ALERTA! METÁFORAS PODEM MATAR

Sérgio Nascimento de Carvalho (UERJ, EN e UNESA)

Introdução

Este texto é sobre linguagem e, especificamente, a forma de como o discurso é usado em tempo de crise política nacional ou internacional. Nos eventos que aconteceram em 11/09/01 e aqueles que os sucederam, através da retórica pública, tornaram-se guerras. O governo de Bush ratificou muito bem isso. Nova York passa ser a capital da América e todos voltam os seus olhos para ela, o centro financeiro e cultural da América. E por que não dizer que as torres gêmeas, metaforicamente falando, é o coração da América.

Este estudo refere-se ao uso de expressões lingüísticas metafóricas usadas por pessoas presumivelmente peritos no uso da retórica política. Portanto, conhecedores da capacidade de persuasão que este tropo tem na modalidade do discurso citado. O conteúdo entre esse período histórico foi examinado através do jornal americano The New York Times (NYT), com o intuito de descobrir como a metáfora foi usada em relação aos objetivos e decisões políticas. A escolha desse jornal dá-se pela sua enorme circulação naquele país como veículo de informação, credibilidade e um número recorde de prêmios Pulitzer ganho em 2002 pela cobertura daqueles acontecimentos. Neste conteúdo, através de citações do referido jornal, veremos o presidente Bush e seus principais colaboradores de governo como experientes articuladores políticos e exímios palestrantes, no que diz respeito ao discurso político.

Algumas vezes, oferecemos um exemplo representativo de uma determinada expressão metafórica no domínio do crime e da guerra que possa ter ocorrido várias vezes na referida mídia (NYT). Depois de analisar as expressões lingüísticas metafóricas, elas são agrupadas em categorias, cada categoria sob o título de uma determinada metáfora conceitual. Conceito esse a ser explicado mais adiante.

Compartilhamos com Schon (1979) que as dificuldades mais prementes na política social e na política também, tem mais a ver com a apresentação dos problemas do que praticamente com a solução dos mesmos. Ou seja, a maneira de como um problema é conceitualizado ou verbalizado é freqüentemente metafórico e por ai já se tem o desencadeamento das possíveis soluções desse problema. No caso da política, nacional ou internacional, muito da agenda dos dirigentes de um país é estruturada com base em discursos repletos de metáforas. Lakoff e Johnson (1980/2002) denominam tais metáforas estruturais de metáforas gerais (ou conceituais) que nos permitem mais do que simplesmente orientar conceitos, nos referir a eles, quantificá-los, etc. Como fazemos com as metáforas simples; “elas nos permitem, além disso, usar um conceito bem estruturado e delineado para estruturar um outro” (p. 61). Os autores nos exemplificam com a metáfora “TEMPO É UM BEM MATERIAL”, que estrutura a forma como vemos tempo como um recurso contável e de valor que pode ser gasto, guardado e desperdiçado (p. 65).

A trajetória lingüística do World Trade Center e do Pentágono começou em silêncio. Nenhum país se responsabilizou pelos acontecimentos de 11/09. Mas, os Estados Unidos asseguraram que eles tinham um “inimigo”- um “inimigo sem cara” que personificava o “mal”. E contra esse mal, o país se lançou em uma guerra. O primeiro alvo foi o empobrecido Afeganistão. Tudo isso porque aquele país “escondia” o “inimigo sem cara” e tendo o ataque lá começado em 07/10/01. A pergunta que se faz é: Como que de uma resposta ao terror se torna uma Guerra ao Terrorismo? Finalizando, o objetivo desse artigo é mostrar, ainda que resumidamente, o caminho percorrido de um país na construção de uma guerra com o auxílio de uma poderosa arma – o discurso metafórico.

A metáfora e o discurso político

Existe um grande número de literatura sobre o estudo da metáfora. Sontag e outros começam por Aristóteles, cujo livro Poética define metáfora de uma forma simples: “Metáfora consiste em nominar uma coisa em nome de outra”. Dessa definição, estudos em diversos campos sobre a metáfora se amplia: retórica, discurso, literatura, lingüística, pragmática, psicologia, ciência cognitiva e outros (BOYS-STONES, 2003; ORTONY, 1993; WHITE, 1978). Aqui consideraremos a metáfora do ponto de vista da lingüística cognitiva (LAKOFF e JOHNSON, 1980/2002; ORTONY, 1993; GIBBS, 1994; CAMERON e LOW, 1999; DEIGNAN, 1999; KOVECSES, 2004) apenas para citar alguns e sua implicação no discurso político. Certamente, a política é um campo fértil para pesquisa desse tropo. Alguns estudos de interesse já se apresentam na literatura como Bostdorff (1994) e Chilton (2004).

