FIGURAS DE LINGUAGEM E ENSINO

Afrânio Garcia (UERJ)

 

FIGURAS DE LINGUAGEM SEMÂNTICAS

Símile ou comparação

Consiste numa comparação explícita, com a presença do elemento comparativo: como, tal qual, igual a, feito, que nem (coloquial), etc., entre duas palavras ou expressões.

1)      Ela é bela como uma flor.

2)      Ele é esperto feito uma raposa.

3)      Ele é magro que nem um caniço.

4)      O menino manteve-se firme, tal qual uma rocha.

 

Metáfora

Consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade, entre duas palavras ou expressões.

5)      Ela é uma flor.

6)      Ele é uma raposa.

7)      Somente a Ingratidão — essa pantera

Foi tua companheira inseparável (Augusto dos Anjos)

 

Metonímia

Consiste numa comparação parcial implícita, numa relação de contigüidade ou aproximação, entre o significado de uma palavra ou expressão e uma parte do significado, ou um significado associado ao, de outra palavra ou expressão.

Pode compreender relações de parte-todo, características, localização, continente-conteúdo, causa-efeito, etc.

8)      Beber um Porto.

9)      Ser vítima do latifúndio.

10)   Deixar de ser um João.

11)   Sua beleza é um avião.


 

Sinédoque

É um tipo de metonímia centrado na idéia de inclusão, normalmente baseado na relação parte-todo.

Exemplos:

12)   Conseguir um teto e um pouco de pão.

13)   Lutar pela criança e pelo velho.

14)   Tomar uma Brahma.

15)   Comprar uma gilete.

 

Catacrese

Consiste no emprego de um termo figurado por falta de outro termo mais apropriado. É um tipo de metonímia ou metáfora que, de tão usada, deixou de ser considerada como tal pelos falantes.

16)   A perna da mesa

17)   O dente de alho.

18)   O de feijão.

 

Perífrase

Consiste na substituição de um termo por uma expressão que o descreva.

19)   A capital do Brasil.

20)   A cidade maravilhosa.

21)   Quando a indesejada das gentes (= morte) vier.

 

Antonomásia

Um tipo especial de perífrase que consiste na substituição de um nome próprio por um nome comum, ou vice-versa, ou ainda pela denominação de alguém por meio de suas características principais ou por fatos marcantes de sua vida.

22)   O Poeta dos Escravos.

23)   A Redentora.

24)   Ele é um D. Juan.


 

Antítese

Quando uma idéia se opõe a outra, sem impedi-la nem torná-la absurda. As idéias em si podem ser diametralmente opostas e até excludentes.

25)   Estava mais morto do que vivo.

26)   De repente, do riso fez-se o pranto.

27)   Que o casebre onde morava

Era a mansão do patrão

 

Paradoxo

É a antítese extremada, em que duas idéias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma situação impossível, uma idéia absurda.

28)   Amor é ferida que dói e não se sente.

29)   É um contentamento descontente.

30)   Quer abrir a porta

Não existe porta.

 

Litotes

Consiste na afirmação de alguma coisa pela negação do seu contrário.

31)   Não é feia a pequerrucha. (= é bonita)

32)   Ele não era nada bobo. (= era esperto)

33)   Ela não era nenhuma miss Brasil. (= era feia)

 

Antífrase

Consiste em se afirmar exatamente o contrário do que se quer dizer; geralmente é um tipo de ironia.

34)   Chegou cedo, heim! (para alguém atrasado)

35)   Muito bonito, seu Fulano! (quando alguém acabou de cometer um erro ou disparate)

36)   Coisinha linda! (para uma pessoa muito feia)


 

Ironia

Figura de linguagem na qual aquilo que se diz não corresponde exatamente ao que se quer dizer, com intuito jocoso, cômico ou crítico.

37)   Oba, jiló de novo!

38)   Como escritor, ele é um ótimo guitarrista!

39)   — Posso tentar o pneumotórax, doutor?

Não, resta cantar um tango argentino!

 

Sarcasmo

É o nome que se dá à ironia usada com intuito ofensivo, agressivo ou malévolo.

40)   linda de vermelho, parecendo um caqui.

41)   Nossa, como ela é inteligente. Sabe até ler!

42)   Ele tem dentes lindos, todos três!

 

Alusão ou citação

Quando um autor se vale de trechos, imagens ou personagens de um outro autor para a confecção de sua obra.

43)   E quando escutar um samba-canção

Assim como Eu preciso aprender a ser

Reagir e ouvir o coração responder:

Eu preciso aprender a ser

44)   Elementar, meu caro aluno!

 

Clichê ou frase-feita

Consiste no uso de uma expressão popular de uso geral dentro da obra de um autor.

