O fecho do Evangelho segundo Marcos
(
capítulo 16, versículos de 9 a 20)
no
códice grego
da
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Paulo José Benício

“Si qua tamen tibi lecturo pars oblita derit, haec erit e lacrimis facta litura meis: aut si qua incerto fallet te littera tractu, signa meae dextrae iam morientis erunt”.

“Se, quando leres esta carta, alguma parte tiver desaparecido, terão sido minhas lágrimas que apagaram; se não conseguires ler alguma letra de traçado incerto, serão sinais de minha mão que já desfalece”.

(Propércio, Carta de Aretusa a Licota,
Elegias IV, 3)

 

Bastante conhecido nos círculos protestantes e católicos, o fecho tradicional do Evangelho de Marcos (16,9-20), também cognominado a conclusão longa, no que respeita à sua autenticidade, tem sido bastante questionado desde os meados do século XIX, quando Tischendorf descobriu o Códice Sinaítico (a) e, em 1882, ano em que Westcott-Hort o puseram à margem por ocasião da publicação do seu Novo Testamento grego. (Cf. WESTCOTT-HORT, 1882: 29-51)

Este término aparece em quase todas as fontes textuais pertencentes ao tipo de texto bizantino ou majoritário; na verdade, em cerca de 99% delas. Alguns manuscritos gregos o trazem com certos sinais (óbelos e asteriscos) ou comentários críticos, com o intuito de chamar a atenção para a sua espuriedade. O Códice Washingtoniano (W)2 é o único a mostrar o seguinte relato (Freer-Lóguion) após o versículo 14:

E eles se desculparam dizendo: Esta era de impiedade e incredulidade está sob o domínio de Satanás, que não permite que a verdade e o poder de Deus prevaleçam sobre as imundícias dos espíritos [ou não permite que o que jaz sob os espíritos imundos entenda a verdade e o poder de Deus]. Por isso, revela agora a tua justiça - assim disseram a Cristo. E o Cristo lhes replicou: O limite de tempo do poder de Satanás está cumprido, mas outras coisas terríveis se aproximam. Pelos que pecaram eu fui entregue à morte, para que retornem à verdade e não pequem mais, a fim de que possam herdar a glória espiritual e incorruptível da justiça que está no Céu.3

Diversos documentos, incluindo-se L, Y4, 0995, 01126, 274 (à margem)7, 579 e o lecionário 16028, acrescentam após o versículo 8 a denominada conclusão breve:

Mas relataram resumidamente a Pedro e aos que com ele estavam tudo quanto lhes tinha sido dito. E, depois disso, o próprio Jesus enviou por meio deles, do Oriente ao Ocidente, a sagrada e imperecível proclamação da salvação eterna. (Cf. METZGER, 1992: 226.)

Dentre os manuscritos que apóiam a conclusão longa de Marcos, o Códice Washingtoniano (W) traz um relato após o versículo 14 (como já foi dito), que não tem qualquer possibilidade de ser autêntico. Provavelmente inspirado em Atos 26,1810, esse trecho, escassamente documentado, contém vários termos estranhos não somente a Marcos (a título de exemplo, citam-se o` aivw.n ou-toj, a``marta,vnw, avpologe,w, avlhqino,j e u`postre,fw), como também a todo o Novo Testamento (incluindo-se deino,j, o[roj e prosle,gw). Obra de algum escriba do século II ou III, interessado em suavizar a severa censura aos discípulos (v. 14), essa glosa se reveste de um inequívoco sabor apócrifo11.

A conclusão breve também não tem sido reputada como autêntica pela Baixa Crítica. Além de sua evidência documental ser por demais limitada, sua evidência interna é também problemática: contém uma porcentagem elevada de termos não empregados pelo evangelista (por exemplo, sunto,mwj, exagge,llw, avnatolh,, a;cri, du,sij, kh,rugma e swthri,a), e o seu tom retórico difere totalmente do estilo simples deste Evangelho.

