OS ESTUDOS FILOLÓGICOS NO BRASIL
E A HISTÓRIA DO CiFEFiL

José Pereira da Silva (UERJ)

O Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos nasceu como uma opção desvinculada das instituições oficiais de pesquisa e ensino superior para lutar contra o descaso em que se encontravam os estudos filológicos nas últimas décadas do século XX.

Seu idealizador, Prof. Dr. Emmanuel Macedo Tavares, que terminava o seu doutorado na época em que a UFRJ fechava os seus cursos de pós-graduação stricto sensu de Filologia Românica, reuniu os filólogos Álvaro Alfredo Bragança Júnior, Ruy Magalhães de Araujo e eu e, no dia 28 de setembro de 1994, fundou o CiFEFiL e a Revista Philologus, que começou a circular em maio de 1995 com o ISSN 1413-6457, tendo continuado ininterrupta até hoje, apesar das dificuldades que naturalmente ocorrem com as publicações dessa natureza.

Durante os quatro primeiros anos, o Círculo se manteve muito fechado, visto que: 1 - o pré-requisito mínimo para alguém se associar era estar matriculado no mestrado em Letras; 2 - a diretoria era constituída por apenas quatro membros: Diretor-Presidente, Vice-Diretor, Primeiro Secretário e Segundo Secretário, que, foram os seus fundadores; 3 - para qualquer alteração no estatuto era exigida a aprovação unânime de sua diretoria.

Em dezembro de 1996, em carta de prestação de contas do primeiro biênio, Emmanuel Macedo Tavares faz um histórico da primeira investida do CiFEFiL rumo à concretização de seus objetivos, na reunião em que tomava posse a segunda diretoria, que só modificou a ordem dos integrantes da primeira, constituída exclusivamente dos sócios fundadores. Foi nessa gestão que se criou o Congresso Nacional de Lingüística e Filologia, cujas primeiras edições ocorreram na Faculdade de Formação de Professores (em São Gonçalo) e na Faculdade de Letras da UFRJ, respectivamente, e cujos anais foram publicados em um volume cada, pois os Cadernos do CNLF foram criados somente no ano 2000 e indexados no ISSN (International Standard Serial Number) somente em 2001 sob o número 1519-8782.

Em outubro de 1998 foi eleita a terceira Diretoria, com o compromisso de promover a reforma do estatuto (aprovada em dezembro), ampliando o quadro de associados (anteriormente restrito a mestres e doutores em Letras) e da própria Diretoria (que passou a contar com doze integrantes), que teve os novos cargos preenchidos em eleição complementar em março de 1999. Quase todos os integrantes dessa Diretoria foram mantidos na eleição de 2000 e novamente em 2002.

Com a proposta de Crescer e Produzir, o CiFEFiL investiu na informatização de sua gestão, criando, em 1998 o domínio FILOLOGIA.ORG.BR, cujas páginas já foram visitadas dezenas de milhares de vezes, tornando-se um importante banco de serviço gratuito e de qualidade aos associados e ao público em geral, com a divulgação gratuita de uma página da Academia Brasileira de Filologia (até o segundo semestre de 2003, quando aquela instituição decidiu criar o seu domínio, o FILOLOGIA.COM.BR), quatro periódicos virtuais (Revista Philologus, Cadernos do CNLF, SOLETRAS: Revista do Departamento de Letras da Faculdade de Formação de Professores e O Filólogo de Plantão) e eventos importantes da área, além dos que são promovidos pelo próprio Círculo.

O Almanaque CiFEFiL, que reúne em CD-ROM todas as publicações do Círculo até o final do ano civil anterior a cada edição, está em sua terceira edição, prestando importantes serviços aos estudantes e profissionais de Letras, com várias centenas de publicações e numerosas informações e linques selecionados.

Para a elaboração do Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO2002) do Ministério do Trabalho, com exceção de Evanildo Bechara, todos os filólogos participantes são integrantes do CiFEFiL.