45)    Quem tudo quer, tudo perde.

46)    Pouco com Deus é muito.

47)    Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.


 

Paródia

Consiste na modificação de trecho ou obra de um outro autor, ou ainda de um clichê, com intuito jocoso, cômico ou crítico.

48)   Qual a diferença entre o charme e o “funk”?

Um é de analfabeto, outro de ignorante.

49)   Água mole em pedra dura, tanto bate até que a água desiste.

50)   Ó pátria amada, em dólares atada,

Salve-se, salve-se.

 

Ambigüidade

Figura de linguagem em que um determinado trecho pode ser interpretado de duas ou mais maneiras diferentes, por efeito da anfibologia ou do uso de polissemias ou homônimos. A ambigüidade muitas vezes é um vício de linguagem, mas também pode ser um valioso recurso estilístico, na medida em que ela abre o texto para duas ou mais interpretações.

51)   Márcio foi à casa de Pedro e beijou sua mulher.

52)   A mãe da aniversariante deu bolo.

53)   Sou a favor do Vale do Paraíba. Afinal, temos o vale-transporte, o vale-idoso, por que não favorecer nossos irmãos do Nordeste? (resposta do Vestibular)

54)   Eu sou, eu fui, eu vou! (Raul Seixas)

 

Reiteração

Quando se repete uma idéia, quer por meio de um sinônimo ou expressão sinônima, quer por meio de uma palavra cujo significado esteja de alguma forma associado ao significado da primeira palavra ou expressão.

55)   Era uma mulher fina, uma verdadeira dama.

56)   Não suba nessa árvore. Você pode cair do galho.

57)   Era uma vítima do imperialismo. O latifúndio o sugava, roubava-lhe tudo que tinha.

Obs.: não confundir a reiteração, de grande valor estilístico, com a iteração, que é a simples repetição de uma palavra ou sua repetição por meio de um pronome-cópia, geralmente sem qualquer valor estilístico.

 

Gradação

Muitas vezes, a reiteração se ordena numa escala de grandeza ou de intensidade, constituindo uma gradação, que pode ser ascendente (do menos para o mais) ou descendente (do mais para o menos).

58)   Estava pobre, quebrado, miserável.

59)   A mulher, linda na obscuridade, revelou-se bonitinha, apenas simpática na claridade.

60)   Casa, cidade, nação (Ferreira Gullar)

 

Pleonasmo

Consiste na repetição desnecessária, por meio de um sinônimo ou expressão sinônima, de uma idéia expressa de maneira completa.

61)   Palavras de baixo calão.

62)   Este filme é baseado em fatos reais.

63)   Houve divergências de opiniões e controvérsias.

 

Tautologia

É um tipo de pleonasmo exagerado, extremamente óbvio, que chega a causar espanto em quem escuta. Ao contrário do pleonasmo puro e simples, a tautologia pode ter grande valor estilístico, na medida em que opõe o que é ao que deveria ou poderia ser.

Exemplos:

64)   Os mortos não estão vivos.

65)   A Lapa vai voltar a ser a Lapa.

66)   A conclusão deve concluir.


 

Prosopopéia

Quando um ser inanimado é representado como um animal ou quando um ser inanimado ou um animal é representado como um ser humano. No primeiro caso, a prosopopéia é chamada de animismo (exemplos 101 e 102) e no segundo caso, de personificação ou antropomorfização exemplos 103 e 104).

67)   O vento rugia.

68)   Meu cachorro me sorriu latindo.

69)   O Lobo Mau e os Três Porquinhos.

 

Animalização ou zoomorfismo

Quando um ser humano é descrito como se assemelhando a um animal, pelas suas características, funções, aparência física, etc. Muito usado na ficção mais moderna.

70)   Um homem vai devagar

Um cachorro vai devagar

Um burro vai devagar (Drummond)

71)   Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. (. . .) via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. (Aluíso Azevedo)

 

Alegoria

Consiste na representação de um conceito abstrato como um ser concreto e animado, uma imagem de grande valor pictórico, geralmente humana.

72)   uma caveira com uma foicealegoria da morte

73)   uma mulher vendada com uma espada numa mão e uma balança na outra alegoria da justiça

74)   Papai Noelalegoria do Natal


 

Sinestesia

Consiste na associação de palavras referentes a dois sentidos distintos: audição e visão, visão e tato, tato e paladar, paladar e olfato, etc.

75)   Sentiu um toque doce.

76)   Era uma visão amarga.

77)   Ele tinha uma voz sombria.

 

Eufemismo

Consiste na substituição de um termo desagradável ou inaceitável por um termo mais agradável ou aceitável.

