APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESTRANGEIRA
NA VIVÊNCIA FAMILIAR

Élida dos Reis Gabriel Chapman
(FIMI-Mogi Guaçu / SP)
Maria Suzett Biembengut Santade
(UERJ, FMPFM e FIMI-Mogi Guaçu / SP)

Início profissional

Em 1978, surgem as questões: o que fazer? Como fazer para encontrar o caminho que me leve ao sol, que brilha para aquele que procura ascensão social, auto-realização, sonho profissional para a vida melhor? O sonho do primeiro emprego ou experiência profissional. Como adquiri-la se as oportunidades são poucas. Como chegar ao ponto inicial? O tempo é efêmero, dilui-se.

Até que surge a oportunidade. O primeiro emprego. O horário não era dos melhores – das 14h às 22h -, mas era o começo de uma caminhada. Tudo era novidade, não havia medo nem contratempo, apenas a disposição de dar o melhor.

Em uma noite, retornando do trabalho para casa, deparei-me com algumas pessoas, não muito simpáticas, as quais começam a “Bullying me”.

No fazimento deste artigo não sabia como expressar a palavra “Bullying”, porém no mês de maio deste ano corrente, ao ler o jornal Correio Popular de Campinas deparei-me com um artigo de Rubem Alves sobre esta palavra. Foi muito pertinente o aprendizado dessa palavra, pois ao ler o artigo, o qual falava sobre o livro “Fenômeno Bullying” de Cléo Fante, Rubem Alves comenta sobre a autora que iria escrever um artigo sobre seu livro. Rubem Alves decide, ao invés de escrever o artigo, relatar alguns dos fatos ocorridos sobre o ”Fenômeno Bullying“, onde situações de “bullying” ocorreram em várias localidades e que significa intimidar outra pessoa.

Tentei ignorar o fato, mas não foi fácil. Estava eu aguardando a chegada do ônibus, os pensamentos voavam em mim e o medo toma conta de meu ser e, de repente, o ônibus chega... e tudo acabado!

Na trajetória de minha vida sempre encontrei obstáculos e é aí que entra a vontade de vencer as intempéries da vida. Não deixei que pequenos imprevistos atrapalhassem na escalada da minha subida.

Não conseguiremos ganhar batalha alguma se não lutarmos por um ideal, por algo que acreditamos ser a verdade, pois se deve buscar sempre o objetivo e isso foi o que continuei fazendo, cada vez mais com determinação. Voltando ao passado profissional, havia apenas dois meses que me propus a fazer aquele trabalho no início da carreira, no entanto, não tive alternativa e pedi demissão.

Assim, não tardei a encontrar novo emprego nos arredores de minha residência. Já não havia necessidade de despender-me de duas horas para chegar ao trabalho. Agora era um tempo bem reduzido de apenas 20 min de caminhada.

O salário ainda não era suficiente para ser aplicado aos estudos projetados. Continuei na luta e foi, então, que surgiu outra oportunidade. Consegui novo emprego. O salário era bem melhor e não necessitava gastar com transporte. Acreditei ter chegado ao momento de dar continuidade aos estudos. Nesse ambiente empresarial, o convívio com as pessoas, sujeitos de nível social diferente, começou a despertar-me para o mundo em direção ao aprendizado de língua estrangeira, pois havia a possibilidade de crescimento dentro da empresa.

Meu projeto era fazer a faculdade no curso de Administração de Empresas. Todavia, tinha que ajudar nas despesas da família e decidi optar por um curso de inglês, pois o valor do curso era acessível. Já não podia relatar o fato aos meus pais que faria o curso. Meus pais não entenderiam essa decisão. Pensavam que somente a elite tinha direito de ingressar à faculdade e continuar no poder. Aos desprivilegiados restava obedecer a esta elite.

Depois de algum tempo, falei aos meus pais que estava num curso de inglês. Meu pai disse-me: “Todo e qualquer conhecimento nos será útil um dia. O conhecimento não ocupa espaço.” E entendi com esta afirmação que tinha o apoio de meu pai para continuar, mas minha mãe me desafiou: “Você é uma sonhadora, quando acha que terá condições de ir aos Estados Unidos? Tenha os pés no chão!”

Não me dei por vencida. Meus amigos no trabalho e meus pais com suas palavras me deram o incentivo da vida.

Alguns anos se passaram, pois o curso se constituía de cinco anos. Nesse momento foi então, que um senhor dinamarquês chegou à empresa em que eu trabalhava para desenvolver um produto na empresa. Foi o início de uma empreitada que não tinha noção. Morri de vontade de conversar com esse senhor, o qual não sabia a língua portuguesa.

