FUTURO NAS PROMESSAS DO COTIDIANO?

Josete Rocha dos Santos (UniverCidade e UCB)

 

Introdução

Este trabalho é resultado de uma pesquisa iniciada em 98. A partir dos conceitos de face, polidez, estratégias de polidez e atos ameaçadores da face (Brown & Levinson, 1987), estudamos as formas de futuro do presente envolvidas nos atos de fala compromissivos (Searle, 1969), mais especificamente nas promessas. O corpus é composto por 41 informantes universitários das mais diversas áreas. Coletamos 492 ocorrências.

Considerando que toda promessa é a intenção do falante de realizar uma ação futura, nada mais natural que as formas verbais de futuro do presente sejam utilizadas nestes contextos. Assim, adotamos a seguinte nomenclatura para essas formas:

(1) F.S.P. - futuro sintético perifrástico (-irei + v) – “Caríssima secretária, tendo em vista a sua falta de tempo, irei ajudá-la.” (Y., Direito, UniverCidade);

(2) F.S. - futuro sintético (-rei) “É, meu amigo, fica claro que fui culpado. Assim, resolveremos da melhor forma.” (W., Letras, UFRJ);

(3) F.P. - futuro perifrástico

ir + v) “Dona Fulana, não se preocupe não que eu vou lembrar de deixar comida pronta no freezer.”

I., Mestrado em Lingüística, UFRJ);

(4) P. - presente (0) “Eu te pago os R$ 50,00 no fim do mês que vem.” (E., Letras, UFRJ)[1]

Essas formas verbais de futuro do presente são usadas cotidianamente para emissão de promessas e estão em variação no contexto social, se são mutuamente intercambiáveis.

O nosso objetivo é estudar essas diferentes formas de futuro e quais são os contextos pragmáticos favorecedores ao uso de uma forma em detrimento da outra. Para tanto, utilizamos o arcabouço da Sociolingüística Variacionista (Labov, 1972) para a formulação de hipóteses e análise dos resultados quantitativos obtidos através do pacote de programas estatísticos Gold Varb 2001. Assim, aliamos conceitos pragmáticos e sociolingüísticos para descrever o uso das promessas na fala informal da cidade do Rio de Janeiro.

 

Hipóteses levantadas

Cada tipo de ato ilocucionário envolve um conjunto de condições necessárias à realização feliz e bem sucedida do ato. Há condições de felicidade (Austin, 1962) relativas à promessa. A primeira delas é a condição preparatória concernente à capacidade do falante para realizar o ato proferido. Há também a condição de sinceridade referente à intenção genuína que o falante deve ter para cumprir a ação futura. O conteúdo proposicional é o fato de o falante predicar um ato futuro e a condição essencial é o seu compromisso assumido em realizar o ato prometido (Searle, 1995). Na ausência de alguma dessas condições, o cumprimento da promessa ficará comprometido. Em virtude disso, grande parte das promessas vêm após as cláusulas condicionais – prótases - (cf. exemplo abaixo).

(5)       Se você obtiver as notas necessárias, receberá como prêmio uma bicicleta novinha.” (J., Informática, Anglo Americano)

Neste estudo, analisamos as promessas do nosso cotidiano. O ponto central da pesquisa enfoca como as variáveis sociológicas, tais como a relação assimétrica entre falante e ouvinte, o “grau de intimidade” entre esses interlocutores e o “grau de imposição” do ato – custo da promessa –, podem influenciar no uso das formas de futuro do presente nos enunciados de promessas.

Levantamos a hipótese de que promessas feitas por falantes que possuem status na sociedade são proferidas na forma de futuro sintético[2] (cf. exemplo 2), forma canônica de expressão de futuro. Partimos do pressuposto de que isto esteja ligado à modalidade deôntica, uso da linguagem para expressar, por um lado, uma vontade, um desejo e, por outro lado, o objetivo do falante de conseguir a satisfação do seu desejo através de uma imposição feita aos outros. Assim, há uma correlação entre modalidade deôntica, promessas e futuridade. Daí, a sua interferência nos atos de fala de promessas e, conseqüentemente, no uso das formas de futuro do presente.

