Alguns conceitos da Lingüística Sistêmico-Funcional
aplicados à análise do gênero 'redação do vestibular'
[1]

Josyele Ribeiro Caldeira (UFOP/PUC-Rio)

 

O presente trabalho tenciona apresentar conceitos teóricos para a análise da “redação do vestibular” enquanto gênero textual/discursivo, enfatizando aspectos tais como: seu caráter sócio-comunicativo e sua circulação sócio-histórica; sua funcionalidade e ação prática; a institucionalização de seu domínio; seu tema, estilo e composição específicos. Para o corpus de análise, foram selecionadas redações com a variação de notas de entre a mínima e a máxima, que equivalem, respectivamente, de zero a cem por cento. É mister que não seja abandonado o reconhecimento de que ela se trata de um gênero textual, por ter-se concebido a partir de uma recorrência social, inerente a um contexto de situação e cultura. Serão discutidas também as definições de gênero e registro, de acordo com a teoria sistêmico-funcional.

A redação do vestibular tem se mostrado um dos itens mais preocupantes do concurso em questão, tanto por parte dos alunos, quanto por parte dos profissionais da educação. Várias abordagens têm sido propostas, visando à adaptação dos concursos aos novos contextos da pesquisa – optando por questões mais voltadas para a inserção de um modelo mais interativo e menos tradicionalista-, bem como a aquisição do gênero pelos estudantes, o que inclui os educadores e suas práticas.

A respeito do estudo de gêneros, Meurer (2000: 29) afirma que:

[C]ada vez mais, evidencia-se a necessidade de novos estudos sobre diferentes gêneros textuais que desenvolvam instrumentais teóricos e práticos para demonstrar que, através de textos orais e escritos, criamos representações que refletem, constroem e/ou desafiam nossos conhecimentos e crenças, e cooperam para o estabelecimento das relações sociais e identitárias.

Cabe ressaltar aqui que, em se tratando de um exame decisivo para a futura carreira do profissional, e, também, considerando que a redação, principalmente em instituições públicas de ensino, perfaz um grande percentual da nota final, podendo, na maioria das vezes, ser decisiva para a aprovação ou não do candidato, seria extremamente pertinente que se proponha este trabalho. Além disso, ainda não se tem pesquisas suficientemente eficientes que abordem satisfatoriamente as indagações e problematizações que perpassam essa questão.

Não obstante, deve-se acrescentar que pesquisas que explorem a linguagem em sua situação de uso, ou seja, que tratem da linguagem em sua materialidade sócio-histórica, em sua aplicabilidade no sistema social, têm grande abertura no panorama de estudos lingüísticos atual, uma vez que tem se buscado uma maior abrangência dos resultados, que podem facilmente retornar ao seu locus em forma de reflexão e mudança de atitude.

Além disso, cabe ressaltar o caráter da realidade social que têm este gênero. Para isso, citamos Saito (2005: 39-40), que se apropria de Fairclough (1989: 85), ao dizer que:

[Q]uanto mais consciência tivermos de que um aspecto do senso comum, daquilo que parece natural, sustenta desigualdades de poder em detrimento de si próprio, mais esse aspecto perde a potencialidade de sustentar desigualdades de poder, de funcionar ideologicamente.

A partir daí, surgem questionamentos tais como o porquê de sua existência, para quê (qual seria seu propósito comunicativo), por quem e para quem (quem seriam os participantes); inclui-se aí outros fatores tais como a questão de recorrência da constituição textual (a partir de uma base argumentativa peculiar, mas não exclusiva, com origem na retórica clássica), ser inter-relacionada ou inter-dependente de um contexto sócio-historicamente institucionalizado. Pressupõe-se também a relação de dependência entre o produtor e o receptor (no caso, o candidato e a banca examinadora, respectivamente), relação esta que pode ser representada através de objetivos, intenções, onde o receptor encontra-se intrinsecamente incutido no momento da produção textual, devido ao propósito comunicativo deste gênero, que seria atestar eficiência no trato da linguagem, visando contextos acadêmicos de utilização das mesmas.

