Retalhos de memória
registros de um tempo
sob o olhar de um intelectual

Daniele de Araujo dos Santos (UERJ)
Carmem Lúcia Negreiros de Figueiredo (
UERJ)

 

O crítico literário Francisco de Assis Barbosa publicou em 1956 (pela Editora Brasiliense), uma nova organização do Diário Íntimo do célebre escritor brasileiro Lima Barreto. Este texto havia sido publicado previamente no ano de 1953 juntamente com o Diário de Hospício e O Cemitério dos Vivos. Francisco de Assis reuniu notas manuscritas pelo autor cronologicamente e acresentou esboços, projetos de romances consagrados como Clara dos Anjos e O Triste Fim de Policarpo Quaresma. O material utilizado por Assis Barbosa, ou seja, tiras, folhas avulsas, recortes de jornais e cadernetas contendo críticas, confissões e arquivos documentais de Lima Barreto, encontra-se na Biblioteca Nacional na sessão de “Manuscritos”. Atualmente, o material está em processo de microfilmagem, não sendo possível um acesso direto ao mesmo.

A partir da leitura desta reunião de fragmentos, organizados por Assis Barbosa, realizou-se o presente estudo que pretende analisar as diferentes formas de impressões sobre umeuque se cria em folhas de papel, e desdobra-se emoutros”. Para tal, inicia-se com a conceituação estilística das variadas vertentes da escrita que privilegiam a subjetividade. Em seguida, será analisado diretamente o “Diário Íntimoatravés da seleção de excertos comentados. Esta obra nos apresenta um particular interesse por revelar a estrutura do pensamento de um intelectual brasileiro (Lima Barreto) localizado temporalmente em um período denominado “pós-modernidade”.

Com a fragmentação intensa que ocorre nos tempos pós-modernos, a unicidade teleológica da história escrita hegeliana deu lugar a pequenas histórias: biografias, diários, autobiografias, crônicas etc.

A crônica é uma forma descontínua de relatar o passado de uma civilização e estabelece uma relação íntima com o processo estrutural da memória e relatos orais. Esta narrativa está mais associada a aspectos cotidianos, reduzindo-se a episódios breves: é fruto de uma pulverização do olhar histórico.

A biografia e a autobiografia narram histórias de vidas particulares. Para que a vida seja vista como uma história de experiências, uma trajetória, é necessário que seja considerada um bloco de acontecimentos de uma existência individual e relatada em uma narrativa histórica organizada cronologicamente com percurso linear, causalidade e efeito, princípio, meio e fim.

Enquanto a biografia é uma análise da vida de outrém transferida ao papel, a autobiografia é uma análise da própria vida, um olhar para dentro de si mesmo. Assim sendo, na autobiografia, o investigador e investigado encontram-se na mesma pessoa, enquanto na biografia o pesquisador e objeto de estudo econtram-se separados. Ambas as formas de abordar experiências pessoais, atendem à uma necessidade de confissão de alguma verdade. Apesar de uma pretensão inicial de confissão e sinceridade, estes escritos revelam um caráter ficcional. A verdade e a ficção flutuam, transitam pelo papel e não há como precisar os momentos nos quais se dão tais flutuações.

Deste modo, o autobiógrafo narra a história de si. Trata-se do ideólogo, criador e organizador da própria vida. Ele seleciona e organiza acontecimentos globais e os estabelece em uma relação causal. o biógrafo é um investigador,o profissional da intepretação da vida de alguém.

Apesar de ser um ato individual, escrever sobre si mesmo é também escrever sobre os outros, pois a “memória pessoal necessita de outras lembranças e por isso invoca conjuntos referenciais instituídos pela sociedade.” (MALUF, 1995: 36). A palavra mesmo, o meio pelo qual se transmite os pensamentos, é carregada de valores ideológicos. Ao organizar o texto escrito, o sujeito que rememora, se serve de um mundo de signos montado pela memória coletiva. Esta se trata de um mecanismo que produz uma narrativa legitimadora de conceitos, difundindo-os como verdades, alimentando imagens e valores e provocando uma unicidade artificial.

Ao falar de si em uma autobiografia, o sujeito representa-se, reproduz-se em um ato performativo, ficcionalizando a própria vida. “Narrar-se não é diferente de inventar-se uma vida” (CALLIGARIS, 1998: 49). A reinvenção do indivíduo em um ato autobiográfico pode resultar em uma mudança direta na vida daquele que relata-se em palavras. Esta atividade pode ser interpretada, ainda, como uma autoterapia: o sujeito produz uma revisão de seus sentimentos e exorciza “fantasmas”.

O escrito autobiográfico é uma narrativa cujo tema central é a vida de alguém no passado. No entanto, este passado não se trata de um passado intacto, mas carregado de uma visão subjetiva que compõe o “eu” atual, contemporâneo. A autobiografia dirige-se também ao tempo futuro, pois ao registrar sua história, o autobiógrafo imagina pessoas ou ele mesmo lendo fatos e percepções registradas, num momento posterior.