Outra pressuposição: promessas feitas por falantes que possuem um alto grau de intimidade com o interlocutor tendem a ter um custo mais alto e serem proferidas no futuro perifrástico, forma inovadora usada pelos jovens, já que expressa maior informalidade (Santos, 2000).

O presente, não-marcado, seria usado para expressar promessas de baixo custo. Formas simples como o presente são usadas neste contexto por denotarem menor distanciamento entre os participantes do ato comunicativo. Assim, essas promessas são cumpridas num pequeno espaço temporal.

A seguir, definimos o conceito de face, polidez, estratégias de polidez e atos ameaçadores da face (cf. Brown & Levinson, 1987), fundamentais para o nosso estudo.

 

Pressupostos teóricos e metodológicos
da análise

Baseamo-nos no modelo de Brown & Levinson (1987). Vinculamos as estratégias de polidez aos atos compromissivos, restringindo-nos às promessas.

Toda interação lingüística é necessariamente uma interação social (Yule, 1996: 59). Assim, ao estudarmos o conceito de polidez, forma como as línguas expressam a distância social existente entre os falantes e seus diferentes papéis na interação social (cf. Goffman, 1981), não podemos desconsiderar a sua inserção nas interações lingüísticas. Ligadas a esse conceito, estão as noções de face, os atos ameaçadores e protetores da face, as noções de face positiva e negativa e as estratégias de polidez. Então, definimos: face é uma imagem positiva ou impressão que um interlocutor pretende mostrar aos outros interagentes refletindo seus valores e crenças. Se essa imagem for rejeitada pelos demais participantes da interação, haverá uma conseqüente “perda da face”. O trabalho da face, segundo Goffman (1981), traduz os esforços dos participantes para comunicar uma face positiva e prevenir a sua “perda”. Os atos ameaçadores da face são os que podem afetar a imagem pública de uma pessoa; os atos protetores da face dizem respeito aos atos atenuantes à possível ameaça da face; a face positiva é a necessidade de ser aceito pelos membros de um mesmo grupo social; a face negativa[3] de uma pessoa é a necessidade de ter liberdade de ação e não receber ordens; a face positiva de uma pessoa é a necessidade de ser aceito pelo grupo social e ser tratado como membro desse mesmo grupo. Ao estudarem a polidez, Brown & Levinson (1987) distinguiram entre estratégias de polidez positiva – aquelas que mostram a proximidade entre falante e ouvinte – e estratégias de polidez negativa – aquelas que mostram a distância social entre os interagentes. Exemplificando: o uso de epítetos carinhosos é uma estratégia de polidez positiva. O uso de orações condicionais em promessas, possivelmente, é uma estratégia de polidez negativa, pois trazem imposições ao ouvinte e, muitas vezes, evidenciam quem tem mais poder na escala social.

Objetivamos aliar as estratégias de polidez – relação assimétrica entre os participantes da interação, o grau de intimidade entre estes interlocutores e o grau de custo para realização das promessas – aos marcadores de polidez - tais como o uso de cláusulas condicionais, a presença de vocativos carinhosos e o uso de verbos modais – a fim de identificar as formas de futuro do presente pertinentes a cada um desses contextos lingüísticos pragmáticos e morfossintáticos.

A metodologia utilizada para a formulação de hipóteses e interpretação dos resultados quantitativos é a Sociolingüística Variacionista, conhecida também como Teoria da Variação. Proposta por Labov (1972), essa teoria tem como objeto de estudo a língua usada numa comunidade de fala em situação concreta de comunicação. Portanto, a língua é considerada como fenômeno heterogêneo, pois há várias formas de expressar proposições com o mesmo valor de verdade. Procura-se identificar variáveis – grupos de fatores – lingüísticas e extralingüísticas correlacionadas estatisticamente às formas alternativas, favorecendo ou inibindo o seu uso. Estudamos oito grupos de fatores. Três grupos de fatores lingüísticos pragmáticos: relação assimétrica entre os participantes da interação, o grau de intimidade entre os interlocutores e o grau de imposição do ato; dois grupos de fatores lingüísticos morfossintáticos[4]: a presença de vocativos ou epítetos carinhosos e o uso de verbos modais; e um grupo de fatores extralingüísticos: gênero.

