POLÍTICAS LINGÜÍSTICAS EM ESCOLAS
ROMPENDO A HIERARQUIA DISCURSIVA

Sérgio Arruda de Moura
Gérson Tavares do Carmo

Nossa comunicação pauta-se nos resultados parciais de projeto de extensão, implantado em uma grande escola pública estadual de Campos-RJ - o ISEPAM -, que visa à discussão, planejamento e implementação de metodologias específicas de produção e circulação de textos em circuito interdisciplinar. O objetivo consiste no desenvolvimento de condições que criem no aluno a liberdade para o uso expressivo e funcional do discurso, priorizando sua produção. Além de nos ampararmos na Lingüística Aplicada (LA), também nos baseamos na Lingüística Textual (LT) e na Análise do Discurso (AD), como ciências da linguagem que preconizam a linguagem em uso como reflexo do contexto sócio-cultural que os produzem. As ciências da linguagem têm papel fundamental neste trabalho por entendermos que as habilidades orais e escritas são a base da formação de alunos. Leitura e oralidade têm sustentação nestas disciplinas por se concentrarem na constatação e reflexão sobre as formas específicas como se desenvolve a “verticalidade” do discurso - fruto da concepção clássica do “autoritarismo” da escola -, seguida de sua discussão. Concentramos o trabalho de extensão na “quebra” da hierarquia discursiva, a partir de oficinas diversas que consistem de rodas de leitura, debate de problemas sócio-políticos conjunturais, montagem de pautas de elaboração de textos e confecção final de jornais murais (como forma concreta de produção, circulação e “consumo” do discurso). Em atividade paralela, procederemos à análise da reação de alunos/professores quanto ao “erro” em discursos produzidos na escola, bem como à reflexão sobre a gramática ideológica por meio da análise crítica de livros didáticos.

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