SIGNIFICAÇÕES
A ANTONÍMIA NAS PRÁTICAS ONOMÁSTICAS
ESTUDO DE CASO

Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (USP)

A intercorrência dos fatos da língua, no sistema onomástico, acarreta necessidades cognitivas e reflexivas por parte do grupo de falantes. Transcodificados esses fenômenos de um contexto a outro, a natureza mais ou menos aplicada de cada um deles apontará para os usos, hábitos e conveniências oriundas da relação de “denominar”, gramatical e onomasticamente, e do “modo de significar”. Entre esses dois eixos, nem sempre flexíveis o suficiente para permitir a caracterização de fenômenos gerais, estrutura-se a camada das ciências dos nomes, também ciências do léxico. A construção de saberes diferenciados, a partir do signo lingüístico, pressupõe modelos de comunicação verbal em que vivências e experiências particulares são reelaboradas para permitir a melhor caracterização dos referenciais tópicos e personalíssimos. Pode ocorrer, aí, no processo denominativo, uma superposição de planos tipológicos ou recursos de linguagem que enfatizam, num mesmo corpus, relações de semelhança, identidade, incompatibilidade, diferenças, oposições. Neste trabalho, serão revistos exemplos de antonímia em conjuntos onomásticos, partindo-se do eixo da significação e da possível distribuição de elementos dicotômicos no plano situacional.

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