OS BILHETINHOS
COMO MANIFESTAÇÃO DISCURSIVA DE RESISTÊNCIA

Denise Gomes Leal da Cruz Pacheco (UFRJ)
deniselpacheco@yahoo.com.br

 

(...) a história de qualquer povo, a história de qualquer sociedade, a história a de qualquer cultura se desenrola inevitavelmente graças ao conflito e tensão entre mudança e conservação (Azeredo, 2005: 33)

 

As condições de produção dos bilhetinhos

Quem ainda não viveu situações discursivas formais como participar, como ouvinte, de uma palestra ou de uma reunião de trabalho? Quem ainda não assistiu a uma conferência, sentado no meio de uma fileira extensa de um auditório lotado sobre um assunto repetitivo ou fora de seu interesse? Ou ainda não assistiu àquela aula “chata” que não acabava nunca?

Essas e outras situações discursivas (SD) são muito comuns no mundo letrado. Como conciliar a insatisfação de ouvinte e as exigências das regras de educação e de polidez? Várias são as opções viáveis: desligar-se e iniciar um outro contrato de comunicação (doravante CC) – Charaudeau 1983 e 2005 – ler um texto de alguma publicação disponível no momento, dar continuidade a uma atividade escrita individual interrompida, folhear um folder entre outras possibilidades.

Uma das mais freqüentes estratégias adotadas nessas situações é a troca de bilhetinhos (doravante BI), muito populares, especialmente nas SD institucionais, como por exemplo nas escolas, durante as aulas. Na constituição desses BI são colocados em dia os assuntos pendentes; veiculadas as fofoquinhas do momento; criticadas as aulas; firmados programas “after school” – o cineminha, a conversa no MSN, o jogo no clube, o telefonema...

O presente artigo objetiva mostrar como esses BI podem ser analisados como manifestação discursiva de resistência. São, portanto, uma interessantíssima fonte de reflexão sobre o funcionamento dos CC.

 

Os BI sob a ótica da Análise do Discurso

(...) os sentidos do texto produzido serão, ao mesmo tempo, sobredeterminados pelas restrições da situação de troca, e singulares pela especificidade do projeto de fala (Charaudeau, 2005: 19).

Para analisar os BI será retomado o referencial teórico da Semiolingüística Discursiva (Charaudeau, 1983, 2004, 2005), através do qual pode ser explicitada a ocorrência e o funcionamento dos BI como CC. De acordo com Charaudeau (idem), para compreensão dos CC, alguns fatores devem ser analisados como as condições de produção (CP) da SD, ou seja, os elementos estruturantes e indispensáveis à existência do discurso, os espaços de cooperação e o preenchimento das identidades sociais – EUc, eu comunicante e TUi , Tu interpretante – e discursivas – EUe (eu enunciador e TUd, Tu destinatário. Para o autor, o funcionamento dos mecanismos discursivos se dá em dois circuitos distintos: um externo e um interno, conforme podemos visualizar na figura a seguir (cf. figura 1). Do circuito externo fazem parte as identidades sociais, ou seja, os seres humanos, identificáveis psico-socialmente: o EU comunicante aquele que fala ou escreve e o TU interpretante – aquele que ouve ou lê – interpreta– o texto. Do interno, as identidades discursivas, cuja existência é teórica: o EU enunciador e o TU destinatário.

                                            CIRCUITO EXTERNO           

                                            FAZER /  AÇÃO                      

                                                                                              

SUJEITO EMPÍRICO

EU comunicante

 

Identidade Social            

            DIZER                        SUJEITO EMPÍRICO

TU interpretante

 

     Identidade Social

                                                           CIRCUITO INTERNO            

                                            EUenunciador              TU destinatário                 

                                                                                              

                                            Projeção imaginária                  

                                                                                              

                                            CIRCUITO INTERNO            

                                            Ajuste intencional                    

(Figura 1: O funcionamento do Discurso –Charaudeau, 2004)

 

O ato de comunicar ou os jogos de linguagem, em cujas bases se fundamentam os CC, são, ainda segundo Charaudeau, uma aventura, pois todas essas variáveis vão interferir na confecção desse projeto de comunicação, que, como todo projeto, pode ou não ser bem sucedido (Charaudeau & Maingueneau, 2004).