A REVISTA PHILOLOGUS

A Revista Philologus surgiu em março de 1995, com apenas quatro artigos: “Adoro te Devote - breves considerações sobre a língua latina e sobre o autor” de Álvaro Alfredo Bragança Júnior; “Conglomerados Gráficos e o Ritmo da Fala (de Pêro Vaz Caminha ao séc. XVIII)” de José Pereira da Silva; “Gregório de Matos: a imitação compreendida” de Ruy Magalhães de Araujo e “Por uma Perspectiva Genética em Pedro Nava” de Emmanuel Macedo Tavares.

Em 1998, esgotados todos os exemplares da primeira edição, foram reeditados os doze primeiros números da revista, reunidos por ano. Assim tivemos uma segunda edição de doze números em quatro volumes: Ano I - 1995 de 178 páginas, Ano II - 1996 de 255 páginas, Ano III - 1997 de 236 páginas e Ano IV - 1998 de 210 páginas.

A partir desse ano de 1998, o formato da revista, que era impressa no formato A4, passou a ter o formato atual de A5 e já divulgou, até 2003, duzentos e trinta e dois artigos e vinte resenhas de trabalhos de interesse dos filólogos e dos lingüistas.

O DOMÍNIO FILOLOGIA.ORG.BR

Desde a sua fundação, o CiFEFiL, apesar das limitações financeiras próprias de sua própria natureza, esteve sempre na vanguarda da tecnologia da informação em relação às associações similares.

Logo que se tornou viável a divulgação de serviços e produtos via internet de forma segura e rentável, o CiFEFiL decidiu criar o seu próprio domínio para continuar com a sua política de independência político-ideológico-administrativa proveniente das circunstâncias em que foi criado, em 1994.

O domínio FILOLOGIA.ORG.BR foi criado no dia 18 de dezembro de 1998, cuja estrutura básica e design inicial foi criada por um técnico contratado, indicado pela Diretora Financeira do Círculo naquela época e concluído pelo Senhor Adriano Sousa da Silva.

A atualização e manutenção do domínio FILOLOGIA.ORG.BR foi da responsabilidade do Adriano até o ano 2001, passando, então, para a responsabilidade de Marcílio Pereira da Silva, meu filho.

Como o nosso domínio é o único no Brasil, até agora, que se destina a divulgar a Filologia, a difusão dessa especialidade nos serviços virtuais de comunicação sofreu, sem qualquer dúvida, a influência direta ou indireta desse grupo.

Hoje, acessando-se buscadores como o Cadê (26 páginas cuja palavra filologia aparece no título e 4.036 páginas em que a palavra aparece no interior) ou o Google (26 páginas cuja palavra filologia aparece no título e 13.900.páginas em que a palavra aparece no interior, 3.900 páginas referências ligando a filologia à pesquisa e 2.240 ligando-a ao ensino), encontram-se milhares de páginas brasileiras com informações sobre a filologia.

Tendo demonstrado, gratuitamente, à Academia Brasileira de Filologia, mantendo gratuitamente sua página ali durante dois anos, está em construção o domínio FILOLOGIA.COM.BR que nos dará mais força para continuar esse trabalho de divulgação de nossa especialidade no ciberespaço virtual.

O domínio tem a seguinte estrutura:

CiFEFiL divulgação de eventos na abertura Eventos Nossos
    Nacionais
    Internacionais
  Publicações O Filólogo de Plantão
    Revista Philologus
    Soletras
  Anais CNLF
    Outros
  Busca Busca Interna.
    Busca Externa
    Links - organizados por categoria
  Livraria Onde são disponibilizados os produtos do CiFEFiL e dos associados interessados
  Adesão Abre a ficha de adesão que é a mesma para inscrição de novos associados
  Evento Principal Atualmente é o VII CNLF, de agosto de 2003.
  Livro de Visitas Também disponível em Informes Técnicos
  Fotos Disponíveis para serem copiadas
  CiFEFiL Breve Histórico
    Estatuto
    Diretoria
    Associados
    Parcerias
  Informes Técnicos Atualizações
    Livro de Visitas
    Fale Conosco
    O Filólogo de Plantão

