COMO SE ESCREVE FÁBRICA?
ALGUMAS REFLEXÕES E EXPERIÊNCIAS
DE TRABALHADORES POUCO ESCOLARIZADOS
COM A LÍNGUA MATERNA

Cócis Alexandre dos Santos Balbino (UFF)

Cada vez mais o mercado de trabalho vem exigindo dos trabalhadores maior qualificação, o que resulta na exigência de maior número de habilidades desenvolvidas, tanto técnicas quanto intelectuais. Estas novas modalidades colocam para os trabalhadores a necessidades de maiores patamares de escolaridade. Aqueles que entraram no mercado de trabalho apenas com o ensino básico, vem percebendo que a permanência de seus postos está em função direta de sua voltar aos bancos escolares. Se antes um trabalhador fabril precisava apenas ser bem treinado em uma função técnica, agora precisa mais que treino. Novas habilidades relacionadas a capacidade de ler e escrever múltiplas estruturas textuais serão importantes na nova reconfiguração que o trabalho vem tendo a partir das novas tecnologias. Minha apresentação visa trazer algumas experiências com a língua materna vividas por trabalhadores pouco escolarizados de uma fábrica da zona norte do Rio de Janeiro, e os impasses que estes vivem no cotidiano de seus trabalho ao terem que lidar com atividades que exigem leitura, escrita e compreensão da língua.

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