Sabemos que em situações formais de fala, a palavra geralmente fica centralizada em uma das instâncias subjetivas, no caso, a comunicante (ISC). Temos então a configuração de uma SD, cujo CC firmado implica, como em todos os CC, a existência de normas, de convenções aceitas pelos participantes, as ‘leis do discurso’, que ‘obrigam os interlocutores a se inscreverem em uma SD específica. Assim, um determinado CC firmado, doravante CC1, será mantido, se o que está sendo falado motivar o ouvinte (ISI). Se isso não ocorrer, em função de razões múltiplas, dentre as quais podemos destacar o simples desinteresse da instância subjetiva interpretante (ISI) pelo tema abordado, poderá haver uma ruptura desse CC1 e ser instaurada uma SD paralela – SD2. Automaticamente poderá estar sendo firmado um novo CC, o CC2.

Nesse caso, poderá ser instaurado um processo de monolocução ou entrecruzamento de vozes e uma alternância de papéis discursivos (PD). No funcionamento tanto do circuito interno quanto externo da SD original – SD1 – uma identidade social – o  TuI poderá manter o PD de TuI, mas deixar o PD de TuD vazio. Esse espaço poderá ser então ocupado pela ISC, a qual acumulará três PDs – o de comunicante e o de enunciador, além de assumir-se no PD de destinatário na SD1.

Na instituição do CC2, o Euc (ISI do CC1) passa a ser ISC do CC2. Ocorre, então, a inserção de uma outra identidade social, provavelmente também resistente ao CC1. Essa identidade social passa a assumir um dos PD no CC2. É interessante registrar que mesmo com a ocorrência dessa alternância de ocupação de PDs, não deixaram de ser respeitadas as regras de polidez com que os dois CC são firmados. Exige-se a participação em jogo de manipulação dos espaços discursivos disponíveis às IS, conforme nos ensina Charaudeau, 2005: 18-19:

Dizemos então que a estruturação de um ato de linguagem comporta dois espaços: um espaço de restrições, que compreende as ações mínimas às quais é necessário atender para que o ato de linguagem seja válido, e um espaço de estratégias, que corresponde às escolhas possíveis à disposição dos sujeitos na mise-em-scene do ato de linguagem (Charaudeau, 2005: 18-19) – Ênfase do autor.

A instauração de mais de uma SD, que se consubstancia através de BI ou “diálogos paralelos”, se dá de modo simultâneo entre as ISC e as ISD dissidentes, funcionando como manifestação discursiva de resistência.

Para a melhor compreensão do funcionamento dos BI como tal, outros dois importantes constructos teóricos como o processo de  elaboração de faces (Goffman, 1981) e o de auditório universal (Perelman, 2002) vêm somar-se aos pressupostos charaudeaunianos para que a análise discursiva desse fenômeno lingüístico possa ser realizada.

Segundo a teoria goffmaniana, “todo indivíduo possui duas ‘faces’: uma negativa, que corresponde ao ‘território’ de cada um (seu corpo, sua intimidade); e uma positiva, que corresponde à fachada social, à sua própria imagem (que permite a formação de juízos de valor) que tenta apresentar aos outros.

Para Perelman, um dos elementos a serem levados em consideração no processo argumentativo é o conceito de auditório universal:

(...) todo discurso se dirige a um auditório sendo muito freqüente esquecer que se dá o mesmo com o todo escrito. Enquanto o discurso se dirige a um auditório, a  ausência material de leitores pode levar o escritor a crer que está sozinho no mundo, conquanto na verdade, seu texto seja sempre condicionado, consciente ou inconscientemente, por aqueles a quem pretende dirigir-se. (Perelman, Ibidem;7 – Ênfase minha).

Associando esses elementos teóricos aos da Semiolingüística Discursiva anteriormente apresentados, podemos entender como e por que pode haver o entrecruzamento dessas vozes discursivas na constituição paralela e simultânea desses CC1 e CC2. Ao universalizar seu ‘auditório’, a ISC do CC1, protegendo sua face negativa, constrói seu discurso numa perspectiva reflexiva e não recíproca. No conjunto de participantes dessa SD1 não houve autorização mútua para a conversa. Mantém-se, assim, um único foco móvel de atenção – da IS1 para si mesma.

