NARRANDO FATOS: HISTÓRIA E HISTORICIDADE
EM O HOMEM DO CASTELO ALTO DE PHILIP K. DICK

Anderson Soares Gomes (UERJ)

Em seu ensaio Como se escreve a história, Paul Veyne define a história através de sua relação com o romance:

A história é uma narrativa de eventos: todo o resto resulta disso. Já que é, de fato, uma narrativa, ela não faz reviver esses eventos, assim como tampouco o faz o romance; o vivido, tal como ressai das mãos do historiador, não é dos atores; é uma narração. (...) Como o romance, a história seleciona, simplifica e organiza. (VEYNE, 1998: 18)

Ao explicitar a conexão entre conhecimento histórico e narrativa, Veyne acaba por problematizar a história vista como ciência pura e objetiva. Se história e narrativa têm muito em comum, os recursos dos quais um historiador dispõe não diferem muito de um novelista, i.e. ambos se apropriam de eventos (sejam eles factuais ou não) e lhes dão ordem e significado, com o intuito de envolver o leitor em um mundo ao qual ele não tem acesso, a não ser através da linguagem utilizada por quem narra. Dessa forma, a subjetividade implícita na história vem à tona, revelando suas estratégias de seleção, organização e produção de fatos.

A problematização dos próprios conceitos de história e narrativa conduz ainda a outros desdobramentos: se há muito de romance na escrita da história - como afirma Paul Veyne - o quanto de história há em um romance que aborda o passado? A construção do romance possui, em si, diversas regras e traços que, como vimos, não diferem muito daqueles usados na narração de eventos do passado. Mas teria o escritor de ficção algum compromisso com a fidelidade histórica, assim como o historiador? Teria o romancista a necessidade de verificar documentos, personagens históricos e registros factuais ao narrar o passado, sendo o terreno onde sua narrativa se constrói aquele da imaginação e do ficcional? O quanto de historiador há em um romancista que escreve sobre o passado?

Essas são apenas algumas das questões levantadas na maioria dos romances do autor que é o assunto deste ensaio: Philip K. Dick. Dick, considerado pelo crítico Fredric Jameson o “Shakespeare da ficção científica” (JAMESON, 1982: 17), é hoje um dos mais conceituados escritores de narrativas científicas fantásticas. Várias de suas obras vêm sendo analisadas principalmente pela ótica marxista e pós-modernista. Dick é um dos mais célebres escritores de ficção científica dentre aqueles na literatura americana, que se dedicaram ao gênero após Segunda Guerra mundial. Seus trabalhos, inicialmente vistos como ‘pulp’, i.e. textos publicados em formato de revistas baratas (ROBERTS, 2000: 67), são hoje objetos de estudo quando o assunto é objetificação, a perda da identidade e a busca por significado na sociedade americana da segunda metade do século XX.

Em muitos de seus romances, no entanto, é possível encontrar uma grande preocupação relacionada a questões de cunho histórico, principalmente o papel do homem em eventos importantes do passado e de que maneira(s) fatos da história influenciam o indivíduo e a sociedade que o cerca. Essa relação estreita entre o passado histórico e o presente parece ser central na escrita da ficção científica de acordo com o crítico Adam Roberts:

A ficção científica não nos projeta para o futuro; ela nos relata histórias sobre o presente e, ainda mais importante, sobre o passado que deu origem a esse presente. Assim, a ficção científica é um estilo historiográfico, uma forma simbólica de se escrever a história. (Idem, p. 35-36)

O objeto de estudo da ficção científica em geral, portanto, não é a construção de um futuro intangível e isolado, e sim explicar o presente através de sua relação com os fatos anteriores que lhe deram origem e como esse fatos serão representados em um futuro imaginário. Roberts observa ainda que a maioria dos livros de Philip K. Dick “são ambientados num futuro que quase exatamente aparenta o subúrbio americano dos anos 50” (Idem, p. 34), o que apenas evidencia o caráter histórico dos romances ditos ‘futuristas’ do autor.

Um desses romances é O homem do castelo alto, considerado por muitos seu melhor trabalho. Nesse livro, Dick extrapola a linha divisória entre as noções de passado, presente e futuro, problematizando a relação entre o ‘acontecido’ e o ‘narrado’ ao revelar a realidade como um simulacro, onde se desenrolam várias outras realidades alternativas.

