BRUXARIA:
UMA SINCERA EXPRESSÃO DO SENTIMENTO PARA COM DEUS

Maria Judith Machado de Carvalho (UNINCOR)

Geysa Silva (unincor)

“Por mais monológico que seja um enunciado, por mais que se concentre no seu objeto, ele não pode deixar de ser também, em certo grau, uma resposta ao que já foi dito sobre o mesmo objeto, sobre o mesmo problema, ainda que esse caráter de resposta não receba uma expressão externa bem perceptível”.(BAKHTIN, 1994: 317 )

Desde os primórdios da vida humana, mulheres e homens maravilhados pelos inúmeros mistérios da natureza renderam - lhes culto. Desta necessidade de cultuar originou o entendimento e do entendimento resultou o significado. Porém, estas três unidades de expressão não conseguiram substituir os mistérios da vida, pois estes nunca desaparecem. Assim, os antigos mistérios, ou seja, os mistérios de transformação - como as coisas se convertem em outras, como elas crescem, morrem e renascem - estão no cerne de muitos discursos religiosos, vulgarmente chamados de bruxaria.

Entendendo tais discursos como o lugar de encontro do lingüístico com o ideológico, pode-se afirmar que a bruxaria está presente no ocidente desde o período paleolítico, mantendo-se viva e atuante mesmo paralela ao paganismo greco - romano e ao cristianismo, até os dias atuais, já que, segundo Bakhtin (1994 : 343), não há nada morto de maneira absoluta e todo sentido sempre festeja algum dia o seu renascimento.

Logo, a bruxaria é primeiro e antes de tudo uma aceitação da divindade personificada no que chamamos de natureza, com discursos específicos de acordo com as circunstâncias e as vivências das pessoas envolvidas. Também é sabido que uma espécie de poder capaz de transformar a vida das pessoas através da cura, da leitura de astros, do fornecimento de alimentos e outros sempre foi acessível a algumas mulheres e homens de toda cultura. E este saber próprio transmitido oralmente de geração em geração ultrapassou fronteiras, através das pessoas que viam e iam, ajudando na formação de vastas confrarias as quais intercambiavam discursos sobre os segredos da cura do corpo e muitas vezes da alma. Tal fato reflete o princípio dialógico decorrente da exotopia de Bakhtin ( 1994:343 ): “não há uma palavra que seja a primeira ou a última, e não há limites para o contexto dialógico, este se perde num passado ilimitado e num futuro ilimitado...”

Desta maneira , estando a palavra inexoravelmente contaminada do olhar de fora , conclui-se que os discursos da bruxaria são narrativas tecidas através das experiências alheias, aquelas ditas como exemplares, nas quais, de acordo com Walter Benjamim(1994 :.200 ) , o caráter utilitário, ou melhor, o aconselhamento, como também a idéia de harmonia com a natureza podem ser encontrados:

“Não chore por mim quando eu morrer, pois ainda estou aqui.

Estarei no verde das árvores da floresta,

Estarei nas flores dos campos,

Estarei no borrifar das águas da praia,

Estarei no suspiro do vento de um dia quente de verão,

Estarei nas águas encapeladas dos riachos,

Estarei na luz do Sol e da Lua Cheia.

Estarei com o Deus e a Deusa para sempre.

E renascerei.” ( CANTRELL, 2002: 35 )

Com este olhar , é merecido afirmar que os discursos da bruxaria,embora ridicularizados e deliberadamente associados ao mal pelas religiões institucionalizadas e pelas comunidades científicas ao longo da história de suas enunciações, nada têm de parecido com lançar feitiços ou práticas maldosas, são puras manifestações de amor ao Criador e de esperança na continuação de Sua bondade. A forma nada ortodoxa que buscam sua verdade é que diferem dos demais discursos , pois envolve elementos como a magia, que é parte da sabedoria universal, embora a maioria das pessoas sejam resistentes em aceitá-la, já que foram condicionadas desde a infância a ter uma visão de mundo racional, onde os simbolismos da magia não fazem o menor sentido, porque não dizem diretamente aquilo que querem dizer, fazendo necessárias a leitura e interpretação desses simbolismos para o seu entendimento. E segundo Debray ( 1993:58 ), comunicar através de signos é excluir tacitamente da comunicação viva o grupo vizinho , para quem esses signos são letras mortas ou jogo gratuito de imagens.

