As várias formas de inserção
do discurso outro e seus efeitos de sentido

Manuela Mac Cord

 

O trabalho que será apresentado é uma pequena amostragem da pesquisa que está em andamento em meu mestrado em Língua Portuguesa na UERJ. Nele, estou verificando o funcionamento do discurso outro nos editoriais dos jornais O Globo e Jornal do Brasil.

A pesquisa possui como suporte teórico-metodológico a semântica discursiva (Pêcheux e Orlandi), com destaque para os estudos de Jaqueline Authier-Revuz. Será estudado também o discurso jornalístico, já que o objeto desse trabalho são os editoriais.

Para que a pesquisa a ser realizada seja profícua, é fundamental que alguns conceitos presentes na teoria da semântica discursiva sejam apresentados e sirvam de pressupostos. A seguir serão expostos alguns conceitos importantes para a elaboração do trabalho.

Enquanto muitas áreas da lingüística se ocupam dos sentidos estabilizados do léxico de uma língua, ou seja, acreditam em uma relação bijectiva entre palavra e sentido, de tal modo que palavras seriam unidades lexicais que permitem a remissão a um sentido, os estudiosos da AD postulam que a relação entre uma palavra e seu sentido não é natural, estável e única.

Em AD, o sentido é histórico-social-ideológico. É efeito. A palavra “prova”, por exemplo, apresenta sentidos diferentes para alunos e professores.

As palavras não pertencem a quem as fala e elas também não significam por si, só significam pela história e pela língua. O sujeito tem a ilusão de ser senhor de suas palavras, mas há um conjunto de formulações esquecidas determinantes de seu discurso. É a esse conjunto de formulações que chamamos de interdiscurso ou memória discursiva. No entanto, o fato de esses dizeres esquecidos serem constitutivos do discurso não implica a exclusão da possibilidade de mudança. Os sentidos não retornam simplesmente, mas se projetam em outros sentidos.

Além disso, devido à característica incompleta dos sujeitos e do simbólico, mesmo que todo o sentido se filie a uma rede de constituição, ainda assim há a possibilidade do deslocamento, do deslize, do trabalho da metáfora. Desse modo, segundo Orlandi (2003: 33), “Todo dizer, na realidade, se encontra na confluência de dois eixos: o da memória (constituição) e o da atualidade (formulação). E é desse jogo que tiram seus sentidos.” Pode-se, assim, perceber que, para haver sentido, é necessário que se formule um enunciado, ou que haja uma manifestação não-verbal, ou mesmo o silêncio, e estes só entram na perspectiva do dizível por sua historicidade, pelo saber discursivo construído historicamente e esquecido.

Outros conceitos fundamentais são os de formação discursiva e formação ideológica. Como já dissemos, o sentido não existe em si, mas ele se constitui a partir das posições ideológicas colocadas em jogo no processo sócio-histórico de produção das palavras. Assim, segundo Pêcheux (apud Freda Indursky, 1997: 32):

Cada Formação Ideológica (FI) constitui um conjunto complexo de atitudes e de representações que não são individuais nem universais, mas que se relacionam mais ou menos diretamente a posições de classes em conflito umas em relação às outras. (Michel Pêcheux, apud Freda Indursky, 1997: 32)

Na citação acima, Pêcheux nos esclarece que a noção de formação ideológica (FI) remete a um conjunto de dizeres que se relaciona a uma determinada classe em oposição às demais. Tais elementos são exteriores à formação discursiva (FD), mas estão refletidos em seu interior.

Uma formação ideológica pode abarcar várias formações discursivas, que são a representação no discurso dessa formação ideológica. Assim, é a formação discursiva que determina o que pode e o que não pode ser dito. Conseqüentemente, o sentido de uma manifestação discursiva é decorrente de sua relação com determinada FD. Por outro lado, uma mesma seqüência discursiva inserida em diferentes FDs produzirá sentidos diversos.

Para se chegar às FDs que afetam o sujeito do discurso, é necessário que se examine a superfície lingüística de um discurso, fazendo, assim, a análise dos mecanismos sintáticos e do funcionamento enunciativo em questão, de-superficializando esses mecanismos, na tentativa de estabelecer suas famílias parafrásticas e, conseqüentemente, suas matrizes de sentido.

Vale ainda ressaltar que toda FD é constitutivamente invadida por elementos oriundos de outras formações discursivas e que se repetem nela. Essa maneira como cada formação discursiva, concebida como um domínio de saber, se relaciona com seu exterior é o preconstruído.

Dessa forma, uma FD é uma unidade dividida e heterogênea, uma união de dois ou mais discursos em um só, o que estabelece uma contradição com seu próprio caráter constitutivo. Seu contorno é, assim, instável, pois não há como distinguir seus elementos internos de saber de elementos exteriores.

Além disso, uma das questões importantes da semântica discursiva é a reformulação do que seja ideologia. O fato de não haver sentido sem interpretação já demonstra que há ideologia. Orlandi (2003: 46) nos explica que no:

(...) movimento da interpretação o sentido aparece-nos como evidência, como se ele estivesse já sempre lá. Interpreta-se e ao mesmo tempo nega-se a interpretação, colocando-a no grau zero. Naturaliza-se o que é produzido na relação do histórico e do simbólico. Por esse mecanismo – ideológico – de apagamento da interpretação, há transposição de formas materiais em outras, construindo-se transparências – como se a linguagem e a história não tivessem sua espessura, sua opacidade – para serem interpretadas por determinações históricas que se apresentam como imutáveis, naturalizadas. Este é o trabalho da ideologia: produzir evidências, colocando o homem na relação imaginária com suas condições materiais de existência.