Apesar de o romance ser ambientado nos Estados Unidos de 1962, é um fato do passado que serve como traço diferencial marcante: a Segunda Guerra Mundial. A diferença consiste exatamente na mudança dos vencedores do conflito, i.e. Alemanha e Japão são os países que saem vitoriosos ao final da guerra. Assim sendo, o mundo encontra-se mergulhado numa bipolaridade análoga àquela da Guerra Fria, ou seja, divido em duas áreas de influência: uma alemã e outra japonesa.

Essa divisão é ainda mais fortemente marcada no território norte-americano: a costa oeste pertence ao império japonês, enquanto a costa leste é território do Reich nazista. Os Estados Unidos em 1962 são uma espécie de colônia onde, numa relação aparentemente harmônica, convivem pessoas de diversas raças e origens: não só alemães e japoneses, mas também os ‘americanos nativos’ - entre eles judeus perseguidos e negros tornados escravos.

O período abordado no romance é o mesmo no qual ele foi escrito: 1962. Dessa forma, Dick cria um universo que é imediatamente paralelo ao do leitor. Nessa nova realidade, que tem alemães e japoneses como vencedores, fatos e personagens do passado são desfamiliarizados e modificados: Franklin D. Roosevelt é assassinado, Hitler sobrevive num asilo, corroído pela sífilis, fornos para a aniquilação de judeus são construídos em Nova York, a maioria da população africana é exterminada.

No entanto, Dick leva essa re-escrita histórica a outros níveis, tornando inexata a linha que divide história, ficção e realidade. Isso ocorre porque um dos personagens de O homem do castelo alto - Hawthorne Abendsen - é um escritor de ficção científica que também escreve um romance sobre um universo paralelo. Em seu livro The Grasshopper Lies Heavy (O Gafanhoto como Peso ), Abendsen descreve um mundo onde o Eixo é perdedor e EUA e Inglaterra são os grandes vencedores da Segunda Guerra. Dick cria, portanto, não só uma história paralela à do leitor, mas também - em uma estratégia metaficcional - uma ficção paralela à sua própria.

Sobre este recurso narrativo, Patrícia Waugh afirma que “a metaficção revela sua condição de artifício e explora a problemática relação entre vida e ficção”. Ou seja, “simultaneamente se cria uma ficção e é constatada a invenção da mesma” (WAUGH, 1990: 34). Dessa forma, tanto O homem do castelo alto e The Grasshopper Lies Heavy atestam claramente sua condição de construções ficcionais: o primeiro por se reportar a uma realidade existente e reconstruí-la; o segundo, por ser uma re-escrita do primeiro. Contudo, a condição de duplo artifício em The Grasshopper Lies Heavy pode levar o leitor a conclusões precipitadas. Se no romance de Abendsen as forças aliadas são os vencedores da Segunda Guerra e Alemanha e Japão são derrotados, não seria a realidade descrita nesse livro a realidade do leitor?

Dick, no entanto, quebra expectativas e ultrapassa obviedades. Ao incluir na narrativa de O homem do castelo alto algumas passagens da narrativa de Abendsen, o escritor atenta para o fato de que a realidade de The Grasshopper Lies Heavy difere e muito da do leitor. O mundo do romance de Abendsen tem várias características de uma utopia: as nações soberanas vivem em paz constante, os conflitos sociais são inexistentes, o preconceito e a intolerância são coisas do passado e a televisão tem papel primordial como educadora das massas:

Aproximando da tela, os jovens das vilas - e ocasionalmente os velhos também - viram palavras. Instruções. Primeiramente, como ler. Então, o resto. Como cavar um poço mais fundo. (…) Como purificar sua água, curar seus doentes. Acima deles, a lua artificial dos EUA distribuía o sinal, carregando-o pra longe…para toda a ávida população do Ocidente. (DICK, 1992: 157)

Em O homem do castelo alto, portanto, os personagens se vêem envolvidos numa trama em que “o mundo histórico e o mundo alternativo se fundem” como afirma Waugh. A narrativa onde a própria teia de acontecimentos que os envolve se revela ilusória, já que o ‘fato’ da vitória nipo-germânica na Segunda Guerra é questionada por um romance utópico dentro de outro.