Citando Marcuschi, ao se referir a Bazerman, ele diz que “[s]ua convicção central é a de que pelo uso de textos, não só organizamos nossas ações diárias, mas também criamos significações e fatos sociais num processo interativo tipificado num sistema de atividades que encadeia significativamente as ações discursivas” (p. 10). Parece que seria exatamente isso que ocorre com o gênero “redação do vestibular”, ou seja, não se deve estudar um gênero em si mesmo, mas através do entendimento de seu funcionamento social e de sua relação com formas de constituição dos participantes, estando estes inseridos em uma cultura e suas respectivas instituições.

Citando Vian Jr. e Lima-Lopes (2005: 34),

[p]or isso, Martin (1992: 560) aponta que uma grande preocupação dos lingüistas sistêmicos tem sido estudar a constituição dos gêneros. Tal preocupação existe porque questões pertinentes às relações sociais e aos padrões lingüísticos nelas gerados não estão completamente resolvidas.

Partindo-se do pressuposto de que gêneros “são fatos sociais emergentes na atividade de compreensão intersubjetiva em situações típicas em que se deve coordenar atividades e compartilhar significados, tendo em vista propósitos práticos” (Bazerman: 11), pretende-se esmiuçar as características constituintes deste fato social, bem como analisar as vertentes dessa atividade em situações que demandam respostas típicas, mas não estáticas, buscando se alcançar propósitos práticos.

Nesse momento, torna-se necessário definir o que nós estamos tratando pelo gênero “redação do vestibular” e quais seriam as características desse gênero, incluindo sua função, sua formação retórica, seu contexto de produção, os participantes, seu processo sócio-histórico de construção. Gênero é uma condição sine qua non para toda comunicação verbal, ou seja, não há enunciado que não esteja enquadrado em um tipo específico de gênero. Sua materialidade seria sócio-historicamente definida e seus determinantes, segundo Marcuschi, são sua forma, suas funções e seu suporte (Marcuschi, 2002: 20).

Sobre gênero, assim se posiciona Marcuschi:

Partimos da idéia de que a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual. Essa posição, também defendida por Bakhtin [1997] e também por Bronckart (1999) é adotada pela maioria dos autores que tratam a língua em seus aspectos discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais. Esta visão segue uma noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva. Privilegia a natureza funcional e interativa e não o aspecto formal e estrutural da língua. Afirma o caráter de indeterminação e ao mesmo tempo de atividade constitutiva da língua, o que equivale a dizer que a língua não é vista como um espelho da realidade, nem como um instrumento de representação dos fatos. (...) É neste contexto que os gêneros textuais se constituem como ações sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo. (MARCUSCHI, 2002: 22)

Meurer (no prelo) assim os define:

Gêneros textuais ‘são tipos específicos de texto de qualquer natureza (Swales, 1990), caracterizados por funções específicas e organização retórica mais ou menos típica. São reconhecíveis pelas características funcionais e organizacionais que exibem e pelos contextos onde são utilizados. São formas de interação, reprodução e possível alteração sociais que constituem, ao mesmo tempo, processos (Kress, 1993) e ações sociais (Miller, 1984) e envolvem questões de acesso (quem usa quais textos) e poder’ (MEURER, no prelo).

Motta-Roth (2005: 181) afirma que “vale acrescentar que o conhecimento humano é construído através de gêneros – linguagem usada em contextos recorrentes da experiência humana – socialmente compartilhados”. Mais ainda, ela enfatiza que “é importante encararmos “gêneros” como atividades culturalmente pertinentes, mediadas pela linguagem num dado contexto de situação, atravessado por discursos de ordens diversas” (idem). Ela se propõe, no artigo de referência, a explorar ‘gênero’ como “fenômeno estruturador da ‘cultura’ que, por sua vez, se constitui como um conceito complexo, que pode sofrer vários recortes” (ibidem).

A autora (2005: 183) (Apud Kress, 1989: 19) afirma que “os eventos sociais que constituem uma instituição ou cultura têm diferentes graus de ritualização. O conjunto dos gêneros que constituem uma dada sociedade, portanto, se configuram como um ‘inventário’ dos eventos sociais mediados pela linguagem em uma dada instituição ou cultura”.

