FUNÇÃO DOS TEMPOS VERBAIS NO DISCURSO

Lúcia Helena Martins Gouvêa (UVA)

Este trabalho tem como proposta a apresentação dos resultados dos estudos acerca dos tempos verbais em determinados gêneros de textos jornalísticos, levando em conta a sua atuação no âmbito discursivo.

O objetivo principal foi investigar o modo pelo qual o emprego dos tempos pode funcionar argumentativamente. Para isso, recorreu-se a textos dos gêneros editorial e opinião colhidos de exemplares dos jornais O Globo e Extra, Jornal do Brasil e O Dia (2003).

A escolha dos quatro jornais está ligada às hipóteses formuladas e, para confirmá-las, estabeleceram-se alguns critérios de natureza social e lingüística como: análise de textos de gêneros específicos, publicados em jornais destinados a auditórios distintos - indivíduos privilegiados, ou desfavorecidos, quanto ao nível de escolaridade e à situação econômica; levantamento das formas verbais; utilização dos fatores lingüísticos grupo, variação e discordância temporais; ênfase ao aspecto qualitativo, mas com registro do quantitativo como comprovação.

No que se refere à fundamentação teórica, usaram-se as pesquisas de Harald Weinrich (1968) sobre a estrutura e o funcionamento dos tempos na linguagem. A partir da teoria do lingüista, procurou-se não só constatar suas conclusões mas também analisar outros aspectos, como a maior ou menor variação temporal e sua eficiência argumentativa. As contribuições de Ingedore W. Koch (1993) à teoria de Weinrich, no que concerne à sua validade para o português, igualmente serviram de embasamento.

Quanto aos resultados, pode-se antecipar, por exemplo, que há diferenças no que diz respeito ao emprego dos tempos, considerando-se o público-alvo.

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