Teia do Saber e Leitura

Shirley Cabarite da Silva
Faculdades Salesianas Teresa D´Ávila de Lorena

 

O ensino de leitura em sala de aula em escolas públicas sempre foi alvo de preocupação de estudiosos Isso porque o ensino de leitura, já há algum tempo, não vem dando resultados satisfatórios, pois os alunos apresentam dificuldades para interagir com o discurso escrito. Muitas considerações são levantadas e, entre elas está o fato de a criança não adquirir o hábito de leitura de livros em casa, devido à força atraente de novas tecnologias, como, por exemplo, a Internet.

Este trabalho propõe trazer à baila reflexões acerca do tema, considerando experiências adquiridas em sala de aula com professores da rede pública do Estado de São Paulo, para receber treinamento a fim de melhorar o desempenho das práticas docentes.Trata-se mais especificamente de apresentar as estratégias desenvolvidas por esses professores em sala de aula, numa situação real, com alunos do ensino fundamental. Trabalhos estes apresentados em seminários desenvolvidos no curso “Teia do Saber “, proposto pelo Governo do Estado de São Paulo e ministrado nas Faculdades Integradas Teresa D’Ávila em Lorena.

Embora seja senso comum afirmar que esses professores são despreparados para a prática do ensino de leitura, limitados aos manuais didáticos, os resultados aqui apresentados contradizem essa posição. O que se pode presenciar é um grupo de professores (jovens em sua maioria) comprometido com sua profissão, demonstrando grande habilidade e criatividade no preparo do material de ensino, mesmo ignorando as teorias da leitura que subjazem essas estratégias. É à luz da teoria cognitivo- interacionista que este trabalho pretende analisar o material selecionado.

Teia do Saber é um programa que consiste na contratação de .instituições de Ensino Superior, públicas ou privadas, pelas próprias Diretorias de Ensino, para ministrar cursos destinados a professores das escolas estaduais de Ensino Fundamental e Médio. Os .professores têm a oportunidade de retornar ao ambiente acadêmico, envolvendo-se com novos conhecimentos e novas tecnologias de ensino. A proposta do programa é a união do trabalho de fundamentação teórica com a prática docente – uma vez que estes atuam nas escolas estaduais – mantendo-os atualizados sobre novas metodologias de ensino. Nesse trabalho, selecionou-se um grupo de professores enviado pela Diretoria de Ensino da cidade de Guaratinguetá, no ano de 2005. Convém incluir que os professores trabalham nos ciclos I e II do ensino médio e fundamental, das escolas estaduais juriscondicionadas a esta Diretoria.

Leitura é aqui entendida, juntamente com a maioria dos estudiosos, como um processo interacionista, isto é, não constitui um ato solitário, mas a interação verbal entre indivíduos socialmente determinados. Logo, o leitor possui seu universo, seu lugar na estrutura social, nas suas relações com o mundo e com o outro. Sendo a leitura um processo historicamente determinado, que expressa todo o anseio de uma sociedade, e sabendo que esta se organiza em classes desiguais, a leitura pode significar um instrumento de controle, empregado pelos setores detentores do poder.

Nesse caso ela representa um meio que vem ajudar no processo de envolvimento ideológico, auxiliando na reprodução das estruturas sociais e na permanência dos grupos detentores do poder. Entendida dialeticamente , a leitura é um meio de aproximação entre as pessoas e as produções culturais, permitindo o acesso ao conhecimento e ao poder de crítica por parte do leitor.. Em outras palavras, e assim entendendo o processo de leitura, o professor deve tomar cuidado para não se deixar envolver pela teia ideológica do discurso, acabando por fazer o jogo do grupo dominante, uma vez que não há discurso neutro. (Zilberman &Theodoro da Silva, 2002)

Vale acrescentar à concepção até aqui adotada, a do ato de ler, sugerida por Goodman(1967). Segundo ele, a compreensão é um processo complexo que envolve percepção de elementos visuais, seleção de saliências textuais, predição de hipóteses, testagem de hipóteses, confirmação ou reconstrução para chegar a um produto final. Mais do que um jogo de adivinhação, a compreensão parece ser um jogo de inferência comandado por um conjunto de condições.