Numa manhã o office-boy, de nome Ricardo, havia trazido as garrafas térmicas com café e insistiu para que eu servisse-o para aquele senhor, que mais parecia um personagem de filmes. Ele me lembrava dos Vikings: era alto, forte, olhos azuis e cabelos claros. Tomei coragem e fui levar o café a ele, que se entusiasmou muito comigo. Afinal eu era uma jovem de apenas 20 anos e cheia de vontade de crescer profissionalmente.

Tornamo-nos amigos. Ele era um modelo para mim. Ajudava-me no inglês e foi assim que me solicitou à diretoria da empresa para trabalhar com ele como sua secretaria, pois não havia ninguém para auxiliá-lo com os relatórios. Não acreditei quando um dos gerentes me comunicou. O salário não seria modificado. Não me importei, pois o que mais queria era praticar a conversação e a escrita na língua inglesa. Porém, só iniciaria na nova posição no ano seguinte e somente por dois meses no primeiro semestre e dois meses no segundo semestre do ano. Vivi grande expectativa. Não acreditava no que estava acontecendo. Os dias foram passando e se aproximando e já não agüentava mais de tanta euforia.

Decidiram improvisar uma sala para que trabalhássemos. No entanto, à véspera da sua chegada não havia uma faxineira para limpar a sala. Não foi problema. Pedi que providenciassem materiais de limpeza e dei início à faxina. Fui motivo de chacota, é claro, mas não me importei.

No dia previsto, Mr. Victor Paul Andreassem chegou. Estava muito feliz de ter-me como sua secretária e eu ainda mais feliz por obter esse estágio e ter oportunidade de aplicar meu conhecimento em inglês. Ele falava repetidas vezes, com um sotaque forte que me impressionava: “You are Élida dos Reis Gabriel, don’t you forget this.”

Na época não entendia direito o que ele queria dizer, mas me fazia sentir uma pessoa muito especial. Hoje sei o que ele queria dizer: era que eu tivesse confiança em mim mesma e não permitir que pessoas denegrissem a minha investida pessoal.

A situação não estava muito boa na empresa para ele e sabia que não poderia ajudar-me por muito tempo. Conversou com um dos gerentes sobre a minha investida, ética profissional e da minha pessoa sugerindo que eu deveria ser promovida. Esse gerente pediu demissão e, portanto, a promoção não foi consumada.

Foi assim que o Sr. Victor conheceu uns senhores britânicos no hotel em que se hospedava e, nesse tempo, iniciou amizade com os mesmos. Quando soube definitivamente que não voltaria a trabalhar para esta empresa, decidiu apresentar-me ao gerente geral, Mr. Jan Ivan Bidwell, de uma multinacional inglesa. Fui convidada para conhecer a empresa num sábado onde conheci meu marido, de origem britânica – Geoffrey Chapman.

Após uma semana, iniciei o trabalho na nova empresa, O gerente geral falava pouco Português, mas o meu marido não falava absolutamente nada. Fiz um trato com os dois: eu os corrigiria no português e eles corrigiriam-me no inglês. Meu gerente aceitou de imediato, mas meu marido tinha muita dificuldade para aprender a língua portuguesa. Secretariava aos dois, porém Geoffrey nunca falava ao telefone, porque tinha horror a cometer erros na língua portuguesa e ser motivo de piadas.

Recebíamos várias visitas da Inglaterra e dos Estados Unidos. Foi muito difícil ter que ouvir certas insinuações sobre brasileiros. Não há necessidade de citar nenhum chavão sobre isso, pois conhecemos todas as humilhações lingüísticas que depõem contra a cultura latina. Fazia questão de fazer tudo de maneira ideal no trabalho e mostrava que pertencia a um país em desenvolvimento com intenções sérias.

Na primeira viagem à Inglaterra, então feita com Geoff, como mantinha contato com o Sr. Victor, disse-lhe que iria conhecer a Inglaterra e a família de Geoff. Perguntei a ele como eu deveria comportar-me diante da família de Geoff e ele respondeu-me: “Seja você mesma, não precisa tentar impressionar ninguém” – “Just be the way you are”. Foi o que fiz.

No momento em que cheguei à casa dessa família fiz um pedido a todos: “Não deixe que eu fale de maneira incorreta e permito que me corrijam quando acharem necessário”. Pedi permissão aos seus pais para tratá-los como: “mother and father”, não se opuseram ao pedido. Assim, tornei-me vulnerável à alegria.

Depois de cinco anos, decidimos que havia chegado o momento de constituirmos uma família e resolvemos comunicar todos sobre o casamento tão desejado. “Mother” providenciou tudo para a ocasião. Correspondíamo-nos por telefone para a preparação da festa. Coube-me a tarefa de providenciar o enxoval e também o vestido.

