UMA NOVA PERSPECTIVA
PARA O ENSINO DA TRANSITIVIDADE

Alex Swander (UNIVERSO)

 

INTRODUÇÃO

Esperamos com este trabalho, apresentar uma contribuição teórica baseada no Funcionalismo Lingüístico norte-americano para o ensino/aprendizagem da Transitividade. Entendemos que a visão funcionalista da transitividade, por se pautar no usuário e no uso da língua, pode ser melhor compreendida pelo alunado, uma vez que a perspectiva tradicional, tipicamente formalista, e por isso voltada para o sistema, parece-lhes estranha, distante e, portanto, difícil de ser apreendida. Tendo constatado, a partir de pesquisas feitas em livros didáticos e grades curriculares, que a transitividade é conteúdo próprio da 7ª série do ensino fundamental (alguns autores introduzem a noção de transitividade na 6ª série mas, ainda assim, deixam o aprofundamento da questão para a 7ª série)[1], desenvolvemos a nossa proposta com o objetivo de conjugar os parâmetros tradicionais e os pressupostos funcionalistas. E, apesar de dispormos apenas de uma aula para apresentação de nossa proposta e aplicação de exercícios a alunos de 7ª série de uma escola pública e de uma escola particular, com o intuito de aferir o grau de entendimento da proposta apresentada, foi-nos possível obter resultados bastante positivos em relação ao conteúdo. Tais resultados, acreditamos nós, respaldam a nossa proposta, sugerindo que a abordagem funcionalista, muito provavelmente por ser menos abstrata, é captada e apreendida mais facilmente pelos alunos do ensino fundamental.

 

A TRANSITIVIDADE SEGUNDO O FUNCIONALISMO

O nosso trabalho se fundamenta teoricamente no Funcionalismo lingüístico norte-americano e, assim sendo, discorreremos sobre os principais pressupostos da teoria funcionalista, buscando melhor situar a propriedade da Transitividade dentro do modelo teórico adotado. De acordo com o funcionalismo lingüístico, a língua não pode ser descrita como um fenômeno autônomo, uma vez que não se pode compreender a gramática sem que se considere a atuação de parâmetros relacionados à cognição e a necessidades discursivas.

 

Transitividade

Hopper e Thompson (1980) associam a transitividade a uma função discursivo-comunicativa. O maior ou o menor potencial de transitividade se verifica, segundo eles, na maneira como o discurso é estruturado. Ainda de acordo com os autores, universalmente, as sentenças mais transitivas são aquelas em que um agente animado, intencionalmente causa uma mudança física e perceptível de estado ou locação em um objeto individuado.Segundo Hopper & Thompson (1980), a Transitividade é uma propriedade discursiva, presentificada no continuum de sentidos sustentados por dez traços sintático-semânticos. Ei-los:

TRAÇOS

ALTA
TRANSITIVIDADE

BAIXA
TRANSITIVIDADE

1- n° de participantes

ação

não-ação

2- cinese

dois ou mais

um

3-aspecto

télico

não télico

4-punctualidade

punctual

não punctual

5-polaridade

afirmativa

negativa

6-modo

realis

irrealis

7-agentividade

agentivo

não-agentivo

8-volição

volitivo

não volitivo

9-individuação do objeto

individuado

não individuado

10-afetamento do objeto

afetado

não-afetado

1- Número de participantes: diz respeito à possibilidade de transferência de ação; havendo pelo menos 2 participantes, a transferência é possível, o que não ocorre quandoapenas um participante. Exemplos: Eu comi a maçã X Eu comi muito.

2- Cinese: diz respeito ao verbo expressar ou não uma ação.Exemplo: Eu empurrei o carro X Eu vi o carro.

3- Aspecto: Diz respeito à completude da ação transferida, podendo ser perfectiva (acabada) ou imperfectiva (não-acabada; em processo).Exemplo: Eu bebi todo o leite X Eu estou bebendo o leite.