O diário é visto como a forma mais comum de escrever sobre si. Sua escrita se dá como uma conversa de si para si ou com algum amigo, ou qualquer pessoa que possa vir a ler o texto hipoteticamente (“outro”). O diário não é só um registro de um indíviduo isolado, mas de situações/fatos históricos, políticos, sociais e morais que envolvem o diarista. Assim, o diário abarca fatos internos e externos. Além disto, o diário apresenta uma forma descontínua, intercalada, pois não reúne todos os pensamentos e experiências em um bloco único, dependendo de informações prévias ou posteriores. Geralmente as experiências são separadas por dia, ano ou mês e uma anotação não necessariamente tem a ver com uma anotação anterior ou posterior. O diário íntimo é uma revisitação ao passado recente, ao contrário da autobiografia que se ocupa de um intervalo de tempo maior.

Há ainda uma outra forma de impressão do “eu”; as memórias que são “anotações dos fatos, sobretudo os acontecimentos externos, como para se lembrar e lembrar o que aconteceu.” (CALLIGARIS, 1998: 46). Dizem respeito à realidade que cerca a pessoa que lembra, a colocando numa posição de testemunha de fatos ocorrentes no contexto histórico,cultural e social em que se encontra. A partir de um ponto de vista individual ou influenciado pelo ambiente familiar, o “eu” presencia os fatos externos e emite reflexões sobre os mesmos.

Os arquivos materiais, que incluem documentos variados como cartas, recortes de jornais ou objetos de importância histórica, também são considerados uma extensão da memória, pois nos fazem retornar a um dado espaço e tempo em um simples contato, olhar direcionado ou releitura.

Nos tempos em que vivemos, o individualismo e a subjetividade têm grande força. Cada vez mais, a subjetividade ganha importância e passa a conferir veracidade a um texto. Dentro desse contexto, entende-se o porquê da autobiografia e o diário íntimo estarem em voga. São textos a partir dos quais se espera ler a verdade. Talvez outro fato que nos dirija a um interesse maior por esses textos seja o voyeurismo, a curiosidade que nos impele a imergir no universo do outro. Este ímpeto acerca do universo alheio, é estimulado pela mídia, como afirma Stella Bresciani: “...a mídia entretém hoje uma grande fome de imagens e de testemunhos, uma enorme curiosidade sobre a vida dos outros: quer-se ‘consumir a vida dos outros’, próximos e longínquos.” (BRESCIANI , 2001: 288-289)

Através de um auto-relato escrito, o sujeito moderno realiza uma “poética da experiência”, segundo Janet Varner Gunn (CALLIGARIS,1998: 51). A vida que se inspira em romances, é ficcionalizada e registrada, muitas vezes para ser lida por muitos e tornar o autor uma celebridade, algo muito ambicionado na sociedade moderna. A narrativa da história de si próprio, aparentemente revela uma relação de intimidade com o real. No entanto, nada mais é do que uma reprodução de ecos e impressões que passam por um processo de afunilamento na mente do sujeito que vasculha seu foro íntimo, e o funil é o que confere personalidade, seja na escolha das palavras ou acontecimentos a serem relembrados.

Assim como no âmbito da literatura o poeta é um fingidor [1], no âmbito da história o escritor da autobiografia também o é, travestindo seus sentimentos e experiências mesmo que de forma inconsciente. E a história, em todos os seus aspectos, assim como a literatura, é uma produção intelectual, uma forma de enxergar o mundo. São artifícios do intelecto para auto-entretenimento ou para servir à dominação ideológica a fim de saciar uma fome material incessante.

No livro “Diário Íntimo” de Lima Barreto, percebe-se que na verdade o título não retrata propriamente o conteúdo presente nos papéis avulsos que o próprio autor classicava como notas, retalhos. O autor escrevia sem um rigor cronológico (nem tudo era datado) e sem estabelecer uma relação causal entre os retalhos, na medida em que não necessariamente uma nota se referia a outra anterior. A obra é fragmentada e não pode ser encaixada em um tipo fixo de relato escrito. Não se trata de um diário íntimo, tampouco uma biografia, autobiografia, arquivo, crônica ou memória. É um híbrido de todas essas diferentes categorias, às vezes dentro de uma mesma nota, o que revela uma postura bastante atual do autor, assim como uma riqueza na estrutura de seu pensamento.

Na nota transcrita a seguir, Lima Barreto começa relatando sua rotina, e em seguida realiza uma crítica aos acontecimentos históricos e correntes. Neste trecho o abuso militar bastante comum no Brasil no início do século XX, é testemunhado pelo escritor. Há então dentro desta mesma nota um misto de diário íntimo e memórias:

1 de janeiro.