Casamo-nos em St. Austell, na Igreja de St. Meawan na Inglaterra no dia sete de janeiro de um mil novecentos e oitenta e nove. Meus pais e minha irmã mais nova estiveram presentes. Estavam muito orgulhosos. Foi a viagem dos sonhos de papai e mamãe. Minha irmã voltou à Inglaterra outras vezes para passear.

Algumas definições de Bilíngüe

Algumas definições que alguns pesquisadores e lingüistas sugeriram, no passado, de pessoas bilíngües. Mas não se surpreenda se achá-las um tanto contraditórias ou muito estreitas:

– Sujeito que fala duas ou mais línguas – ser bilíngüe ou multilíngüe – é uma habilidade especial. São termos relativos, pois varia, grandemente, de indivíduo para indivíduo em tipo e grau de proficiência da linguagem. (Encyclopaedia Britannica, 1965)

– Ser Bilíngüe é ter o controle de duas línguas... É claro, não se pode definir o grau de perfeição no qual um falante estrangeiro se torna um bilíngüe: é relativa a distinção. (Bloomfield, 1933)

– O fenômeno de bilíngüe ou multilíngüe é algo inteiramente relativo... Devemos portanto, considerar o bilíngüe como o uso alternativo de duas ou mais línguas pelo mesmo indivíduo. (Mackey, 1962)

– Entende-se por bilíngüe… para começar a um ponto onde os falantes de uma língua podem produzir declarações completas e significativas em outra língua. (Haugen, 1953)

– Bilíngüe é a opção ou meio obrigatório para uma comunicação eficiente entre dois ou mais mundos em usar sistemas lingüísticos diferentes. (Van Overbeke, 1972)

Aprendizagem da Língua e Linguagem

É pertinente assinalar que línguas são fenômenos fundamentalmente mais orais. Esta é uma realidade que ninguém contesta. A língua estrangeira é um instrumento de comunicação para a inter-relação da humanidade.

O caso de um indivíduo querer adquirir uma língua estrangeira dependerá de suas necessidades pessoais e profissionais na vivência em diferentes circunstâncias. Isso significa que o indivíduo deve buscar ascensão na sua realização pessoal, e também, na consciência social em ver no próximo o próprio crescimento da humanidade.

O aprendizado de línguas estrangeiras, na medida em que se ampliam as possibilidades de comunicação do sujeito, estimula melhor compreensão, maior domínio da língua materna e favorece a compreensão e o respeito com relação a outras formas de atuar e pensar o mundo. Nessa perspectiva, o processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira não demonstra que o sujeito aprenda novo código apenas. Esse processo tem como objetivo promover a comunicação e a construção da representação da realidade e contribuir com o processo de formação do sujeito como um todo – aspectos cognitivos, sócio-culturais, atitudinais, dentre outros.

Quando se aprende uma língua estrangeira, não se aprende apenas um sistema de signos. Aprender uma nova língua significa aprender a interpretar a realidade com outros significados, por meio da inserção do sujeito no universo de práticas socioculturais. É nesse sentido que a aprendizagem de uma língua estrangeira tem a função educativa que extrapola os aspectos meramente lingüísticos e adquire relevância na formação global do sujeito. Instrumentalizar a ele para que utilize a língua estrangeira para ampliar os conhecimentos acadêmicos, realizar leituras, fazer pesquisas acadêmicas, participar de exames para o ingresso em universidades ou participar de cursos no exterior. O aprendizado da Língua Estrangeira sensibiliza o sujeito para perceber o outro que está inserido em cultura diferente e refletir sobre as características de realidade de diversos povos diferente.

Aprendizagem da Língua Estrangeira

Aprender uma língua não é simplesmente uma questão de repetição. De fato a repetição representa apenas uma parte superficial no processo da aprendizagem. Isto porque a língua é sistemática e dinâmica: podemos repetir apenas uma parte do sistema, e não o sistema todo em si. Se aprender uma língua fosse, meramente, uma questão de repetição como poderíamos produzir sentenças as quais nunca havíamos ouvido antes?

Corrigir ou ser corrigido não tem grande influência no processo de aprendizagem. Isto é revelado pelo fato de às vezes aprendermos coisas imediatamente sem jamais ter sido corrigido e às vezes continuamos a cometer os mesmos erros, não importa quantas vezes formos corrigidos.

Aprender uma língua não é o mesmo que aprender sobre a língua, pois é possível ser um habilidoso em gramática Inglesa sem realmente falar Inglês, então é possível falar Inglês, fluentemente sem ter noção teórica de gramática. Todos os falantes da língua Inglesa “sabem” a gramática por definição. Dizer que somente os gramáticos sabem gramática é o mesmo que dizer que somente médicos têm corpos. Aprender é um produto de “motivação x oportunidade”.