78)   Ele não está mais entre nós. (= morreu)

79)   era um senhor. (= velho)

80)   Era pouco chegado a higiene. (= sujo)

 

Disfemismo

Ao contrário do eufemismo, consiste na intensificação do caráter desagradável ou pejorativo de um expressão, substituindo-a por outra mais ofensiva ou humilhante.

81)   rolha-de-poço (= pessoa gorda)

82)   pintor-de-rodapé (= pessoa baixa)

 

Hipérbole

Consiste no exagero ao se afirmar alguma coisa, com intuito emocional ou de ênfase.

83)   Subi mais de mil e oitocentas colinas.

84)   Chorar um rio de lágrimas.


 

Hipálage

Recurso sintático-semântico que consiste em atribuir a um ser ou coisa uma ação ou qualidade que pertence a outro ser ou outra coisa presente ou subentendido no texto.

85)   a buzina impaciente do carro (o motorista é que é impaciente, não o carro ou a buzina)

86)   as vizinhas das janelas fofoqueiras (são as vizinhas que são fofoqueiras, não as janelas)

87)   o vôo negro dos urubus (são os urubus que são negros, não seu vôo)

 

FIGURAS VARIACIONAIS

Eruditismo

Consiste no uso de palavras eruditas, de conhecimento restrito, para despertar a atenção do autor ou para criar um efeito de intelectualidade, erudição, pedantismo.

88)   Isto é despiciendo. (= desprezível)

89)   Entre o Frango e a Fome,

Há o cristal infrangível da Lei (= inquebrável)

90)   tálamo (= leito nupcial)

91)   imarcescíveis (= que não murcham)

 

Neologismo

Consiste no uso de um termo inventado para criar um efeito estilístico (emotivo, satírico, crítico, etc.) ou por não haver ainda uma palavra que represente nossa idéia.

92)   organizações pilantrópicas (Betinho)

93)   A constituição é imexível.

94)   vervudo (que tem verve)

 

Estrangeirismo

A utilização de um termo estrangeiro tem três funções importantíssimas: em primeiro lugar, ele constitui a maneira mais fácil de despertar a atenção do leitor; em segundo lugar, ele evoca uma série de conceitos associados ao país ou cultura ao qual o termo pertence; em terceiro lugar, ele serve para expressar nuances de significado inexistentes na língua original.

95)   Mon bien aimé, Raymond. (Aluísio Azevedo)

96)   Ele tem élan. (= competência associada a elegância, saber fazer bem e com graça)

97)   É preciso um know-how que nós não temos.

 

Plebeísmo

Uso de palavras condizentes com as camadas menos cultas da sociedade: gírias, palavras de caráter geral, frases vazias ou de pouco brilho etc.

98)   Cada um com seu cada um!”

99)   O amor é lindo, o que estraga é a falsidade.”

100)      Vou “dar no ”, senãosobrapara mim.

 

Vulgarismo

Abrangeria apenas os palavrões e as palavras decididamente ofensivas e grosseiras. Pode ser usado estilisticamente, para evidenciar o tipo de relações numa determinada comunidade.

101)      Maria Carne-Mole (Aluísio Azevedo)

102) te catar!

 

Arcaísmo

Uso de palavras desusadas para criar um clima passadista, histórico num determinado texto. Atualmente, a maioria dos teóricos da literatura considera-o um vício.

103)boticário (= farmacêutico)

104)Vosmicê (= você)


 

Regionalismo

Uso de palavras dialetais para dar uma cor local, um ambiente regional ao texto.

105)A usina está de fogo-morto. (= parada)

106)Vadinho, este é um cara porreta. (= bacana)

 

Figuras de linguagem morfossintÁticas

Anominação

Consiste em empregar ou criar várias palavras com um mesmo radical.

107)chuva, chuvosa, chuventa, chuvadeira, pluvimedonha.

108)E canários cantando e beija-flores beijando flores e camarões camaronando e caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não morde pequeninando e não mordendo. (Monteiro Lobato)

 

Elipse

Consiste na supressão de parte da frase; usada por bons autores, intensifica e valoriza a porção restante do discurso.

109) Ontem você estava tão linda

Que o meu corpo chegou

110) Um galo sozinho não tece uma manhã:

Ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele

E o lance a outro; de um outro galo

Que apanhe o grito que um galo antes

 

Zeugma

Consiste na supressão do verbo; é uma característica compartilhada pela estilística literária e pela estilística da fala, onde ocorre freqüentemente.

111) Vieira vivia para fora, para a cidade, para a corte, para o mundo; Bernardes para a cela, para si, para o seu coração.


 

Anáfora

Consiste na repetição de palavra no início de frases (ou versos) seguidas ou muito próximas.