A conclusão longa (vv. 9-20) apresenta como testemunhos os manuscritos A, C, D, Q, f1, 33, 2427 e 2437. Este documento, datado do século XII, é um códice pergamináceo copiado em minúsculas gregas, que contém os Evangelhos, com exceção de Mateus 1,1-17. Acha-se guardado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e foi doado ao Brasil, em 1912, pelo erudito de ascendência grega, João Pandiá Calógeras. Na porção em estudo, além das notas marginais (cf. fólio mgV, reto, linhas 17-24), chama a atenção a presença de um espaço em branco, com comprimento de 3,5 cm, entre a conjunção gavr (final de 16,8) e o verbo avnasta.s (início de 16,9), na linha 20 (cf. fólio mgV, reto). Já que um espaço de tal tamanho (entre trechos) não aparece em nenhum outro lugar do códice 2437, poder-se-ia argumentar haver aqui certo indício da inserção posterior de 16,9-20 à conclusão abrupta (16,8) do Segundo Evangelho.

Os unciais, considerados os melhores e mais antigos documentos na reconstituição do Novo Testamento grego12 por quase toda erudição crítico-textual moderna, como também o manuscrito 304 a omitem.13 Desde o final do século XIX, a maior parte dos exegetas neotestamentários tem julgado essa perícope (pequeno trecho bíblico, delimitado por sua forma e conteúdo, que representa uma unidade de sentido autônoma em relação à anterior e à posterior) inautêntica, embora isso não implique necessariamente uma opção pelo término em 16,8, pelas razões apresentadas a seguir.

De início, observa-se que a conexão entre o versículo 8 e os de 9 a 20 não é das melhores: o sujeito do versículo 8 são as mulheres, ao passo que o do nove é, presumivelmente, Jesus; ainda no 9, a identificação de Maria Madalena como aquela daqual se expeliram sete demônios é totalmente desnecessária, além de tardia, visto que ela acabara de ser mencionada poucas linhas antes (cf. 15,47 e 16,1); as demais mulheres (cf. vv. de 1 a 8) são subitamente esquecidas a partir do versículo 9; o uso de avnasta.j de, e a posição de prw/ton se encaixariam, sem maiores problemas, no início da narrativa, mas não parecem cabem na continuação dos versículos de 1 a 8. Além disso, há, neste trecho, nítidas diferenças de estilo, vocabulário e gramática em relação às outras partes do livro (como também no que diz respeito ao restante do Novo Testamento). Termos e expressões, tais quais avpiste,uw, bla,ptw, bebaio,w, evpakolouqe,w, qea,omai, meta. tau/ta, poreu,omai, sunerge,w e u[steron são alheios à dicção de Marcos; também o são prw,th sabba,tou, como designação do primeiro dia da semana (v. 9), e toi/j met vauvtou/ genome,vnoij, como indicação dos discípulos (v.10); a construção evqea,qh u`p vauvth/j (v.11) e o substantivo qana,simo,n (v.18), no que concerne a todo o Novo Testamento, aparecem somente aqui. (Cf. METZGER, 1971: 122-126)

Não creio, todavia, na suficiência da argumentação acima para fechar a questão. A razão é simples: nos versículos de 15,44 –16,8, também existem termos que não ocorrem em qualquer outra porção deste Evangelho (cf. 15,44: qnh,skw, pa,lai; 15,45: dwre,omai; 15,46: evvneile,w, latome,w, pe,tra, prokuli,w; 16,1: diagi,nomai, a;rwma; 16,31s.: avnakuli,w; 16,4: sfo,dra; 16,8: tro,moj); nas porções 1,21-29; 1,31s.; 2,12s.; 7,31s.; 8,13s.; 8,22; 10,10-13; 11,8s. e 14,31s., da mesma forma, ocorre mudança de sujeito sem a nomeação clara de um novo. E, nem por isso, em momento algum, a autenticidade dessas perícopes tem sido colocada em dúvida. (Cf. LIEBE, 1991: 47-50.)