OS CADERNOS DO CNLF

Os Cadernos do CNLF surgiram a partir do III Congresso Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos, tendo sido indexados e regularizados a partir do IV CNLF, em 2000. Cada volume corresponde a um Congresso, sendo divididos em fascículos, que correspondem aos números, que foram cinco no III, treze no IV, onze no V, nove no VI e doze no VII, num total de cinqüenta números publicados até hoje, com mais de setecentos trabalhos completos e mais de mil textos resumidos.

Esses cadernos foram criados para nos garantir a possibilidade de continuar publicando todos os trabalhos que forem apresentados em nossos eventos e entregues de acordo com as instruções editoriais divulgadas, tanto em sua forma resumida, que vai no LIVRO DE RESUMOS, quanto em sua forma completa.

Para garantir a sua indexação internacional, criamos esses Cadernos, que são um periódico irregular, com o ISSN 1519-8782, valorizando os trabalhos de nossos congressistas, que têm a garantia de que seus trabalhos não deixarão de ser publicados por culpa de terceiros.

O ALMANAQUE CIFEFIL

Percebido que o custo de acesso e pesquisa direta na internet pode ter um custo alto para quem o faz com muita freqüência, mas ciente de que a quase totalidade dos pesquisadores dispõe de um computador com drive de leitura de CD-ROM, o CiFEFiL criou o Almanaque CiFEFiL, com atualizações anuais, para que todos os trabalhos publicados pela instituição possam ser utilizados diretamente pelos pesquisadores, transcrevendo os textos selecionados diretamente do disco compacto, sem necessidade de digitá-los novamente.

Essa publicação, indexada com o ISSN 1676-3262, contém toda a produção científica do CiFEFiL, incluindo tudo que tiver sido publicado em livro impresso ou virtualmente até o final do ano civil anterior a cada edição.

Assim, o Almanaque CiFEFiL 2003, por exemplo, que deverá estar disponível até agosto de 2004, incluirá toda a produção publicada até dezembro de 2003.

OS EVENTOS DO CiFEFiL

O CiFEFiL organiza e promove, anualmente, diversos eventos para divulgar as pesquisas e os estudos filológicos e lingüísticos: o Congresso Nacional de Lingüística e Filologia, o Encontro Nacional com a Filologia, a Semana Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos e a Jornada Nacional de Filologia.

Esses eventos têm estruturas e objetivos específicos, com uma clientela diferenciada, conforme previsão organizacional.

O Congresso Nacional de Lingüística e Filologia

O Congresso Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos surgiu em 1997, e foi realizado em novembro na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (São Gonçalo), do qual participaram importantes filólogos como Sílvio Elia, Bruno Fregni Bassetto, José Passini e Emmanoel dos Santgos, resultando numa publicação de trinta e cinco trabalhos, porque, naquela época, nem todos os congressistas tinham motivação para disponibilizar seus textos para publicação, não só por não haver cobrança da sociedade e das universidades, mas também por se desacreditar da viabilidade de tal publicação, raramente efetivada pelos organizadores dos eventos.

Em 1998, na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o II CNLF foi realizado num período de greve da instituição e, com enormes dificuldade de circulação dos congressistas, por ter ocorrido num período de intensas chuvas no Rio de Janeiro.

Entre os filólogos que nos prestigiaram naquele evento, disponibilizando seus textos para publicação, devemos lembrar Bruno Fregni Bassetto, José Lemos Monteiro, Célia Marques Telles, Walmírio Macedo e Vanda de Oliveira Bittencourt, que resultaram num grosso volume de 493 páginas em que foram publicados os cinqüenta e quatro trabalhos entregues por seus autores.