112) Vocêmanhã, um sonho meu

Vocêque cedo entardeceu

Você – de quem a vida eu sou

113) Pensem nas crianças mudas telepáticas

Pensem nas meninas cegas inexatas

Pensem nas mulheres rotas alteradas

 

Epístrofe

Consiste na repetição de palavra no fim de frases (ou versos) seguidas ou muito próximas.

114) Nunca morrer assim! Nunca morrer num dia /

Assim! de um sol assim!"

 

Epanadiplose ou anadiplose

Consiste na repetição de uma palavra ou expressão no fim de uma frase (ou verso) e no começo de outra.

115) não roeu o imortal soluço que rebentava,

Que rebentava daquelas páginas

116) Tu choraste em presença da morte

Em presença da morte choraste

 

Quiasmo

Consiste na repetição de uma palavra ou expressão no início de uma frase (ou verso) e no fim da seguinte, ao mesmo tempo em que se repete a palavra ou expressão do término de uma frase (ou verso) no começo da seguinte.

117) No meio do caminho havia uma pedra

Havia uma pedra no meio do caminho


 

FIGURAS DE LINGUAGEM FÔNICAS

Rima e Homeoteleuto

Consistem na identidade de som na terminação de duas ou mais palavras; chama-se rima quando ocorre na poesia e homeoteleuto quando ocorre na prosa. O homeoteleuto é muito comum nos ditados populares.

118) Nós dois... e, entre nós dois, implacável e forte,

A arredar-me de ti, cada vez mais, a morte...

119)      Mais vale uem Deus ajuda, do que quem cedo madruga

 

Aliteração

Consiste na repetição de sons consonantais.

120) Vozes veladas, veludosas vozes

Volúpia de violões, vozes veladas

 

Assonância

Consiste na repetição de vogais.

121) São prantos negros de fumas

Caladas, mudas, soturnas.

122)      Tíbios flautins finíssimos gritavam.

 

Homônimos e Expressões Homófonas

Consiste no uso de palavras ou expressões que soam de maneira idêntica, mas têm significados distintos.

123)      Sei o que dou e o que tomo,

Sei o que como, e como.

124)      O rio é o mesmo rio, mas não é o mesmo rio.

 

Parônimos

Consiste no uso de palavras que soam de maneira semelhante.

125)      O poema é dúbia forma de enlace,

substitui o pênis pelo lápis

— e é lapso.

126)      Me paciência para que eu não caia

Para que eu não pare nesta existência

Tão mal cumprida tão mais comprida

 

Onomatopéia

Consiste na imitação dos sons da natureza.

127)      Cocoró-corococó, cocoró-corococó,

O galo tem saudade da galinha carijó

128)      A menina não fazia outra coisa senão chupar jabuticabas...Escolhia as mais bonitas, punhas entre os dentes e tloque. E depois do tloque, uma engolidinha do caldo e plufe! caroço fora. E tloque, tloque, plufe, tloque, plufe, passava o dia inteiro na árvore. (Monteiro Lobato)

 

FIGURAS DE LINGUAGEM E ENSINO

Durante muito tempo, os professores de português centraram-se nos estudos de sintaxe, morfologia, fonética e variação lingüística e praticamente ignoraram a semântica e a estilística, com terríveis efeitos.

As regras gramaticais, bem como as quebras dessas regras e suas variações, estão sempre atreladas ao sentido do que se quer dizer e à impressão ou emoção que queremos exprimir ou provocar. Ignorar essa premissa no estudo da sintaxe, morfologia, fonética ou variação lingüística, é como edificar um monumento ignorando suas fundações e terreno.

Além disso, o estudo da linguagem desvinculado de seus aspectos semânticos e estilísticos torna-se, para usarmos uma figura de linguagem, um paradoxo, visto que estuda-se algo concreto (a língua) em termos puramente abstratos, sem considerar sua realidade objetiva (o texto).

O aluno ressente-se desta postura tão equivocada quanto monótona desenvolvendo um desinteresse, quiçá uma aversão ao estudo, emprego e fruição da língua portuguesa, limitando-se ao nível mais primário e imediato da linguagem, e perdendo toda sua riqueza expressiva, semântica e estilística.

Por que não dar aos nossos alunos o mesmo enlevo, a mesma profundidade, o mesmo arrebatamento, que nos envolve ao ler e entender José de Alencar, Aluísio Azevedo, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes, e tantos outros, mostrando-lhes a tessitura e o esplendor de suas metáforas, antíteses e prosopopéias, de suas aliterações e assonâncias, de suas anáforas e quiasmos? Ensinemos nossos alunos a deleitar-se, embrenhar-se, extasiar-se com a leitura e sozinhos, independentes e confiantes eles lograrão alcançar o domínio e perícia que tanto lhes falta no manejo da sua língua.