Processos cognitivos
na constituição dos significados lingüísticos

Letícia Queiroz de Moraes (FEUDUC e UERJ)

A idéia para esta pesquisa partiu do momento em que percebemos o grande número de diferentes respostas dadas pelos alunos às questões de interpretação de texto propostas pelos professores e livros didáticos.

A princípio nossa proposta era entender porque os alunos erravam tanto. Depois percebemos, analisando as respostas dos alunos, que estas não estavam erradas, apenas divergiam da resposta do professor.

Passamos, então, a avaliar porque as respostas, estimuladas por um mesmo enunciado, eram tão diferentes.

Percebemos, na teoria sócio cognitiva uma parceira para avaliar os resultados propostos pelos professores e produzidos pelos alunos.

Da teoria sócio cognitiva aproveitamos os conceitos de domínio cognitivo, espaços mentais, espaço genérico, mescla e inferenciação. Segundo esta teoria, os seres humanos arquivam seus conhecimentos resultantes de suas experiências, em arquivos chamados domínio cognitivo. (Cf. fig. 1).

Durante o processo de comunicação, tanto o sujeito que produz o enunciado como o sujeito interlocutor acessam seus domínios cognitivos. O sujeito produtor do enunciado acessa os domínios cognitivos, leva as informações para o espaço genérico, deste para o Espaço mental e produz o sentido mesclado dos domínios produzindo o enunciado. A mesclagem herda parte de cada domínio (não herda tudo). A inferência é decorrência da mesclagem. Quando mesclamos não estamos querendo dizer pela palavra, mas pela ativação do inferido. O sujeito deve ir dentro de nossa construção, ativar os domínios que foram pensados e buscar o que foi inferido.

Assim sendo, podemos concluir que o sentido de um enunciado é resultante de um processo mental cujo elemento central é o sujeito acompanhado de seu conhecimento de mundo.

Esta teoria foi capaz de testar nossas hipóteses:

o sentido dado a um enunciado conta com a interferência do saber do ser produtor do enunciado e do ser decifrador do enunciado;

cada sujeito interpretante empresta ao enunciado o sentido produzido de acordo com suas experiências;

um enunciado pode produzir vários sentidos de acordo com as experiências dos sujeitos decifradores;

o sujeito, munido de suas experiências pessoais, é responsável pela construção do sentido.

Chegamos a conclusão de que os sentidos estão embutidos nas construções gramaticais e que é tarefa do leitor/interlocutor, desvendar estes sentidos. Entretanto o interlocutor produzirá o resultado compatível com seu conhecimento. Observe nos exemplos que retiramos do romance Viagem a Portugal.

(1)“O Convento de Mafra é grande. Grande é o Convento de Mafra. De Mafra o convento é grande. São três maneiras de dizer, podem ser algumas mais, e todas se podem resumir desta maneira simples: o Convento de Mafra é grande.”

(Saramago, 1990. P. 180)

A forma como o sujeito narrador se expressa evoca o grau de comprometimento deste com o ponto de vista apresentado. Desmembramos o trecho para demonstrar a relação grau de comprometimento/ponto de vista expresso.

Observe que os significantes (signos representantes) utilizados em: (1 A) O Convento de Mafra é grande.

(1 B) Grande é o Convento de Mafra.

(1 C) De Mafra o convento é grande.

são os mesmos. Apesar dos elementos selecionados serem os mesmos, sua organização modifica o sentido. Em (1 A) há uma constatação direta e simples do tamanho de um convento especificamente valorizado, o Convento de Mafra. Este convento tem especial valor para a história de Portugal - fora construído como agradecimento a Deus por ter D. Maria conseguido gerar filhos a D. João - e para José Saramago - Memorial do Convento conta a história popular da construção deste convento. Em (1 B) valoriza-se a grandiosidade do monumento. Lido com entonação reforçada, em grande pode-se intuir uma comparação, ausente no texto, mas, possivelmente, presente no contexto, com outros conventos. Em (1 C) cria-se uma ambigüidade através da qual “de Mafra” poderia ser adjunto adnominal de Convento ou adjunto adverbial de lugar. Observe ainda que a palavra convento perdeu sua inicial maiúscula tornando-se substantivo comum (referindo-se a qualquer convento e não somente ao Convento de Mafra) adensando a possibilidade de “de Mafra” ser considerado adjunto adverbial.

O nosso personagem narrador, viajante observador, provoca o sujeito leitor mudando a posição dos vocábulos e, consequentemente, o sentido. Ironicamente ele dissimula insinuando que as três maneiras de dizer, dizem a mesma coisa, mas as nuanças deixadas já deram sentidos diferentes.

