VARIAÇÃO FONÉTICA DOS DITONGOS [ej] E [ow]
NO
NORDESTE DO PARÁ

Maria Adelina Rodrigues de Farias (UFPA)
Marilucia
Barros de Oliveira (UFPA)

 

INTRODUÇÃO

Os ditongos são “(...) a chave para se resolverem algumas das questões mais complicadas da fonologia da língua portuguesa.” COUTO (1994). Entretanto,  “Não é muito pacífica a interpretação do ditongo em português.” (LOPES, 2002). Sendo assim, dispusemo-nos a estudar a variação de dois segmentos dessa classe, os ditongos decrescentes [ej] e [ow].

A realização desses ditongos no Brasil vem chamando a atenção de vários pesquisadores na área da linguagem. Talvez isso ocorra porque a representação desse fenômeno na escrita afasta-se cada vez mais de sua configuração na fala, o que causa uma série de problemas na identificação deles por parte de indivíduos que não têm a língua portuguesa como materna ou daqueles que estão passando por um processo de alfabetização.

A maioria dos estudos na área da linguagem tem mostrado que a realização dos ditongos [ej] e [ow] no Brasil independe de fatores sociais; que o fator fonético que mais propicia o apagamento das semivogais é o tepe ou vibrante simples e o que age como mantenedor da semivogal é o ambiente pré-vocálico. Com base nesses estudos pretendemos verificar em que medida essas realizações são confirmadas na mesorregião Nordeste do Pará.

Podemos, porém, encontrar um certo distanciamento entre os resultados obtidos e os referentes à mesorregião supracitada, uma vez que as obras a que tivemos acesso (excetuando-se o de MOTA (1998) cuja metodologia é congênere à nossa) seguiram um procedimento indicado para a zona urbana e o utilizado aqui obedece à orientação dialetológica aplicada à zona rural. É possível, portanto, que nos deparemos com variantes diferentes das catalogadas, visto que a variação pode ser condicionada por fatores dialetais. Além disso, a comparação pode apontar semelhanças e diferenças existentes entre a fala rural e a urbana.  De todo modo, indubitavelmente, essas obras servirão como bússola para o estudo que se vem promovendo no Nordeste do Pará, possibilitando-nos, mesmo que de forma ensaística, fazer comparações entre os resultados alcançados em todo o Brasil e os ora obtidos.

 

Metodologia

A metodologia do trabalho seguiu a proposta do ALIPA para a zona rural, que se caracteriza pela aplicação do Questionário Semântico-Lexical (QSL)[1], o qual está dividido em treze (13) campos semânticos, distribuídos em 256 perguntas. O QSL foi aplicado em cinco cidades dessa mesorregião, a saber: Vigia, Capanema, Bragança, Baião e Cametá, a quatro informantes de cada localidade, estratificados em duas faixas etárias (A: 18 a 30 anos; B: 40 a 70 anos) e sexo (M: masc. e F: fem.).

Os dados foram transcritos foneticamente de acordo com o Alfabeto Fonético Internacional (IPA), utilizando-se a fonte IPAKIEL. Em seguida foi feita triagem das ocorrências dos ditongos [ej] e [ow], o que nos permitiu fazer uma análise por freqüência dessas realizações.

 

Resultados

Trataremos aqui dos resultados divididos em duas grandes áreas: os fatores lingüísticos, a princípio, e os fatores sociais, posteriormente. A partir dessas duas variáveis abordaremos os fatores que mais condicionam a realização do ditongo [ej] e a do ditongo [ow]. Cabe também destacar dentre os estruturais os mais e menos condicionantes do fenômeno, evidenciando os índices mais altos e os mais baixos e os grupos de fatores em que ocorreu mais ou menos oscilação.

 

Fatores Lingüísticos

Para o ditongo [ej]

a) Modo de articulação da consoante seguinte

Os resultados nos mostram que dentre os fatores estruturais o que mais propicia o apagamento da semivogal no ditongo [ej] é o tepe alveolar quando localizado após a variável. Das 352 ocorrências de [ej] diante dessa consoante, 97,7% tiveram a semivogal apagada, como em janeiro/janero; o que vem confirmar os resultados de outros estudos, como é o caso de VEADO (1983), BISOL (1994), PAIVA (1996), CABREIRA (1996), MOTA (1998), ARAÚJO (1999) e LOPES (2002).

