O
LÉXICO
DO PORTUGUÊS
Vocábulos
Primitivos
E Derivados
Simples e
Compostos
Alberlene S.
Nogueira Oliveira
(UFAC)
José Eudes de Moura (UFAC)
José Progênio Ribeiro (UFAC)
Valcilda Bezerra de Amorim (UFAC)
INTRODUÇÃO
O presente
trabalho tem por
objetivo fazer
um estudo
descritivo do léxico do
português. Neste caminho
trabalharemos a língua portuguesa desde
as formas mais
primitivas às contemporâneas, compreendendo a língua
como fator
primordial de
comunicação
e socialização no processo de ensino-aprendizagem.
Aos fatos de língua
estão as criações dos falantes, em permanente compor de formas novas de
expressar a cultura,
de deixar para traz um termo que pode não mais traduzir o que o mundo
pretende com a modernidade. Outras palavras podem sobressair-se intactas durante gerações.
Então ao falante,
com o uso
dinâmico da
língua,
criatividade empreendida a cada evento de fala, de voz e
de escrita, deixando-nos
ver
o quanto são
vivas as formas
de expressar fatos,
sentimentos,
coisas, o próprio
irreal
e o real, o
sensível
e o insensível.
A língua
é o espelho do próprio
homem pois não há outra forma senão pela língua que ele busca sua felicidade e até
sua decepção
diante da complexidade das coisas do mundo.
Mas a língua,
com seu
poder de comunicação,
torna esse
homem potente,
capaz de criar
novas palavras
e nomear coisas
e sentimentos que
precedem as palavras. A língua é a alma
do homem, a
condição
para que ele constitua o ser não vazio diante do universo.
O QUE É LÉXICO
Conjunto
de vocábulos
de um idioma.
(Aurélio. Dicionário da língua portuguesa)
O léxico
de uma língua é o
seu
inventário de
morfemas
juntamente com
a informação
sobre
a maneira como
tais morfemas
podem ser combinados para
formar unidades
lexicais mais
complexas assim
como
as palavras. (Ronald W. Langacker)
O Léxico
Português
O português
é o latim numa
evolução
de vinte séculos ao
qual
cedo se incorporaram elementos gregos
das línguas
indígenas
da península
Ibérica,
bem como dos conquistadores godos
e árabes e,
posteriormente, uma quantidade
enorme
de palavras francesas, provençais, italianas, espanholas, inglesas, alemães e, também
das línguas africanas, asiáticas e
americanas. (Celso
Cunha)
Metaplasmos
Genericamente, um metaplasmo é uma alteração
intencional
do código, é
exercício
de criatividade
sobre
a língua. Os metaplasmos são praticados nos
diversos níveis
do lingüístico:
gráfico, ortográfico, fonológico
e gramatical.
Nosso
interesse está focado no uso
retórico
dos metaplasmos, mas uma parte dos metaplasmos criados
se difunde pelo uso
e acaba levando a alterações diacrônicas do idioma.
Além disso existe uma relação estreita
entre a criação
dos metaplasmos para uso
retórico e a
criação
de léxico e
gramático.
A seguir
alguns exemplos
de metaplasmos
·
Icônico
– O metaplasmo cria uma iconia. Ex: Uma empresa de laticínios
deu a um dos seus
produtos o nome
de mu-mu.
·
Extrapolação – O
metaplasmo vem de extrapolação
das características do código. Caso típico é a criação
de palavras a partir
de morfemas da
língua. Ex.: desimpaciente, desinquieto.
·
Cobertura de
defectividade –
Quando o código é defectivo,
às vezes esta defectividade é suprimida com um
metaplasmo. Ex.: o verbo
falir, na tentativa de expressá-lo na
1ª pessoa
do singular do presente
do indicativo.
·
Metaplasmos
clássicos –
São típicos na poesia
anterior ao
modernismo. Visam basicamente a regularizar
a métrica. Costumam ser
divididos em
fonológicos:
elisão, sinérese,
diérese
etc., e morfológicos: prótese, síncope, apócope, etc.
·
Elíptico:
Resultam da elipse
de parte de um
termo.
Criação
de léxico
e Gramática
Para
alguns autores conhecidos,
“Saussure já dizia
que
tirando algumas exceções de signos lingüísticos
icônicos, como
são
as onomatopéias, a
larga
maioria dos
signos
lingüísticos tem
relação
obrigatória com
seu significado”.
Realmente assim
é para o signo
enquanto coisa.