 

Fonte dos dados analisados

O corpus, utilizado na nossa pesquisa iniciada em 98, foi criado a partir de testes para a elicitação de dados de promessas.

Silva-Corvalán (1999: 90) comenta a importância da conversação gravada para alcançar uma mostra de fala casual, informal, o mais próximo possível da fala vernácula espontânea da vida diária, mas este objetivo é difícil de ser alcançado no caso das promessas. É praticamente inviável obtermos um corpus de fala natural sem implementarmos situações para que o informante se insira mentalmente. Não é fácil ouvirmos pessoas prometendo nas situações cotidianas. Daí, a necessidade de formularmos os testes, que contém doze situações, nas quais há um falante comprometido com a realização de algo em benefício do interlocutor. O pesquisador explicou as cenas ao informante e este deveria dizer como agiria em tal situação. À medida que o informante falava, o pesquisador transcrevia a sua fala imediatamente a fim de evitar alteração do enunciado. Assim, obtivemos dados orais transcritos. As cenas dividem-se em: “graus de assimetria”, “grau de intimidade” e “custo da promessa”.[5] Os testes foram aplicados aos universitários das mais diversas áreas. Há 21 homens e 20 mulheres. Coletamos 492 dados. Os dados foram submetidos ao pacote de programas estatísticos Gold Varb 2001 para obtenção das porcentagens e pesos relativos.

Apresentamos os resultados a seguir.

 

Análise dos resultados quantitativos

Dentre os seis grupos estudados, apenas dois foram selecionados pelo Gold Varb 2001: relação assimétrica entre os participantes e o grau de imposição do ato.

 

Relação assimétrica entre os participantes

Neste grupo, analisamos a relação de poder entre os interlocutores: a) o locutor com mais status quo do que o seu interlocutor; b) o interlocutor com mais poder no âmbito social do que o locutor; c) ou neutralidade quanto ao poder dos participantes na interação social.

a)       Poder do locutor sobre o interlocutor

(6)       “Não precisa se preocupar que eu colocarei no correio pra você.” (G, Letras, UFRJ)

b)       Poder do interlocutor sobre o locutor

(7)       “Mãe, eu voulevar, mas só depois que eu terminar de ver o show da Xuxa .” (A, Letras, UFRJ)

c)       Neutralidade quanto ao poder dos participantes

(8) “Te emprestarei esse dinheiro, pague-me quando puder.” (P, Educação Física, UFRJ)

 

 

Variantes

Total

Futuro Sintético

Futuro Perifrástico

Apl.

%

P.R.

Apl.

%

P.R.

Poder do locutor sobre o interlocutor

29

22

.52

32

24

.39

129

Poder do interlocutor sobre o locutor

27

14

.41

79

43

.61

181

Neutralidade quanto ao poder dos participantes

45

24

.57

53

29

.45

182

 

 

492

Tabela 1: Relação assimétrica entre os participantes

Promessas feitas por falantes com mais status social em relação ao ouvinte (52) ou exercem o mesmo poder na escala social são feitas no futuro sintético (57). Uma justificativa para o primeiro resultado seria a presença da modalidade deôntica contida no discurso de quem tem autoridade. Palmer (1986: 18) define modalidade como a gramaticalização das atitudes subjetivas e opiniões do falante. A modalidade deôntica associa-se à necessidade ou possibilidade de atos performativos, tais como as promessas feitas pelo agente moralmente responsável e com poder para realizar a ação futura. Sem dúvida, a expressão de julgamentos deônticos tem a realização efetuada no futuro, verificando-se uma correspondência entre modalidade deôntica e futuridade, conforme já mencionado anteriormente. O falante, que tem mais poder do que o seu interlocutor, usa o futuro sintético para impor um grau de distanciamento. Essa forma é usada em situações formais. Assim, se o falante tem mais poder em relação ao seu interlocutor, usa o sintético para marcar distanciamento social e, portanto, formalidade. Neste caso, o uso de F.S. é uma estratégia de polidez negativa, pois mostra distância social entre os interlocutores.

