INFLUÊNCIA DAS LÍNGUAS INDÍGENAS
NA FORMAÇÃO DO LÉXICO DO PORTUGUÊS DO BRASIL

Nataniel dos Santos Gomes (UNISUAM)

É óbvio que os índios não representam um povo, mas muitos povos, que se diferem bastante entre si. É claro que as línguas também são diferentes. Provavelmente na época da chegada dos primeiros europeus em nossa terra, o número de línguas fosse, no mínimo, o dobro do que é hoje. Assim, cada língua tem determinados traços, que podem coincidir com outras, mas no seu conjunto caracterizam-se como um sistema único de expressão humana. A obra jesuítica traz trabalhos comparativos de suma importância para análise das línguas da família Tupi da costa, já extintas. Estes Tupi tinham vindo do sul em movimentos migratórios, expulsando outros povos, que estavam a pouco tempo no litoral, de modo que foram estes que tiveram contato com os colonizadores e missionários. Os portugueses desprezaram as outras línguas por causa disto. O missionário jesuíta apaixonou-se pelo Tupi ao ponto de considerar-se hostil às outras línguas, criando a noção de padrão. É lógico que naquele momento o missionário tinha o objetivo apenas religioso. O ideal era tal, que rapidamente se suprimiu o problema da comunicação. A chamada língua geral, chegou a se implantar em certas regiões do Brasil. Assim, pretendemos analisar alguns traços lexicais que influenciaram a língua portuguesa do Brasil.

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