ARGUMENTAÇÃO E SUBJETIVIDADE
NA MÍDIA IMPRESSA
A COLUNA LÍNGUA VIVA

Regina Elena da Silva ( FAETEC)

Este estudo, que integra a dissertação de Mestrado “As vozes ditas e caladas na coluna Língua Viva - uma abordagem discursiva”, procurou revelar a representação que o enunciador dessa coluna faz de si mesmo, tendo em vista seu co-enunciador. Nossa pesquisa baseou-se nos pressupostos da Análise do Discurso, de base enunciativa, e apresenta como macrocategoria de análise o ethos, de acordo com Maingueneau. Segundo este autor, o ethos é uma certa representação do caráter do enunciador. O ethos diz respeito ao efeito de sentido advindo da enunciação. Isto equivale a dizer que não é o que o enunciador diz de si, mas o que efetivamente emerge de seu discurso. Para a delimitação do ethos, foram analisadas a estratégia discursiva da refutação e a subjetividade. No que tange à refutação, pudemos ver que a um enunciado assertivo, opõe-se uma réplica que será defendida com recursos argumentativos. Coube, portanto, à análise, delimitar o que é asserção, refutação e argumentação. Dentro da perspectiva da refutação, vimos que, além da estratégia argumentativa, há marcas dos processos avaliativos em que, através da seleção vocabular, estabelece-se a subjetividade do enunciador-colunista. A oscilação entre pontos de vista contraditórios não impede que o enunciador-colunista assuma seu lugar ideológico.

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