Diversos personagens de O homem do castelo alto pressentem o estado de ilusão e falsidade histórica em que vivem, ficando próximos da condição que Waugh chamou de ‘ficção auto-consciente’ (WAUGH, 1990: 2), sendo esta ficção a própria matéria da qual esses personagens são feitos. A maioria deles, habitantes de uma São Francisco controlada por asiáticos, representa uma categoria da população (especialmente relacionada à raça e à nacionalidade) que foi diretamente afetada pelo resultado da Segunda Guerra: norte-americanos, judeus, japoneses, alemães. Vários destes personagens, porém, se fazem passar por algo que não são: Frank Frink, um artesão judeu, troca o seu nome para esconder sua origem judaica; Mr. Baynes, um empresário sueco, é na verdade um espião alemão; Joe Cinnadella, um agente suíço contratado para matar Hawthorne Abendsen, finge ser um simples motorista de caminhão. A construção de identidades ficcionais reflete a própria condição de artifício histórico em que eles estão inseridos.

Mergulhados nesse universo de ficcionalidade, a busca por algo realmente verdadeiro é uma necessidade que impulsiona a narrativa e diversos personagens na busca de sua afirmação como indivíduos nacional e historicamente definidos. Por mais que se sintam sem rumo, existe entre eles uma sensação de que se inserem de certa forma na mesma condição, sob a mesma problematização histórica. Isto é o que Benedict Anderson chama de ‘tempo homogêneo’ onde o presente é marcado por uma série de coincidências temporais (ANDERSON, 2000: 10).

Um dos mais claros exemplos deste tema no romance em questão é a constante menção ao I Ching, o livro chinês das mutações. Em importantes situações de suas vidas, três dos quatro personagens principais recorrem ao I Ching. A consulta consiste em construir um hexagrama, através da manipulação de varetas ou moedas. Embora o I Ching seja algumas vezes chamado de “oráculo”, seu propósito não é prever o futuro, como pensa Frank Frink, mas sim descobrir o “tom do momento”:

A fábrica na Rua Gough, as missões de comércio que comandavam, a exploração dos planetas, os bilhões de pilhas de elementos químicos na África que agora não podiam nem ser chamados de corpos, as aspirações de milhões em sua volta nas áreas pobres de São Francisco; as loucas criaturas em Berlim com seus rostos calmos e planos insanos - todos conectados nesse momento de posicionar as varetas com a sabedoria exata apropriada para um livro que começou a ser escrito no século trinta antes de Cristo. (DICK, 1992: 14)

A antigüidade do I Ching contribui para evidenciar o mais importante aspecto do romance no que concerne à dualidade existente entre história e ficção: sua historicidade.

A historicidade é um conceito crucial para o entendimento da história, seja ela considerada ‘ciência’ como queriam os estudiosos do século XIX, ou ‘narrativa verídica’, como definiu Paul Veyne. É a historicidade que dá caráter factual à vivência, em oposição à narratividade que cerca o homem; é aquilo que dá valor ao antigo apenas por ser antigo, e não por ter uma qualidade intrínseca - é o que define um mero objeto de um objeto histórico. Analisando a importância da história para o homem, Gadamer afirma: “o homem é, simultaneamente, o ser do passado remoto e o ser que vive no seu futuro como grande horizonte de expectativa e vasto campo de projetos que o seu ser modelado pela sua história lhe abre.” (GADAMER, 1988: 12). Esse ‘ser modelado pela história’, no entanto, é impensável sem a preocupação, consciente ou inconsciente, com a historicidade.

Em seu livro Pós-Modernismo ou a Lógica Cultural do Capitalismo Tardio, Fredric Jameson propõe uma definição mais abrangente de historicidade:

A historicidade, de fato, nem é uma representação do passado, nem uma representação do futuro (...) ela pode ser definida, antes de mais nada, como uma percepção do presente como história, isto é, como uma relação com o presente que o desfamiliariza e nos permite aquela distância da imediaticidade que pode ser caracterizada finalmente como uma perspectiva histórica. (JAMESON, 1991: 235)

Esse distanciamento do presente é o que possibilita, então, o entendimento da época em que se vive como momento histórico, o que cria a historicidade em ações, objetos, personagens e transforma acontecimentos cotidianos em fatos.

