BLITZEN – É ASSIM QUE SE ESCREVE?

Sérgio Paulo Gomes de Vasconcelos (UERJ e UNESA)

Há algum tempo temos observado nos jornais representações diferentes para o plural da palavra blitz, a saber, blitzE, blitzEN e blitzES. Nossa primeira consideração a este respeito já constava de nossa dissertação de Mestrado, em 2001.

Daquela época para cá, continuamos a observar, discretamente, estas ocorrências nas páginas dos jornais. Até o momento em que decidimos trazer a público esta questão, para que outros professores e pesquisadores também dediquem um pouco de sua atenção a este assunto e juntos possamos encontrar algumas respostas para as questões que serão levantadas a seguir.

Este artigo tem dois objetivos: (1) demonstrar se o uso da forma das formas blitzE e blitzEN para o plural de blitz têm algum apoio das gramáticas ou de obras de estudiosos e conhecedores da língua portuguesa; (2) sugerir um plural que esteja de acordo com o paradigma da língua portuguesa.

Não sabemos ao certo em que momento a palavra blitz  foi registrada na língua portuguesa (os dicionários Aurélio e Houaiss também não registram o ano de sua entrada), mas no Vocabulário Ortográfico de 1981 as palavras blitz e blitzkrieg já se encontravam registradas.

Vejamos agora como os dicionários atualmente mais conceituados da língua portuguesa se manifestam acerca da palavra blitz, e demos detida atenção ao que eles dizem acerca do seu plural.

Para o dicionário Houaiss:

substantivo feminino de dois números

1    Rubrica: história, termo militar.

red. de blitzkrieg ('ofensiva poderosa')

Obs.: inicial maiúsc., em al.

2    Rubrica: termo militar.

ataque aéreo inesperado

3    Derivação: por extensão de sentido. Regionalismo: Brasil.

batida policial, esp. de caráter inesperado, que ger. mobiliza grande aparato

Ex.: durante a b. foram apreendidas armas de grosso calibre

4    Regionalismo: Brasil.

operação ou campanha não militar, iniciada sem aviso prévio e de modo intenso e coordenado (p.ex., ação fiscalizadora, ou de pesquisa etc.)

5    Derivação: sentido figurado. Rubrica: futebol. Regionalismo: Brasil.

sucessão de ataques

 

Gramática: Plural: Blitzen (al.)

 

Uso: Blitz 'relâmpago' é do gên. masc. em al.; no Brasil, blitz é do gên. fem.

Observemos que o dicionário Houaiss recomenda a forma plural blitzEN. E notemos uma informação importante que ele também nos dá: em alemão a palavra blitz é masculina. Isto será muito importante quando considerarmos o plural das palavras em alemão.

Passemos agora ao dicionário Aurélio.

Blitz (blíts)[Do al. Blitzkrieg.]

S. f.

1. Blitzkrieg.

2. Batida policial de improviso e que utiliza grande aparato bélico.

 [Pl.: Blitze.]

Note-se a recomendação para o plural: blitzE.

Assim, logo de início podemos notar que não há uma unanimidade entre os dicionários acerca do plural da palavra blitz. A princípio isto não seria grande problema, afinal sabemos que em português há palavras que têm dois ou até três plurais.

No entanto, não há palavras na língua portuguesa que usem desinência de plural –E ou –EN.

Talvez o plural de outras palavras terminadas em –TZ e alistadas no dicionário seja capaz de nos dar uma ajuda para a formação do plural de blitz.

Assim, consultamos os dicionários Houaiss e Aurélio em busca de palavras terminadas em –TZ e encontramos, no primeiro, 9: blitz, chintz, ersatz, gigahertz, hertz, megahertz, quilohertz e spitz.

O Aurélio apresenta 7: blitz, chintz, Ersatz, hertz, kibutz, megahertz e quilohertz. Apenas para blitz indica o plural. (Note que Ersatz, como todo substantivo em alemão foi colocado com letra maiúscula. Blitz,embora também substantivo alemão, já pertence à língua portuguesa, daí sua grafia com inicial minúscula.)

Vejamos o que o dicionário Houaiss diz sobre o plural destas palavras. (Informamos de antemão que o Aurélio não apresentou plural para nenhuma a não ser blitz, como já mencionado.)

Chintz:  não há plural indicado.

Ersatz: tem seu plural Ersätze, diretamente do alemão e completamente estranho ao português: além de desinência –E, uma metafonia. (Embora o dicionário não indique a que área do conhecimento a que a palavra se aplica, nota-se ser um termo de uso muito específico, daí o uso do plural em alemão.)

Hertz e suas derivadas não têm plural.

Kibutz não tem plural registrado no Houaiss.

