LETRAMENTO: VOCÊ PRATICA?

Cyntia Santuchi Peixoto (FAFIA)
Eliane Bisi da Silva
(FAFIA)
Ivan Batista da Silva (FAFIA)
Luciano Dutra Ferreira (FAFIA)

Este questionamento pretende informar, incentivar e despertar, de forma descritiva, informativa e crítica, a prática das atividades de letramento. É interessante observar que essa temática tenha surgido, ao mesmo tempo, em países distanciados tanto geograficamente quanto socioeconômica e culturalmente. O termo “letramento” tem sua origem na palavra “literacy” (da língua inglesa), que traduzida gera a palavra “literacia” (ou letramento). Letrar é viabilizar o desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais. O índice de analfabetismo no país é de 13,3% da população. Se for levado em conta o número de analfabetos funcionais (indivíduos capazes de escrever o próprio nome e identificar letras, mas que não sabem utilizá-las no seu meio social), o mesmo índice é elevado para 29,4% (dados extraídos da Folha de São Paulo, 27/03/2001). Baseada nesses dados, Magda Soares afirma que o índice chegaria a 50%, ou mais, se fosse considerado um grau mínimo de letramento. Segundo ela, a evolução desse fenômeno resulta na “reinvenção da alfabetização”. Seria um erro se dissociássemos alfabetização de letramento, pois quando o indivíduo é inserido no mundo da escrita e da leitura, isto se sucede, ao mesmo tempo, por dois modos: um pela obtenção do método convencional da relação fonema-grafema (alfabetização), e outro pelo desenvolvimento de habilidades que põe em exercício o método através de práticas sociais que envolvem a língua (letramento). Este trabalho, portanto, servirá como um instrumento de reflexão e subsídio para uma prática transformadora das atividades de leitura e escrita.

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