Assim, quando houve uma maior profundidade da cristandade, as leis eclesiásticas contra a prática de determinados cultos e, conseqüentemente ,de seus discursos tornaram-se mais rígidas, reprimindo duramente todo um saber que caiu na clandestinidade. Porém estas vozes silenciadas se opuseram àquelas opressoras, acentuando o seu caráter destruidor e uniformizador. E foi em silêncio que estas vozes sufocadas prosseguiram com o seu trabalho de subversão, conseguindo chegar ainda hoje aos nossos ouvidos através de redes de sociabilidade afetiva. São os legítimos discursos performativos alterando o pedagógico:

Mantenha um livro em suas própria mão de escrever. Deixe que irmãos e irmãs copiem o que quiserem, mas nunca deixe esse livro fora de suas mãos e nunca guarde os escritos de outro, pois se for encontrado com sua letra você será apanhada e torturada. Cada um deve zelar por seus próprios escritos e destruí-los quando o perigo ameaçar. Aprenda tanto quanto puder de cor e quando o perigo passar reescreva seu livro.O mesmo faça com as ferramentas. Que elas sejam como coisas comuns que qualquer um tenha em casa. Que os pentáculos sejam de cera para que possam ser derretidos ou quebrados rapidamente. Não possua nomes ou signos sobre nada, escreva os nomes e signos com tinta antes de consagrá-los e lave-os imediatamente depois. (GARDNER, 2003:52)

Também uma memória hábito aqui é constatada -“um exercício que, retomado até a fixação, transforma-se em um hábito, em serviço para a vida cotidiana” (BOSI,1979:.11 ) - já que as chamadas bruxas ainda hoje , apesar da perseguição ter esmorecido, continuam repetindo os mesmos discursos de proibições e se mantendo escondidas como nos anos de martírio. Isto parece revelar que as lembranças da tortura de tão compartilhadas passaram, de certo modo, a ter um respaldo maior de credibilidade como se o fato de ter havido mais testemunhas as tornassem mais concretas e reais.

Os discursos da bruxaria sempre partiram do princípio que todas as coisas são partes da Grande Mãe, incluindo o poder de destruir, o mistério da morte e a escuridão da noite, que são ingredientes necessários na Grande Roda da Vida Criada. Mas, entre 2500 e 1500 antes da era cristã, já se percebe uma mudança nos discursos das mitologias e literatura sacra: a vida passou a ser vista principalmente como uma luta entre as forças do bem e do mal e a vida na terra tornou-se menos importante do que a vida por vir. O mundanismo foi rejeitado como conceito religioso, levando muitos dos velhos discursos a serem refeitos para refletir essa transformação de consciência. Por sua vez, com o advento do cristianismo, as “boas novas” que ele pregava e os discursos da bruxaria coexistiram, pois o cristianismo não se tornou a fé dominante de um dia para outro. Porém, à medida que a Igreja cresceu em estridência na sua doutrinação, aqueles discursos que diferiam dos seus foram distorcidos e as imagens arquétipicas de suas divindades desfiguradas, sobretudo o Deus Cornífero, que por ter chifres foi chamado de Satã, Lúcifer, Belzebu, representando o legítimo demônio das Sagradas Escrituras. Foram discursos feitos como forma de propaganda para desencorajar e assustar as pessoas que tivessem relação com aquela que a igreja considerava rival. Desta maneira, a prática da bruxaria foi associada ao mal para justificar o sistemático extermínio de seus praticantes, nas chamejantes fogueiras da Inquisição, como também a destruição de seus lugares e santuários sagrados, pois a Igreja tinha como meta resguardar o seu domínio.