Motta-Roth (2005: 184) define gêneros como:

[a]rtefatos culturais (Miller, 1984: 164), formas recorrentes e significativas de agir em conjunto, que põem alguma ordem no contexto da vida em coletividade (nos termos de Clifford Geertz, 1983: 21); como formas de vida que se manifestam em jogos de linguagem, de tal sorte que a linguagem é parte integral de uma atividade (nos termos de Ludwig Wittgenstein ([1953] 1958: 88, parágrafo 241) a ponto de o gênero tornar-se um fenômeno estruturador da cultura.

Dentro dessa perspectiva, os principais objetivos desse trabalho são:

– Descrever o gênero ‘redação do vestibular’.

– Discutir questões de gênero e registro.

– Caracterizar sua relação com o discurso acadêmico.

– Analisar as estratégias argumentativas apresentadas na amostragem.

Além disso, tem-se perguntas específicas como:

– O que seria o gênero ‘redação do vestibular’?

– Quais seriam seus elementos constitutivos, ou seja, como seria constituída sua organização textual, qual seria sua relação com as tipologias textuais?

– Quais seriam seus elementos obrigatórios e opcionais (Hasan, 1989)?

Para tanto, o corpus foi construído a partir de uma interação numa situação histórico-cultural determinada, sendo constituído por de 135 redações, que foram realizadas nos anos de 2004, 2005 I e 2005 II. As Universidades que nos cederam, gentilmente, o corpus foram a UFV (Universidade Federal de Viçosa– MG), a PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro-RJ) e a UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto– MG), respectivamente.

Adentrando o campo teórico-metodológico da Lingüística sistêmico-funcional, principalmente em Halliday, Hasan, Martin, Eggins, Kress, algumas perguntas tormam-se, para a análise proposta, extremamente pertinentes (baseado em artigo de Motta-Roth e Herbele, 2005): a) Que atividade social está sendo executada no gênero “redação do vestibular” e com que objetivo? b) Quem participa do gênero em questão e qual seria a relação entre os participantes? c) Qual seria o papel da linguagem nesse contexto situacional e cultural? Como se configura o texto em virtude dos propósitos comunicativos desse gênero? Que canais e meios estão sendo utilizados?

A teoria de registros e a teoria de gêneros, inerentes à Lingüística Sistêmico-funcional (LSF), servirão como o principal arcabouço dessa pesquisa.

Introduziremos a teoria sistêmico-funcional, a partir da noção de metafunções. Segundo Christie, (2004: 20):

A noção de metafunções foi mencionada no pensamento de Halliday ainda na década de 60, embora tivesse sido aprimorada no final da mesma. Toda linguagem natural possui três fundamentais metafunções: a metafunção experiencial [ou ideacional] (natureza das experiências representadas na linguagem); a metafunção interpessoal (natureza das relações realizadas na linguagem); e a metafunção textual (fazer coisas com a linguagem para organizar texto como mensagem). (…) A metafunção ideacional relata, mais fundamentalmente, o campo de atividade; a metafunção interpessoal relata, mais fundamentalmente, os participantes da atividade; já a metafunção textual relata, mais fundamentalmente, o modo de comunicação do texto. (Christie, 2004: 21).

A partir daí, faz-se relevante que se descrevam os aspectos constituintes do contexto situacional. As características apresentadas a seguir se referem aos conceitos que servirão para interpretar o contexto social de um dado texto, o ambiente no qual o significado está sendo negociado. A primeira delas seria a noção de campo do discurso (o que está acontecendo), e remete à natureza da ação social. O campo expressa diretamente a função ideacional na semântica. A segunda seria os participantes do discurso (quem está participando), e refere-se à constituição dos mesmos enquanto seres que assumem status e papéis sociais muito bem definidos. Os participantes são expressos diretamente por sua função interpessoal na semântica. E o terceiro seria o modo do discurso (qual a forma que a linguagem toma), o como a linguagem está sendo configurada em função da situação; ou seja, qual seria sua organização simbólica, seu status, sua função no contexto, incluindo o canal, a forma retórica (tal como forma de persuasão, exposição, didática, dentre outros). O modo é expresso diretamente por sua função textual na semântica.