Para Spitz, uma raça de cachorro, o dicionário apresenta o plural spitzes. Contudo, consultando um dicionário alemão, encontramos para der Spitz o plural SpitzE, regular para as palavras alemãs terminadas em –TZ.

Como se viu, a busca do plural de outras palavras terminadas em –TZ nos dicionários brasileiros não nos ajudou a solucionar o problema do plural de blitz. E  ainda nos conduziu a outro problema.

Ao passo que em alemão a palavra blitz tem plural blitzE, o Houaiss recomenda seu plural, em português, como blitzEN. Por outro lado, o mesmo dicionário Houaiss recomenda que a palavra spitz tenha plural, em português, spitzES, ao passo que em alemão seu plural é igual ao de blitz, a saber spitzE. É um paradoxo.

Assim, até agora se tivéssemos de escolher entre um dos plurais indicados pelos dicionários, a forma blitzE talvez fosse a mais coerente, pois é esse o plural em alemão.

Mas a questão é que o alemão não é a língua materna da maioria dos brasileiros, nem é a língua oficial do país.

Ora, caso passássemos a formar o plural das palavras estrangeiras a partir do plural da língua original, a palavra cultural, passaria a ter seu plural como culturalE, em vez de culturais, uma vez que também é de origem alemã: kulturell. Seguindo este raciocínio, escreveríamos “informações culturale” ou “atividades culturele”.

Assim, não nos parece muito sensato formar o plural da palavra blitz em blitzE, com base no argumento de que é assim em alemão.

Sigamos agora, então, um outro caminho.

Em alemão, formar plural através do morfema –E é um dos cerca de dez modos de se criar o plural de uma palavra no caso nominativo (em alemão há quatro casos: nominativo, acusativo, dativo e genitivo). Notemos dois modos de formar plural que nos interessam:

b) Desinência –E

der Schuh / die Schuhe

d) Com desinência –EL ou –N (caso o singular termine em –e, -l ou –r, a desinência é –n

Todos os substantivos femininos terminados em -e

die Schule / die Schulen

Todos os substantivos – femininos – terminados em –ei, -heit, -keit, -schaft, - ung ou –in.

die Freiheit / die Freiheiten

A maioria dos substantivos femininos

die Fabrik / die Fabriken

Alguns substantivos masculinos terminados em –e

Substantivos com sufixos de origem estrangeira (...) (p. 144; grifos nossos)

O plural blitzE se enquadra na regra b), acima. Corretíssimo, mas não é um morfema da língua portuguesa, como já foi dito. Mas observe agora um fato interessante.

A gramática alemã indica plural formado em –N para palavras femininas, regra d). Mas, como já foi dito no início deste artigo, blitz é uma palavra masculina no alemão, assim, não se enquadra à regra.  

De fato, no alemão a palavra blitzEN só ocorre no dativo plural, conforme se demonstra na tabela e no exemplo a seguir:

 

Singular

Plural

Nominativo

Blitz

BlitzE

Acusativo

Blitz

BlitzE

Dativo

Blitz

BlitzEN

Genitivo

BlitzES

BlitzE

In deN neueN BlitzeN.

Nas novas blitz/blitze/blitzes/blitzen.

Como se vê, a gramática alemã não fornece amparo para o uso da forma blitzEN a não ser para palavras no dativo. Além deste forte argumento, não há morfema –EN formador de plural em português. Como então formar o plural de blitz?

Passamos então a uma busca pelos plurais dos substantivos nas gramáticas. Como em português não há palavras terminadas em –TZ, o mais próximo que encontramos foi o plural de palavras terminadas em –Z.

Consultando a gramática do Professor Bechara, vemos que o plural das palavras terminadas em –Z (sílaba tônica) é –ES: giz > gizes. (p. 118)

Nos Fundamentos de Gramática do Português, do Professor Azeredo, nas regras especiais da flexão de número, lemos que “... os nomes terminados por –r ou –z recebem –es: (...) vez/vezes...” (p. 114)

Segundo Cunha e Cintra, “os substantivos terminados em –r, –z e –n formam o plural acrescentando –es ao singular”. (p. 185)

Assim, um plural razoável e com apoio gramatical para a palavra blitz seria seguir o paradigma das palavras portuguesas terminadas em –Z, a saber blitzES.

Mas então por que não encontramos tantas variações nos jornais?

Se havemos de entender as opções lingüísticas dos jornais, devemos consultar seus manuais de redação e estilo, pois são eles que codificam a linguagem a ser usada nas redações. E os manuais dos principais jornais do país têm posições um tanto distintas acerca do plural de blitz. Vejamos.

No Manual de Redação e Estilo de O Globo, encontramos a palavra blitz na sessão “Palavras perigosas”.