Conclui-se, então, que a partir da caça às bruxas, seus discursos passaram a ser proferidos numa dimensão oculta da sociedade, verificando uma construção social da memória feita por aquelas agora tidas como bruxas, como também pelo Estado em relação a elas , uma vez que a partir do momento que as bruxas passaram a trabalhar às escondidas e o Estado a persegui-las, houve uma tendência de ambas as partes de criar esquemas coerentes de narração e de interpretação dos fatos, que são verdadeiros “universos de significado” e dão uma versão própria dos acontecimentos. Como Bosi afirma (1979:.27 ), “este é o momento áureo da ideologia com todos seus estereótipos.” Vários discursos de adoração , segredos do conhecimento das ervas e o grande segredo da magia foram tratados de forma que se tornaram quase uma sociedade familiar secreta. Enquanto que,por outro lado, a imagem de hereges e adoradoras do demônio era tecida. Obviamente que venceram os discursos pronunciados pelos opressores; foi uma luta do coletivo contra uma minoria, cuja fraqueza e falta de possibilidade de se defender fortaleceu o ponto de vista opressor, melhor dizendo, foi uma compreensão passiva que excluiu totalmente a possibilidade de alguma resposta:

As bruxas desencadeiam tempestades danosas com raios e trovões; causam a esterilidade de homens e de animais; fazem oferenda de crianças aos demônios, as quais acabam matando e devorando. (FRAMER & SPRENGER, 2002: 214 )

Embora proferidos às margens, os discursos da bruxaria continuaram a relatar fatos e em alguns deles é possível observar aquilo já mencionado por Barthes(1988:.146 ): há diferença entre o fato ocorrido e o seu relato, assim como existe um descompasso entre o tempo do fato e seu enunciado:

Eu me lembro, ó fogo,

Como tuas chamas uma vez inflamaram minha carne,

entre bruxas retorcidas por tuas chamas,

agora torturadas por ter contemplado o que é secreto.

Mas para aqueles que viram o que vimos

sim, o fogo nada era.

Ah, bem me lembro dos edifícios iluminados

com a luz que nossos corpos emitiram.

E sorrimos ao contemplar o vento das chamas por trás de nós,

O fiel entre os infiéis e cegos .

Ao salmodiar das orações

No frenesi das chamas

Cantamos hosanas a vós, nossos Deuses,

Em meio ao fogo doador de força,

Dedicamos nosso amor a Vós da Pira. ( GARDNER,2003:119 )

Nota-se que a experiência vivida acima é refeita de modo que a cena tão comovente perdeu muito de seu poder sugestivo, despojando-se, portanto, do prestígio que a circundava: a morte nas fogueiras passou a ser coadjuvante, enquanto que a fé das bruxas passou a protagonista. É como se a cena fosse iluminada de outra forma, sendo reconhecida, embora não podendo dizer que ela tenha permanecido o que era antes. Seria dizer que ao relatar um fato, uma nova leitura é feita, pois segundo Bosi (1979:.21), a experiência da releitura é apenas um exemplo, entre muitos, da dificuldade, senão da impossibilidade , de reviver o passado tal e qual.” Aqui o passado foi trabalhado qualitativamente, ou seja, as lembranças emitidas pelo discurso conservaram o passado do indivíduo na forma que lhe foi mais apropriada, ou seja,aquilo que foi desagradável foi alterado, assim como aquilo que era trivial foi elevado à hierarquia do insólito e no fim formou-se um quadro total, novo, sem desejo consciente de falsificá-lo.