A inversão da ordem sintática dos elementos em uma oração é, portanto, um dos elementos utilizados como recurso gramatical que traz em si sentidos embutidos.

Como verificamos, também, ao comparar o substantivo convento em (1 A), (1 B) e (1 C), a ortografia, ou seja, o uso proposital de inicial minúscula em (1 C) contribui para a desacralização do monumento.

“Os recursos gramaticais (...) funcionam como guias para a compreensão das correspondências efetuadas entre espaços e domínios mentais” onde se mesclam as vozes do sujeito escritor e leitor. No caso da narrativa, o sentido faz-se do discurso expresso pelo narrador e/ou sujeito personagem e o discurso do sujeito leitor.

Segundo Chiavegatto (1999, p. 110)

quando dois ou mais sujeitos conversam, integram, assumem e contestam um a voz do outro em tempo real. Assim, há um entrelaçamento de correlações entre domínios cognitivos, esquemas genéricos, modelos cognitivos idealizados configurando o processo de mesclagem”

Observe como o narrador saramaguiano aposta neste processo de mesclagem:

(2) Porém, tendo em conta o grau de divulgação, operada por artes maiores e menores, destas iconografias, só um habitante doutro planeta, supondo que nele não se houvesse repetido alguma vez, ou mesmo estreado, este drama, só esse em verdade inimaginável ser ignoraria que a afligida mulher é a viúva de um carpinteiro chamado José e mãe de numerosos filhos e filhas, embora só um deles, por imperativos do destino ou de quem o governa, tenha vindo a prosperar, em vida mediocremente, mas maiormente depois da morte. (Saramago, 1993, p. 15)

No trecho o narrador mostra contar com o conhecimento do leitor acerca da história do Cristo. Ele conta com a conivência cognosciva do leitor e mescla este conhecimento básico ao conhecimento não tão básico que é o da obra de arte (A grande Crucificação - de Dürer) a qual ele se refere.

Observe como o processo de mesclagem é importante para a construção do sentido.

Em uma turma do ensino superior dissemos que Jangada de Pedra (Saramago, 1988) era o título de um livro de um autor famoso e pedimos que eles procurassem o sentido desse título. Os alunos fizeram as seguintes relações:

desta relação simples os alunos concluíram que o texto deveria tratar de uma narrativa onde se tentasse alcançar um objetivo difícil pois navegar em uma jangada de pedra seria algo difícil ou impossível, sendo a jangada um meio de transporte, intuíram que deveria tratar-se de uma viagem.

Informamos então que o autor do livro era português. Uma aluna sugeriu que o texto devia fazer referência às grandes navegações, uma aventura ousada para a sua época. Para esta leitura a aluna usou das informações acessadas em seu Domínio Cognitivo referente à História de Portugal.

Estudiosos de textos de Saramago e leitores assíduos dos seus romances acreditam que Jangada de Pedra seja a saga da “navegação” do povo português para a terra. Uma crítica ao povo que se lançou ao mar antes de reconhecer sua própria terra. Por isso a jangada é de pedra. Ela não navega para o mar, ela navega pela terra. Para chegar a esta conclusão é preciso fazer as seguintes relações.

Para a leitura de um pequeno título, superficialmente (como expresso na figura 2) o informante mesclou os conhecimentos de dois domínios cognitivos, a saber, seu conhecimento sobre embarcações e seu conhecimento geológico que resultou no sentido viagem difícil. Na leitura expressa pela figura 4 usamos a mesclagem do conhecimento de quatro domínios cognitivos, a saber, nosso conhecimento sobre embarcações, nosso conhecimento geológico, nosso conhecimento a respeito da história de Portugal e o nosso conhecimento a respeito do romance.

Sem que o sujeito leitor processasse esta viagem pelos domínios cognitivos seria impossível a produção de qualquer dos dois sentidos.

Para o leitor determinar qual das perspectivas deve ser considerada é uma tarefa bastante difícil. Se esta fosse uma questão de prova, o avaliador deveria considerar a perspectiva que reflete a bagagem de conhecimento do sujeito leitor. Vista nesta perspectiva, essas e mais outras possíveis interpretações deveriam ser consideradas.

Compreendemos, portanto, que entre os recursos utilizados (por Saramago) em textos para embutir significados estão a pontuação, a ortografia, e a mesclagem que ativa o processo de inferenciação.

Para testar se nossas hipóteses estavam corretas, propomos à 17 leitores a leitura de 14 trechos retirados dos romances Memorial do Convento e Evangelho Segundo Jesus Cristo de José Saramago. Os informantes leitores receberam dois questionários. O primeiro continha uma ficha de identificação e os trechos sem qualquer outra informação. Os informantes deveriam ler os trechos e anotar sua interpretação pessoal para cada um deles. O segundo questionário continha os mesmos trechos e:

Informações superficiais a respeito do estilo do autor;

Informações superficiais a respeito de cada romance;

Três opções de respostas retiradas do questionário 1 e uma resposta considerada padrão.