Assim, a formulação goffmaniana de proteção de faces pode explicar por que, em determinadas SD, o funcionamento do discurso se dá em uma perspectiva unicamente reflexiva e não recíproca, abrindo espaço para a instauração de um novo CC, no qual a IS que na SD1, inicialmente interpretante (ou supostamente destinatária), passa a ser, na SD2, comunicante (a mesma identidade social – Euc do CC1) e comunicante e enunciadora na SD2 do CC2. Esse processo de ocupação de PDs viabiliza, assim, o surgimento de uma terceira IS com o objetivo de interagir discursivamente com a IS2 – configurando um entrecruzamento de vozes e de discursos, como na manhã modernamente descrita do poeta João Cabral de Melo Neto, em Tecendo a Manhã.

 

Os bilhetinhos como manifestação discursiva de resistência

Todo sujeito linguageiro deve, ao mesmo tempo, posicionar-se com relação aos outros (quer se trate do parceiro real do ato de linguagem ou de diversos destinatários visados). Ele deverá, pois, usar de estratégias discursivas para criar relações de aliança ou de oposição com relação a seu(s) destinatário (s). (Charaudeau, 2005: 26 – ênfase do autor).

Pelas próprias condições em que se têm desenvolvido o exercício do magistério na realidade atual brasileira, no contexto de uma aula, o professor geralmente se planeja para dirigir-se a um auditório universal – as turmas da mesma série em que leciona. Muitas vezes, ao ministrar uma aula expositiva, estrutura-a calcado nos moldes de tendências pedagógicas dissonantes em relação às exigências do contexto escolar no qual está atuando[1]. Conseqüentemente, suas opções lingüísticas podem estar constituindo um discurso que tende a dirigir-se a si próprio: o professor – Eue a ele mesmo, no PD de Tud, como um eco do que já domina e deseja transmitir, ainda que de modo impessoal.

Nessa (re)produção do discurso científico, a ISc se apaga como sujeito de seu discurso e incorpora uma voz que muitas vezes não é a sua, mas que é repetida, pois está na ‘matéria a ser ensinada’, ‘está no manual do professor’. Assim, grande parte dos ‘procedimentos’ docentes é realizada segundo determinada concepção de ensino, a despeito da identificação da ideologia a que discurso estruturado sob aquela concepção esteja se filiando. A mera (re)produção desse discurso tem como pressuposto fundamental a preservação tanto da face positiva quanto da negativa do professor e delimita os ‘territórios’ – o do docente e o do(s) discente(s).

Para compreender bem como se dá a instauração dessa SD paralela e de um CC2, analisemos um BI (cf. p. 225-226)  escrito durante uma aula de Língua Portuguesa em turma de 8ª série do EF em escola da rede pública do RJ. Cabe ressaltar as CP desse BI. Ele foi escrito durante uma aula expositiva de língua portuguesa – revisão de classificação de orações subordinadas.

Nesse BI , o tom impresso é o de frouxidão. A linguagem é bastante informal. O interlocutor que o inicia não demonstra capricho. Os deslizes ortográficos identificados podem seguramente ser atribuídos muito mais a este certo descompromisso com a escrita do que a um possível desconhecimento da ortografia das palavras. Encontramos marcas da oralidade como na linha 4 (), “pergunta aí pro pessoal” (l. 10), “tá”  (l.15). A inclusão dessas marcas imprime ao discurso espontâneo um tom de busca da cumplicidade, bem característico deste tipo de texto.

Identifica-se, contudo, respeito à pontuação, à paragrafação. Destaque seja dado também ao emprego da palavra ‘eclética’, cuja inclusão revela um bom domínio de vocabulário. Podemos identificar também o registro de vida cultural extraescolar, fato bastante sugestivo e digno também de destaque, bastante contrastante com a SD1, mantida em paralelo pela professora, que continuava dando a sua aula, classificação de orações em períodos compostos enquanto as duas jovens conversavam através do BI.