De acordo com BISOL (1989), “(...) ey no ambiente do tepe é um ditongo leve. Ele alterna livremente com a vogal simples, sem provocar mudança de sentido”. O ditongo [ej], nesse contexto, seria, pois, um ditongo puramente fonético.

Também merecem destaque as fricativas, que apresentam freqüência de 91,7% para o apagamento da semivogal quando o ditongo as precede, como em queixal/quexal. Contudo esse resultado pode vir associado ao ponto de articulação, visto que a maioria das ocorrências de fricativas acontece no palato, fator que também apresentou uma significativa produtividade de apagamento da semivogal (71,2%).

Quanto à manutenção, destacamos, no fator modo de articulação, as consoantes oclusivas pospostas ao ditongo [ej]. 97,5 % das ocorrências da referida variável diante desse segmento mantiveram a semivogal. Embora esses resultados confirmem o que foi observado por MOTA, em Ribeirópolis[2], não podemos afirmar que consoantes pertencentes a esse modo de articulação, num ambiente pós-ditongo, na mesorregião Nordeste do Pará, comportam-se como mantenedoras da semivogal, pois a maioria dessas ocorrências corresponde em nosso corpus à palavra peito, o que pode configurar uma particularidade do item lexical.

Observamos também que as africadas (talvez por serem variações de oclusivas) tendem a comportar-se como mantenedoras da semivogal num ambiente pós-ditongo [ej]. Entretanto, os dados mostram que houve uma certa oscilação, como emmãe de leite/mã de lete”. Esses resultados aproximam-se do estudo feito por ARAGÃO (2002) com o corpus experimental do ALIB, onde encontramos na localidade de Vitória da Conquista informantes realizando vogal simples diante de consoante africada (ex.: [prefetšu]). Também ratificam a afirmação de MOTA (1989): “Diante de [t] acontece (...) [ej] ou [e] quando a realização é africada palatal...”.

 

Tabela 1: modo de articulação da consoante seguinte

Fatores

Exemplos.

Total

Apag.

Manut.

 

 

Ocor.

Ocor.

%

Ocor.

%

Oclusiva

['pejtu]

40

1

2,5

39

97,5

Fricativa

['beZa'flo]

56

51

91,7

5

8,3

Africada

['mjà dZi 'lejtSI]

41

15

36,5

26

63,5

Tepe

['be|?]

352

344

97,7

8

2,3

 

b) Ponto de articulação da consoante seguinte

Quanto ao ponto de articulação da consoante seguinte, destacamos as consoantes palatais (TAB 2). De acordo com os dados, 71,2% das ocorrências de [ej] diante de segmentos dessa natureza foram monotongadas, confirmando os resultados de MOTA (1986), BISOL (1989), CABREIRA (1996), PAIVA (1996) e LOPES (2002).

 

Tabela 2: ponto de articulação da consoante seguinte

Fatores

Exemplos

Total

Apagamento

Manutenção

 

 

Ocor.

Ocor.

%

Ocor.

%

Alveolar

['pejtU]

381

345

90,5

36

9,5

Palatal

[ke'Saw]

108

77

71,2

31

28,8

Segundo BISOL (1989), “O glide antes da palatal pode ser apagado ou acrescido sem afetar o sentido da palavra. (...) Não exemplo de pares mínimos neste contexto”, configurando-se, pois, num “falso ditongo. Para Bagno (2001), o glide, sendo um som alto, diante de consoante palatal é assimilado a este último segmento, configurando, pois, não uma simplificação de [ej] em [e], mas uma assilimilação de [j] à consoante palatal posteriormente contígua, o que também é confirmado por SILVA (1997). Esses resultados ratificam também BISOL (1989), PAIVA (1996), SILVA (1997) e LOPES (2002).

Com relação aos resultados referentes às consoantes alveolares diante do ditongo observamos que há uma freqüência de 90,5% de apagamento da semivogal [j] diante de alveolares.

Ressalte-se o fato de que o [|] é uma consoante alveolar e que em 97,7% dos dados de [ej] diante desse fonema houve monotongação. Por outro lado, diante de [t], alveolar/oclusivo, houve categórica manutenção da semivogal [j] no ditongo [ej]. Sendo assim, somos levados a crer que, neste caso, a variação de [ej] não está estritamente ligada ao ponto de articulação da consoante seguinte ao ditongo, mas agem juntos, ponto e modo de articulação, seja para apagamento, seja para manutenção da vogal assilábica.