4- Punctualidade: diz respeito à duração de uma ação. Quanto menor for a distância entre a ação e o efeito dela, maior será o grau de pontualidade (Exemplo: Eu quebrei o copo). Quanto maior for a distância entre a ação e o efeito dela, menor será o grau de pontualidade (Exemplo: Eu carreguei a mala).

5- Volição: diz respeito à intencionalidade.Exemplo: Eu a procurei em todos os lugares X Eu não percebi sua ausência.

6- Polaridade: diz respeito à oposição que há entre sentenças afirmativas e sentenças negativas.Exemplo: Eu como alface X Eu não como alface.

7- Modo: diz respeito aos planos real e irreal: um evento descrito no plano irreal é menos efetivo do que um evento que se desenrola no plano real.Exemplo: Eu comprarei o carro amanhã mesmo X Ah, se eu pudesse comprar aquele carro!

8- Agentividade: diz respeito ao potencial de agentividade de um participante (sujeito) na transferência de uma ação para outro participante (objeto). Assim, um participante com alto potencial de agentividade pode transferir uma ação de tal maneira que um participante com menor potencial de agentividade não pode.Exemplo: O guarda me ensinou o caminho X As estrelas me ensinaram o caminho.

9- Afetamento do objeto: diz respeito ao grau de afetamento do paciente e está relacionado à individuação do objeto.Exemplo: Eu bebi toda a água do copo X Eu bebi um pouco de água.

10- Individuação: uma ação pode ser transferida mais efetivamente para um paciente individuado do que para um não-individuado, estando, portanto, relacionado ao traço afetamento do objeto.Exemplo: Eu bebi a água do copo X Eu bebi água.

 

NOSSA PROPOSTA

A nossa proposta foi construída a partir de uma pesquisa em livros didáticos, respeitando os parâmetros da abordagem tradicional;os verbos considerados intransitivos foram assim também considerados por nós. Eis a nossa proposta:

 


 

NOME:_______________________________________________

ESCOLA:_____________________________________________

SÉRIE:_______________________________________________

DATA:_______________________________________________

 

Relembrando, uma oração pode ter 3 tipos de predicados:

1) Predicado verbal: tem como núcleo um verbo.Ex.: João/ comeu toda a comida. Predicado: comeu toda a comida /Núcleo: comeu

2) Predicado nominal: tem como núcleo um predicativo. Ex.: João é feliz. Predicado: é feliz / Núcleo: feliz

3)Predicado verbo-nominal: possui dois núcleos, um verbo e um predicativo.Ex.:A professora abaixou os olhos pensativa. Predicado: abaixou os olhos pensativa / Núcleos: abaixou (verbo) e pensativa (predicativo).

 

TRANSITIVIDADE

Para entendermos o que é transitividade, precisamos primeiro saber o que é predicação verbal.

* Como o próprio nome indica, podemos falar em predicação verbal, se o predicado tem como núcleo um verbo, como é o caso do predicado verbal e do predicado verbo-nominal.

* Chamamos de predicação verbal (ou regência verbal) o tipo de ligação existente entre sujeito e verbo, e entre verbo e complementos.

* A predicação de um verbo depende de como ele aparece na oração, uma vez que, em torno de um verbo, podemos encontrar nenhum, um ou mais participantes, isto é, sujeito e complementos, que tenham como núcleos substantivos ou pronomes.

Como podemos ver, temos orações com nenhum, um, dois ou três participantes ligados ao verbo. Sabendo disso, podemos então começar a falar sobre transitividade.

Transitividade vem de trânsito, transitar, passar. Numa oração, significa justamente a passagem da ação de um participante (sujeito) para outro ou outros participantes (complementos verbais). Costumamos dizer que a ação transita ou passa do sujeito para o(s) complemento(s). Ou ainda que o(s) complementos são pacientes ou alvos da ação verbal desencadeada pelo sujeito.

Mas, para que haja transitividade, como vimos, é necessário haver uma transferência de ação do sujeito para o(s) complemento(s) verbais. Assim sendo, a conclusão a que chegamos é que, em relação à primeira oração - em que não há participantes - e também em relação à segunda - em que somente um participante - não é possível falarmos em transitividade, pois não é possível haver passagem de ação de um participante para outro. Chamamos orações como essas de intransitivas.

