Contraste Semântico-Pragmático
e Marcadores Contrastivos

Pablo Soares Ribeiro (UFRJ)
Helena Gryner (UFRJ)

 

INTRODUÇÃO

Ao analisarmos as expressões de contraste discursivo na fala informal carioca, chamou-nos a atenção a presença de duas formas variantes[1]. Alternando com a conjunção adversativa prototípica mas na função de marcador, encontramos muitas vezes a forma agora, que não consta das gramáticas[2]. Nos exemplos (1) e (2), abaixo, mas e agora se apresentam em variação.

(1) Se o homem trata a mulher bem, ela nunca vai embora. Agora/mas, se ele trata a mulher mal, ela tem que errar.

(2) Bom recentemente minha casa foi roubada, isso foi bastante chato, mas/agora, tem outras coisas mais chatas.

Martelotta (2004: 118), pesquisando as funções de agora enquanto reflexo das etapas de sua gramaticalização, aponta três valores para esta forma: circunstanciador temporal, operador argumentativo e operador contrastivo. Os exemplos (3) – (10), encontrados em nossa amostra, ilustram os diversos usos de agora:

Momento da fala

(3) – E agora a senhora vai viajar pra onde?

– Não. Ia pra ... Ah, agora esqueci o nome. Eu estou com a excursão marcada.

Proximidade ao tempo de fala

(3) ... acho que sábado agora vai ter maior festa lá

(4) ...eu ouvi agora há pouco tempo e também li no jornal que tinha baixado a inflação, só que ninguém sentiu.

Atualmente

(5) ... bobagem, agora todas as pessoas, senhoras e mesmo  senhores, estão usando ...

Contraste

(6) Sabia fazer, agora não sei mais nada.

(7) Se o homem trata a mulher bem, ela nunca vai embora. Agora, se ele trata a mulher mal, ela tem que errar.

Operador Discursivo

(8) É que eu tou aborrecida, tou achando muito gozado.

Agora, da metodologia da pesquisa, eu estou ensinando aluninho a fazer questionário também, já pré- determinado

(9) – Agora, a senhora já foi assaltada?

O contexto característico de ocorrência dos marcadores de contraste é o discurso argumentativo. Esta constatação é confirmada em diversos estudos independentes. Assim, Schiffrin (1987: 230) analisa as diferentes funções de now em interações com argumentação; Gryner (1990) registra a presença de agora em variação com mas em entrevistas sociolingüísticas em que o informante emite opiniões e argumenta sobre assuntos polêmicos: a estratégia argumentativa consiste em contrapor a posição defendida pelo entrevistado àquela defendida por um antagonista real ou imaginário; e Martelotta, no texto sobre agora, acima citado (2004:110), constata que o aparecimento de agora é mais propício em enunciados de opinião.

 

METODOLOGIA

Os dados desta pesquisa foram extraídos da Amostra GRYNER (Banco de dados do PEUL/UFRJ), uma amostra constituída por 76 entrevistas sobre temas polêmicos com informantes nascidos no Rio de Janeiro ou que aí vivem desde os cinco anos de idade. Analisamos um conjunto de dezesseis entrevistas com informantes regularmente distribuídos conforme a) gênero-sexo: oito homens e oito mulheres; b) faixa etária: oito jovens e oito adultos; c) níveis de escolaridade: oito de primário e oito universitários. Obtivemos 657 dados válidos, isto é, formas de mas (446) e agora (211) que podem ser mutuamente substituídas sem que isso acarrete alteração de significado.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a análise da variação entre mas e agora seguimos o modelo variacionista proposto por William Labov (1972). A sociolingüística variacionista defende o princípio de que a variabilidade é inerente às línguas. Ou seja, o uso lingüístico apresenta formas variáveis correlacionadas estatisticamente a contextos lingüísticos e extralingüísticos. Assim, a análise quantitativa tem por objetivo identificar os contextos lingüísticos e extralingüísticos (variáveis independentes) relevantes para o uso das formas variantes (variável dependente). Foi utilizado o programa GOLDVARB para o tratamento estatístico dos dados. A análise segue ainda o funcionalismo givoniano (1995) que serviu de base para a explicação da trajetória de gramaticalização das variantes e para a identificação dos contextos possivelmente relevantes. Também nos valemos da análise do discurso (Schiffrin, 1987) para estabelecer contrastes em níveis mais altos de discurso.