A resposta considerada padrão levava em conta a descrição dos processos de mesclagem que nós inferenciamos da obra de Saramago.

A análise do quantitativo de respostas corretas para os trechos visava a comprovar que o leitor pode fazer uma leitura diferente, porém válida, visto que acessa Domínios Cognitivos diferentes. Quando recebe informação específica o leitor pode acessar outros Domínios Cognitivos que possibilitam respostas semelhantes.

A análise das respostas dadas pelos nossos informantes aos questionários 1 e 2 levaram-nos a agrupar nossos informantes em três grupos que têm como parâmetros o percentual de acertos nos questionários 1 e 2, a faixa etária, o grau de escolaridade.

Tomando como parâmetro principal o percentual de acertos nos questionários 1 e 2 temos:

O índice superior a 30 % no questionário 1 para o grupo 1 indicando que estes informantes acessam domínios próximos aos domínios acessados pelo padrão. Compõem este grupo informantes com mais de 20 anos de idade e nível superior ou mestrado. Uma exceção é o informante 12 que, embora não tenha nível superior apresenta uma extensa “bagagem cultural”.

O índice superior a 40 % no questionário 2 e inferior a 30 % no questionário 1 para os informantes do grupo 2 indica que, embora em um primeiro momento estes informantes tenham acessado domínios diferentes, estimulados, eles acessam grande parte dos domínios utilizados para compor os sentidos das respostas padrão. Estes informantes também tem mais de 20 anos e nível superior ou mestrado.

O índice inferior a 30 % no questionário 1 e inferior a 40 % no questionário 2 indica que os informantes agrupados neste bloco tem dificuldades para acessar os domínios padrão propostos provavelmente por fazer parte de um grupo mais jovem, portanto, menos experiente e que possui somente o primeiro ano do Ensino Médio. Uma exceção que não deve ser considerada é o informante 8. Ele não respondeu a grande parte das questões do questionário 2.

Para demostrar como o conhecimento do informante é importante para a produção do sentido, selecionamos 4 trechos dentre os destacados.

O trecho 5 (a) de nosso questionário: “(...) Hei de ir para Mafra, (a)tenho lá família, Mulher, Pais e uma irmã”, gera duas leituras: “que o personagem tem mulher, pais e uma irmã” e “que o personagem tem pais e uma irmã” e que “Mulher” é uma pergunta do outro personagem. Para decidir pela segunda opção, é necessário que o leitor conheça a forma que Saramago utiliza para indicar troca que fala de personagem, a saber, vírgula seguida de inicial maiúscula. Mesmo alguns de nossos informantes que disseram conhecer esta faceta do estilo saramaguiano conseguiram cair nesta armadilha. Os informantes do grupo 3, todos, não acessam o domínio “estilo do autor” obviamente por não o ter disponível.

O trecho 6 de nosso questionário:

(...) os capelães de varas levantadas e molhos de cravos nas pontas delas, ai o destino das flores, um dia as meterão nos canos das espingardas, (...)

(Saramago, 1987, p.154)

faz referência à Revolução dos Cravos. No questionário 1 somente o informante 12 acessa o domínio que permite esta leitura. Em resposta ao questionário 2 os seis informantes que acessam o domínio pertencem aos grupos 1 e 2. Isto indica que o domínio existia mas não foi acessado para responder ao questionário 1. Há motivos possíveis que influenciariam o não acesso a um domínio existente como:

a informação não estar claramente expressa na superfície do texto;

o foco de atenção do leitor estar voltado para outro elemento.

O trecho 9:

Ao contrário de José, seu marido, Maria não é piedosa nem justa, porém não é sua a culpa dessas mazelas morais, a culpa é da língua que fala, senão dos homens que a inventaram, pois nela as palavras justo e piedoso, simplesmente, não tem feminino.

(Saramago, 1993, p. 31)

trouxe-nos um problema. Enquanto esperávamos que os professores de Língua ou Literatura vissem a referência lingüística atrelada a referência cultural, é a informante 10 (pertencente ao grupo 3) que visualizará tal possibilidade de leitura. Isto pode ter sido possível pois, mesmo não possuindo ainda o domínio onde arquivasse dados precisos a respeito da flexão de gênero da língua falada na época ela desvenda, através do texto e do contexto, a leitura possível. (Uma vez que, atribuir ao acaso tal conclusão nos parece improvável.)

As respostas ao trecho 11 A

(a ) O barro ao barro, o pó ao pó, a terra à terra, nada começa que não tenha de acabar, tudo o que começa nasce do que acabou.

