O ASPECTO SEMÂNTICO NA FORMAÇÃO DE PALAVRAS: DIVERGÊNCIAS ENTRE O ENSINO E A REALIDADE NO PORTUGUÊS

Maria Regina Pante (UEM)

Já há algum tempo a lexicologia deixou de abordar os processos de formação de palavras apenas considerando seus aspectos formais. Hoje, os diversos processos responsáveis pela ampliação do léxico vêm recebendo um tratamento diferenciado, com base em aspectos não só formais, mas também, fonológicos, sintáticos, semânticos e pragmáticos, o que tem gerado diversas pesquisas com resultados bastante interessantes. No entanto, apesar de todos os avanços, as gramáticas tradicionais ainda insistem em seguir o que prescreve a NGB, influenciando, por conseguinte, os nossos livros didáticos, que, via de regra, apenas trazem, quando trazem, listas de prefixos, sufixos e elementos de composição, e seus respectivos significados, como se não houvesse outra possibilidade semântica. Tal restrição prejudica o ensino que, embora tenha sofrido mudanças e se voltado para a gramática contextualizada, ainda insiste no ensino de formações sem considerar tais aspectos, provando o aluno da possibilidade de compreender melhor os fatos da língua. Como proposta, apresentamos a análise semântica do morfema não em formações dicionarizadas ou não, evidenciando sua crescente produtividade e sua polissemia, dependendo do contexto morfossintático em que está inserido.

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