 

AS VARIANTES

A conjunção mas não se limita à função de conectivo adversativo, como descrito nas gramáticas tradicionais. Cunha (2001:585) afirma que mas é uma partícula que apresenta, além da idéia básica de oposição, valores de contraste e afetivos – atenuação, adição, restrição, retificação e mudança na seqüência do assunto. Koch (1989:35) define mas como um “operador que contrapõe argumentos orientados para conclusões contrárias”. Rodrigues (1995), sublinha seu caráter de, marcador conversacional e índice contrastivo. Para Neves (2000), a conjunção mas apresenta dois valores: o de contraposição e o de eliminação. A autora também arrola uma lista exaustiva com as múltiplas funções de mas: contraposição marcando contraste entre positivo-negativo e negativo-positivo; contraste entre expressão de significação oposta; contraste simplesmente entre diferentes, marcando compensação sem gradação; marcando compensação com gradação; restrição acrescentando um termo; restrição acrescentando um circundante limitador; entre outras.

Segundo Areas e Martelotta (2003: 57), “há um conjunto de processos de mudanças que atuam com relativa regularidade sobre os elementos lingüísticos, estendendo-lhes o sentido”. Assim, com o passsar do tempo o agora sofreu alterações de significado. Martellota (2004: 107) reporta a Machado (1997) e lembra que a forma agora se iniciou como advérbio de lugar ac hora, (ac = por aqui), e que posteriormente passou a advérbio de tempo (agora = neste momento).

A evolução prosseguiu levando agora a assumir função contrastiva.

A hipótese de gramaticalização (Heine, Claudi e Hunnemeyer, 1991) prevê que, no decorrer do tempo, os elementos lingüísticos sofrem mutações semânticas. Para Martelotta, a trajetória de gramaticalização da forma agora tem obedecido às etapas propostas por Heine, Claudi e Hunnemeyer (2004: 107). De acordo com esses autores, o trajeto percorrido pela expressão gramaticalizada é de espaço para tempo e de tempo para o texto:

Espaço             →                       Tempo             →                    Texto

ac hora   →            agora (momento atual)       →           agora (conectivo)

A mudança tem curso unidirecional. Assim, advérbios de lugar assumem a função de conjunções (Martelotta, 2003:57). É esse o processo por que passa advérbio agora.

Em um trabalho pioneiro, hoje considerado um clássico da análise de discurso, Schiffrin (1987) considera as formas de contraste but, now e only, como marcadores argumentativos. Mais recentemente, Ford (2000) analisa as seqüências contrastivas na interação: contraste + explanação e de contraste + explicação. Para Schiffrin nem sempre é fácil detectar se now é marcador ou advérbio, a diferenciação dessas duas funções de now dependerá do contexto discursivo em que está inserido. Ford (2000), estuda o contraste seguido de explicação. Preocupa-se em interpretar as diferentes funções contrastivas tanto no discurso de um único falante quanto na interação entre falantes.

O primeiro estudo variacionista sobre os marcadores (pontuants), Vincent (1993) distingue no francês do Quebec, entre os marcadores que se referem à organização do discurso – marcadores discursivos com função textual – e os que se referem à interação entre os interlocutores – marcadores conversacionais com função interacional. Entre os marcadores encontramos as expressões de contraste aqui estudadas.

Em sua apresentação dos marcadores no português, Macedo (1996: 12) inclui as formas agora e mas no grupo dos marcadores contrastivos que introduzem argumentação, geralmente contrária ao discurso precedente. A autora ressalta ainda que há casos em que o agora é advérbio mas que, muitas vezes, ele exerce função de conjunção.

Gryner (1990) identifica o uso de mas e de agora nas contra-argumentações, isto é, como estratégia argumentativa.

 

ANÁLISE QUANTITATIVA

Para identificar as condições de uso de agora e de mas, procuramos identificar os contextos (des/)favorecedores do uso de uma das variantes em (detrimento/) favor da outra. Os resultados estatísticos apresentados nas tabelas que seguem correspondem aos índices obtidos pela aplicação do programa GOLDVARB. A rodada selecionada pelo programa apresentou significância igual a 0,004. Considerou-se como valor de aplicação da regra variável o marcador agora vs mas

No que se segue analisamos os resultados de três grupos de fatores: a faixa etária dos entrevistados, a polaridade das orações em contraste e a seqüência temporal entre estas orações.

O primeiro grupo de fatores, selecionado pelo Programa foi a faixa etária (cf. Tabela 1).

Através da observação do conjunto das orações contrastivas das entrevistas, percebemos que os falantes mais velhos usavam mais marcadores de contraste, do que os mais jovens (374 casos em adultos vs 283 casos em jovens). Talvez este comportamento possa ser explicado pelo fato de que os mais velhos, por acumularem mais experiência, possam exercer maior autoridade, fazendo valer seu ponto de vista ao contestar as opiniões.