John W. Burgon, filólogo criterioso e incansável estudioso do Novo Testamento grego, após minuciosa análise, concedeu veredito positivo à autenticidade da conclusão longa. Todavia, em geral, afirma-se que seu erro consistiu em atrelar a crítica textual à teologia, isto é: o Deus soberano, que nos presenteou com a perícope de Marcos 16,9-20, necessariamente, preservou-a através dos séculos. (Cf. FARMER, 1974: 83-109)

Já William R. Farmer (Cf. FARMER, 1974: 83-109) e o jesuíta Joseph Hug18, após examinarem detalhadamente o vocabulário e a gramática desses versículos, confessaram-se inseguros em relação à sua não espuriedade. Na verdade, deve-se entender que o texto é curto demais para permitir se chegar a uma conclusão que se caracterize como irrefutável. Como, então, compreender o final súbito e (aparentemente) incompleto de Marcos? Existem algumas possibilidades.

A primeira seria admitir que o evangelista tencionou encerrar sua obra, em 16,8, com a expressão evfobou/nto ga,r. Assim pensam G. Kümmel e E. Lohse, afirmando que 16,1-8 anuncia o estupor da ressurreição e o conhecimento da palavra de Cristo.19 Julgo que essa interpretação é insuficiente pelos seguintes motivos: apesar da liberdade de Marcos, como teólogo e historiador, que visa a inculcar a reverência messiânica aos seus leitores (cf. 1,1-13), na literatura grega, são muito escassos os exemplos de frases e trechos finalizados por ga,r. (Cf. METZGER, 1992: 228) Mesmo no Evangelho em questão, o qual faz uso dessa partícula sessenta e seis vezes, apenas em seis casos (1,38; 3,35; 6,52; 10,45; 11,18c; 12,45; cf. 4,25) (Cf. BACHMANN & SLABY, 1987: 8), ela não desponta no final de frases. Além disso, em Marcos, ocorrem perícopes cujos finais aludem a temor, fo,bos e a temer, fobevomai (4,41; 9,32; 11,18; 12,12); entretanto, quando isso acontece, o trecho é ampliado, e a causa do temor é explicada (5,33.36; 6,20.50; 9,6; 10,32; 11,32) (Cf. BACHMANN & SLABY, 1987: 1874). De qualquer forma, a expectativa de uma conclusão é corroborada também pelo fato de, no fólio 1303 (reto) do Códice B, haver uma coluna e meia em branco – nesse documento, esperar-se-ia, logo após a conclusão do Segundo Evangelho, o começo do livro de Lucas23. É bem provável, pois, que o copista possuísse consciência da existência de alguma continuação.

A segunda possibilidade seria considerar que a conclusão original foi perdida ou destruída (acidentalmente), antes da multiplicação do Evangelho por meio de cópias, já que os primeiros e os últimos fólios de um manuscrito, normalmente, estavam assaz expostos ao desgaste, ainda mais se o códice ou o rolo fossem de papiro. (Cf. BARRERA, 1996: 496)

A terceira alternativa seria admitir que Marcos, devido à perseguição ou morte em Roma, não pôde terminar o Evangelho.25 A quarta, que ele pretendia elaborar um volume complementar, a exemplo de Lucas, escritor do evangelho que leva o seu nome como ainda do livro de Atos. Tal idéia teria feito com que visse 16,8 não como o fim da narrativa (Cf. GUTHRIE, 1970: 78). Finalmente, a quinta hipótese é que Marcos, precisando de finalizar seu livro às pressas, por algum motivo desconhecido, alterou seu estilo ao redigir os últimos versículos. (Cf. MEISTER, 1971: 360-365)