Quando os participantes de uma interação social possuem o mesmo status, mas não têm intimidade, o F.S. também será a forma escolhida.

No entanto, quando o sujeito da enunciação têm menos poder ou não sente necessidade de mostrá-lo, prefere usar o F.P. (61) para expressar proximidade com o seu interagente (cf. tabela 1). O uso de F.P., neste contexto, será uma estratégia de polidez positiva.


 

Grau de imposição do ato

Este grupo de fatores está relacionado ao custo da promessa. O cumprimento da promessa exige um alto ou baixo esforço por parte do falante. Esta variável selecionou as três variantes.

a) Promessa de baixo custo

(9)     “Ah, mãe, depois do show da Xuxa eu levo o livro.” (S., Engenharia, UFF)

b) Promessa de alto custo

(10) “Paulinha, se você passar de ano direto, sem recuperação, eu faço um sacrifício para te recompensar.” (P., Educação Física, UFRJ)

 

Variantes

Total

Futuro sintético

Futuro Perifrástico

Presente

Apl

%

P.R

Apl

%

P.R

Apl

%

P.R

Baixo custo

37

16

.43

64

28

.43

126

55

.59

227

Alto custo

64

24

.55

100

37

.55

101

38

.42

265

 

 

492

Tabela 2: Grau de imposição do ato

O resultado acima é bem interessante. O falante, ao fazer uma promessa de alto custo, ou usa o F.S. (55) ou o F.P. (55). Isto confirma resultados do nosso estudo feito sobre o futuro (Santos, 2000). O futuro sintético tende a desaparecer em contextos orais informais (Morcelles, 1997; Gibbon, 2000; Santos, 2000). Obedecendo ao percurso da gramaticalização, a forma perifrástica (-ir + v), adotada pela maior parte dos falantes, está assumindo os mesmos contextos lingüístico-pragmáticos em que o futuro sintético era usado. Um desses contextos era a expressão de promessas custosas, ato ameaçador da face. Daí, o resultado idêntico, apesar de não ser acentuado. Apesar de o grupo “grau de intimidade entre os participantes” não ter sido selecionado nas rodadas atuais, em resultados anteriores já tínhamos observado o favorecimento de F.P. para promessas feitas por um sujeito da enunciação que tinha muita intimidade com seu interlocutor . Assim, podemos correlacionar “grau de intimidade” e “grau de imposição do ato” – custo da promessa – ao uso da variante F.P.. Só se faz promessas altamente custosas para pessoas com quem se tem alto grau de intimidade e, neste caso, usa-se o futuro perifrástico, forma mais informal.

No entanto, o presente é favorecido quando o falante faz promessas menos custosas (59). O uso do presente em contextos com promessas menos custosas é um ato de preservação da face do locutor ao assegurar para o interlocutor que a promessa será cumprida num curto espaço de tempo. Assim, a escolha dessa forma é uma estratégia de polidez positiva ao aproximar falante e ouvinte na certeza do cumprimento da promessa trazendo benefício ao interlocutor.

 

Considerações finais

Toda promessa, seja política ou do nosso cotidiano, é um ato ameaçador da face. O sujeito da enunciação ao se comprometer com um evento futuro expõe a própria face, pois as condições necessárias ao evento podem simplesmente não ocorrer e, com isto, a promessa não se cumprir. Por isto, o falante usa as formas de futuro do presente como marca dessa interação social para mostrar o seu grau de envolvimento com o cumprimento do evento futuro (Waugh & Bahloul, s/d.). Além do mais, o uso da forma de futuro do presente denota distanciamento social, grau de intimidade e custo da promessa. Se esse sujeito da enunciação tem mais poder, usa o futuro sintético – F.S. – como estratégia de polidez negativa para reforçar esse distanciamento social em relação ao ouvinte. Se por outro lado, os interlocutores estão numa relação simétrica, mas não há intimidade entre eles, o uso do F.S. será usado para mostrar nível de formalidade, ou seja, ausência de intimidade entre os interlocutores.