Diferentemente, as duas últimas orações possuem mais de um participante: dois, no caso da terceira oração, e três, no caso da quarta e, por isso, são chamadas de transitivas. As orações transitivas, portanto, são aquelas que têm, em torno do verbo, dois ou três participantes, permitindo a passagem da ação verbal do sujeito para o(s) complemento(s).

 

OBJETO DIRETO ¨OBJETO INDIRETO
¨
OBJETO DIRETO E INDIRETO => BITRANSITIVIDADE

A transferência da ação da qual falamos pode se realizar de maneira direta, sem a necessidade de uma preposição, e de maneira indireta, por intermédio de uma preposição obrigatória. No primeiro caso, damos ao complemento o nome de objeto direto e ao verbo, o de transitivo direto. No segundo caso, damos ao complemento o nome de objeto indireto e ao verbo, o de transitivo indireto.

 

ORAÇÕES MAIS E MENOS TRANSITIVAS

Conforme dissemos, quando falamos em ação, temos logo a idéia de movimento. Da mesma forma, quando falamos em transferência de uma ação, pensamos imediatamente num sujeito agente, isto é, pensamos no sujeito como um ser humano que, agindo por vontade própria, provoca um afetamento ou uma mudança física qualquer no objeto(também chamado paciente da ação verbal). O mesmo acontece quando falamos em cores. Pensamos logo em vermelho, azul ou amarelo. Contudo, sabemos que existe roupa verde-musgo, bolsa azul turquesa, carro cinza metálico etc. Situação parecida encontramos nas orações, em que a idéia de ação, de sujeito (humano) e de afetamento do objeto muitas vezes não corresponde àquela imagem inicial que temos. Desta forma, assim como a variedade de cores existentes (azul claro, azul escuro, verde oliva etc.), temos também orações mais transitivas (como o azul escuro) e outras menos transitivas (como o azul claro). A diferença entre tais orações e as cores é que, no caso das orações, todas são chamadas igualmente de transitivas. Nãonomes diferentes para distinguir as orações mais ou menos transitivas.

 

EXERCÍCIO-3

Como vimos, nãonomes diferentes para distinguir as orações mais ou menos transitivas. Assim sendo, marque com um sinal de (+) as orações mais transitivas e com um sinal de (-) as orações menos transitivas:

( ) Maria tomou o sorvete.

( ) Manuela não gosta de sorvete.

( ) Carlos matou um gato.

( ) Nosso cão tem pêlo branco e marrom.

( ) A jovem mandou flores para a mãe.

( ) A chuva amedrontou os cavalos.

( ) Eles conquistaram a liberdade.

Apresentada a proposta entremeada de exercícios a 30 alunos da 7ª série, 15 de uma escola pública e 15 de uma escola particular do Município de São Gonçalo, encontramos os resultados que passamos a expor (Ver tabelas abaixo).

Vejamos a tabela 1, que apresenta os resultados dos exercícios[2] 1 e 2:

 

Tabela-1: Resultados dos exercício 1 e 2.

 

EXERCÍCIO 1

 

EXERCÍCIO 2

 

Escolas

Acertos

Erros

TOTAL

Acertos

Erros

TOTAL

Esc. Part.

30

21

51

93

12

105

Esc. Pub.

38

13

51

42

63

105

total

68

34

102

135

75

210

%

66.6

33.4

100

64.28

35.72

100

 

TABELA 2
Graus de transitividade números relativos a cada sentença.

 

ESCOLA PARTICULAR

ESCOLA PÚBLICA

SENTENÇAS

[+ trans.]

[-trans.]

[+ trans.]

[-trans.]