Ainda que todas essas conjecturas sejam plausíveis, a impossibilidade de comprovação histórica continua deixando margem para que a incógnita não seja solucionada com segurança total28. Os editores de Nestle-Aland27 e de UBS4 decidiram assim incluir os versículos de 9 a 20 como parte do texto, embora dentro de colchetes duplos, indicando que fazem parte dos escritos de um outro autor, apesar da sua antigüidade na tradição manuscrita do Novo Testamento grego.29 Já os editores de The New Testament according to the Majority Text optaram por incluir o trecho de 9 a 20 como parte do texto, confirmando a sua posição de que esses versículos provêm de Marcos. (Cf. Hf, 1985: 175-176)

Para finalizar, da perspectiva do que hoje se chama de crítica genética, convém lembrar que o texto evidenciado por cada manuscrito não deixa de constituir uma lição única, testemunhando diversos estágios presentes nas mãos de sucessivas comunidades (como uma leitura autorizada dos Evangelhos), no exercício da sua função canônica - e isso não constitui uma exceção no que diz respeito às variantes concernentes ao início e à conclusão do Evangelho segundo Marcos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALAND, B. et al. (Eds.). The Greek New Testament. 4. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, 1993. (UBS4)

–––––– (Hg.). Novum Testamentum Graece. 27. Aufl. Stuttgart: Deutshe Bibelgesellschaft, 1993. (Nestle-Aland27)

ALFORD, H. Alford’s Greek Testament – an exegetical and critical commentary. 7. ed. v.1 (Matthew – John). Grand Rapids: Baker Book House, 1874.

BACHMANN, H., SLABY, W. A. Konkordanz zum Novum Testamentum Graece. 3. Aufl. Berlin: Walter de Gruyter, 1987.

BARRERA, J. T. A Bíblia judaica e a Bíblia cristã – introdução à história da Bíblia. Trad. Ramiro Mincato. Petrópolis: Vozes, 1996.

BURGON, J. W. The last twelve verses of the Gospel according to St. Mark, 1871; reprinted – Ann Arbor (Michigan): The Sovereign Grace Book Club, 1959.

FARMER, W. R. The last twelve verses of Mark. Cambridge: Cambridge University Press, 1974.

GREGORY, C. R. The canon and text of the New Testament. New York: Charles Scribner’s Sons, 1912.

GUTHRIE, D. New Testament Introduction. 3. ed. Downers Grove: Inter-Varsity Press, 1970.

HODGES, Z. C., FARSTAD, A. L. (Eds.). The Greek New Testament according to the majority Text. 2. ed. Nashville: Thomas Nelson, 1985. (Hf.)

HOSKIER, H. C. Codex B and its allies: a study and an indictment. London: Bernard Quaritch, 1914.

HUG, J. La finale de l’evangile de Marc (16. 9-20). Paris: J. Gabalda et Cie Éditeurs, 1978.

KÜMMEL, W. G. Introduction to the New Testament. 14. ed. Nashville: Abingdon Press, 1966.

LIEBE, R. Sind die Schlussverse des Markus - Evangeliums echt? Factum, 2 /1991, p. 47-50.

LOHSE, E. Entstehung des Neuen Testaments. 2. Aufl. Stuttgart: Kohlhammer, 1975.

MAUERHOFER, E. Einleitung in die Schriften des Neuen Testaments. B. I (Matthäus-Apostelgeschichte). Stuttgart: Hänssler, 1995.

MEISTER, A. Gibt es einem unechten Markusschluss (Markus 16.8-20)? Bibel und Gemeinde, p. 360-365, 4 / 1971.

METZGER, B. M. The text of the New Testament - its transmission, corruption, and restoration. 3. ed. New York/Oxford: Oxford University Press, 1992.

––––––. A textual commentary on the Greek New Testament. 2. ed. Stuttgart: United Bible Societies, 1971.

MILLIGAN, G. The New Testament documents – their origin and history. London: MacMillan, 1913.

