BERTIOGA/PARATYOGA
VARIAÇÃO SEMÂNTICA RESIDUAL
E MARCADORES TOPICALIZADOS
ESTUDO DO MEIO E SUA CONTEXTUALIZAÇÃO
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Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (USP)

Os contatos interétnicos no início da colonização, de um modo geral, determinaram a flutuação dos falares que começavam a se delinear como código expressivo da assim chamada Santa Cruz, terra. Fruto da língua, o sistema onomástico incipiente, em paralelo, registrava as mesmas variações resultantes dos adstratos lingüísticos, decorrentes de intercâmbios e trocas etnoculturais. Autóctones e alógenos propiciaram, assim, a formação de outro modelo intercomunicativo, distinto do habitualmente praticado, por vezes em pontos específicos do território. No plano denominativo, situações de ocorrência lexical de um ou de outro grupo, com maior ou menor ênfase para os padrões a que se pode chamar de A (línguas nativas) ou B (português europeu), determinaram, no sistema, a localização de variáveis toponomásticas. Os registros gráficos ou ortográficos diferenciados (variantes regionais) na nomenclatura geográfica têm causas diversas, do ponto de vista de sua história lingüística (fonologia lexical) como dos motivos ou paradigmas definitórios da denominação escolhida. Entre estes, situam-se os que denominamos de fatores objetivos da nomeação, como o ambiente situacional (barra da bertioga, séc. XVI) e que serão apresentados nesta proposta de trabalho.

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