Mas, o grande divisor de águas do estudo da metáfora é Metáforas da vida cotidiana (tradução do GEIM/PUC/SP) escrito pelo lingüista cognitivo George Lakoff e o filósofo Mark Johnson, em 1980. Essa obra é de grande relevância para a discussão social e política da metáfora. Os autores argumentam que o sistema conceitual humano é fundamentalmente metafórico e que a metáfora estrutura a nossa maneira de pensar. A argumentação deles de que a metáfora “não é um recurso somente da linguagem, mas também do pensamento e da ação” apóia o estudo do discurso social e político (LAKOFF e JOHNSON, 1980: 208/2002; BLACK, 1962; JOHNSON, 1987; LAKOFF, 1986;). Portanto, do ponto de vista cognitivo, ela é usada na comunicação para que possamos compreender situações problemáticas a partir daquelas que já nos são conhecidas. As metáforas “antigas” ou “mortas” e “novas” ou “vivas” são normalmente construídas a partir de conceitos humanos provenientes da interação do corpo humano com o meio – ambiente: ficar de pé, estar num espaço delimitado, mover-se de um ponto para o outro.

Além das características acima da metáfora, como um processo cognitivo universal, ela tem a função no discurso, nesse caso do ponto de vista interacional, na relação face a face, de atenuar o mal estar que possa haver no contato entre indivíduos. No modelo de Brown-Levinson (1987), a metáfora é considerada uma “estratégia fora de registro”; isto é, o seu objetivo é controlar os mais ameaçadores atos de fala e, ao mesmo tempo, minimizar o envolvimento de seu escritor/falante. A responsabilidade é do ouvinte de entender as implicações metafóricas e a sua importância naquele momento da comunicação. Ao mesmo tempo, a metáfora propicia um terreno comum no aspecto cultural (DEIGNAN, 2003; KÖVECSES, 2004; LAKOFF e JOHNSON, 1980/2002) e, ao mesmo tempo, do ponto de vista cognitivo, ela age como um grande recurso para que novos conceitos e políticas possam ser explorados. Mas fica o alerta para que tenhamos cuidado com a possibilidade desse terreno comum, quando uma determinada comunicação surge entre culturas. Podendo-se incidir em uma má compreensão da metáfora por conta das diferenças culturais entre o escritor/falante e o leitor/ouvinte (DEIGNAN, 2003; ROHRER, 2004).

Não deixaríamos de mencionar dentro desse tópico da metáfora e política e, diretamente, a política internacional, a capacidade de persuasão daquela figura de linguagem.

Apesar do crescente interesse no estudo da metáfora, não se tem um número muito expressivo de pesquisas sobre sua função de mudança de atitude ou efeitos de persuasão (expressando e manipulando crenças). Grande parte do interesse nessa área centraliza-se nos efeitos persuasivos da linguagem (Ver BOWERS, 1963, 1964).

A função persuasiva da metáfora se faz entender a partir da teoria contemporânea da metáfora, como Lakoff se refere (1993). O autor e seus seguidores postulam a existência de relações mentais chamadas de “metáforas conceituais” como vimos acima. Elas funcionam no nível do pensamento ao invés do da linguagem. Elas são passíveis de serem concretizadas através de expressões denominadas “metáforas”. Os escritores da escola contemporânea se referem a essas expressões lingüísticas como “metáforas lingüísticas” (LAKOFF e JOHNSON, 1980; DEIGNAN, 1999). Muito embora as relações conceituais, segundo a teoria contemporânea, são mais significativas do que as relações lingüísticas individuais, as metáforas lingüísticas são a única prova disponível para que se possa provar a existência das metáforas conceituais. Assim sendo, quase toda discussão sobre metáfora conceitual recai fortemente nos exemplos de metáforas lingüísticas, freqüentemente concebidas intuitivamente.

Concluindo, as metáforas podem ser usadas com o intuito de persuadir ao sugerir uma interpretação de situações ou acontecimentos tendenciosamente. Isso acontece porque elas constroem um equilíbrio entre os elementos do domínio – fonte (o campo semântico do qual o significado literal é originado) e domínio – alvo (o domínio semântico dentro do qual o significado metafórico está localizado). Entretanto, temos que estar atento porque a metáfora não proporciona uma visão completa do seu tópico, mas ela destacará alguns aspectos e esconderá outros. E é por causa dessa característica que o discurso político, metafórico quase por natureza, merece atenção no campo da análise crítica de texto escrito e/ou falado desse campo da ciência.

Uma breve análise crítica do corpus

Com a intenção de apenas situar o leitor no fato histórico, naquela manha de 11/09, aviões de linha comercial chocaram-se contra as torres gêmeas, na cidade de Nova York e o prédio do Pentágono, na cidade de Washington, D.C Aquele evento foi primeiramente descrito com o termo um ato de “terror” e/ou “crime” e depois se tornou um ‘ato de guerra”. Atos de guerra” normalmente são recíprocos com outros “atos de guerra” – mas, guerra contra quem? Ao fazer tal pergunta é como se pegássemos uma lente de aumento para perguntar como a linguagem foi usada para trazer a público o senso comum na política nacional da América.