A partir de 1999, com o III CNLF, o evento passou a ser realizado regularmente no Instituto de Letras da UERJ, sempre no mês de agosto, inicialmente por ser o mês em que os organizadores de eventos não acreditavam no sucesso de organização, por não estarem ainda aceleradas as atividades acadêmicas nas universidades, e, por isto, haver folga garantida na sua agenda.

Estabelecendo uma estrutura própria para o evento, com a indispensável e importante colaboração das sucessivas direções do Instituto de Letras, do Laboratório de Idiomas (LIDIL) e do Centro Filológico Clóvis Monteiro, o CNLF passou a ser um evento visto como parte da agenda cultural do Instituto de Letras e ganhou um respaldo nacional, com a adesão de centenas de docentes das mais diversas universidades de todo o Brasil.

Como o número de participantes e o número dos que disponibilizam os textos integrais para publicação, o CiFEFiL precisou de criar uma publicação própria para isto, os Cadernos do CNLF, regularizados no ano 2000 e com uma média de dez fascículos por volume até agora, resultando já em cinqüenta números.

A Semana Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos

A Semana Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos (SENEFIL) foi criada pelo Professor Emmanuel Macedo Tavares em 1996 e já teve seis edições.

Seu objetivo é contribuir com os graduandos de Letras com aprofundamento de alguns temas lingüísticos e filológicos importantes e com os docentes do ensino fundamental e básico, com uma reciclagem bem orientada desses estudos.

A sua estrutura de apresentação é em aulas-conferência (duas por dia) em auditório único e todos os docentes envolvidos nessas atividades são convidados pela coordenação do evento, assim como ocorre na Jornada Nacional de Filologia e com o Encontro Nacional com a Filologia.

A I SENEFIL ocorreu na Universidade Veiga de Almeida, em 1995, sob a coordenação de seu idealizador, tendo sido realizadas as seguintes na Biblioteca Nacional (II), Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (III), Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IV e V) e Sociedade Universitária Augusto Motta (VI), estando planejada a VII para o Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que deverá ocorrer do dia 12 ao dia 16.

A Jornada Nacional de Filologia

A Jornada Nacional de Filologia é um encontro de especialistas, reunido sob a coordenação local de um filólogo da instituição que a sediar e a coordenação geral da Direção do CiFEFiL.

Seu objetivo é traçar uma política da Filologia, com análise do seu estado anterior e atual no Brasil e no Mundo, apresentação de novos projetos de avanço e estabelecimento de metas.

Foi criada em 1999, quando a sua primeira edição ocorreu no dia 03 de dezembro no Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A II Jornada ocorreu na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, no dia 16 de abril de 1999 e a III ocorreu no Centro Universitário Augusto Motta, no dia 27 de outubro de 2001.

O Encontro Nacional com a Filologia

Criado em 2001, o Encontro Nacional com a Filologia está vinculado à Academia Brasileira de Letras e é um evento organizado pela Diretoria Cultural do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos.

Seu objetivo é divulgar a Filologia como uma ciência aplicada atual e útil, não somente às atividades ligadas aos estudos e pesquisas das áreas de Letras, mas a todas as atividades em que o texto autêntico e mais próximo possível da vontade do autor seja necessário para a constituição de corpus, como a crítica e análise literária, a pesquisa histórica, o ensino etc.

O III Encontro Nacional com a Filologia está marcado para maio de 2004, com detalhes de agenda ainda em andamento. A Diretoria Cultural do CiFEFiL (nas mãos das professoras Maria Lúcia Mexias Simon e Ilma Nogueira Motta) já tem uma lista de docentes convidados para atuarem como conferencistas.

Os trabalhos resultantes do ENAFIL são publicados na Revista Philologus, que circula sob a responsabilidade da Diretoria de Publicações do CiFEFiL, atualmente com os professores Amós Coêlho da Silva e Claudio Cezar Henriques, assim como os da SENEFIL e os do JONAFIL.