Sabendo que um texto opera em vários níveis, toda a relação que envolve compreensão se fundamenta e se efetua a partir de fatores básicos que afetam a produção e compreensão de .textos, como a estrutura lingüística, o conteúdo proposicional, como, por exemplo, o contexto referencial e a forma de organização temática, o contexto de ações, os relacionamentos ao contexto textual e inter-humanas comunicativas, as estruturas cognitivas(memórias) entre outros. As formas de organização do conhecimento na memória são um tanto complexas, mas em geral admite-se que o conhecimento se estrutura como esquemas que representam porções organizadas da experiência de cada um.(Marcuschi, 2002)

Van Dijk( 2002) defende uma proposta de interpretação que não desconsidera uma teoria pragmática que opera com bases cognitivas. Isto é, uma comunicação verdadeira envolve conhecimento real, crenças e desejos. Uma teoria pragmática oferece regras para a interpretação pragmática. A compreensão dos enunciados como realizando determinados atos de fala se baseia em um complexo processo que envolve o uso de vários tipos de informações . Entretanto, a compreensão de certos índices observáveis deveria ser demonstrada em termos de conhecimentos mais gerais, categorias, regras e estratégias.

Vale acrescentar o fato defendido por Orlandi(1988) de que “o discurso é a multiplicidade de sentidos possíveis”, daí a consideração de que todo texto possui suas histórias de leitura, do mesmo modo que há histórias de leitura de cada leitor. Um mesmo texto pode ser lido de forma diferente, se se considerar sua época de produção. No entanto, há determinadas leituras previstas para um texto, uma vez que há uma memória discursiva influenciável.

Orlandi (op.cit.) propõe que o ensino escolar não considera nenhum desses aspectos. Isto é, desconsidera a história das relações com o saber em nossa sociedade e da história particular das instituições do saber no contexto cultural em que atuam. O motivo é o excesso de imediatismo que acompanha as propostas, produzindo o atual quadro com o qual nos deparamos: alunos brasileiros não sabem ler. E, como se pode ver, essa crise no ensino vem de longa data.

Silva(2000) defende a idéia de que a escola encarrega-se de “condutas reprodutoras da leitura: a imitação, a contemplação passiva, a cópia, o recolhimento na solidão, o ócio descompromissado, a ficha padronizada, a resposta ao questionário(igual ao do livro didático)”. Logo, a escola promove atividades de leitura do texto sem o contexto, sem substância, sem significado, sem seqüência, sem unidade e sem aprofundamento, uma vez que ela é utilizada como pretexto para a memorização de normas gramaticais, ou até mesmo de conteúdos cristalizados. O que leva à ausência da produção de novos significados.

Faz-se necessário introduzir nessas premissas acima, das quais partilhamos até o momento de participarmos do projeto Teia do Saber, a informação de que o cenário descrito nem sempre funciona assim. No primeiro dia de nossa participação no Módulo “Leitura e Ensino” solicitamos aos professores que organizassem o material de ensino de leitura por eles aplicados em sala de aula e o trouxessem para debate.

Selecionamos algumas amostras dessas apresentações, a seguir expostas:

Amostra(A) 1: Aula de leitura

Mensagem: Estrela do Mar”

Era uma vez um escritor que morava em uma tranqüila praia, junto de uma colônia de pescadores.

Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo.

Certo dia, caminhando na praia , ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

- “Por que está fazendo isso?” – perguntou o escritor.

- “Você não vê! – explicou o jovem – A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na “areia”.

O escritor espantou-se.

- “Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz?

Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma.”

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor.

- “Para essa aqui eu fiz a diferença.”

