Gabriela, cravo e canela: a recepção crítica

Benedito José de AraújoVeiga (UNEB)

Da leitura e interpretação de documentos de fontes primárias, sobretudo de periódicos da década de 1950, acompanho os prenúncios de mudanças de comportamentos e valores - internacionais, como a Desestalinização, na União Soviética, e a Guerra da Coréia; e nacionais, como a posse de JK e o início da construção de Brasília -, quando Gabriela, Cravo e Canela é lançada, em 1958. No campo das comunicações e no das artes, acontecem no País: a inauguração da PRF TV Tupi (1950), da primeira Bienal Nacional de Artes Plásticas de São Paulo (1951) e do “cinema novo” (1955). Neste mesmo ano, o escritor-ativista Jorge Amado entrega o cargo burocrático que exercia no PCB, passando a dedicar-se, prioritariamente, à literatura. Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e lançado em 1956. A nova ficção amadiana, num reflexo de todo esse burburinho e com alterações em sua composição ficcional, divide as opiniões: trata-se de uma obra de mera continuidade na temática do cacau ou de um marco de outra postura do autor ante o “ofício de escritor”?

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