 

c) Contexto pré-vocálico ou pré-consonântico

A partir de nossos dados, observamos que as vogais, quando pospostas ao ditongo [ej] propiciam a manutenção da semivogal (90,9%), o que é confirmado por PAIVA (1996), SILVA (1997) e LOPES (2002). Esse resultado nos surpreende, pois vogal e glide são sons homorgânicos, o que poderia influenciar no sentido de haver uma harmonização e, conseqüentemente, um apagamento da semivogal, por ser esta mais fraca. Segundo PAIVA (1996), o glide entre duas vogais parece configurar uma tentativa (histórica)[3] de se evitar os hiatos, pois a semivogal, nesse ambiente, seria um som de transição. Esses resultados, porém, não confirmam os de ARAÚJO (1999) e MOTA (1983).

Segundo COUTO (1994), em seqüências como meia e seio, quando se localiza “(...) a vogal anterior ao elemento semivocálico [j,w] (...) esse elemento parece se associar primeiramente a ela. O ditongo crescente se forma depois de formado o decrescente. (...) isso parece ser o caso apenas quando a vogal posterior a [j,w] é átona ou alta anterior...”.  Teríamos, segundo essa perspectiva, dois ditongos formados com o mesmo glide: um crescente e um decrescente.

Cabe aqui ressaltar que, concernente ao itemseio’, ocorrido recorrentemente em nosso corpus, podemos dizer, por extensão ao que asseverou BISOL (1989), com relação ao que chama de “ditongos verdadeiros” e “ditongos falsos”, que o ditongo nesse lexema configura-se como umditongo verdadeiro”, pois podemos encontrar, em língua portuguesa, par mínimo para essa palavra, havendo, a partir desse contraste, distinção de significado. Sendo assim, o apagamento da semivogal [j], nesse item lexical, teria menos chances de se efetivar, pois se encontra na estrutura profunda da língua.

Quanto ao contexto pré-consonântico, observamos uma supremacia da forma simplificada do ditongo antes de consoantes, mas reforçamos o que foi dito por MOTA (1986) e LOPES (2002): isso parece depender da natureza da consoante posposta ao ditongo, em especial do modo e ponto de articulação, que se mostraram mais relevantes para nosso estudo.

 

Tabela 3: contexto pré-vocálico (aqui C.P.V.)

ou pré-consonântico (aqui C.P.C.)

Fatores

Exemplos

Total

Apagamento

Manutenção

 

 

Ocor.

Ocor.

%

Ocor.

%

C.P.V.

['mejÆ?]

99

9

9,1

90

90,9

C.P.C.

[pah'te|?]

489

423

86,5

66

13,5

 

d) Número de sílabas da palavra em que ocorre o ditongo

No que tange ao número de sílabas da palavra em que se encontra o ditongo, verificamos que quanto maior a palavra, mais chances há de ocorrer monotongação. Isso se dá de forma gradativa, ou seja, à medida que aumenta o número de sílabas, aumentam as chances de supressão da semivogal.

PAIVA (1996) também encontrou produtiva manutenção da semivogal em vocábulos curtos. Afirma a autora que uma provável explicação para esse fato seria que palavras monossilábicas estariam menos sujeitas a apagamentos em decorrência da alta probabilidade de se encontrar homônimos após a supressão.[4]

Tabela 4: número de sílabas da palavra em que ocorre o ditongo

Fatores

Exemplos

Total

Apagamento

Manutenção

 

 

Ocor.

Ocor.

%

Ocor.

%

Dissíl.

['be|?]

192

68

35,4

124

64,6

Trissíl.

[pah'te|?]

160

136

85

24

15

Polissíl.

[asai'ze|?]

234

232

99,1

2

0,9

 

e) Localização do ditongo na estrutura morfológica da palavra

Nossos resultados indicam que a forma simplificada do ditongo no sufixo é bastante produtiva na fala da mesorregião Nordeste do Pará. Há, por outro lado, um relativo equilíbrio entre [ej] e [e] quando a variável se encontra no radical da palavra.

Nossos resultados aproximam-se dos de PAIVA (1996), que em seu estudo observa: “É preciso ressaltar (...) que os dados referentes a este fator se restringiram à ocorrência da semivogal [y] no sufixo derivacional eiro. ” e que “(...) o segmento [y] no sufixo eiro pode ser considerado redundante e sem relevância do ponto de vista semântico. ”. Refere-se a autora ao fato de que em eiro temos o ditongo [ej] diante de tepe, caracterizando, pois, uma sobreposição da fatores (Modo de articulação da consoante seguinte e posição do ditongo na estrutura mórfica da palavra), fato este fortemente marcado também em nossas análises. Essa assertiva também é ratificada por SILVA (1997), que afirma ser o contexto seguinte que determina a manutenção ou supressão da semivogal.