Abaixo, mostraremos uma análise crítica de falas do presidente Bush e seus assessores, através de citações de artigos do jornal NYT, focalizando as metáforas lingüísticas usadas para exemplificar a trajetória de uma conceituação de crime a ato de guerra que, conseqüentemente, nos leva a metáfora conceitual dominante EVENTO “X” É UM ATO DE GUERRA. Destacaremos, também, outras metáforas do domínio da política internacional que possam interagir com a metáfora dominante, acompanhadas de um breve comentário sobre a ideologia que permeia, possivelmente, a cada metáfora. Isso ocorre porque não podemos falar sobre guerra, sem falarmos em política internacional.

Apresentaremos a metáfora conceitual (sempre em letras maiúsculas, em português e inglês), seguida de considerações ideológicas quando se fizer necessário e os exemplos, com a fonte e data, respectivamente.

TERRORISMO É CRIME

Esta metáfora teve um tempo de vida curta no cenário da política americana por ocasião do ataque às torres gêmeas e ao Pentágono. Segundo o Presidente Bush, esse evento em questões de horas se torna um “ato de guerra”, como veremos mais adiante. Onde um ataque terrorista, passa a ter um mérito de uma completa resposta militar por parte dos Estados Unidos e a criação de um grupo de aliados. Esse “sistema” de crime envolve: vítimas, lei, punição, juiz, corte e esses elementos foram abandonados rapidamente.

1- “These acts of mass murder were intended to frighten our nation…” (“Esses atos de assassinatos tiveram a intenção de assustar a nossa nação” (NYT, 11/09/01)

2- “I have directed…to bring them to justice.” (“Eu os pedi que …. Os julgassem”) (NYT, 11/09/01)

3- “This is the day…our resolve for justice and peace.” (“Este é o dia …) (NYT, 11/09/01)

4- “Crime scenes have been established by the federal authorities.” (“Cenas de crime foi como as autoridades federais viram o atentado”. (NYT, 11/09/01)

5- “The full resources of the Department of Justice…are being deployed to investigate these crimes and to assist survivors end victim families.” (“Todos os recursos do Ministério da Justiça…. Estão sendo empregados com intuito de investigar e dar assistência aos sobreviventes e familiares das vitimas.”) (NYT, 11/09/01)

EVENTO “X” É UM ATO DE GUERRA

Em questão de horas, no seu primeiro discurso a nação americana, o presidente, sua equipe e seus países aliados transformam o cenário de um ato de crime em um ato de guerra.

1- “… we stand together to win the war against terrorism.” (“… ficaremos apostos, juntos para vencer essa guerra contra o terrorismo.” (NYT, 11/09/01)

2- “This is not a battle between the United States of America and terrorism, but…” (“Essa não é uma batalha entre os Estados Unidos da América e o terrorismo, mas …” (NYT, 12/09/01)

3- “This war will not be like the war against Iraq a decade ago, …” (“Essa guerra não será como a guerra contra o Iraque ha uma década atrás,…”) (NYT, 12/09/01)

4- “…that an act of war was declared on us.”) (“… que um ato de guerra foi declare a gente) (NYT, 14/09/01)

5- “...war on home territory.” (“... guerra na nossa casa.”) (NYT, 12/09/01)

6- …but now that war has been declared on us, …”) (“Mas agora que a nos foi declarado guerra,…”) (NYT, 14/09/01)

NAÇÃO É UMA PESSOA

Essa metáfora é um recurso lingüístico de extrema relevância em conflitos internacionais onde a guerra se faz presente. O país é visto como uma pessoa e, conseqüentemente, ele/ela se engaja ou não em relações sociais, em casa, ou dentro de uma comunidade mundial. O seu território passa ser lar, Ele (o país) vive em uma vizinhança com seus (vizinhos, amigos, inimigos). Esse tropo dá ao povo americano o sentimento de que é justo, moral lutar contra o inimigo que invade a sua casa e lhe tira o direito de ter seus valores (aqui a liberdade, tanto proclamada pelo governo Bush e aliados). O mal que se faz, não é a um país, mas sim, a uma pessoa, a um ser humano. Dessa maneira, para a sociedade americana todo o conflito está bem próximo, mas de uma forma bem diferente dos fatos reais.

Essa mesma metáfora pode ser analisada como uma metonímia. Considerando que no discurso da política internacional é comum que ela seja vista assim. Podemos arriscar dizendo que se trata de uma possível metaforização da metonímia.