Linguagem é um fenômeno social e o aprendizado de línguas é uma atividade social. Há diversos aspectos do uso da linguagem os quais podem somente ser aprendidos diretamente por meio da interação com grande variedade de interlocutores. A partir disso chega-se à proposta sobre as diferenças entre aprender línguas em casa e na escola.

O contexto social da escola faz que as crianças familiarizem-se com a interação lingüística, o que é pedagogicamente favorável, em contraste com a multiplicidade de objetivos na interação em casa e, também, as familiariza com as exigências da conversação envolvendo vários participantes em contraste com número menor de falantes em casa.

Segundo BIEMBENGUT SANTADE (2002), a linguagem dinâmica, no entanto, passa a ser descrita na realidade de cada um. A linguagem verbal representada pelos signos abstratos sustenta uma estabilidade lingüística, para que cada usuário possa fazer sua descrição semântica segundo sua convivência com o outro. Nas palavras da pesquisadora em sua Tese de Doutorado (2002: 188):

No cotidiano escolar da educação básica, a interação do ensino informal ao formal e vice-versa fecunda-se nos intervalos da escola, nos bate-papos clandestinos, no transcurrículo entre nós, profissionais da educação, sem nos darmos conta disso tudo. Há, nesse cotidiano, uma rede de conversações nas coordenações de ações na convivência, visto que as crianças e os jovens traçam conhecimentos novos, naturais e dinâmicos a seu tempo.

A escola também fornece um treinamento sistemático, o qual ajuda a desenvolver níveis elevados de funcionamento simbólico associado em particular com o ensino da leitura e da escrita, que contrasta com a espontaneidade da não ensinada aquisição da conversação em casa.

É óbvio que há constante interação entre os dois contextos de aprendizado da escola e de casa. Quanto maior a extensão de atividades e habilidades desenvolvidas na escola, mais será usada para além do confinamento da sala de aula.

Não há caminhos fáceis na aprendizagem de línguas e que nenhuma escola nem professor podem prever o tempo que se precisa para alcançar certo domínio sobre o inglês ou quaisquer línguas. O sujeito-usuário poderá desempenhar maior aprendizagem no mesmo grupo de aprendizes, pois cada um apresenta intenções diversas.

Há vasto número de métodos para se aprender Língua Estrangeira, porém não há método melhor ou fórmula mágica para o aprendizado. Tudo depende do contexto: a quem o método se dirige; em quais circunstâncias; para que finalidades, e assim por diante.

Não há método concluso sempre. Isso não significa que o método pode ser melhor para qualquer indivíduo, pois há variações no contexto de aprendizagem que influencia na construção do aprendiz. As variações podem ser de diversos tipos, relacionadas à: situação social (língua, política, ambiente da linguagem, lingüístico, atitudes culturais e econômicas e fatores ideológicos); organização educacional (objetivos instrucionais, restrição de tempo e recursos, eficiência administrativa, tamanho da classe); etnia da classe (características, valores de uma sociedade e outros).

Sabe-se que a segunda língua é mais facilmente aprendida durante a infância. O indivíduo não precisa traduzir de seu idioma materno para o estrangeiro para poder falar, pois o uso da segunda língua já está automatizado nas bases lingüísticas.

Como a língua materna, a língua estrangeira também pode ser automatizada. E mais, quando se aprende uma língua diferente da língua materna, deve-se também adquirir o universo cultural na interação das pessoas que (com) partilham a mesma cultura.

O curso em escola de línguas, especificamente, só fez a diferença, porque a este curso foi acrescentada a vivência, experiência em país da língua nativa e pela interação com falantes da língua nativa.

Não houve um só método para o aprendizado da Língua Inglesa e, também, não foi somente talento ou aptidão para se aprender uma língua estrangeira. O que me estimulou foi a necessidade de ascensão social e a auto-realização.

Há 27 anos iniciei o curso de inglês numa escola de línguas, cujo método era áudio-lingual bastante usado por diversas motivações. Atualmente, aprender uma língua estrangeira é necessidade mundial, porque existe a expectativa social pelas contribuições na formação educativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIEMBENGUT SANTADE, Maria Suzett. Apreciações semânticas de relatos de aprendizagem. Tese de Doutorado. Universidade Metodista de Piracicaba, 2002.

BRUNIERA, Celina. Cidadão do Mundo. Texto disponível em: www.vila.org.br/revista_vila_21/lingua_estrangeira.htm Acesso em: 02 de maio de 2005

COELHO, Nelly Novaes. Literatura: arte, conhecimento e vida. [s/l.?]: Peirópolis, [s/d.?].

HARDING, Edith e RILEY, Philip. The Bilingual Family, a Handbook for Parents. Cambridge University Press, [s/d.?].

PRABHU, N. S. There is no best method – why? Tesol Quarterly, v. 24, p. 161-176, 1990.

 

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