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem. Uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

A professora seleciona o texto acima e o entrega na sala de uma 7º série do ensino fundamental, para que os alunos o leiam, a partir da seguinte pergunta: O que você entendeu?

Os alunos leram livremente e nenhuma orientação foi dada, por que ela queria saber como iam se comportar.

O resultado foi este: ( textos transcritos sem correção)

Aluno 1 (A1) – Eu entendi que o vulto que ele viu só estava ajudando as estrelas para elas não morrerem.

A professora aponta o fato de este aluno não ter entendido o que leu.

(A2) – Este tipo de texto mostra que devemos fazer coisas boas e quando fizermos coisas boas as outras pessoas iram nos ajudar. Como o jovem estava jogando as estrelas-do-mar que estava na areia de volta para o oceano, e o escritor no outro dia foi ajuda-lo.

Já este conseguiu ir um pouco mais longe que o outro, mas ainda não conseguiu entender, segundo a professora.

 

(A3) – Eu entendi que por mais grande que seja o mar e por milhares de estrela-do-mar que existem, sempre tem algumas que não está no lugar certo que está precisando de ajuda. E que então um cidadão resolveu ajudar elas a voltar para sua casa e acabou ajudando elas, incentivando outras pessoas a fazer isso também, se não fosse ele elas podiam ter secado e morrido, ele fez isso como se fosse uma obrigação dele, uma tarefa de todo dia. Ele sabe que ajudando ele vai conseguir ajudar algumas estrelas a sobreviver. Mas não importa se você faz algo de pequeno, mas para outras pessoas é grande e tem muito valor.

Ela comenta que este leitor caminha para uma leitura mais profunda, isto é, pareceu buscar a mensagem, mas acabou se distanciando no final.

(A4) - Eu entendi que não importa se você faz algo de pequeno, mas tendo valor e sendo certo pode mudar muitas coisa!

Para ela, este já parece ter entendido a mensagem. Mesmo bastante vago em suas colocações.

(A5) - Eu entendi que na vida a gente não pode fazer tudo por todos, mas a gente tem que fazer o que pode por quem necessita.

Não adianta a gente ser famoso, um escritor mas não ajudar ninguém, mas vale ser humilde e ajudar os outros mas lembre ajude sempre os outros, porque um dia você vai precisar de ajuda aí vai ter quem te ajudar.

Este aluno, além de ter compreendido, acrescenta comentários sobre o tema, observa.

Após exposição da atividade de leitura, a partir de uma proposta de verificação da informação retida na memória, como a mais importante, o que vem mostrar o nível de compreensão, através de uma atividade do resumo, a professora está de posse de um material importante para iniciar e organizar estratégias para conduzir o leitor dentro do percurso discursivo. Logo, ela fez uso de teoria cognitiva voltada à compreensão do discurso escrito.

As atividades que se seguem são as seguinte:

1.Por que no título está escrito “mensagem”? O que é uma mensagem?

2. Você já viu uma estrela-do-mar?

Observe-se que ela está explorando o conceito que o aluno tem de mensagem e de estrela-do-mar, fazendo-o acionar elementos da estrutura cognitiva, saberes sócio-culturais. Ou ainda podemos afirmar que a professora está buscando relacionar as palavras-chaves do texto ao conhecimento de mundo.E mais: faz o aluno perceber a importância do contexto de produção para a leitura.

3. Por o rapaz disse: “Para essa aqui eu fiz a diferença..”

4. Por que o escritor se sentiu incomodado com a atitude do rapaz e depois foi ajudá-lo na sua tarefa?

Pode-se ver que a professora selecionou enunciados extremamente importantes do texto. A partir daí ela chama as crianças a reflexões sobre tais temas.

Amostra(B)2

Leitura

Como passar dos 100.

Já há quase 25 mil centenários no Brasil. Qual o segredo deles?

