
partir
de uma
palavra
para
obter
o
seu
coletivo
ou
a
partir
do
coletivo
para
chegar
à
noção
singular
a
ele
correspondente”.
Histórico
Ótimo
recurso
que
o
dicionário
eletrônico
Houaiss possui, o
Histórico
Permite
conferir
as
palavras
consultadas
durante
o
uso
do
programa
e
retornar
a
esses
verbetes
rapidamente.
Casa
verbete
exibido
por
mais
de 3 (três)
segundos
é gravado na
lista
do
histórico,
na
ordem
em
que
foi consultado. Na
configuração
padrão,
tal
lista
pode
registrar
até
50
palavras;
ultrapassando
esse
número,
a
cada
nova
inclusão,
a
mais
antiga
é eliminada da lista (Ibidem).
Impressão
Citado diversas
vezes,
o
recurso
Impressão
possibilita-nos,
como
seu
próprio
nome
informa, a
impressão
do
verbete
em
uso,
ou
a
área
selecionada,
sendo
que
são
obrigatórios
o
cabeçalho
do
verbete
e
acepções
e
opcionais
as
locuções
e
elementos
do
verbete.
Acessando-o
através
do
menu
Ferramentas
ou
do
seu
próprio
botão,
abrirá uma
janela
a
qual
possibilitará ao
usuário
escolher,
dentre
os
itens,
o
que
deseja
enviar
à
impressora.
Caso
seja
necessária
alguma
modificação
na
impressão,
há a
opção
configurar
a
qual
acessa
diretamente
a
tela
da
impressora
instalada no Windows.
Notas
do
usuário
Uma
ferramenta
de
grande
auxílio,
as
Notas
do
usuário
“funciona
como
um
editor
de
textos,
permitindo
anotar
o
que
você
quiser a
respeito
de
qualquer
verbete”
(Ibidem).
Terminada a digitação, há a possibilidade de se
salvar
o
texto
e
toda
vez
que
o
verbete
for acessado, será indicada a
nota
através
de
um
ícone
no
canto
direito
do
cabeçalho.
“Para
visualizar,
editar
ou
excluir
as anotações
escritas
anteriormente
em
qualquer
verbete,
basta
acionar
esse
ícone
para
que
o
editor
de
notas
apareça” (Ibidem).
Ainda
neste
recurso,
podemos
obter
uma
lista
de
todos
os
verbetes
que
possuam
notas
e “ao
clicar
sobre
os
verbetes
da
lista,
você
pode
efetuar
alterações
diretamente
nas
notas,
sem
precisar
abrir
o
verbete
em
questão”
(Ibidem).
CONCLUSÃO
Dependendo do
momento,
o
dicionário
ideal
pode
ter
o
formato
de
um
dos
três
levantados;
ele
deve
ser
aquele
que
auxiliará
mais,
em
menos
tempo,
diminuindo o
mínimo
possível
o
ritmo
de
leitura,
para
que
o
fluxo
das
idéias
necessário
para
a
compreensão
do
texto
não
seja
interrompido.
Relembrando o
questionamento
feito
quanto
a
diferente
estrutura
dos
dicionários
e
suas
funções,
visto
que
há uma “échelle de valeurs dont
lês
meilleures assises sont l´intuition du lexicographe” (BOULANGER,
1986), sabemos
que
equipes
diferentes
pensam de
maneira
adversa,
portanto,
percebe-se
que
a
equipe
produtora dos
dicionários
não
se manteve a
mesma
em
suas
versões:
no MDH, houve uma estruturação
diferente,
não
podendo
ser
chamada
literalmente
de
versão
reduzida do DH.
Já
o
eletrônico
contém
tudo
o
que
possui o DH,
além
de
nos
proporcionar
muitos
outros
recursos
informatizados, o
que
nos
facilita a
pesquisa
e faz
com
que
ganhemos
tempo.
Para
que
a
leitura
seja
significativa,
ela
requer uma
velocidade
mínima
de
processamento,
então
o
tempo
gasto
entre
a
dificuldade
com
alguma
palavra
e a consulta no
dicionário
deveria
ser
quase
instantânea
ao
leitor,
pois
qualquer
interrupção
pode
ser
prejudicial
à
compreensão.
A
caminho
do
terceiro
milênio,
o
dicionário
eletrônico
deve
ter
maior
distribuição
e
conhecimento
alheio,
entretanto
são
imprescindíveis
algumas
características
básicas,
como
permitir
acesso
instantâneo
ao
verbete.
Além
disso,
quando
mais
subordinado
ao
texto
o
dicionário
estiver,
mais
rica
será
sua
consulta ao
dicionário,
pois
o
texto
não
deve
ser
afastado da
frente
do
leitor;
caso
ele
precise
deixar
de
lado
o
texto
que
está lendo a
fim
de
consultar
o
dicionário,
pode-se
criar
uma
concorrência
entre
um
e
outro.