Martin retomou a distinção original de Malinowski entre contexto de situação (1923) e contexto de cultura (1935), distinção essa que também é utilizada por Halliday & Hasan (1985). Christie afirma que:

Martin defendeu que um texto envolve um rol de escolhas lingüísticas que dizem respeito ao campo, participantes e modo, e que estes são a condição do contexto de situação. Além disso, ele defendeu que um texto é constituído na instância de um gênero particular, onde a escolha do gênero seria uma condição do contexto de cultura. (Christie, 2004: 23).

Hasan (1989: 56) relaciona a configuração contextual proposta por Halliday com o conceito de estrutura textual proposta por ela. Ela diz ainda:

Na unidade estrutural de um texto, a configuração contextual toma um papel central.se texto pode ser descrito como ‘linguagem realizando algum objetivo, em algum contexto’, então seria racional descrevê-la como a expressão verbal de uma atividade social; a configuração contextual seria um conjunto de atributos significativos da atividade social. Então, não seria surpresa que as características da configuração contextual possam ser usadas para construir tipos de predicações sobre a estrutura do texto. Essas seriam:

1.  Quais elementos devem ocorrer;

2.  Quais elementos podem ocorrer;

3.  Onde eles devem ocorrer;

4.  Onde eles podem ocorrer;

5.  Com qual freqüência eles podem ocorrer (p. 56).

E acrescenta que CC engloba elementos obrigatórios (1) e opcionais (2) da estrutura social, bem como sua seqüência (3 e 4) e a possibilidade de recorrência (5).

Segundo a autora, gênero seria definido somente por seus elementos obrigatórios; entretanto, os elementos opcionais podem não ocorrer aleatoriamente. Essa esquematização terá um papel central na descrição do gênero “redação do vestibular”, que, por nós, está sendo proposta, e para a qual serão descritos os elementos acima dispostos.

Hasan (1989) diz ainda que papéis são determinados socialmente, o que resgata a idéia de distância social, que condiciona a interação entre os participantes e o estilo da comunicação.

Motta-Roth e Herbele (2005: 12) afirmam, a respeito dos postulados de Hasan, que:

Existem princípios de coerência, subjacentes à sociedade, para orientar a seleção e organização dos significados relevantes em uma comunidade e que tais princípios são expressos por meio de padrões de uso da linguagem. De acordo com Bernstein (Apud Hasan, 1999: 22), as relações sociais influenciam os padrões de seleção ‘do que é dito e como é dito’. Tanto a seleção e a organização dos significados relevantes dentro da estrutura social quanto o próprio sujeito são posicionados em termos da divisão social do trabalho (Bernstein, 1990: 28). Segundo o autor: [...] o texto é a forma visível palpável e material da relação social. Deveria ser possível recuperar a prática interacional específica original a partir da análise do (s) texto (s) no contexto dessa prática.

Além disso, Motta-Roth e Herbele (2005: 12) acrescentam que:

A relação entre três elementos centrais – os significados considerados relevantes, as formas lingüísticas que realizam esses três significados e os contextos que os evocam – varia conforme a posição do sujeito, usuário da linguagem, quanto a seu maior ou menor grau de poder na sociedade (Apud Cloran, 2000: 155).

Retornando aos conceitos de gênero e suas especificidades, Hasan diz que a Estrutura Genérica Potencial (EGP) de um dado gênero equivale ao somatório de elementos obrigatórios e opcionais, e faz uma ressalva afirmando que a opcionalidade não implica necessariamente total liberdade, uma vez que o conceito de recorrência se faz presente por determinar as possibilidades de ocorrência.