CiFEFiL E outras instituições

As atividades do Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos, apesar de serem de sua absoluta responsabilidade, por ter surgido com a disposição de não se subordinar a qualquer instituição de ensino e ou pesquisa, estão interligadas a diversas instituições que têm alguns de seus objetivos em comum ou afinidades relacionadas com a composição de seus integrantes.

Entre essas instituições, é indispensável destacar as seguintes: Faculdade de Formação de Professores, Instituto de Letras, Laboratório de Idiomas do Instituto de Letras, Centro Filológico Clóvis Monteiro, Academia Brasileira de Filologia, Riotur, Folha Dirigida e Ministério do Trabalho e Emprego.

Faculdade de Formação de Professores

A maioria dos docentes de Letras da Faculdade de Formação de Professores sempre esteve ligada ao CiFEFiL, sendo que doze de seus docentes (Afrânio da Silva Garcia, Alfredo Maceira Rodríguez, Aileda de Mattos Oliveira, Cristina Alves de Brito, Darcilia Marindir Pinto Simões, Flavio García de Almeida, José Pereira da Silva, Maria Antônia da Costa Lobo, Nataniel dos Santos Gomes, Ruy Magalhães de Araujo, Salatiel Ferreira Rodrigues e Vito César de Oliveira Manzolillo) já participaram da sua diretoria.

É também ali que foi criado o Congresso Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos, foi através do projeto DIALOGARTS que foi publicado o primeiro número de seus anais e diversos números da Revista Philologus, tendo sido sediada ali também uma Semana Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos.

Instituto de Letras

O Instituto de Letras entrou na história do CiFEFiL a partir do III Congresso Nacional de Lingüística e Filologia, em 1999, para o qual passou a ser sede permanente, com apoio de todas as diretorias que por ali têm passado e de todos os seus departamentos, assim como do seu Laboratório de Idiomas e do Centro Filológico Clóvis Monteiro.

Também foi ali que nasceu a Jornada Nacional de Filologia, acima referida, em dezembro daquele mesmo ano.

Já houve períodos, inclusive, em que as reuniões do CiFEFiL ocorriam nas instalações do Instituto de Letras da UERJ.

Três de seus docentes já participaram da Direção do CiFEFiL: Amós Coêlho da Silva, Claudio Cezar Henriques e Darcilia Marindir Pinto Simões.

Laboratório de Idiomas do Instituto de Letras

O LIDIL tem sido a sede administrativa dos eventos do CiFEFiL realizados na UERJ desde que esta interação começou a se concretizar (em 1999), onde se tem contado com a colaboração de todos os seus funcionários, mas com destaque permanente para o Jorge Mendonça, que o tem conduzido com mão de mestre.

Centro Filológico Clóvis Monteiro

Os estagiários do CFCM, inicialmente sob a coordenação do Professor Claudio Cezar Henriques e hoje sob a da Professora Magda Bahia Schlee, têm sido peça fundamental para a integração do corpo discente do Instituto de Letras com a coordenação dos eventos que o CiFEFiL vem realizando ali.

É ali, inclusive, que os alunos da UERJ e alguns de seus professores fazem as suas inscrições, e é ali que ficam os certificados dos participantes que, por qualquer motivo, não podem recebê-los durante a realização do evento.

Academia Brasileira de Filologia

Por causa das afinidades naturais de diversos objetivos das duas instituições, mais de vinte de seus membros pertencem a ambas.

Foi também por causa da ocorrência de objetivos comuns que o CiFEFiL manteve durante mais de dois anos uma página da Academia em seu domínio, até que, cientes da necessidade de autonomia virtual, esta resolveu criar o domínio FILOLOGIA.COM.BR, que deverá entrar em funcionamento experimental no período das festas de fim de ano.

