A LINGUAGEM E O DISCURSO LITERÁRIO ESCOLAR
PERSPECTIVAS PARA UMA INTERAÇÃO
ENTRE O TEXTO E O LEITOR

Alexandre José P. C. de Assis Jácome (UFF)

No ensino da língua materna, a literatura sempre teve o seu lugar, seja como pretexto para as prescrições e regras, delimitando o campo de significação do texto, seja como estudo dos períodos histórico-literários, impedindo a plenitude da leitura. O que se mantém é a dificuldade em estimular o aluno a ler, sempre se justificando com as “palavras difíceis” que “impedem” a sua atividade.

Observamos, deste modo, diversos problemas: o professor que, preocupado com os conteúdos citados, não alcança um sentido para a leitura literária; e o aluno, num contexto cultural e lingüístico ainda pouco desenvolvido (e tendo a escola a função de desenvolvê-lo), depara-se preso a uma leitura ainda superficial.

Esta comunicação tem, por objetivo, a delimitação das causas da leitura literária ineficaz - dado que esse tipo de discurso abarca uma maior possibilidade de sentidos do que a mesma linguagem em contextos diários e científicos - tendo como arcabouços teóricos perspectivas interdisciplinares, englobando os estudos lingüísticos de Eugenio Coseriu e os princípios da Estética da Recepção, estudo da Teoria Literária.

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