Tal construção histórica do presente é um tema caro a Philip K. Dick e assunto recorrente no gênero ficção científica. A apropriação da atualidade sob o viés da história não é, contudo, mérito dos teóricos e romancistas da pós-modernidade. No século XIX, nas palavras Edward Carr, “os historiadores (...) viam o curso da história como uma demonstração do princípio do progresso” (CARR, 2002: 78), presenciou-se o ápice de um gênero que talvez mais do que qualquer outro questionava o papel do narrador e do historiador: o romance histórico. Epitomizado na figura de Sir Walter Scott, esse gênero narrativo problematizava a historicidade dos fatos, misturando-os com eventos e personagens ficcionais - e aí, segundo Jameson, se encontra a ligação com a ficção científica, só que com um diferencial:

A ficção científica como gênero tem uma relação estrutural e dialética com o romance histórico - uma relação a um só tempo de parentesco e inversão (...) Pois se o romance histórico ‘correspondia’ ao aparecimento da historicidade, do sentido da história em sua acepção moderna forte, a ficção científica corresponde igualmente ao esmaecimento e bloqueio dessa historicidade. (JAMESON, 1991: 237)

É nesse ‘esmaecimento’ da historicidade em que se localiza O homem do castelo alto. No ano de 1962 do universo paralelo criado por Dick, a definição do que é histórico é apresentada, para logo após ser desconstruída. Um exemplo disso está no alto valor pago por qualquer objeto histórico anterior à Segunda Guerra. Aqui, a própria noção de ‘objeto histórico’ é colocada em questão, já que tudo é visto como parte da História: de tampas de garrafa a relógios da Disney. Neste mundo altamente ficcionalizado, existe uma constante busca por aquilo que seja originalmente antigo, pois esta é a condição para se ter acesso a uma autenticidade que praticamente inexiste neste mundo paralelo.

Neste aspecto, dois conceitos são colocados em cheque: arte e nacionalismo. Primeiramente, as peças ditas ‘artísticas’ precisam, obrigatoriamente, ser - ou ao menos parecer - antigas. Portanto, aquilo produzido à época em que o romance se desenvolve, i.e. pós anos 60, é visto como quinquilharia ou amuleto. O distanciamento histórico é o que valoriza algo como arte propriamente dita.

Só que a historicidade dos objetos não é tão autêntica quanto pode parecer à primeira vista. A busca por objetos anteriores à Segunda Guerra inflaciona o mercado de ‘antigüidades’, o que acaba por dar margem a um mercado negro paralelo que consiste em ‘fabricar’ objetos históricos, ou seja, objetos novos recebem a aparência de usados ou velhos através de processos químicos. Dick questiona, portanto, o próprio conceito de historicidade: estaria ele intrínseco no objeto em si ou no conhecimento histórico que se tem do mesmo? Esse questionamento pode ser observado quando Wyndam-Matson, um dos proprietários de uma fábrica que ‘produz’ objetos históricos, conversa com sua secretária:

Toda essa maldita história de historicidade não tem sentido. (...) Eu vou provar.” Levantando-se, ele foi ao seu escritório, retornando rapidamente com dois isqueiros que ele colocou sobre a mesa. “Olhe pra eles. São parecidos, não é? Bem, escute. Um tem historicidade nele. (...) Um deles vale talvez quarenta, cinqüenta mil dólares no mercado de colecionadores. (...) Um desses isqueiros Zippo estava no bolso de Franklin D. Roosevelt quando ele foi assassinado. E um não estava. Um tem historicidade, um monte dela. (…) E um tem nada.

“Nossa”, disse a garota, impressionada. “Isto realmente é verdade? Que ele tinha um desses com ele naquele dia?”

É claro. E eu sei qual é. Você vê onde quero chegar. É tudo uma grande armação (...) Eu quero dizer, uma arma passa por uma batalha famosa (...) e é o mesmo que não tivesse passado, a não ser que você saiba. (DICK, 1992: 32)

Dessa forma, o mais importante recurso a que se reportar na busca por uma verdade histórica também se revela como ficção.

George Slusser já afirmou que: “na ficção de Dick, o que determina o nosso senso de tempo narrativo, e, de certa forma, garante sua existência, não é a história, mas a historicidade. E isso cria diferentes estruturas narrativas” (SLUSSER, 1988: 15). Acredito, porém, que Dick vai além em O homem do castelo alto. Ao escrever um romance que aborda um universo histórico paralelo e, dentro dele, elaborar um outro romance que tem relação análoga com o primeiro, o autor ousa manipular a própria realidade. Os personagens de um universo em que alemães e japoneses venceram a Segunda Guerra lêem um romance onde ingleses e americanos saíram vencedores do mesmo conflito. Os leitores de O homem do castelo alto se encontram na mesma situação: lêem um romance em que um fato histórico reconhecido é modificado e re-construído.

Assim sendo, personagens e leitores do romance de Dick transformam-se em atores da mesma narrativa - em parte ficcional, em parte histórica, cujas camadas da realidade são descobertas apenas para se revelarem como parte de um gigantesco enredo: o enredo histórico.

BIBLIOGRAFIA

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