É digno também de menção os muitos discursos bem elaborados das bruxas nos quais as crendices populares sobre o demônio eram exploradas, conseguindo, assim, salvar muitas vezes suas vidas:

...ela relatou que o demônio havia aparecido para ela na noite anterior , vestindo roupas pretas e segurando uma varinha em sua mão; acrescentou que o demônio exigiu que ela continuasse seu trabalho de fé, de acordo com seu primeiro juramento e promessas realizados.Ela renunciou completamente a aparição e lhe disse: “Vá embora Satã. Eu ouvi muito o que você disse, mas agora quero que você desapareça.” O demônio respondeu que uma vez feito o juramento, ou ela morria ou se entregava. Após dizer isto, o demônio quebrou sua varinha branca e desapareceu. (MURRAY, 2003:57 )

Chegando ao século XVI, verifica-se que os assuntos relacionados com a bruxaria é ainda de interesse das pessoas, visto que elas, embora rejeitassem o questionamento de caráter religioso, eram tão devotamente religiosas quanto os seus antepassados medievais e ainda supersticiosas o bastante para acreditar em bruxas. E Shakespeare,com sua genial perspicácia, soube como ninguém explorar tal imaginário de temor e perseguição com seu discurso teatral em “Macbeth”. Tal discurso intensificou toda uma imagem negativa em relação às bruxas., pois os discursos que Shakespeare colocou na boca das bruxas foram enigmáticos, dificultando a decodificação de suas mensagens e forjando a ambigüidade das palavras, como também das interpretações ,enchendo, assim, a atmosfera de uma influência maligna, o que leva a crer que as bruxas são mais poderosas e macabras do que se possa supor e que sempre prejudicam as pessoas através do uso de forças mágicas: “Fair is foul, and foul is fair... ” (SHAKESPEARE,1983:1)

Atualmente com a eclosão das ciências femininas, como a ecologia, surge em todo mundo um interesse pelo culto da natureza e, conseqüentemente, pelos discursos pagãos,ou seja, aqueles usados hoje em dia para descrever qualquer prática espiritual anterior ao período em que a cultura e as religiões dos povos invasores foram impostas às comunidades tribais, vulgarmente chamados de bruxaria. Estes diversos discursos (Celta, Druidismo, Xamanismo, Wicca...) são centrados na terra, seguindo um calendário baseado nas quatro estações , além do uso de antigas práticas espirituais do mundo todo, assim como eram antes de ser subjugadas - reverência da vida através de festivais, cerimônias e atividades que refletem às necessidades do momento . Eles também se apóiam em informações mais recentes, relativas a tradições centradas na natureza e que resultaram de várias vozes ecológicas e ambientais cada vez mais amplas nos últimos cinqüenta anos. Pode-se dizer, então, que são variantes do paganismo, isto é, idioletos que, segundo Jakobson(BARTHES,1993:24), são linguagens de certas comunidade lingüísticas , ou de um grupo de pessoas que interpretam da mesma maneira todos os enunciados lingüísticos:

Viver a Rede Wicca você precisa,

Em perfeito amor e perfeita confiança.

Viva e deixe viver,

Tome com justiça e dê com justiça.

Olhe com suavidade e toque com suavidade,

Fale pouco e ouça muito.

Dê ouvidos às flores, arbustos e árvores,

E pela Senhora será abençoado.

Quando tiver uma necessidade,

Não dê ouvidos à ganância dos outros.

Não passe tempo com um tolo

Nem se considere amigo dele.

Felizes encontros e felizes partidas,

Ilumine o rosto e aqueça o coração

E seja para sempre fiel no amor ,

A menos que seu amado lhe seja infiel.

Lance o círculo três vezes

Para manter todos os espíritos fora.

Para que o encantamento seja sempre válido,

Diga-o em versos.

Sentido horário na lua crescente,

Entoando a runa Wicca.

Sentido anti-horário na lua minguante,

Entoando a runa maléfica.

Quando a lua da Senhora for nova,

Beije a mão para Ela três vezes.

Quando a lua estiver no seu pico,

Busque o desejo de seu coração.

Nas direções das águas ondulantes,

Jogue uma pedra para saber a verdade.