1- “…to frighten our nation into chaos and retreat.” (“…assustar nossa nação criando-se um caos e nos afastando covardemente.” (NYT, 12/09/01)

2- “Our nation saw evil...” (“Nossa nação viu o mal...”) (NYT, 12/09/01

3- “Today America has experienced one of the greatest…” (“Hoje a América experimentou a maior…”) (NYT, 11/09/01)

4- “…when America suffers,…” (“…quando a América sofre, ...) (NYT, 12/09/01)

5- “…the Unites States might suffer.” (“Os Estados Unidos podem sofrer.” (NYT, 07/03/02)

FICAR DE PÉ É AGIR MORALMENTE

Uma vez que a “nação – pessoa” se “levanta” contra o “inimigo”, ela está agindo moralmente. O mal, o inimigo deve ser vencido pelo o bem. Portanto, ao eliminarmos o inimigo, estamos colaborando para que ele não ameace aqueles mais fracos. E contra o inimigo, não se questiona o seu extermínio. O bem tem que vencer o mal.

1- “And we stand together to win the war against terrorism.” (“E levantamos juntos contra o inimigo para vencer a guerra contra o terrorismo.”) (NYT, 12/09/01)

2- “America has stood down enemies before, …”). (“A América já se levantou contra inimigos antes,...”) (NYT, 12/09/01)

SUDDAN HUSSEIN É O MAL/IRAQUE É O MAL

Esta metáfora é um desencadeamento da metáfora conceitual dominante no discurso político de conflitos de guerra o CONTO DE FADAS. Na literatura temos os personagens: o herói (representado pelos Estados Unidos), a vítima (Estados Unidos e/ou a comunidade mundial, segundo o governo Bush e aliados) e o vilão (não se sabe bem quem, mas o governo Bush e aliados, denominam de bin Laden (Guerra do Afeganistão) e depois armas de destruição em massa, nunca encontrada, ou Suddam Hussein (Guerra do Iraque). A escolha do vilão é importante para armar a história com todo os seus personagens. Dessa forma, o governo Bush e aliados justificam uma guerra moralmente, onde Suddam Hussein é o mal, inimigo e, portanto, deve ser eliminado vivo ou morto como o próprio Bush afirmou na mídia.

1- “President Bush prepared the country tonight for possibly imminent military action against Iraq,… declaring that Saddam Hussein posed a direct threat to the security of the Unites States …” (“ O presidente Bush preparou o povo hoje a noite para uma possível investida militar contra o Iraque,... declarando que Saddam Hissein é uma ameaça a segurança dos Estados Unidos...”) (NYT, 07/03/03)

2- “…saying Mr. Hussein posed a comparable danger.” (“…afirmando que o Sr. Hussein apresenta-se como um perigo.”) (NYT, 07/03/03)

3- “…while portraying Iraq as the most urgent threat, Mr. Bush referred to …”.) (“…enquanto mostrava o Iraque como a ameaça mais iminente, O Sr. Bush se referiu a ...”) (NYT, 20/03/03)

4- But Mr. Bush said…on confronting Iraq and the dangers it poses.” (“Mas o Sr. Bush afirmou …ao confrontar o Iraque e o perigo que ele representa.” (NYT, 07/03/03

5- “He’s a muderer”, he said...” (“Ele é um assassino”, ele disse ...”.) (NYT, 07/03/03)

Conclusão

Este texto tentou mostrar o papel da metáfora conceitual no discurso político em situações de conflitos de guerra. Devido a limitação de páginas, não houve a intenção de explorar o assunto de forma mais aprofundada.

Podemos observar a partir desse estudo, que a metáfora tem uma influência cultural a ser considerada e devemos entender que o seu processo está de acordo com os interesses políticos do local.

Ressaltamos, também, que a metáfora desempenha uma função relevante ao criar significados que possam ser compartilhados por muitos, percepções e um certo grau de afirmação entre o público. Muito embora, diferentes metáforas possam competir na guerra da aceitação por parte do público, a visão metafórica que é disseminada freqüentemente desfruta de uma grande vantagem porque, em tempo de conflitos, o líder de uma nação é geralmente visto como um protetor contra os inimigos. Assim se apresentou o Pres. Bush e seus grandes aliados que também exercem posição de destaque em seus governos.

Falamos da função persuasiva da metáfora quando pode ser manipulada para criar efeitos persuasivos em situações de grande interesse do público. Entretanto, por experiência na análise textos dessa natureza e como leitores competentes que somos, argumentamos que a maioria dos escritores/falantes não se permitem que sejam eles mesmos julgados por essas metáforas. As metáforas são usadas com significados avaliativos por aqueles que tentam ser persuasivos, mas nós podemos exercer o nosso papel de questionadores e explorar esses usos para criticar os valores, julgamentos, atitudes, ideologias que estão por trás delas.

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