Já com
relação aos
mecanismos
de formação de
nomes
e neologismos, dizemos que os homens atuais não
gozam da mesma
liberdade
total para criar palavras como os homens
dos primeiros
tempos
que as nomeavam
conforme
a primeira
sensação
que lhes
cansava o contato
com
as coisas. A
arbitrariedade
da criação de
léxico
e gramática é a exceção.
Na grande
maioria dos casos
os nomes e os
neologismos
se formam a partir de
palavras
existentes, por
vários
meios, raramente
arbitrários,
muitos
deles derivados de mecanismos de associação de significados.
Os mecanismos de
criação
de léxico e gramática
costumam ser os mesmos
com que
se fazem os metaplasmos.
Classificamos aqui alguns mecanismos pela
relação entre
a origem e o
resultado.
·
Por elipse –
Elimina-se parte da
origem. Ex: “foto”
por
fotografia, “pneu”
por pneumático
Siglas:
“ONU” por Organização das Nações
Unidas
·
Por junção –
Afixação. O caso
mais
comum é o dos
afixos
que são
morfemas.
– Condensação
– Ex: “embora” por “em boa hora”. Não deixa de ser um
mecanismo
de elipse.
–
Justaposição – Ex: “guarda-chuva”
·
Por
polissemia – Metafórica, metonímica,
arbitrária,
irônica, alegórica.
Por
polissemia é criada boa parte do léxico
de informática,
que
é uma área fervilhante no
aspecto
lingüístico.
Vejamos estes termos: mouse, menu, surfar, web
·
Por empréstimo
de outro léxico.
Ex.: “garçom”
·
Por criação arbitrária.
Ex.: “cabeça
da ponte”.
·
Por derivação gramatical.
Ex.: “as crianças
pintaram o sete”.
Simbolização
A criação
de léxico é
criação
de símbolos. Um
símbolo é uma coisa
que representa
outra
coisa convencionalmente
em dados
contextos da
cultura. A simbolização é uma categoria
antropológica. Na lingüística a simbolização tem uma
característica especial:
o símbolo é
palavra
e como tal
na maioria dos
casos
tem uma relação
arbitrária
com a coisa
simbolizada. Mas o
significante
que origina o
símbolo, na origem do
processo,
geralmente, se referia a outra coisa, a algo que
mantinha com o simbolizado uma relação especial,
não arbitrária.
Assim se a
locução
“Calcanhar de Aquiles” simbolizada a fraqueza é inegável
a arbitrariedade da
relação
entre o
significado
“fraqueza” e o
significante
“Calcanhar de Aquiles” mas igualmente
é inegável a não
arbitrariedade
entre
o significado “fraqueza”
e o significado
imediato
de “calcanhar de Aquiles”. Neste sentido a simbolização lingüística
raramente é
arbitrária. A rigor estamos
diante
de dois símbolos:
o primeiro é a palavra
tomada como
coisa, o segundo
é o sentido
imediato,
original da
palavra.
A origem
da simbolização lingüística
geralmente
é metafórica ou metonímica. A relação entre a
coisa significada
e seu
significante
geralmente é
arbitrária,
eventualmente icônica.
Vocábulos Primitivos
Segundo
palavras relevantes dos nossos
excelentes
gramáticos
e professores José de Nicola & Ulisses
Infante (1991:70), em sua Gramática contemporânea
da língua portuguesa,
A
morfologia
é a parte da Gramática
que se dedica ao
estudo
da palavra, tomando-a como ente
isolado e completo
em
si mesmo.
Preocupa-se com a
estrutura
e formação das
palavras,
suas flexões
e sua classificação. Tradicionalmente, a
morfologia é estudada a
partir
da análise da
estrutura
dos vocábulos,
seguida
da investigação dos
processos
utilizados pela
língua
na criação de
suas
palavras. Passa-se
posteriormente, ao estudo
detalhado de cada uma das dez
classes
gramaticais, incluindo as respectivas
flexões.
Isto
posto nos conduzirá ao estudo
das palavras primitivas de nossa língua para, posteriormente,
ingressarmos no estudo dos processos de (trans)formação
que sofrerão ditas
palavras
primitivas. Estes
processos
trazem, como
conseqüência, a formação
dos novos
vocábulos.
Entende-se por palavra primitiva aquela que
serve de base para
originar, a partir de processos de derivação,
novos termos,
que servirão para
enriquecer o sistema
lexical da língua
portuguesa. Como
exemplo
de (trans)formação da palavra primitiva
podemos acrescentar, dentre
outras, estas palavras: livro, gato
e moço,
que
servirão de base para
formar, respectivamente:
livrinho, livreiro,
livraria; gatinho, gatão, gatuno
e moça, moçada, mocetão, que
constituem palavras derivadas.