Dessa forma, as variáveis do contexto definiriam a configuração textual de um determinado gênero, o que permite que sejam feitas previsões sobre qualquer “texto apropriado a um dado contexto, i. é, qualquer texto passa a ser considerado um exemplo ‘em potencial’ de um gênero específico. Enquanto a configuração contextual determina uma classe de situações, o gênero se configura na linguagem que desempenha o papel apropriado àquela classe de acontecimentos sociais” (Motta-Roth & Herbele, 2005: 17).

Entretanto, o modelo de Hasan, apesar de extremamente pertinente, deixa faltar uma análise das redes de relações existentes entre os diferentes tipos de textos, devido ao fato de isso não poder ser detectado somente a partir do contexto de situação. A referida rede permitiria a diferenciação funcional dos gêneros. O que Hasan propõe parece muito preso às estruturas genéricas, enquanto que a proposta de Martin, Kress, enfatizam aspectos sociais, indo além do textual, buscando uma relação entre os gêneros, que ultrapassaria o contexto de situação. Explicando melhor, poderíamos dizer que Hasan não abrange generalizações com respeito a uma possível e provável relação comparativa entre Estruturas Genéricas Potenciais (EGPs), inerentes aos mais variados contextos. Daí a necessidade de incluirmos a perspectiva de Martin, que prevê que gênero estaria alocado acima e além das metafunções, uma vez que o relaciona aos processos sociais. Assim, poder-se-ia, dentro dessa perspectiva mais ampla, tanto predizer quanto descrever gêneros, possibilitando, com isso, uma melhor abrangência, principalmente no tocante ao retorno à esfera educacional, com relação ao processo de ensino-aprendizagem.

Citando Motta-Roth e Herbele (2005: 13), para enfatizar o acima exposto, pode-se dizer que:

Hasan (1995, p. 183) adota essa teorização [sistêmico-funcional e variáveis de registro] para discutir o sistema de relações necessárias entre linguagem e seu contexto de uso. A visão hallidayana de gramática evidencia o caráter dialético entre situação (o fazer) e sua materialização no léxico, na gramática e em todos os neveis de significação da linguagem (o dizer). O texto é definido como a ‘instância de uso da linguagem viva que está desempenhando um papel em um contexto de situação’ (Halliday, 1989: 10).

Para concluir, a análise, ainda em fase de construção, está sendo realizada a partir dos seguintes pontos, com base no posicionamento teórico exposto acima:

-– Análise macro-estrutural de questões de gênero e registro aplicadas ao corpus em questão.

-– Análise dos elementos opcionais e obrigatórios constantes do mesmo.

-– Discussão sobre a relação do gênero com o discurso acadêmico.

-– Discussão sobre as bases argumentativas recorrentes.

Como foi demonstrado acima, o quadro teórico da Lingüística Sistêmico-Funcional, utilizado nessa pesquisa, oferece instrumental de análise para acontecimentos de linguagem em uso, em suas mais diferentes realizações, o que expande sua possibilidade de aplicação a variados tipos de gêneros, com o intuito de clarificar como a linguagem é configurada dentro dos diversos contextos de situação e de cultura, rumo a variados e relevantes fins sociais.

 

Referências bibliográficas

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MOTTA-ROTH, D. Questões de metodologia em análise de gêneros. In: KARWOSKI, A., GAYDECZKA, B., BRITO, K. S. (Orgs.) Gêneros Textuais: reflexões e ensino. União da Vitória: Kaygangue, 2005, p. 179-202.

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SAITO, C. L. N. Homem-Aranha II – Uma análise dos mecanismos enunciativos de um gênero da esfera da criação cinematográfica. In: CRISTÓVÃO, V. L. L.; NASCIMENTO, E. L. (Orgs.).Gêneros textuais: teoria e prática II.: Palmas e União da Vitória: Kaygangue, 2005, p. 37-58.

VIAN JR., O; LIMA-LOPES, R. E. A perspectiva teleológica de Martin para a análise dos gêneros textuais. In: Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005, p. 29-45.


 


 

[1] Parte de capítulo teórico da dissertação de mestrado “O gênero “redação do vestibular” na perspectiva sistêmico-funcional”, a ser apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem da PUC-Rio, sob a orientação da Profa. Dra. Lúcia Pacheco de Oliveira.

 

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