Quando estiver muito infeliz,

Use a estrela azul na testa.

Oito palavras cumprem a Rede Wicca:

Se não prejudicar ninguém, faça o que desejar! (CANTRELL, 2001: 191)

Se de fato a bruxaria é uma religião paleolítica ou uma releitura dos cultos arcaicos, a verdade é que ela vem desempenhando um importante papel no resgate de valores em desusos , tais como: o prazer, a solidariedade, a não-competição e a união com a natureza. E os sentimentos que unem seus praticantes são os mesmos de querer estar mais próximo Daquele que nos criou e de mostrar a profunda gratidão que eles,adoradores, não conseguem expressar com palavras. E através dos símbolos e das metáforas - tambores, pedras, penas, conchas, varas de condão, taças, caldeirões e vestimentas feitas de plantas e animais -, seus discursos revelam os padrões de conhecimento que estão subentendidos no universo físico, assim como nossos ancestrais entendiam a natureza , buscando orientação ou cura em suas criaturas, ervas, flores e árvores e compreendendo a vida por meio de visões, viagens astrais e sonhos:

Que agora os poderes da vida e da luz

abençoem-me e protejam-me nesta noite.

Forças do bem, da vida e da luz,

Desçam à minha varinha esta noite,

Pois esta é uma ferramenta de minha arte sagrada.

Por isso, seus poderes eu peço agora.

Com os elementos terra ,ar,fogo e mar,

Eu agora te batizo, abençôo e consagro!

Que a minha vontade seja feita, assim seja! ( SABRINA,2002: 174 )

Vê-se que os seres humanos reverenciavam a vida de formas muito mais simples, não precisando nada além da natureza para preservar a saúde espiritual, de suas tribos. Porém, com o surgimento da religião organizada, mecanismos de controle que baniam as práticas pagãs foram postas em ação Igrejas e outras construções de cunho religioso foram erigidas em locais sagrados pagãos, muitas datas pagãs foram incluídas em seu calendário, e as práticas xamânicas foram consideradas obra do demônio, relacionando o conceito de medo ao de espiritualidade. Deste então, começamos a aprender a nos relacionar com o Divino por intermédio da Igreja.

Muitas guerras foram travadas em nome da religião. Inúmeras pessoas sofreram ao longo de eras em resultado disso. Forças poderosas ainda lutam pela supremacia sobre terras , povos e mercadorias, exercendo o mesmo controle posto em vigor há tanto tempo atrás. A total desinformação com respeito ao verdadeiro significado das práticas pagãs gerou a grande confusão e ignorância que existe hoje com relação à bruxaria. Esta foi um dia uma parte essencial da vida em comunidade, cuja própria vitalidade levou-a a sofrer a exploração e repressão de que foi vítima.

Hoje, falando a uma só voz no mundo todo, devido ao aumento de publicações, revistas e de grupos praticantes, a verdade da bruxaria, como um discurso poderoso, mas pacífico e amoroso, está aos poucos desfazendo muitos equívocos cristãos. No momento, a bruxaria é vista como uma religião em rápida expansão e mais do que nunca, temos de ficar cientes de que é preciso sempre respeitar a decisão de outra pessoa de se dedicar a práticas que estejam de acordo com suas crenças e ideais , desde que não prejudiquem ninguém.

Que este seja um tempo em que os discursos das religiões do mundo todo tolerem e respeitem as crenças alheias, construindo assim uma ponte para uma paz duradoura.

Assim seja!

Nós Te contemplamos, Mãe, nossa Mãe-Terra, que nos

ensinas que sem primavera não pode existir verão, sem verão não pode

existir inverno, e sem inverno não pode existir primavera.

Todos nós viemos de Ti, e a Ti voltaremos como a água fluindo para

o oceano . Retornaremos como chamas subindo aos céus.

Une-te a nós, Senhora. Bênçãos.” (CANTRELL,2002:83 )

BIBLIOGRAFIA

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