Blitz – Palavra alemã incorporada ao vocabulário, dispensa destaque gráfico. Como o plural alemão é pedante, recomenda-se usar, no plural, palavras nossas, como operações, incursões e batidas.

É interessante a observação feita por este manual de estilo: “como o plural alemão é pedante...”. Mas o manual apenas diz que o plural alemão é pedante, mas não diz qual é. Se uma pessoa não sabe que o plural de blitz em alemão é blitzE, a informação dada pelo manual não fará muita diferença.

Em nossa busca nas páginas do jornal O Globo[1], além das palavras operações, incursões e batidas, (sugeridas) encontramos ocorrências da palavra blitz no plural.

Notemos os seguintes exemplos.

Entre uma viagem e outra para gravar o “Um pé de quê”, Regina Case encontrou tempo para fazer mais quatro blitze de cidadania para o “Fantástico”. (O Globo, Revista da TV, 08/06/03)

Chiquinho disse que apenas pedira que a PM não fizesse blitzes no horário escolar, para evitar que alunos fossem feridos. (O Globo, Rio, 06/06/03)

Isso corresponde a 30,5% do total do município. – Fazemos blitzes todos os dias, mas o número de fiscais é pouco para cobrir tanta ilegalidade – afirma Puel. (O Globo, Jornais de Bairro, 08/06/03)

... em blitzes ou paradas em postos da Polícia Rodoviária. Prejuízo certo para o espertinho. (O Globo, Jornais de Bairro, 08/06/03)

... nos últimos cinco meses 674 veículos foram apanhados em blitzes com problemas na documentação. (O Globo, Rio, 07/06/03)

__ Eu me sinto ilhada. A Niemeyer é perigosa. Na Canoas, há falsas blitzes. (O Globo, Jornais de Bairro, 05/06/03)

BLITZES APREENDEM 57 VEÍCULOS ILEGAIS (O Globo, Rio, 03/06/03)

Assim, pode-se notar que há no jornal O Globo uma preferência pelo uso da forma blitzes superando de longe a forma blitze.

Ainda em nossa busca em O Globo, procuramos a forma blitzen, mas não foram encontradas ocorrências.

Agora examinemos o Manual de Redação e Estilo do Estado de São Paulo. A versão utilizada por nós foi a eletrônica, disponível na página do jornal, www.estado.com.br e em nada difere da versão impressa.

Blitz. Existem dois equivalentes em português: incursão (guerra) e batida (policial). Plural: blitze. (http://www.estado.estadao.com.br/redac/norb.html)

Através da mesma página, fizemos consultas sobre a ocorrência das palavras. O mecanismo de busca do jornal nos apresentou matérias publicadas no Estado de São Paulo e no Jornal da Tarde, pertencente ao mesmo grupo do Estado de São Paulo.

 

JORNAL DA TARDE

Diante do sucesso da Lei Seca em Diadema, a Prefeitura de São Paulo reinicia amanhã as blitzes para fechar os bares... (www.jt.estadao.com.br/editorias/2002/07/26/ger010.html)

Nesta semana, o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) realizou blitzes na capital e no interior para verificar o peso... (www.jt.estadao.com.br/editorias/2002/07/26/ger010.html)

 

ESTADO DE SÃO PAULO

Ele atribuiu a redução à instalação de mais de 400 radares móveis nas rodovias e antecipação de blitzes. (www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/12/27/cid024.html)

A seqüência de blitzen em todos os passageiros causada pela reportagem não ajudou a amenizar o clima. (www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/10/09/int016.html)

A desordem, a falta de água e energia elétrica e as blitzen dos soldados americanos que tentam conter os saqueadores têm motivado... (www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/04/16/int024.html)

No final da madrugada, Katherine e Pámela foram transferidas para o 16.o Distrito Policial. Os investigadores têm feito blitze constantes na região... (www.jt.estadao.com.br/editorias/2003/06/04/ger019.html)

Pode-se notar nestes jornais uma flutuação para o plural de blitz, no entanto, diante dos exemplos acima somos levados a considerar que até o momento a forma predominante é blitzEN.

Passemos agora ao Manual de Estilo da Folha de São Paulo.

É no “Anexo Gramatical”, de autoria do Professor Pasquale, que encontramos o verbete blitz.

“Blitz – Forma reduzida de “Blitzkrieg” (guerra-relâmpago) em alemão. É singular: Foi organizada uma blitz. O plural é blitze: Foram organizadas várias blitze”.

Do mesmo modo que para os outros dois jornais, fizemos uma busca pela Internet. Deve-se registrar aqui que o mecanismo de busca da Folha de São Paulo online é excepcional. Pena que é reservado para assinantes. Foram os seguintes os números encontrados de acordo com cada palavra pesquisada.