Hoje, dia de ano-bom (1º de janeiro de 1905) levantei-me como habitualmente, às sete e meia para as oito horas. Fiz a única ablução do meu asseio, tomei café, fumei um cigarro e li os jornais. Acabando de lê-los, arrumei as paredes do meu quarto. (...) Três soldados do Exército em grande gala forçavam os vendedores ambulantes a lhes darem a sua fazenda gratuitamente. A um qualquer passante, isso, tachado de roubo, valeria um passeio até à estação policial; mas a soldados, não; eles se foram na mais santa das pazes. (BARRETO, 1956: 71)

No livro, há trechos em que o autor somente se refere a sua vida pessoal registrando um determinado dia, o que se aproxima mais de um diário íntimo. A negligência quanto à datação de algumas notas (como a que se segue abaixo) mostra uma despreocupação cronológica que toma Lima Barreto. Ao datar um acontecimento, de certa maneira, realiza-se uma restrição a um tempo específico. No entanto, certos sentimentos e percepções são atemporais. Logo, datar seria desnecessário ou limitativo. A seguir, o autor refere-se à sua rotina, às suas atividades. É um olhar do autor para si mesmo e para os fatos que o envolvem:

Amanheci mal, tive até um sonho erótico. Saí às nove horas, fui à missa na igreja da Glória. Como estivesse embotado com a má noite que passei, não pude tomar uma nota. (BARRETO, 1956: 101)

Na mesma organização, há trechos que se aproximam de uma autobiografia. No trecho a seguir o autor assume estar se reinventando através de notas autobiográficas. Escrever sobre si mesmo criando um novo Lima Barreto diante dos olhos dele próprio, seria uma manifestação de bovarismo[2], isto é, uma projeção de si mesmo em outrém. Neste caso, o outro seria um ficctício, produção tão criativa quanto a de outros personagens de livros do escritor:

Último dia do mês em que, com certa regularidade, venho tomando notas diárias da minha vida, que a quero grande, nobre, plena de forças e de elevação. É um modo do meu “bovarismo”, que, para realizá-lo, sobra-me a crítica e tenho alguma energia. Levá-la-ei ao fim, movido por esse ideal interessado e, se as circunstâncias exteriores não me forem adversas, tenho em mim que cumprir-me-ei. (BARRETO, 1956: 96)

O intelectual impunha-se uma disciplina na escrita de notas que registravam suas atividades e personalidade, talvez com a intenção de publicá-las em um futuro ou simplesmente para registrar impressões sobre um momento, para que ele mesmo pudesse consultar anos a frente.

Desde domingo que não tomo notas. Hoje, 17, vou recapitular estes três dias. Domingo passei-o em casa. Cortando artigos do Figaro do ano passado e os pregando sobre a lídima prosa do nosso Rui Barbosa. Enchi o dia assim e enchi-o agradavelmente... (BARRETO, 1956: 86)

Alguns fragmentos revelam um Lima Barreto arquivista, na medida em que ele seleciona alguns artigos, letras de música e poemas de jornais específicos e às vezes produz comentários a respeito dos mesmos. Entretanto, na organização do “Diário Íntimo” muitos dos recortes foram excluídos, inclusive aqueles relacionados ao próprio Lima Barreto. Em alguns momentos porém, estes recortes são citados e às vezes transcritos:

O autor destas cartas, segundo os jornais, deflorou onze moças e seduziu uma porção de senhoras:

“ Querida Doquinha.

Recebi a tua amável cartinha na qual pedis-me que eu não me dedique a outra mulher...” (BARRETO, 1956: 164)

O autor percorria os jornais a procura de matérias que chamassem a sua atenção e ativassem sua capacidade crítica. Por muitas vezes o autor ironizava e comentava excertos literários publicados. Sua crítica ácida, acusa a má qualidade do que circulava na época e o ressentimento do autor pela dificuldade que tinha de disponibilizar seus textos em detrimento de textos que ele considerava menores.

Dos jornais, de notável só estes versos, sobremodo estúpidos:

I

És mais formosa do que um crisantemo,

Mulher gentil, aurora de meus sonhos.

Só de pensar em desengano, tremo,

Como em frente aos fantasmas mais medonhos.

(BARRETO,1956: 74)

Muitas notas então, podem ser consideradas críticas literárias. O autor escolhia ainda, certos fragmentos de livros que estudava e produzia uma reflexão:

O bovarismo de Jules Gaultier.

Impressões de leitura.