Durante os três últimos anos, a Academia Brasileira de Filologia figura como COMISSÃO CIENTÍFICA no Congresso Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos.

Riotur

Além de divulgar os eventos do CiFEFiL no GuiaRio, tanto na forma impressa como na virtual, a Riotur oferece um exemplar impresso para cada um dos congressistas inscritos no Congresso Nacional de Estudos Filológicos e Lingüísticos, na época do evento.

Folha Dirigida

O jornal Folha Dirigida, através do Senhor Afonso Faria, do Departamento de Promoção, tem feito bastante divulgação de nossos eventos, assim como da Academia Brasileira de Filologia.

Com isto, a Filologia está conseguindo ampliar seu espaço na mídia e reconquistando, pouco a pouco, o prestígio que já teve noutros tempos.

É principalmente como filólogos que os professores Antônio Martins de Araújo, Leodegário Amarante de Azevedo Filho, Evanildo Cavalcante Bechara, eu e diversos outros temos conseguido participações naquele jornal e outros como o Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, O Globo etc., assim como em rádios e na televisão.

É como filólogo, por exemplo, que Evanildo Cavalcante Bechara se elegeu para a Academia Brasileira de Filologia, que Antônio Martins de elegeu para a Academia Maranhense de Letras e eu me elegi para a Diretoria da Federação das Academias de Letras do Brasil, para a gestão que começa em 2004.

Ministério do Trabalho e Emprego

Como todo profissional, um dos sonhos dos filólogos e professores de Filologia era ter a sua profissão reconhecida e catalogada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com as indicações necessárias para a identificação oficial das suas ocupações e das habilidades e características necessárias ao bom desempenho de suas atividades.

Graças ao CiFEFiL, que se tornou conhecido pela divulgação que dele foi feita via internet, meu nome foi escolhido para indicar a lista dos filólogos em atividade para constituirmos a comissão que discutiria o grupo de ocupações de tradutores, intérpretes e filólogos, à qual os filólogos conseguiram fazer ser incluída a ocupação de lingüista.

Com exceção de Evanildo Bechara, recém eleito para a Academia Brasileira de Letras e Vice-Presidente da Academia Brasileira de Filologia, indicado como pessoa indispensável na equipe, todos os demais são membros do CiFEFiL: Bruno Fregni Bassetto, João Bortolanza, José Pereira da Silva e Luís Antônio Lindo.

João Bortolanza e Luís Antônio Lindo só participaram da primeira etapa do processo de aprovação da ocupação de filólogo, assim como Evanildo Cavalcante Bechara só participou da segunda.

Bruno Fregni Bassetto participou das duas etapas da aprovação da ocupação de “filólogo” e José Pereira da Silva participou da primeira etapa para esta ocupação e foi o único filólogo do grupo de ocupação de “professor de ensino superior de Letras”.

Hoje, graças a esse grupo, a ocupação de filólogo se encontra na Classificação Brasileira de Ocupações e constitui uma ocupação catalogada na Receita Federal para que as suas atividades possam ser declaradas como tais.

CONCLUSÃO

A Filologia passou por uma situação difícil a partir do início da década de oitenta, tendo atingido o fundo do poço na década de noventa, quando um grupo de filólogos fundou o CiFEFiL, a Revista Philologus e começou a organizar eventos de estudos filológicos e lingüísticos, utilizando a Lingüística como gancho para poder se alçar novamente ao que era e continua sendo a sua pretensão.

Hoje, é tão evidente a importância da Filologia em comparação com o estágio anterior, que foi necessário o enrijecimento das regras para admissão de membros tanto no quadro de sócios correspondentes quanto no quadro efetivo da Academia Brasileira de Filologia e, mesmo assim, já estão ocorrendo pleitos com até sete pretendentes, como foi aquele em que foi eleito o Acadêmico Helênio Fonseca de Oliveira para o quadro efetivo.

A Filologia está crescendo e nós estamos muito felizes com isto.