 

Tabela 5: posição do ditongo na estrutura mórfica da palavra

Fatores

Exemplos.

Total

Apag.

Manut.

 

 

Ocor.

Ocor.

%

Ocor.

%

Radical

[maka'Se|?]

353

204

57,7

149

42,3

Sufixo

['Suva pasa'Ze|?]

235

224

95,3

11

4,7

 

f) Tonicidade

O contexto tonicidade não se mostrou relevante na variação do ditongo [ej], pois não houve um distanciamento significativo entre a simplificação do ditongo na sílaba pretônica (88,2%) ou na sílaba tônica (70,5%), o que confirma os resultados dos estudos de PAIVA na cidade do Rio de Janeiro.

O estudo  de VEADO (1983)  mostra que na região metropolitana de Belo Horizonte o traço (+ acento) favorece consideravelmente a simplificação de [ej]. SILVA (1997) afirma que em João Pessoa/PB em sílabas tônicas a semivogal no ditongo [ej] tende a se manter, em detrimento das pretônicas.

 

Tabela 6: tonicidade

Fatores

Exemplos

Total

Apagamento

Manutenção

 

 

Ocor.

  Ocor.

%

   Ocor.

%

Pretônica

[fe'tSisU]

85

75

88,2

10

11,8

Tônica

[k?àta'|e|?]

502

354

70,5

148

29,5

 

g) Posição do ditongo na palavra

Nossos resultados mostram que no que tange à posição ocupada pelo ditongo no item lexical há uma preponderância de monotongação no meio da palavra (91,8%), o que se distancia um pouco dos resultados de VEADO (45,7% para a simplificação).

Dos estudos a que tivemos acesso somente os de VEADO (1983) mostraram relevância da posição em que se encontra o ditongo [ej] na palavra para a sua realização.

A autora faz referência à posição final, que em seus estudos se mostrou extremamente relevante para a manutenção da semivogal; dado que não pode ser comprovado no presente estudo devido à não ocorrência do ditongo [ej] em fim de palavras em nossos dados.

Respeitante ao contexto inicial, não encontramos polaridade nos resultados, o que nos permite entender que nesse contexto temos maior possibilidade de variação[5] (41,3% para o apagamento e 58,7% para a manutenção da semivogal).

 

Para o ditongo [ow]

Como dissemos anteriormente, os estudos[6] mostram que a não articulação da semivogal [w] no ditongo [ow] parece configurar regra na fala de algumas comunidades, o que é aduzido por meio dos resultados relativos ao referido ditongo na mesorregião Nordeste do Pará.

Ressaltamos ainda o fato de que embora alguns dos estudos citados tivessem sido implementados sob uma perspectiva diferenciada da nossa chegamos a resultados muito aproximados, o que nos leva a crer que a regra de monotongação do ditongo [ow] está bastante difundida na língua falada no Brasil.

 

Fatores Sociais

Para os fatores sociais (sexo e idade), tanto os resultados obtidos para [ej] quanto os de [ow] mostraram-se muito aproximados, conforme se pode visualizar no gráfico 1, para [ej] e no gráfico 2, para [ow] [7]:

 

Gráfico 1


Gráfico 2


Contrapondo [ej] e [ow], observamos que o ditongo [ej] está mais sensível a fatores de ordem estrutural do que o ditongo [ow], o que reforça a teoria de que a realização de [o] em vez de [ow] está sendo cristalizada na língua falada no Nordeste Paraense, fato este confirmado pelos estudos citados.

Isso não nos causa estranheza, pois a própria localização e natureza dos segmentos vocálicos que compõem esses ditongos pressupõem o apagamento da semivogal que se encontra em posição de coda. Sabe-se que [e] e [j], assim como [o] e [w] apresentam traços fonéticos muito aproximados, o que deve favorecer a assimilação e supressão das semivogais desses ditongos.