O bovarismo, diz seu autor, é um livro que não visa instituir nenhuma reforma, se aplica a matéria que os homens, mais que nenhuma outra espécie, acreditam marcar, eles mesmos, uma forma; trata da evolução na humanidade (...) Nos casos de Flaubert, essa convergência não se produz. O ângulo dessas linhas é o índice bovárico, mede o afastamento entre o indivíduo real e o imaginário,entre o que é e o que ele acredita ser. (BARRETO,1956: 93)

Alguns momentos das notas se assemelham à uma espécie de agenda, onde o autor faz uma discriminação de suas despesas e contas matemáticas, assim como estruturas e planejamento de estudos futuros. Segue-se um trecho que exemplifica tal fato:

Orçamento :

Ordenado ............................ 184

Doutor Araújo .................... 40

––

224

(BARRETO,1956: 41)

Bastante presente no “Diário Íntimosão as memórias, ou seja, uma análise do que externa o escritor. Ao discutir aspectos políticos do dia-a-dia da cidade do Rio de Janeiro, assim como do Brasil, de um modo geral, isto fica bastante claro. Ainda percebe-se o “conceito”, ainda que frágil, de memórias nas críticas que o autor faz às pessoas que o cercam, principalmente em seu ambiente de trabalho. O comportamento dessas pessoas geralmente está relacionado à um padrão estabelecido pela sociedade daquele momento. Este relato de fatos vividos (memórias) associadas à análise crítica emitida por Lima Barreto, faz com que suas memórias aproximem-se da crônica, isto é, uma história de eventos específicos que diverge da versão oficial dos fatos. No trecho a seguir o autor faz uma crítica à mídia e pretende apontar a verdade a qual ele teve acesso e que foi escondida por interesses políticos:

No entanto, com o enterro do Patrocínio, não se deu o mesmo. Propalado pelos jornais que esse jornalista tinha sido a alma da Abolição, o populacho à última hora agitou-se e fêz-lhe a manifestação de uso: coche puxado a braços, (...)Quem conheceu o Patrocínio como eu o conheci, lacaio de todos os patoteiros, alugado a todas as patifarias, sem uma forte linha de conduta nos seus atos e nos seus pensamentos, não acredita que pudesse ter sido, como dizem, o apóstolo da Abolição. (BARRETO, 1956: 97-98)

Lima Barreto, ao arquivar artigos de jornais que se referiam a ele próprio (entrevistas, comentários por terceiros sobre suas obras), estava de um certo modo organizando uma biografia autorizada, e todo leitor que tem acesso aos retalhos monta em sua cabeça uma biografia do autor com base nas informações que eles trazem. Assim como há diversas possibilidades de classificação das notas reunidas sob o título de “Diário Íntimoem termos estilísticos, conforme foi amplamente explorado, tambémdiversos caminhos temáticos possíveis presentes na obra referida. Temas como racismo, nacionalismo, ciência, o lugar da mulher na cultura brasileira, dentre outros, são analisados sob o requinte de um olhar intelectual e artístico.

Deste modo, o “Diário Íntimo” encerra em si diferentes tipos de registros sobre o “eu” e o ambiente em que está presente. Assim como este “eu” é fragmentado em vários outros, seus pensamentos também espatifam-se em diversos cacos de espelhos que por sua vez refletem outras faces. Fragmentos sobre fragmentos, constrói-se um todo descontínuo, e é o lugar do descontínuo que as notas e retalhos pretendem revelar através de diversas reflexões dispostas em migalhas.

Com o boom da informática associado a um novo posicionamento do homem diante da memória, o pensamento passou a se dar por janelas de informação. O pensamento hipertextual e associativo rompe com a linearidade da narrativa clássica permitindo um registro múltiplo. instala-se o tão badalado conceito de interatividade. Nãomais um caminho único e pré-determinado a ser seguido: cabe ao receptor da mensagem escolher o rumo que pretende explorar dentro de um mundo de possibilidades que podem ser combinadas e recombinadas. Pensamentos avulsos, espalhados peloDiário Íntimosem uma linha de condução temática ou cronológica, possuem a flexibilidade necessária que permite compará-los ao hipertexto interativo . Nisto e nos temas selecionados para uma abordagem crítica, reside a contemporaneidade de Lima Barreto e o justifica como um intelectual de vanguarda.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, Lima. Diário Íntimo. BARBOSA, Francisco de Assis, org. Brasiliense, 1956.

BRESCIANI, Stella e Naxara, Marcia. Memória e (res)sentimento: indagações sobre uma questão sensível. Campinas: UNICAMP, 2001.

CALLIGARIS,Contardo. Estudos Históricos. Arquivos Pessoais. Rio de Janeiro: FGV,1998.

MALUF, Marina. Ruídos da memória. São Paulo: Siciliano, 1995.

PESSOA, F. Obra Poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.


 


 


[1] Clássica referência a Fernando Pessoa que afirma que o poeta é um fingidor em sua Autopsicografia: O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente.”

[2] Conceito introduzido por Jules Gaultier citado por Lima Barreto no “Diário Íntimo”.

 

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