A tabela (1) apresenta os resultados para a escolha da variante

Tabela 1:Efeito da faixa etária no uso de agora (vs mas)

Variante

AGORA

Faixa etária

Freq/total

Percent

P Relat

Jovens

74/283

26

.42

Adultos

137/374

36

.55

Os resultados apontam que o uso de agora é mais freqüente entre pessoas mais velhas, (peso relativo .55). Entre os jovens, o uso do marcador agora atinge apenas o peso relativo de .42. A mesma motivação vista acima, ou seja, a maior convicção dos adultos, talvez explique porque estes tendem a empregar mais a variante agora, a mais saliente para marcar o contraste entre pontos de vista.

O segundo grupo de fatores selecionado pelo programa foi o efeito da polaridade ,ou seja, da afirmação vs negação. Pesquisamos a combinação entre as polaridades das orações em contraste na seqüência: contrastada, que a antecede o marcador agora, e contrastiva, iniciada pelo marcador, encontramos as seguintes combinações (cf. exemplos (6)-(9)):

Afirmativa – Afirmativa –

(6)    Acho que as pessoas devem se colocar contra o aborto, no sentido se você considera que a vida é humana. Agora / mas, atrás disso, tem outros fatores.

Afirmativa – Negativa

(7)   Aquela professora tinha me reprovado. Agora/mas porquê eu não sei.

Negativa – Afirmativa –

(8)  Não tenho ciúme não, não tenho mesmo. Agora / mas, existe um certo limite, né? (06/66)

Negativa-negativa

(9)  Eu não tenho medo (...). Agora/mas duas, três horas da manhã, um cara passando mal, eu não vou pegar. (67/300)

Na Tabela 2 as marcações de a polaridade na primeira oração e da segunda oração parecem refletir uma escala crescente de coesão em que: a seqüência afirmativa-afirmativa, é o elo menos coeso e a seqüência negativa afirmativa, o mais coeso.

Tabela 2: Efeito de polaridade das orações em contraste no uso de agora (vs mas)

Variante

AGORA

Polaridade

Freq/Tot

Perc

P.Relativ

Afirm – Afirm

124/304

40

.60

Negat – Negat

7/18

38

.56

Afirm – Negat

48/187

25

.42

Negat – Afirm

32/148

21

.37

Os resultados estatísticos apontam que agora tende a ocorrer quando ambas as orações apresentam polaridade afirmativa, como no exemplo (6) (peso relativo .60). A taxa da combinação negativa-negativa, como no exemplo (9) (peso relativo .56) é a segunda mais alta. Observe-se, porém, que a seqüência negativo-negativo é muito rara, apenas 18 casos (menos de 05% do total das variantes), o que prejudica qualquer interpretação. As seqüências com polaridades diferentes, como nos exemplos (7) e (8), desfavorecem o uso de agora, peso relativo de .42 e .37. Os contrastes entre negativa-afirmativa (não X mas Y) são expressos tipicamente por mas.

A Tabela 2A a seguir analisa apenas a correlação polaridade da primeira oração e o uso de agora:

Tabela 2A: Efeito da polaridade da oração contrastada no uso de agora (vs mas)

Variante

AGORA

Polaridade

Freq

%

PR

Afirmativa

172/491

35

.53

Negativa

39/166

23

.39

 

Tabela 2B: Efeito da polaridade da oração contrastiva no uso de agora (vs mas)

Variante

AGORA

Polaridade

Freq

%

PR

Afirmativa

156/452

34

.53

Negativa

55/205

26

.43

Ao verificarmos a tabela 2A que descreve o efeito da polaridade da primeira oração da seqüência – a contrastada –, percebemos que as afirmativas não interferem no uso do marcador (peso relativo de .53) enquanto as negativas tendem a desfavorecer o uso de agora, (peso relativo de .39)

Na tabela 2B , observa-se que a polaridade da segunda oração – contrastiva – tem o mesmo efeito, embora menos marcado: afirmativa (peso relativo .53) não interfere no uso do marcador, enquanto a negativa desfavorece o uso de agora (.43)

As tabelas 2A e 2B apontam a tendência do uso de agora em orações afirmativas, isto é, menos coesas. Se essa hipótese for confirmada, evidencia-se a trajetória de gramaticalização de agora como marcador contrastivo vai de uma menor para uma maior vinculação entre as partes contrastadas.