Época março de 2006 p. 52

Matusalém viveu, segundo a Bíblia, 969 anos. Mas parece que só chegou lá graças a um erro de tradução. Sua idade correta, de acordo com alguns estudiosos, seria de 72 anos. Se isso for verdade, o brasileiro hoje vive em média tanto quanto Matusalém. Nossa expectativa de vida é precisamente, de 71 anos, oito meses e doze dias – na década de quarenta, mal passava dos 45 anos. Em todo o mundo, nunca tantos viveram tanto tempo. O americano vive quase 78 anos. O habitante de Cingapura, 81. O campeão mundial de longevidade é o cidadão do Principado de Andorra, pequeno país encravado entre a França e a Espanha, que vive em média 83 anos e cinco meses. A vida longa deixou de ser apenas um desejo expresso em centenas de culturas para se tornar uma realidade planetária. No fim de fevereiro, a aposentada Maria Olívia da Silva, de Astorga, no interior do Paraná, chamou a atenção ao reunir parentes para comemorar 126 anos.(...) Dá para passar dos 100? Qual o segredo de quem vive mais? A dona de casa carioca Lourdes Tibério, de 70 anos, diz que começou a freqüentar uma cademia há quatro anos para enfrentar dores na coluna. “ Hoje me sinto tão bem que faço até escalada”, afirma. O químico paulista Antonio Galhego, de 82 anos, atribui sua longevidade á família e aos amigos. No clube que freqüenta, cada aniversário é comemorado com sua participação num torneio de tênis.(...)

A professora vinha tratando com os alunos de 8º série da questão referente à situação do idoso dentro da sociedade moderna, focalizando temas como aposentadoria, velhice, sabedoria.. Depois de uma semana preparando os alunos para a leitura do texto que trata dessa temática, instruindo-os a buscar informações na Internet e/ ou revistas e jornais, ela fornece-lhes o texto destacado. Elabora um questionário com as seguintes perguntas:

1. O texto trata de:

a. História da vida de Matusalém( )
b. A vida após os 45 anos.( )
c. A mulher mais velha do mundo( )
d.Os segredos da longevidade( )

2. Qual a relação do título com o tema?
3.Que lição tira do texto para sua vida.

Para finalizar as atividades, ela traz o texto¨”O homem atento”, conto que relata sabedoria e envelhecimento.

Observe-se que esta professora preparou os alunos para a leitura, estabelecendo para eles um subsunçor, nas palavras de David Ausubel, psicólogo cognitivista, ou seja, levando-os ao acionamento de conhecimentos de mundo para que estes possam se somar às informações do texto e, conseqüentemente, ocorrer a compreensão. O questionário elaborado para a exploração da idéia principal deixa evidente a tentativa de conduzir o aluno, dentro do percurso que a modalidade apresenta, à idéia central

Ensina-os a considerar elementos do contexto como o título e sua relação com o tema. Para finalizar pede-lhes que relacionem o tema com suas experiências. O aluno, assim conduzido saberá o que é informação do texto lido e aquela que faz parte de seu saber, de sua experiência. Sabemos que o aluno que apresenta dificuldade de .leitura de um determinado texto, geralmente costuma não separar o que é do texto e o que é de seu conhecimento. Isto acontece quando a hipótese prévia se mantém fixa.

 

Amostra(C) 3 – leitura

Editorial

Alfabetizar-se é um processo que tem tido seu sentido ampliado no decorrer dos tempos. Até o início do século, considerava-se alfabetizado aquele que soubesse ler e escrever minimamente. Hoje se questiona tal sentido do termo, o qual vem sendo gradativamente ampliado. Fala-se em alfabetização matemática, musical, artística e em outras linguagens[...]

A idéia de que estamos em um processo contínuo de alfabetização por toda a vida, conhecendo novos gêneros literários, novos estilo e novas linguagens, tem adquirido grande força neste final de século.[...]