Ao estudar
as palavras que
formam nosso
léxico,
principalmente as primitivas, estaremos
penetrando em seu
íntimo e conhecendo
suas
várias partes, de
modo
a formar um todo acabado e repleto de significação; e, saber
estudar a estrutura
das palavras primitivas não é apenas saber decompô-la em seus elementos constituintes, mas
também saber como, a partir delas, compor uma nova palavra.
Portanto,
são os vocábulos primitivos
a peça motriz
que conduz todo
o conjunto
lexical
da língua portuguesa a um processo de constante renovação.
Vocábulos
Derivados
O acervo
lexical de
qualquer
língua é constituído fundamentalmente de um
primitivo e
profissional
que se formou com
ela, dando-lhe
feição
fornecendo os moldes
para
as aquisições ou
criações
posteriores.
Na língua
portuguesa, tal
acervo
é representado por
palavras
herdadas do latim
falado
na Lusitânia e que
ainda
hoje são
empregadas. Outras
palavras
surgiram por
importação,
ou seja, trazidas de outras línguas depois
de já formada a
nossa.
Além destas, há os
vocábulos
formados em nosso
próprio idioma.
Será útil,
antes de prosseguir
a distinção entre
palavra e vocábulo.
O conceito
de vocábulo diz respeito
a uma estrutura
ou
a uma unidade construída de morfemas. Segundo
o renomado professor Celso
Ferreira Cunha
(1976:142), “vocábulo é a
menor
unidade
significativa
autônoma da frase,
constituída por
um
ou mais
morfemas,
associados
segundo uma ordem
própria da língua”.
É difícil
definir palavra,
porém Flávia de
Barros
Carone (1995:32) apresenta uma solução para esta lacuna: “A coesão interna
da palavra pressupõe
dois
fatores: a inseparabilidade e a
irreversibilidade de seus componentes”.
Vejamos o seguinte
poema:
Como
será a escureza
Desse mato-virgem do Acre?
A macieza ou a aspereza
Desse
chão que
é também meu?
(Mário de Andrade.
Acalanto do seringueiro)
Diz-se derivada a
palavra
resultante de
outra
fundamental. O vocábulo
“escureza” só é
possível
no léxico do português,
graças a um
processo para a formação de novas
palavras: a
derivação.
Em
português, a derivação é o procedimento
gramatical
mais produtivo
para o enriquecimento do
léxico. Consiste em
formar
palavras novas
a partir de uma outra
já existente dando-lhe uma idéia acessória,
mas sem
alterar-lhe a significação fundamental.
Realiza-se sobre
apenas
um radical,
ao qual se articulam formas presas,
os afixos: em
posição anterior,
os prefixos; em
posição posterior,
os sufixos.
Valter Kehdi nos
chama a atenção
para certos prefixos “que
têm uso autônomo,
como se possuem
preposições; é o caso de
contra
e entre.”
O processo de
derivação não
tem um limite
necessário, pois os recursos da língua
estão à disposição de todos.
A derivação é um
processo que
se desdobra em:
a) DERIVAÇÃO
PREFIXAL E SUFIXAL
b) DERIVAÇÃO
PARASSINTÉTICA
c) DERIVAÇÃO
REGRESSIVA E ABREVIAÇÃO
d) DERIVAÇÃO
IMPRÓPRIA OU
CONVERSÃO
O inventário
dos afixos que
se agregam ao radical de uma palavra primitiva
é fechado, portanto, são raras novas
criações na
história
da língua.
Prefixos
e sufixos podem
conviver
numa só palavra
e seu número
não é restrito
como
em superdesvalorização.
Alguns
sufixos, embora considerados de grau
dimensivo, não exprimem grau em
determinadas palavras como casinha, amorzinho, agorinha.
Têm uma feição
afetiva
que não
constitui dimensão de aumentativo ou diminutivo.
Na derivação
regressiva, a
palavra
nova é formada
pela
redução da palavra derivante por uma falsa análise da sua estrutura. A derivação
regressiva tem
importância
maior na criação
de substantivos
deverbais
ou pós-verbais, formados pela junção de
uma das vogais –o, –a,
–e ao radical do
verbo,
tais como:
vôo, consolo,
corte, pesca,
toque, etc.
Com
base em Flávia de Barros
Carone salienta vemos que “o povo criador e dono da língua
continua a usar o processo,
dizendo com muita
propriedade: estou num sufoco;
ele fez
um
tremendo agito;
amanhã dou um chego na tua casa.”
A adjunção simultânea de um
prefixo e um
sufixo a um
radical é chamado de parassíntese, processo não consignado pela
NGB:
enforcar
(en + forca + ar)
entristecer
(en + triste + cer)
Por
este processo se formam essencialmente
verbos, de base
substantiva e de
base
adjetiva.