 

Figura 2: Bilhetinho

 

Observe-se as CP do BI – uma total desvinculação do que estava sendo discutido na SD1, na qual o professor era ISe. Destaquem-se dois trechos do BI – na SD2. No primeiro fica explícito um acordo quanto ao tema da “conversa” – o que evidencia acordo quanto aos termos em que o CC2 foi firmado: “Eu quero conversar sobre música pode ser? Porque (sic) não?” (coluna 1 do BI).

Em outro trecho fica configurada a duplicidade de PD ocupados pelas IS que dialogam: “E aí você leva quem quiser menos eles! Valeu? Se você quiser saber porque (sic) na hora da saída eu te dou detalhes, tá?” A ISe deixa evidenciada a resistência quanto à manutenção do CC1, mas o fato de ser mencionada a hora da saída deixa explícito que, mesmo não ocupando o lugar discursivo de ISd, permanece como Tui na SD1, em respeito às regras disciplinares da escola que exige polidez e permanência no lugar discursivo de ouvinte – aluno.

 

Possíveis desdobramentos da análise

Na medida em que desenvolve atitudes de não-envolvimento e descompromisso, o alunado levanta questões que não podem ser ignoradas, pois suscitam uma séria reflexão: Como ensejar a realização de atividades que realmente despertem o interesse dos alunos, comprometendo-os como sujeitos no CC que necessariamente deve ser firmado entre professor e alunos, para que uma aula possa acontecer de modo produtivamente interativo? Poder-se-ia afirmar com certeza que em toda aula professor e alunos são personagens da mesma cena? [2]

Diante da constatada ruptura no processo de interlocução entre professor e aluno(s), poder-se-ia afirmar que o problema em relação ao DP é, certamente, a cristalização de sentidos e a constituição de (des)sentidos nessa complicada tentativa de inter/monolocução. Na verdade, a análise do funcionamento da linguagem no DP permite a identificação de uma tão ‘indiscutível’ transparência para o EU enunciador (professor) que ele não percebe o distanciamento entre o que enuncia e o que o aluno consegue (ou está apto a) absorver.

Lamentavelmente, o discurso didático tem enfrentado uma grande dificuldade no estabelecimento de um ponto de intercessão, ou, em outras palavras, de criação de possibilidade de interlocução, na qual estejam efetivamente em sintonia docente e discentes. Este poderia ser o nó da questão pedagógica a qual fica, na maioria dos casos, restrita à simples constatação de atos de indisciplina por parte dos alunos.

Situações discursivas como a que acabamos de analisar acontecem todos os dias em salas de aula nas escolas brasileiras. Vêm acontecendo durante toda a história do sistema escolar no Brasil. Como lidar com essa realidade?

Uma possível resposta a ser apresentada seria a de que hoje a identidade do professor está fragmentada e seu papel bastante descaracterizado. Veicula-se em relação a esse profissional um discurso ameaçador à sua face positiva. Até ele próprio assume-se como aquele que ganha pouco, que é digno de pena, por ser extremamente desrespeitado. Como destinatário, sua face negativa é freqüentemente ameaçada por falsas promessas de governantes que tomam a causa da educação como bandeira de luta e ‘projeto eleitoral’.

Como afirma Maingueneau, 2001: 39, ‘uma mesma fala pode ameaçar uma face com o intuito de preservar outra’. Quando o assunto é educação, o discurso oficial exerce de forma bastante consistente esse duplo papel: as autoridades governamentais praticam ‘falas’ que ameaçam sua face positiva, comprometem-se a ‘resolver’ os problemas da educação no país, mas esses discursos na verdade cumprem o papel de desvalorizar a  face positiva dos cidadãos que, fartos de falsas promessas, vêem com descrédito as práticas escolares.

Essa atitude de descomprometimento se espraia pelas comunidades educativas. Cabe perguntar: Até quando os educadores vão continuar permitindo que sua ‘face’ seja tão atingida? Como conseguir preservar a ‘face’ dos jovens estudantes brasileiros?

Valorizar as diversas manifestações da produção escrita discente seria um primeiro passo para atuar diante da ruptura com a enunciação comprimida, afligida, confrangida a que o alunado tem se submetido. Esse deve constituir-se objetivo primeiro do ensino de língua portuguesa em todas as instituições nos mais diversos graus de ensino.