BlitzeN = nenhuma palavra encontrada; blitzES = nenhuma palavra encontrada; blitzE = 58 ocorrências no ano de 2003.

Ora, o que se pode notar é que enquanto nos outros jornais ocorre uma flutuação bastante normal na grafia da palavra, na Folha há uma profunda uniformidade.

E este é o “Estilo Folha”. Se por um lado o leitor nota uma uniformidade no texto jornalístico, um ponto positivo, nós, pesquisadores de língua portuguesa, notamos fortes mecanismos de controle lingüístico, que algumas vezes se opõem às normas gramaticais da língua portuguesa. Um exemplo clássico do “Estilo Folha” é a ausência de trema nas páginas da Folha.[2]

Diante deste contraste entre os três jornais de São Paulo (Folha, Jornal da Tarde e Estado) com o jornal O Globo, decidimos ver como um outro jornal  (que não tem manual de estilo disponível ao grande público) grafa a palavra. Consultamos o website de O Dia.

De madrugada, horas antes da palestra na Academia de Polícia, Garotinho acompanhou pessoalmente as blitzes determinadas por ele, com participação de comandantes de batalhões. (http://odia.ig.com.br/odia/policia/pl300409.htm)

Gerente do tráfico da Favela do Dique, Fiel promovia falsas blitzes em Vigário Geral para roubar carros. (http://odia.ig.com.br/odia/policia/pl160512.htm)

Não foram encontradas, em O Dia, ocorrências para blitze ou blitzen.

Diante deste contraste Rio/São Paulo, pode-se notar uma preferência nos jornais do Rio de Janeiro pela forma plural blitzES em concorrência com o uso de blitzE e blitzEN nos jornais de São Paulo. Mas, afinal, de onde veio a idéia do uso da forma blitzen na língua portuguesa? Até o momento  não sabemos. Eis aí mais uma pergunta demandando uma resposta.

Por fim, como já foi dito, parece-nos mais adequado o uso da forma blitzES na representação do plural da palavra. No entanto, é digno de nota que uma outra palavra alemã, terminada em –TZ, muito usada na língua portuguesa, poderia fornecer um outro modelo de plural: HerTZ.

Hertz, quilohertz, megahertz: não há uso de morfema de plural nesta palavra. Por exemplo, escrevemos este artigo utilizando um obsoleto processador Pentium 133 Megahertz.

Segundo o Professor Aldo Bizzocchi, talvez fosse essa uma saída para o problema do plural de blitz.

É verdade, afinal não é incomum que muitas pessoas deixem de fazer o plural de giz ou gravidez apenas por que lhes soa mal ou mesmo por que acreditem não haver plural para tais palavras O mesmo poderia acontecer com blitz, embora não tenhamos encontrado nas páginas dos jornais a forma grafada no singular referindo-se ao plural.

Da nossa parte, levando em conta os paradigmas da língua portuguesa, achamos difícil que a palavra permaneça sem morfema no plural. Continuamos a optar pelo uso da forma blitzES.

 

BIBLIOGRAFIA

AZEREDO, José Carlos de. Fundamentos de gramática do português. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. ver. ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 1999.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário eletrônico Aurélio. 2. ed. ver. ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. Produzido por Lexicon Informática S. C. Ltda.

FOLHA de São Paulo. Manual da Redação. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2001.

–––––. Novo manual da redação. 9. ed. São Paulo: Folha de São Paulo, 1992.

GARCIA, Luiz (org.). Manual de redação e estilo. 22. ed. São Paulo: Globo, 1995.

GÖTZ, Dieter; HAENSCH, Günter; WEILMANN, Hans. Langenscheidts Grösswörterbuch Deutsch als Fremdsprache. Berlin und München: Langenscheidt, 1993.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Objetiva, 2001. Produzido por Sonopress Rimo da Amazônia Indústria e Comércio Fonográfico LTDA.

MARTINS, Wilson. Novo manual da redação. Arquivo capturado na Internet, www.estado.com.br . Acessado em 10 ago 2003.

VASCONCELOS, Sérgio Paulo Gomes de. A linguagem jornalística em questão: os manuais de redação e estilo. 2001. 155 f. Monografia (Dissertação de Mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

WELKER, Herbert Andreas. Gramática alemã. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1992.

 


 

[1] As buscas foram feitas através da Internet, na página dos jornais. Dentro das caixas de texto dos mecanismos de busca, foram digitadas as palavras blitze, blitzen e blitzes.

[2] A Folha usava um software importado, que não colocava trema. Quando passou a utilizar um software que colocava o sinal, a imagem do jornal já estava associada à ausência do trema. E ele não voltou.