(Saramago, 1993, p. 33)

estão relacionadas ao foco de atenção do informante. É possível que, pelo menos os informantes do grupo 1 conheçam o dito popular intertextualizado. Entretanto nenhum de nossos informantes faz a ponte entre o dito popular e o terceiro elemento - a terra á terra. Fica claro, então que, embora possuam a informação, a mesma não é acessada. Quinze entre os dezessete informantes fazem somente as interrelações de superfície afetados pelos conhecimentos cristãos.

Acreditamos, assim, ter comprovado como o contexto social do falante interfere nas interpretações efetuadas sobre o discurso produzido.

Os resultados obtidos em nossas análises mostram que o sujeito é responsável, não só pela produção da matéria do discurso, mas também pela produção do sentido que será dado a este discurso. É, portanto, centrada na experiência sócio-cultural do indivíduo que reside parte de sua capacidade interpretativa.

A língua, portanto, não é um sistema sem sujeito, pois é no meio social que ela se realiza e através da experiência social que ela se concretiza. Na ação concreta, verificamos a interação de diferentes espaços mentais e domínios cognitivos para compor os sentidos.

Conforme pudemos observar, os informantes que não possuíam em seus domínios cognitivos as informações que lhes possibilitariam fazer as relações mentais geradoras dos sentidos mesclados padrão, optavam por outras relações geradoras de outros sentidos.

Das respostas de nossos informantes concluímos que os seguintes fatores influenciaram nos resultados obtidos:

Falta de conhecimento do contexto literário - (Por exemplo: trecho 11);

Falta de conhecimento do estilo de Saramago - (Por exemplo: trecho 5);

Falta de conhecimento do contexto histórico - (Por exemplo: trecho 6);

Interferência do aprendizado cristão (escolas bíblicas, catecismo, vivência) - (Por exemplo: trecho11);

Foco de atenção diferenciado - (Por exemplo: trecho 9).

Tais resultados fazem nos tomar voz consonante a de Salomão (1999) ao afirmar que:

(...), interpretar/representar é produzir conhecimento socialmente útil porque validável na interação, ou seja consensualmente compartilhável num encontro determinado. O conhecimento não validável (...) não é imediatamente cancelado, mas não ascende ao status de operador simbólico, empregável no gerenciamento do encontro.

(Salomão, 1999, p. 72)

Como vimos, cada trecho analisado possibilitou um pequeno leque de sentidos validados pela experiência do leitor. Precisamos considerar que outros sentidos poderiam ser construídos se outros fossem os informantes. Então, a primeira reflexão que nosso trabalho aponta é a de que as respostas prontas para as questões de interpretação de texto constituem-se em um equivoco educacional. Se temos lutado para que o professor trabalhe em sala de aula com o contexto social do aluno, é preciso também respeitar as respostas resultantes de suas experiências. É preciso saber enxergar que, se o aluno não atingiu o objetivo do exercício do professor foi por não possuir o mesmo arquivo de informação que seus mestres. Daí a importância de que as leituras dos trechos literários sejam acompanhadas de todo um trabalho supra-lingüístico efetuado em aula para expandir os horizontes de leitura do aluno. Se o aluno não tem essas informações, é papel da escola fornecê-las. Portanto, devemos propor um diálogo entre os professores das diversas disciplinas para efetuar um trabalho interdisciplinar capaz de municiar o aluno para efetuar leituras mais amplas dos enunciados.

A segunda conclusão a que chegamos é a de que analisar o sistema comunicativo chamado língua ignorando a participação do sujeito produtor de discurso e do sujeito produtor de sentido (que podem ser o mesmo ou não) é cada vez mais condenar o estudo lingüístico à utopia de um sistema imutável e estático. Tantas variantes observadas através dos tempos contam com a participação externa dos usuários do sistema e é impossível continuar ignorando-o.

Como sabemos, a língua só tem razão de ser quando utilizada pelo homem. Ela não é apenas um arquivo morto, ela é um elemento vivo que se movimenta e traça, a cada dia, novos caminhos.

O estudo das relações sociais e cognitivas que estabelecemos no jogo da comunicação é um novo caminho que precisa começar a ser divulgado e utilizado por aqueles que buscam trabalhar com os elementos lingüísticos.

Muito ainda há para ser estudado sobre a construção dos sentidos pelos sujeitos a partir das informações lingüísticas e muito ainda deve ser estudado a respeito das contribuições que este estudo pode oferecer à construção do saber por parte dos professores, mas estes estudos devem ser empreendidos com urgência pois é o dinamismo da construção dos sentidos e sua transferência de domínio para domínio que faz a riqueza da leitura.

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