O
ideal
é
que
o
dicionário
fique às
margens
do
texto,
discretamente,
para
um
acesso
fácil,
já
que
o
texto
é
mais
importante
que
ele:
“o
dicionário
apenas
dá
pistas;
quem
dá o
significado
da
palavra
é o
texto”
(LEFFA, 2001).
É
impossível
um
recurso
com
essas
propriedades
na
forma
tradicional de
texto
impresso;
esse
dicionário,
imediato
e
subordinado
do
texto,
só
é
viável
em
formato
digital,
ou
seja,
eletrônico.
GLOSSÁRIO
arquivo:
conjunto
de
dados
digitalizados
que
pode
ser
gravado
em
um
dispositivo
de armazenamento e
tratado
como
ente
único
[Arquivos
podem
conter
representações
de
documentos,
figuras
estáticas
ou
em
movimentos,
sons
e quaisquer
outros
elementos
capazes
de serem digitalizados.]
clicar:
ato
de
premir
(um
dos
botões
do
mouse);
pressionar
(uma
tecla,
dispositivo
etc.
que
opera uma
mudança
qualquer).
cd-rom:
disco,
us. esp.
em
computadores,
que
contém
informações
digitalizadas (texto,
imagens,
sons
e
vídeo)
capazes
de serem recuperadas
através
de
leitura
óptica,
mas
não
alteradas.
Acrônimo
do ing. compact disc read-only memory, lit. 'disco
compacto
de
memória
apenas
para
leitura'
(1983).
digitar:
introduzir
(informações),
através
de
um
teclado,
em
cartões
perfurados
ou
na
memória
de
um
computador.
diretório:
subdivisão
de
um
disco
ou
de
outro
meio
de armazenamento
capaz
de
conter
arquivos.
hardware:
conjunto
dos
componentes
físicos
(material
eletrônico,
placas,
monitor,
equipamentos
periféricos
etc.) de
um
computador.
hipertexto:
forma
de
apresentação
de
informações
em
um
monitor
de
vídeo,
na
qual
algum
elemento
(palavra,
expressão
ou
imagem)
é
destacado
e,
quando
acionado (ger.
mediante
um
clique
de
mouse),
provoca a
exibição
de
um
novo
hipertexto
com
informações
relativas ao referido
elemento;
hipermídia.
ícone:
elemento
gráfico
que,
em
sistemas
operacionais
ou
em
programas
com
interfaces
gráficas,
representa
determinado
objeto,
operação
ou
link,
sendo ger. acionável
por
um
clique
de
mouse.
interface:
fronteira
compartilhada
por
dois
dispositivos,
sistemas
ou
programas
que
trocam
dados
e
sinais.
link:
elemento
de
hipermídia
formado
por
um
trecho
de
texto
em
destaque
ou
por
um
elemento
gráfico
que,
ao
ser
acionado (ger.
mediante
um
clique
de
mouse),
provoca a
exibição
de
novo
hiperdocumento.
menu:
lista
de
opções
ou
entradas
postas
à
disposição
do
usuário,
que
aparece no
vídeo
de
um
terminal
de
computador
com
as
funções
que
este
poderá, a
seguir,
realizar
por
meio
de
um
programa
ou
de
um
software.
mouse:
dispositivo
de
entrada
dotado de
um
a
três
botões,
que
repousa
em
uma
superfície
plana
sobre
a
qual
pode
ser
deslocado, e
que,
ao
ser
movimentado,
provoca
deslocamento
análogo
de
um
cursor
na
tela
[O
mouse
permite ao
usuário
comandar
a
execução
de determinadas
ações,
quer
movendo o
cursor
até
ícones,
regiões
da
tela
ou
entradas
de
menus
que
correspondam às
ações
desejadas,
quer
clicando
um
dos
botões.]
pasta:
diretório
('lista
de
arquivos')
representado
pelo
ícone
de uma
pasta.
programa:
conjunto
de
instruções
concatenadas, expressas
em
uma
linguagem
de
programação,
que
um
computador
é
capaz
de
executar
para
alcançar
um
determinado
objetivo.
software:
conjunto
de
componentes
lógicos
de
um
computador
ou
sistema
de
processamento
de
dados;
programa,
rotina
ou
conjunto
de
instruções
que
controlam o
funcionamento
de
um
computador;
suporte
lógico.
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Trabalho
apresentado na
Disciplina
FLC5722, “Lexicografia
e
Terminologia
em
Língua
Portuguesa”,
no
curso
de
pós-graduação
ministrado
pela
Profa. Dra.
Ieda Maria Alves, no
segundo
semestre
de 2004.