Frente a diferentes análises da conjuntura educacional, um aspecto que tem sido apontado de maneira sistemática é a falta de hábito de ler, progressivamente substituído pela TV, pelo vídeo, pelo computador e por outras formas de entretenimento. Essas têm tomado o lugar da. leitura prazerosa, às vezes lenta e difícil, mas sempre importante para a inserção dos alunos na cultura acumulada durante milênios. Onde está aquele momento gostoso de leitura em família, à noite, após o jantar? Onde foi parar o livro de cabeceira que acompanhava jovens e adolescentes antes de dormir?

Consideramos urgente resgatar o hábito de ler como modo de inserir os estudantes em uma cultura que é patrimônio da humanidade e que, como tal, não podemos aceitar que seja substituída pela cultura do espetáculo, da televisão, da superficialidade.

O professor diz que se vale de um editorial da Revista Pátio, ano 4, no 14, agosto/setembro de 2000, apresentado num manual didático adotado pela sua escola e o dá aos alunos de 8º série para leitura. Pede-lhes que separem a Introdução, o Desenvolvimento e a Conclusão. Vejo, contudo, que ele mesmo não sabe estabelecer o limite entre essas categorias do dissertativo. Contudo, não se pode deixar de observar na atitude do professor, a tentativa de fugir das atividades prontas do livro didático(o exercício é outro), aventurando-se à elaboração de atividades que levem o aluno ao conhecimento da organização das categorias maiores. O que, como é sabido, ajuda na compreensão e elaboração de textos. O que o professor não percebeu foi o apagamento de partes importantes do texto, feito pelo elaborador do manual. E mais: o tema parece mais endereçado ao docente.

 

Considerações Finais

Nessas poucas amostras(aqui não caberiam outras) já se pode ver confirmado o pressuposto defendido de que professores da rede pública de ensino não merecem os rótulos de despreparo para o ensino de leitura e de falta de compromisso com o ensino. E o que mais surpreende é que se valem de diagnóstico extremamente eficaz para detecção de nível de compreensão de um dado texto em situação escolar. O professor está em busca de interação do aluno-leitor com o texto, em busca da leitura ideal. Em seminário de exposição de sua prática pedagógica, a professora, que se dedica exclusivamente ao trabalho, se surpreende com as teorias de leitura com as quais vem depois lidar. Em outras palavras, ela aplica um procedimento adequado do ponto de vista teórico, sem saber quais as abordagens teóricas que subjazem seu trabalho com leitura. O faz com base em sua intuição, valendo-se de criatividade. O mesmo comportamento pudemos observar em outros professores que, apesar da situação adversa a que se submetem em escolas públicas, conseguem executar sua tarefa de ensinar estratégias eficazes de leitura. Logo, é precipitada a idéia corrente de que os alunos não sabem ler porque os professores não ensinam. E se há professores envolvidos com o ensino de leitura, regressando ao ambiente acadêmico em busca de aperfeiçoamento, então não devemos generalizar. Por que não incluirmos o fato de que não é só responsabilidade da escola a prática de leitura. Ela deve iniciar no seio familiar. Mas este é um outro tema para uma outra investigação.

 

Referência bibliográfica

Goodman, Kenneth S.O processo de leitura: considerações a respeito das .línguas e do desenvolvimento. Porto Alegre, 1990.

Orlandi, Eni. Discurso e leitura. Editora Cortez, SP., 1988

Silva, Ezequiel T. A produção da.leitura ans escolas: pesquisas e propostas. 2º ed.,Ed. Ática, SP., 2000

Van dijk, Teun. (trad. Ingedore V. Koch) Cognição, discurso e interação.Editora Contexto.SP., 2002

Zilberman, Regina & Silva, Ezequiel T. da (org.) Leitura: perspectivas interdisciplinares. 5º edição, Editora Á tica, S.P.,2002

––––––. Leitura e compreensão do texto falado e escrito como ato individual de uma prática social. In.: Leitura: perspectivas interdisciplinares. 5º ed., Ed. Ática, SP., 2002

htpp//www.deguara.com.br. Teia do Saber. Data da visita: 24 de março, 2007