O dobrar dos signos nas Galáxias
de Haroldo de Campos

Ana Lúcia M. de Oliveira (UERJ)

Este trabalho se insere em uma investigação mais ampla, que tem por objetivo realizar um estudo comparativo do conceito de barroco, partindo da codificação retórico-poética do século XVII para chegar ao exame da reciclagem contemporânea de tal conceito, empregado como instrumento heurístico na abordagem de obras de diferentes épocas. Central para essa proposta é a revisão crítica da reapropriação da categoria de barroco nas últimas décadas do século XX, priorizando-se a teorização formulada por Gilles Deleuze acerca da obra como traço operatório distinto do barroco. Em tal perspectiva, situa-se nossa proposta de leitura da obra Galáxias, de Haroldo de campos - esse alquimista do léxico, que produz uma obra labiríntica, desenvolvida a partir de séries permutantes e de estruturas circulares. Em síntese, o objetivo central desta comunicação será a análise de um traço relevante da dobra citada, que possibilita a conexão com o modus operandi aro ao texto barroco: ato de dobrar e desdobrar os signos.

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