RAWLINSON, A. E. J. St. Mark. London: Methuen, 1949.

RIENECKER, F. Das Evangelium des Markus. Wuppertal: Brockhause, 1955.

ROBERTSON, A. T. An introduction to the textual criticism of the New Testament. Nashville: Broadman, 1925.

SCHNEEMELCHER, W. Neutestamentliche Apokryphen in deutscher Übersetzung. 6.Aufl. B. I (Evangelien). Tübingen: Mohr, 1990.

STURZ, H. A. The byzantine text-type and New Testament textual criticism. Nashville: Thomas Nelson, 1984.

TAYLOR, V. The Gospel according to St. Mark. 2. ed. London: St. Martin’s, 1966.

WESTCOTT, B. F., HORT, F. J. A. Introduction to the New Testament in the original Greek. Peabody: Hendrickson, 1882. (WH)

ZAHN, Th. Introduction to the New Testament. v. 2. Minneapolis: Klock & Klock Christian Publishers, 1953.

 


 


 

2 Descoberto por Charles L. Freer, de Detroit, em 1906, datado do século IV ou V, possui um tipo de texto cesarense em Marcos 5,31 – Marcos 16,20.

3 Cf. METZGER, 1992: 57, SCHNEEMELCHER, 1990, v. 1, p. 204-205.

4 Y. Códex Athous Laurae é um documento que traz quase todo o Novo Testamento e pertence ao século VIII / IX. Cf. METZGER, 1992: 60.

5 099 é um códice do século VII. Cf. Na27, p. 696.

6 0112 é um códice do século VI / VII. Cf. Na27, p. 695.

7 274 é um minúsculo do século X. Cf. Na27, p. 705.

8 O lecionário 1602 é do século VIII. Cf. Na27, p. 712.

10 Atos, capítulo 26, versículo 18: avvnoi/xai ovfqalmou.j auvtw/vn, tou/ evpistre,yai avpo. sko,touj eivj fw/j kai. th/j evxousi,aj tou/ satana/ epi to.n qeo,n, tou/ labei/n auvtou.j a;fesin a``martiw/n kai. klh/ron evn toi/j h``giasme,noij pi,stei th/ eivj evme/ (Na27). - Para abrires seus olhos, convertendo-os das trevas para a luz e da autoridade de Satanás para Deus, a fim de que eles recebam remissão de pecados e herança nos que têm sido santificados pela fé em mim.

11 Cf. MAUERHOFER, 1995: 132-133, METZGER, 1971: 125, 1992: 227, RIENECKER, 1955: 287-288.

12 Refere-se aos Códices Sinaítico a e Vaticano (B), datados do século IV. H. C. Hoskier não faz parte daqueles que têm estes manuscritos em alta conta. Após exaustivo exame, confessou ter encontrado, somente nos evangelhos, mais de três mil importantes discrepâncias vocabulares e gramaticais entre eles. Cf. HOSKIER, 1914:, v. 1, p. II.

13 Esta fonte textual, contendo os Evangelhos, é datada do século XII e se encontra na Biblioteca Nacional de Paris. Cf. Na27, p. 705.

18 Cf. HUG, 1978: 31-32; cf. ainda ROBERTSON, 1925: 216.

19 Cf. KÜMMEL, 1966: 71-72, LOHSE, 1975:  84.

23 Cf. ALFORD, 1874: 434, MILLIGAN, 1913: 274-275.

25 Cf. RAWLINSON, 1949: 270, ZAHN, 1953, v.2, p. 479-480.

28 A flexibilidade hodierna no tratamento desse assunto contraria o radicalismo característico de R. C. Gregory e V. Taylor que defendiam como verdade absoluta e universal a inautenticidade de Marcos 16, 9-20. Cf. GREGORY, 1912: 513, TAYLOR, 1952: 610.

29 Cf. Na27, 1993: 147-149, UBS4, 1994: 190-192.