 

N

%

N

%

N

%

N

%

1- Maria tomou o sorvete

15

100

____

 ____

14

93,33

01

6,66

2- Manuela não gosta de sorvete

___

____

15

100

01

6,66

14

93,33

3- Carlos matou uma gato

14

93,33

01

 6,66

15

 100

____

____

4- Nosso cão tem pelo branco e marrom

02

13,33

13

86,66

03

 20

12

80

5- Ele deu graças a Deus

01

6,66

14

93,33

06

 40

09

60

6-Fabiana ganhou o campeonato de basquete

08

53,33

07

46,66

14

 93,33

01

6,66

7- Todo mundo precisa de heróis

04

26,66

11

73,33

03

 20

12

80

8-A jovem mandou flores para a mãe

10

86,66

05

13,33

10

 66,66

05

33,33

9- A chuva amedrontou os cavalos

10

86,66

05

13,33

05

33,33

10

66,66

10- Eles conquistaram a liberdade

04

26,66

11

73,33

09

60

06

40

11- Precisamos de ajuda

07

46,66

08

53,33

03

20

12

80

12- Resistiremos à pressão dos políticos

07

46,66

08

53,33

09

60

06

40

13- José preparou o café

06

40

09

60

08

53,33

07

46,66

14- José ofereceu maçã aos filhos

06

40

09

60

08

53,33

07

46,66

15- Maria adorou a entrevista

06

40

09

60

06

40

09

60

16- O fazendeiro desistiu de seus direitos

04

26,66

11

73,33

05

33,33

10

66,66

17- A escola enviou o documento

07

46,66

08

53,33

06

40

09

60

18- O jogador chutou a bola

14

93,33

01

6,66

14

93,33

01

6,66

19- O juiz apitou o jogo

07

46,66

08

53,33

11

73,33

04

26,66

Quanto ao exercício 3, cujo objetivo foi o de aferir se os alunos apreenderam a noção escalar de transitividade, encontramos alguns percentuais que nos mostram haver uma significativa flutuação ligada a determinadas construções como, por exemplo: (5) Ele deu graças a Deus, (4) Nosso cão tem pelo branco e marrom, (7) Todo mundo precisa de heróis, (15) Maria adorou a entrevista. Tais sentenças, como sabemos, são tradicionalmente classificadas como transitivas, mas os alunos da escola pública e os alunos da escola particular, em sua maioria, classificaram-nas como menos transitivas. Em relação aos dois últimos casos, ilustrados pelas sentenças (7) e (15), podemos facilmente apontar como explicação o fato de os verbos precisar e adorar não serem prototipicamente de ação, não se observando também o afetamento do objeto, características marcantes da alta transitividade. A prova disso é que construções como: (1) Maria tomou o sorvete, (3) Carlos matou um gato, (18) O jogador chutou a bola, em que o verbo é prototipicamente de ação e há afetamento do objeto, foram entendidas como altamente transitivas pelos alunos tanto da escola particular quanto da escola pública. Analisando, portanto, as sentenças (5), (6), (7), apoiamo-nos em Hopper & Thompson (2001), para sugerir que tais construções são expressões lexicalizadas devido a grande freqüência de uso, não se verificando, por conseguinte, nesses casos, uma estrutura argumentativa[3] do tipo V-O.


 