Um terceiro grupo de fatores testado como possivelmente relevante para o uso de agora foi a seqüência temporal dos verbos das orações em contraste. Os diferentes tipos estão arrolados nos exemplos (10)- (13):

Posterioridade

(10)   (...) Eu avisei dos (sic) alunos, tem a tabuleta lá fora: “é proibido (fumar)”. Agora/mas, eu não vejo, absolutamente, não quero ver quem tá fumando.

Anterioridade

(11)   Eu sei que ela mora lá pro Barreto. Agora /mas se ela morasse com a mãe dela, ela tinha colocado ele no colégio.

Simultaneidade (no passado)

(12)   Eles deveriam ter incentivado mais eu a ser independente, agora/mas quanto à questão de opinião, não, eles nunca assim...

Tempo não marcado

(13)   Sempre um pouquinho de ciúme tem, mesmo aquele que diz que não tem (...) tem. Agora/mas o fundamental pro casal é a confiança.

 

Tabela 3: Efeito da seqüência temporal no uso de agora (vs mas)

Variante

AGORA

Seqüência temporal

Freq/tot

Perc

PRelat

Posterioridade

44/104

42

.60

Anterioridade

23/66

34

.54

Simultaneidade

118/383

30

.47

Tempo não-marcado

24/85

28

.44

Embora não tenha sido selecionado pelo programa GLODVARB, os índices estatísticos para este grupo de fatores – constantes da primeira rodada do step down (NOTA) (cf. tabela 3) – correspondem consistentemente à trajetória proposta para agora.

Assim, o contexto posterioridade, que a hipótese de que a passagem de agora advérbio a conectivo contrastivo tenha ocorrido pelo contraste entre passado e presente/futuro, ou mesmo entre presente e futuro. Ou seja, a seqüência linear contrastada-contrastiva reproduz a seqüência temporal.

A partir daí, o uso de agora se difundiria para o contraste inverso, ou seja, o contexto de anterioridade (peso relativo (.54)): presente-passado ou futuro-presente. Finalmente, atingiria os contextos temporalmente não contrastivos, simultaneidade das ações (peso relativo .47) e não temporais (peso relativo .44)

Um último grupo de fatores, o modo verbal, diz respeito ao modo verbal da oração contrastiva (cf .tabela 4), isto é, iniciadas por agora. Este grupo de fatores também se relaciona à coesão inter-oracional, uma vez que o modo indicativo é próprio das orações mais autônomas; e os demais: subjuntivo, gerúndio e infinitivo são típicos de orações sintaticamente dependentes.

Tabela 4: Efeito do modo verbal da oração contrastiva no uso de agora (vs mas)

Variante

AGORA

Modo Verbal

Freq/Tot

Perc

P. Relat

[+Indicativo]

198/595

33

.51

[- Indicativo]

13/62

20

.37

A tabela 4 mostra que o modo não marcado e mais freqüente no corpus, isto é, o indicativo, mantém-se neutro (peso relativo .51), não favorecendo nem desfavorecendo o uso de agora. Nos casos de [- indicativo], próprio de orações dependentes, o uso de agora é claramente desfavorecido (peso relativo .37) apontando novamente que as orações unidas por agora tendem a ser mais autônomas.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O primeiro resultado deste estudo, a influência da variável social sobre o uso de agora vs mas contrariou a expectativa de que os jovens encabeçariam o uso de agora. – mudança em tempo aparente. Ao contrário, o programa selecionou a faixa etária adulta como aquela que utiliza mais o marcador. Este resultado exige explicações mais refinadas para a interferência dos grupos etários (Mollica e Braga, 2004)

Constatamos também que o agora tende a ocorrer menos orações negativas (e, provavelmente, em início de orações que não estão indicativo). Isto sugere que o marcador agora tenderá a contrastar enunciados menos coesos, ou seja, aqueles que se opõem em níveis mais altos do discurso (Gryner, 2005).

Os resultados do estudo sugerem ainda que agora reproduz iconicamente a seqüência temporal antes-depois, ao introduzir preferentemente a oração contrastiva que se refira a um momento posterior ao da contrastada.

Estes usos regulares das formas variáveis agora/mas como operadores discursivos mostram que agora está cada vez mais integrado ao sistema, não se restringindo, como ainda é mantido nas gramáticas normativas, à função de advérbio de tempo.

 


 

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VINCENT, D. Les ponctuants de la langue. Québec: Nuits Blanches, 1993.


 


 

[1]Variantes são “diversas maneiras de se dizer a mesma coisa em um mesmo contexto, e com o mesmo valor de verdade”, (Tarallo, 2003).

[2] Embora pouco freqüente, o marcador agora também é usado na escrita.

 

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