Comprovamos, em nossa prática docente, o que Neves (2000) já enfatizava: os professores de todas as disciplinas (e não somente os de língua portuguesa) devem conhecer o funcionamento da linguagem no discurso que veiculam, isto é, o modo como é usado o conhecimento lingüístico, tanto lexical quanto sintático e semântico.

Matencio (1998: 104) referindo-se à função intermediadora de professores entre alunos e o livro didático de português afirma que “a escola não pode (e não deve) esquecer o vínculo entre práticas discursivas e práticas sociais, e precisa reconhecer que transformações nas ações com e sobre a linguagem representam trabalho e implicam confrontos e conflitos de identidade”.

É muito importante que os professores se conscientizarem do jogo de poder que perpassa a interação lingüística e que o papel de cada docente é muito importante no processo de transformação das relações  socioculturais. Arriscamos complementar essa visão, afirmando que a ocorrência dessas relações se dá, inclusive, nos espaços extra-escolares.

Acreditamos ser essa a concretização do processo de construção da cidadania através da leitura de mundo, por Paulo Freire (1993) tanto defendida. Cremos ainda que as relações de interdependência entre os elementos discursivos que compõem as seqüências discursivas destacadas na análise configuram um espaço de discursividade do DP referendado por um discurso científico, pretensamente veiculado de modo ‘imparcial’.

Cabe reiterar a relevância da defesa de ações interdisciplinares. Essa seguramente é a fórmula para que a produção acadêmica esteja realmente a serviço da comunidade em que a ação educativa esteja sendo desenvolvida. E os CC firmados nas salas de aula quem sabe possam ser mais autênticos e os bilhetinhos continuem a ser escritos, mas para comentar, criticar e acrescentar dados e/ou informações acerca do que está sendo apresentado na SC formal de que as IS estejam participando...

 

Referências bibliográficaS

AZEREDO, José Carlos de. A quem sabe ensinar a leitura e a escrita? In: PAULIUKONIS , Maria Aparecida Lino e GAVAZZI, Sigrid.(orgs.). Da Língua ao Discurso: Reflexões para o Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 30-42.

CHARAUDEAU, Patrick. Langage et Discours– Éleménts de semiolinguistique. Paris: Hachete, 1983.

––––––. Palestra proferida no VII Fórum de Estudos Lingüísticos. Rio de Janeiro: UERJ, 2004.

––––––. Uma análise semiolingüística do texto e do discurso. In: PAULIUKONIS , Maria Aparecida Lino e GAVAZZI, Sigrid.(orgs.). Da Língua ao Discurso: Reflexões para o Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 11-29.

CHARAUDEAU, Patrick. & MAINGUENEAU, Dominique. Dicionário de Análise de Discurso. Sâo Paulo: Contexto, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

––––––. A importância do ato de ler. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

GOFFMAN, Erving. Façons de parler, trad. Fr. Paris, Minuit (1ª ed. Forms if talk, 1981).

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 2003.

MAINGUENEAU, Dominique. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2001.

––––––. Novas tendências em Análise do Discurso. Campinas: Unicamp, 3ª ed. 1997.

MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Leitura, produção de textos e a escola: reflexões sobre o processo de letramento. Campinas: Mercado de Letras, 1998.

NEVES, Iara Conceição Bittencouurt et alli. (orgs.). Ler e escrever: compromisso de todas as áreas. 3ª edição. Porto Alegre: Editora da Universidade do Rio Grande do Sul, 2001.

PERELMAN, Chain & OLBRECHTS-Tyeca, Lucie. Tratado da Argumentação: A Nova Retórica. São Paulo: Maryins Fontes, 2002.


 


 


[1] Luckesi (2003) aponta as tendências pedagógicas desenvolvidas na história da educação do Brasil. A aula expositiva, SD que, geralmente, motiva a formulação de bilhetinhos, situa-se na tendência tradicional, muitas das vezes em uma perspectiva bancária (Freire, 1990). A aula, segundo essa tendência é a mera transmissão de conteúdos. O professor é o transmissor (instrutor) e o aluno um receptáculo de conhecimentos “transmitidos”.

[2] A palavra está sendo empregada como concebida em Maingueneau, 2001: espaço discursivo em que se desenvolve a situação discursiva.

 

...........................................................................................................................................................

Copyright © Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Lingüísticos