 

Considerações finais

Chegamos às seguintes conclusões com relação ao nosso objeto de estudo na mesorregião Nordeste do Pará:

 

Para o ditongo [ej]

Podemos observar nos dados que servem de base para nossas análises que os fatores estruturais que mais propiciam a monotongação são: a) as consoantes tepe alveolar e as fricativas palatais quando localizadas após o ditongo [ej], b) o tamanho da palavra (quanto maior a palavra mais chances de monotongação) e c) a posição ocupada pelo ditongo no item lexical (o ditongo localizado no meio da palavra tem mais chances de ser monotongado); e para a manutenção destacam-se: a) as consoantes oclusivas e as vogais pospostas à variável ora estudada, o que ratifica os resultados até aqui obtidos nos estudos dessa variável no Brasil.

Observamos ainda que nossos dados corroboram os resultados dos estudos realizados no que tange aos fatores sociais, isto é, a variação ei~e independe de fatores extralingüísticos.

 

Para o ditongo [ow]

Concluímos que tanto fatores lingüísticos quanto sociais não se mostraram determinantes da variação do ditongo [ow] na fala do Nordeste Paraense, pois das 66 ocorrências de [ow] no “corpus”, 64 sofreram monotongação, o que eqüivale a 97% dos dados.

 

BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, M. F. Ribeiro de. A alternância /ei/ e /e/ no portugûes falado na cidade de Caxias. M.A. Dissertação de Mestrado. Campinas: UNICAMP, 1999.

ARAGÃO, Maria do Socorro. As pesquisas dialetais no Brasil: Aspectos fônicos - as vogais. http://sw.npd.ufc./abralin/anais_con2nac_tema178.pdf

BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. Edições Loyola. São Paulo: 1999.

BISOL, Leda. O ditongo da perspectiva da fonologia atual. D.E.L.T.A. Vol. 5, nº 2, pp. 1885-224, 1989.

BISOL, Leda. O ditongo em português. ABRALIN nº 11, pp. 51-58, 1991.

BISOL, Leda. Ditongos derivados. D.E.L.T.A. Vol. 10, pp. 123-140, 1994.

CABREIRA, Silvio Henrique. A monotongação dos ditongos orais decrescentes em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Dissertação de Mestrado. Porto alegre PUERS,1996.

CÂMARA Jr., Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. Editora Vozes. 26ª ed. Petrópolis. 1997.

COUTO. Hildo Honório. Ditongos crescentes e ambissilabicidade em português. Letras de Hoje. Porto Alegre. Vol. 29. nº 4. pp. 129-141, dezembro, 1994.

MOTA, Jacyra. Variação entre /ei/ e /e/ em Sergipe. In: FERREIRA, Carlota et al. Diversidade do português no Brasil: estudos de dialetologia rural e outros. Salvador: Centro Editorial e Didático da UFBA, 1988.

PAIVA, Maria da Conceição A. Supressão das semivogais nos ditongos decrescentes & Atuação das variáveis sociais na supressão da semivogal anterior dos ditongos decrescentes. In: OLIVEIRA E SILVA, G.M. e SHERRE, M.M.D. (orgs). Padrões Sociolingüísticos: análise de fenômenos variáveis do português falado no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Tempo Bresileiro, 1996.

SILVA, Fabiana de Souza. O processo de manotongação em João Pessoa. Dissertação de Mestrado. João Pessoa. UFPB, 1997.

TARALLO, Fernando. A Pesquisa Socioligüística. Série Princípios. Ed. Ática. São Paulo. 1986.

VEADO, Maria. A Redução de ditongo – uma variável sociolingüística. Ensaios de Lingüística, Belo Horizonte (MG), ano V, nº 9, pp. 209-229, dez.,1983.


 

[1]Esse questionário foi elaborado tendo como base a primeira versão do questionário semântico-lexical elaborado para o ATLAS LINGÜÍSTICO DO BRASIL acrescido de itens dos Questionários usados para a construção do Atlas Lingüístico do Estado de São Paulo e do Estado do Paraná e ainda de outros itens por nós acrescentados” (ALIPA, 1997).

[2] Segundo a pesquisadora “Diante de /t/ acontece /ej/ quando o fonema se realiza como oclusiva dental...”.

[3] Grifos nossos.

[4] Em nosso corpus não houve ocorrência de monossílabos.

[5] VEADO não considerou esse contexto porque seus dados foram insuficientes.

[6] VEADO (1983); PAIVA (1996); CABREIRA (1996); SILVA (1997); MOLLICA (1998) e LOPES (2002).

[7] FA(fem./18-30 anos); FB (fem./ 40-70 anos); MA (masc./ 18-30 anos); MB (masc.40-70 anos).