GLADSTONE CHAVES DE MELO
FILÓLOGO OU LINGÜISTA?

Márcia Sipavícius Seide Seide (UNIOESTE)

Expor os resu1tados de uma análise que objetivou mostrar qual era o ponto de vista predominantemente defendido por MELO na edição de 1981 de sua obra Iniciação à Filologia e à Lingüística Portuguesa é o objetivo desta comunicação. Julgamos interessante reconsiderar a questão sobre o ponto de vista adotado pelo autor por duas razões: a disputa acadêmica que, até meados da década de 70 do século passado, a Lingüística, devido à necessidade de se afirmar como disciplina autônoma, travava com a Filologia e a discrepância verificada entre a avaliação que dele seus contemporâneos faziam e aquela que dele se faz atualmente. Em A pesquisa Lingüística do Brasil (1968-1988), uma obra de Cristina Altman publicada em 1998, a lingüista informa que MELO foi considerado por Coseriu como um dos que constituíram a segunda geração de lingüistas ao lado de Mattoso Câmara Jr., Celso Cunha, Ismael de Lima Coutinho, entre outros. A autora adverte, contudo, que os contemporâneos de MELO o viam como filólogo e afirma que este julgamento baseava-se no fato de "A rigor, nos anos sessenta, no Brasil, sob a designação de lingüistas, se colocavam apenas os chamados estruturalistas." (1998: 121).

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