Parassintéticos verbais
de base
substantiva:
acorrentar, afadigar, ajoelhar, esfarelar, enrijar, esburacar, esvoaçar, abotoar, afugentar etc.
Parassintéticos verbais
de base adjetiva:
afear,
afrancesar,
amolecer, emudecer, ensurdecer, esquentar etc.
Parassintéticos de outras classes não se
formam com
facilidade
dentro dos
domínios
da Língua Portuguesa.
Valter Kehdi afirma que
“a parassíntese
não
pode ser conceituada
com base
exclusiva na
simultaneidade
dos afixos; o exame
de subsistemas, bem
como a análise
do aspecto semântico,
são também
critérios
indispensáveis
para a caracterização
desse processo de formação
vocabular”.
A abreviação
é um fenômeno
semelhante ao da
derivação
regressiva, mas
caracterizado
por
outros traços
específicos; na
abreviação, ocorre redução do vocábulo,
porém
ele permanece na
mesma
classe gramatical:
pornográfico (adj.) –
pornô
(adj.)
fotografia
(subst.) – foto
(subst.)
A derivação
imprópria é um
tipo especial
de derivação,
visto
que a nova
palavra não
sofre alteração em
sua
forma primitiva,
apenas adquire
aplicação
diferente na
frase, mudando de classe
gramatical.
Por isso,
só é possível
identificar no contexto.
Veja:
“O inútil
tem sua forma
particular de
utilidade”. (C.D. de Andrade)
“Governar
é preciso, esperar
não é preciso”.
(C.D. de Andrade)
Nessas frases,
o adjetivo inútil
e os verbos governar
e esperar são
usados como
substantivos.
A substantivação é o exemplo mais típico de derivação
imprópria: “Dormia esquecida dos meus ais” (M. Bandeira)
O professor
Roberto Melo Mesquita (1999:137), em sua Gramática da Língua
Portuguesa, aponta também um outro processo de formação
de palavras: Palavra-valise.
Segundo
ele, “palavra-valise é uma redução que
utiliza parte de duas palavras primitivas para formar uma palavra nova:
elefantástico (elefante
+ fantástico)
portunhol (português
+ espanhol)
brasilguaio (brasileiro
+ paraguaio)”
Gilberto Gil já
usava este
recurso
em uma de suas
canções: “Que
aproveite a vazante da infomaré” (informar + maré).
Há ainda
outros processos
segundo o autor
acima (1999:137):
Criação semântica
“Embora
esquecido pelas gramáticas em geral, um dos mais importantes processos
de criação de
palavras
se dá pela
mudança
de significado de uma palavra já
existente”.
Estrangeirismo
“Estrangeirismo
é o emprego de
palavra
estrangeira em
frases de língua
portuguesa. Veja:
“Criar meu web site
Fazer
minha home page”
As palavras
estrangeiras incorporadas à língua pelo uso constante podem ganhar ortografia portuguesa e/ou
originar novas
palavras por
meio de processos
típicos do português.
Veja:
portfólio |
estressar |
cachê |
checar |
xampu |
bookar (= agendar modelos)” |
Vocábulos Simples
As palavras
que possuem
apenas
um radical,
sejam primitivas ou derivadas, se
denominam simples. Ex: encarado, seca, pedreiro,
vontade etc.
Vocábulos Compostos
Composição
Composição
designa a formação
das unidades
semânticas
a partir de elementos
léxicos
suscetíveis
de ter por si mesmos uma autonomia na língua.
Geralmente, opõe-se à derivação que
constitui as unidades léxicas novas correspondendo estas de
um
estoque de
elementos
não independentes.
Às derivadas, opõem-se assim as palavras compostas como:
lobisomem, fã-clube,
pé-de-vento, planalto, embora etc.
Segundo
Dubois (1993:127),
Não
são rigorosos os processos
de composição, pois
sabe-se que em
francês, por
exemplo, a
nomenclatura
tradicional não reconhece diversos termos
como compostos
cujos componentes
se apresentam graficamente ligados (portefeuille, “carteira”)
ou separados por
um traço
de união (chou-fleur, “couve-flor”).
Por evolução
recente os lexicólogos tentam definir os processos
de composição.
Assim, considera-se que
estrada de ferro
diria respeito
ao processo lingüístico
da composição.
Palavra
composta, segundo Cereja
& Magalhães (1999:337):
...na
fusão das
palavras
podemos dizer que
a composição ocorre
por
justaposição ou
por aglutinação:
Por
justaposição,
quando
as palavras associadas preservam, cada uma, sua autonomia fonética.