CONCLUSÃO

Como foi possível percebermos ao longo do presente trabalho, uma vez contrapondo a visão tradicional do que se entende por Transitividade ao modelo funcionalista, torna-se compreensível a razão que nos levou ao questionamento do formalismo tradicional que considera a transitividade como tão somente uma propriedade verbal. Vimos que tal propriedade, tão crucial à linguagem humana, pode e deve ser definida em termos de transferência de ação de um sujeito (agente) para um objeto (paciente). A partir disso, dos dez traços sintático-semânticos propostos por Hopper & Thompson (1980), adaptamos os quatro que consideramos mais pertinentes (número de participantes, cinese, agentividade e afetamento do objeto) e os vinculamos à nossa proposta. Evidenciamos, com os resultados positivos que encontramos com a aplicação de nossa proposta e dos exercícios nela contidos a 30 alunos da 7ª série de duas escolas, sendo uma pública e outra particular, do município de São Gonçalo, que é possível rever a forma de ensino da transitividade, de maneira a fazer com que o alunado, muito mais do que decorar nomenclaturas, possa compreender a relação sintático-semântica que há nas construções lingüísticas. Por conseguinte, constatamos que a adaptação que fizemos dos parâmetros sintático-semânticos de Hopper & Thompson (1980) abriu, ao nosso ver, uma possibilidade a mais para o posicionamento metodológico do professor mediante ao ensino da transitividade. Não estamos falando em negar tudo o que foi escrito e legitimado por célebres estudiosos da língua, mas a partir dos resultados da nossa pesquisa, vimos que estamos apresentando uma singela contribuição para o ensino da propriedade supracitada, de sorte que uma eventual adoção do nosso modelo possa ajudar o aluno a entender melhor a transitividade. Enfatizamos, ainda, que o presente trabalho não tem a menor pretensão de sinalizar para o nosso modelo teórico como sendo perfeito e capaz de “resolver” todas as contingências da língua. É óbvio, que não é esta a nossa intenção. Queremos, de fato, construir a possibilidade de estarmos abrindo um novo caminho para o estudo da Transitividade de maneira a contribuirmos para o seu melhor entendimento.


 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS

ABRAÇADO, Jussara. Ordem das palavras: da linguagem infantil ao português coloquial. Niterói: EdUFF, 2003.

––––––. Transitividade, ergatividade e a ordem verbo-sujeito no processo de aquisição do português. In: Veredas - revista de estudos lingüísticos, v.3, n.2, jul./dez, 1999.

FURTADO DA CUNHA, Maria Angélica, OLIVEIRA, Mariângela Rios de, MARTELOTTA, Mário. (org.). Lingüística Funcional; teoria e prática. 2001 [no prelo]

GIVÓN, Talmy. Functionalism and grammar. Amsterdam: John Benjamins, 1995.

––––––. Funcionalism and grammar. a prospectus. Oregon: University of Oregon (mimeo), 1991.

––––––. On understanding grammar. New York: Academic Press, 1979.

HOPPER, Paul. & THOMPSON, Sandra. Transitivity in grammar and discourse. Language 56 (2): 251-299, 1980.

––––––. Transitivity, clause structure, and argument structure: Evidence from conversation. University of California, santa Barbara and Carnegie-Mellon University. In HOPPER, Paul & BYBEE, Joan. Frequency and the emergency of linguistic structure. John Benjamins company Amsterdam/Philadelphia. Vol. 45. 2001.

MARTELOTTA, Mário et al. (Org.). Gramaticalização no português do Brasil: uma abordagem funcional. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; UFRJ, 1996.

PEIRCE, Charles Sanders. The philosophy of Peirce. In: BUCHLER, John. (ed.) New York: Hancourt and Brace, 1940.


 


 

[1] Na oitava série o destaque é para o ensino do período composto.

[2] Ressaltamos, em relação ao segundo exercício, que foram computados também como erros as omissões (sentenças transitivas não assinaladas) e marcações indevidas (sentenças tradicionalmente intransitivas assinaladas como transitivas), o que resultou em um número variável (superior) de erros em alguns casos, conforme ilustramos a seguir: o aluno 2, da escola pública, por exemplo, marcou duas das sentenças corretamente, deixou de marcar uma e marcou outra indevidamente. Logo, ele apresenta dois acertos e dois erros.

1 Para Hopper & Thompson (2001, p. 39-41), o termo “estrutura argumentativa” veio para ser usado na referência de como e qual tipo de argumento um predicado apresenta. “Estrutura argumentativa” é amplamente compreendida por muitos linguistas comtemporâneos como referência para a idéia dos predicados listados através do léxico com suas formas especificando quais são os seus argumentos obrigatórios e opcionais (Alsima 1996; Dik1991; Dowty 1991; Fillmore 1968, 1986; de Groot 1989; jackendoff 1990; Langacker 1987; Lazard 1994; Levin 1993; napoli 1993; Payne 1997; Siewerska 1991; Wechsler 1995; inter alia).