Outra questão a ser analisada é a atual fase de gramaticalização pela qual passa a forma perifrástica de futuro – F.P. -. Esta forma está assumindo os mesmos contextos do futuro sintético, o que pode ser confirmado através do mesmo peso relativo para as duas formas (55) (cf. tabela 2). Nesse atual estágio de gramaticalização, as duas formas ainda coexistem em alguns contextos pragmáticos, conforme é o caso daqueles em que o falante enuncia promessas altamente custosas. No entanto, a forma sintética tende a desaparecer e a forma perifrástica, provavelmente, será a variante selecionada em contextos lingüísticos antes ocupados pelo sintético (cf. Santos, 2000). O presente, forma não marcada, é favorecido para enunciar promessas menos custosas ao sujeito da enunciação. Conseqüentemente, essas promessas serão cumpridas num breve espaço de tempo. Ao utilizar essa estratégia de polidez positiva, o sujeito da enunciação aproxima-se do seu interlocutor.

Procuramos, assim, de forma sucinta, determinar os contextos pragmáticos favorecedores ao uso de cada uma das formas de futuro do presente: relação assimétrica e grau de imposição do ato.

 

Referências bibliográficas

AUSTIN, J. L. How to do things with words? Oxford: Clarendon Press, 1962.

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37a ed. Rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna. 1999.

BIBER, Douglas. Variation across speech and writing. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

BROWN, P. & LEVINSON, S. Politeness: some universal in language. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.

FERRARI, Lilian. Modalidade e condicionalidade em português: uma abordagem sócio-cognitivista. 1999, mimeo.

FLEISCHMAN, Suzanne. The future in thought and language – diachronic evidence from Romance. Cambrigde: Cambridge University Press, 1982.

GIBBON, Adriana de Oliveira. A Expressão do tempo futuro na língua falada de Florianópolis: gramaticalização e variação. Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação da Universidade de Santa Catarina. Florianópolis, 2000, 134 p.

GIVÓN, Talmy. Functionalism and grammar. Amsterdam / Philadelphia: Jonh Benjamins, 1995.

GOFFMAN, Erving. Formsof talk. University of Pennsylvania Press, 1981.

GREEN, Georgia. Pragmatics and Natural Language Understanding. Lawrence Erlbaum, 1989.

LABOV, William. Sociolinguistic patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.

LEVINSON, S. C. Pragmatics. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.

SANTOS, Adriana Morcelles dos. O futuro verbal no português do Brasil em variação. Dissertação de Mestrado. Brasília: UnB, 1987.

SANTOS, Josete Rocha dos Santos. O uso das formas de futuro em contextos orais formais. Rio de Janeiro: Anais do VIII Congresso da ASSEL-RIO, 1998.

–––––. Uma breve análise sobre as formas de futuro em contextos orais informais. Rio de Janeiro: Anais do IX Congresso da ASSEL-RIO, 2000.

–––––. A variação entre as formas de futuro do presente no português formal e informal falado no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UFRJ / Faculdade de Letras. Dissertação de Mestrado em Lingüística, 2000.

SILVA-CORVALÁN, Carmén. Sociolingüística: teoría y analisis. Madrid: Alhambra, 1989.

WAUGH, Linda R. & Bahloul, Maher La diferénce entre le futur simple et le futur periphrastique dans le discours journalistique, [s/n.e.].

WEINRICH, Harald. Estructura e función de los tiempos en el lenguaje. Madrid: Gredos, 1968.

YULE, George. Pragmatics. New York: Oxford University Press, 1996.


 


 

[1] Todos os exemplos citados neste trabalho foram retirados do nosso corpus sobre promessas do cotidiano.

[2] Ressaltamos o desuso na língua falada da forma de futuro sintético perifrástico (cf. exemplo 1), conforme foi constatado em estudos anteriores (Santos, 1998 e 2000). No nosso corpus sobre promessas, há apenas 10 ocorrências dessa forma.

[3] O termonegativonão significa propriamente “ruim”, mas apenas o polo oposto de ‘positivo’ (Yule, 1996: 62).

[4] Para dar continuidade à pesquisa, no futuro, vamos estudar as cláusulas condicionais em contextos de promessas do cotidiano.

[5] O corpus está disponível para consulta dos interessados.