Permanece então
seu
acento tônico
e seus fonemas.
Ex.: pé-de-moleque, dia-dia, guarda-mirim.
Por aglutinação quando as palavras
componentes se fundem num todo fonético, com um só acento tônico, sendo a primeira
palavra que
perde parte de
seus
elementos, em
comum o acento
tônico, a vogal
ou a consoante.
Ex.: planalto plano
+ alto;
embora
em + boa + hora.
A formação
de palavras pode provir da reunião de elementos
de línguas
diferentes, podendo ser
por
derivação ou
por composição.
A esse fenômeno
chamamos hibridismo. Ex.: automóvel auto: grego
+ móvel:
latim;
burocracia buro:
francês + cracia: grego.
Há a formação
de palavras que
guardam a finalidade de
imitar
sons e ruídos
produzidos por
vários
mecanismos como
sinos, armas
de fogo, soco,
campainhas,
veículos,
instrumentos musicais, vozes de animais
etc. Ex.: blém-blém, ratatatá, zunzum,
tic-tac, zás-trás, etc.
CONCLUSÃO
Vimos que
o léxico é o conjunto
de palavras que
formam a língua de uma comunidade lingüística. Mesmo constatando que
grande fonte
do léxico português
é o latim, também
encontramos muitas palavras de origens diversas.
Atualmente
a língua
portuguesa sofre grande
influência
da língua inglesa e
que
diversos autores
consideram como
contribuição
lingüística a nossa
língua. Outros,
no entanto, advertem sobre um possível exagero dessa influência no idioma nacional.
Por
fim, é importante salientar que o léxico
continuará sempre
aberto
às novas
incorporações.
Apesar de muitas
palavras
caírem em desuso, outras tantas serão inseridas à máxima de
que o léxico
não é estático.
BIBLIOGRAFIA
BASTOS,
Lílian da Rocha
et alii. Manual
para
a elaboração de
projetos
e relatórios de
pesquisa,
teses,
dissertações
e monografias. 5. ed.
Rio
de Janeiro :
Livros
Técnicos e
Científicos, 2001. 132 p.
CARONE, Flávia de Barros.
Morfossintaxe. São Paulo : [s.n.],
1999.
CEREJA,
William Roberto., MAGALHÃES, Thereza Cochar.
Português:
linguagens. 3. ed. rev. e ampl. São
Paulo : Atual, 1999. 390 p. (Vol. 1).
CUNHA,
Celso Ferreira da. Gramática
da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro :
FENAME, 1976.
CUNHA,
Celso. Língua portuguesa e
realidade
brasileira. 9. ed. atual. Rio de Janeiro : Tempo
Brasileiro, 1986.
DUBOIS, Jean et alii.
Dicionário de lingüística. 9. ed.
São
Paulo : Cultrix, 1993.
FERNANDES, Francisco et alii.
Dicionário
brasileiro globo.
46. ed. São Paulo :
Globo, 1995.
FERREIRA,
Aurélio Buarque de Holanda. Novo
dicionário da língua
portuguesa. 2. ed. Ver. e ampl. [Rio
de Janeiro] :
Nova
Fronteira, 1999.
GARCIA, Othon M.
Comunicação
em prosa
moderna. 3. ed. Rio
de Janeiro :
Fundação
Getúlio Vargas, 1975.
HÜBNER, Maria Martha.
Guia
para elaboração
de monografias e
projetos
de dissertação de
mestrado
e doutorado.
São
Paulo : Mackenzie, 2001. 80 p.
KEHDI, Valter.
Formação de palavras
em
português. São
Paulo : Ática, 1992. 64 p. (Série Princípios).
LANGACKER, Ronald W. A
linguagem
e a sua estrutura.
3. ed. Petrópolis-: Vozes, 1977.
LIMA,
Rocha. Gramática normativa da
língua
portuguesa. 19. ed. Rio de
Janeiro
: J. Olímpio, 1978.
MARTINS, Gilberto de Andrade.
Manual
para elaboração
de monografias e
dissertações. 2. ed. São
Paulo : Atlas, 2000. 120 p.
MESQUITA,
Roberto Melo. Gramática da
língua portuguesa. 8. ed: São Paulo : Saraiva,
1999.
NICOLA, José de.,
INFANTE, Ulisses. Gramática
contemporânea
da língua portuguesa. São Paulo : Scipione, 1991.
RIBEIRO,
Manoel P. Nova gramática aplicada da língua
portuguesa. 11ª ed. Rio de
Janeiro
: Metáfora, 2000.