Vê-se, com essa citação, que tendemos a enxergar os sentidos como algo transparente, óbvio, preexistente. Essa percepção é fruto do apagamento dos dizeres outros que determinam a nossa fala. No entanto, os sentidos nada têm de transparentes, já que são resultado de um processo histórico e dependem da formação discursiva em que se inserem. E toda formação discursiva remete a uma formação ideológica. Assim, se os sentidos dependem da formação discursiva, a interpretação não é livre, mas garantida pela memória constitutiva (o interdiscurso).

Assim, para a AD, a ideologia consiste na representação da relação imaginária com o mundo real no interior dos processos discursivos. E o analista, quando vai trabalhar com o discurso, depara-se com a materialidade discursiva, que é tanto lingüística quanto ideológica. Na AD, trabalha-se essa materialidade discursiva, de-superficializando-a, para analisar os funcionamentos discursivos que instauram a ilusão da transparência dos sentidos.

Há ainda que se considerar que todos os sentidos são possíveis, mas, em certas condições de produção, há um que se sobressai, tornando-se o dominante. É atribuído a esse sentido dominante um certo prestígio de legitimidade, e este é fixado, muitas vezes, como o sentido oficial/literal.

Devemos ainda considerar conceitos que estão presentes nos estudos de Authier-Revuz sobre discurso outro para a elaboração do trabalho em questão. Em primeiro lugar, é preciso que se discorra sobre heterogeneidade enunciativa. São inúmeras as noções que alteram a imagem de uma mensagem monódica para uma mensagem ampla de sentidos. Em termos conceituais, manifesta-se necessário, inicialmente, fazer a distinção entre “heterogeneidade mostrada” e “heterogeneidade constitutiva”.

Para melhor entendermos a noção de heterogeneidade constitutiva, é necessário que retomemos conceitos já explicados. Para que as palavras façam sentido, é preciso que elas já façam sentido. Somente algo que já foi dito, que vem pela memória, pelas filiações de sentidos constituídos em outros dizeres, pode entrar no campo do dizível. Vê-se, assim, que o sujeito não é senhor de suas palavras, ele é mais “falado do que fala”, uma vez que as palavras são sempre as palavras de outros. No entanto, o sujeito pensa ter acesso ou controle sobre o modo como os sentidos nele são constituídos, e esse esquecimento dos dizeres alheios é importante para que o sujeito reconheça a si mesmo, o que não apaga sua heterogeneidade constitutiva.

Por “heterogeneidade mostrada”, entende-se o conjunto de formas que inscreve o outro na seqüência do discurso. Essa inserção do outro pode ocorrer de maneira marcada – como no caso do discurso direto, do discurso indireto, das aspas, da glosa, da ilha textual – ou não-marcada – como nas alusões, no discurso indireto livre, no discurso direto livre e nas ironias.

A importância dessa heterogeneidade mostrada é o fato de ela ser uma representação de diferentes modos de negociação do sujeito falante com a heterogeneidade constitutiva de seu discurso. Assim, vê-se que a heterogeneidade constitutiva e a mostrada são representantes de duas ordens distintas: a dos processos de constituição do discurso e a dos processos de representação dessa constituição no discurso.

Além disso, não se pode deixar de considerar que a fala é fundamentalmente heterogênea e que o sujeito é dividido. Quando falamos, escuta-se não só a polifonia oriunda do interdiscurso como também pontuações de nosso inconsciente. Também o sujeito não é uma entidade homogênea exterior à linguagem, mas seu suporte e efeito.

Com isso, deseja-se mostrar que a noção de sujeito para a semântica discursiva não é a de um sujeito empiricamente coincidente consigo mesmo, já que ele é atravessado pela linguagem e pela história, tendo acesso apenas à parte do que diz. Assim, desde a sua constituição, segundo Authier-Revuz (1998: 49), ele é materialmente dividido: ele é sujeito de e sujeito à, uma vez que está submetido à língua e à história. E se o sujeito não se submeter a essas forças, ele não se constitui, por não produzir sentidos.

No entanto, o sujeito falante tem a ilusão discursiva de ser a fonte do sentido (ilusão-esquecimento nº 1) e também de ter domínio daquilo que diz, de ser senhor absoluto sobre tudo aquilo que enuncia, dominando as estratégias discursivas necessárias para dizer o que pretende (ilusão-esquecimento nº 2).

Assim, vê-se que o sujeito do discurso é interpelado, mas se acredita livre, e é dotado de inconsciente, mas se percebe plenamente consciente. Desta forma, o sujeito produz seu discurso afetado por ambos os esquecimentos acima apontados.

 

Formas de inserção do discurso outro

Há várias formas de heterogeneidade mostrada no discurso e, através delas, se altera a unicidade aparente da cadeia discursiva, pois elas aí inscrevem o outro. Algumas formas de inserção do discurso outro serão mostradas abaixo e, a seguir, nos editoriais, será feito um mapeamento dessas formas.

É importante esclarecer que Authier-Revuz, em suas pesquisas, trabalha a questão da inserção do outro no discurso através do ponto de vista enunciativo, ao contrário das gramáticas tradicionais, que privilegiam os aspectos sintáticos. No entanto, os aspectos sintáticos não são ignorados, mas auxiliam na análise de modo a se chegar aos efeitos de sentido provocados pelo uso de determinada forma de inserção do discurso outro em detrimento de outra.

 

A inserção do outro através do discurso relatado:

Discurso direto

O discurso direto, no que tange à teoria de Authier-Revuz sobre as heterogeneidades enunciativas, constitui uma forma marcada de heterogeneidade mostrada, visto que, do ponto de vista enunciativo, há uma simulação da fala do outro e o conseqüente uso do signo-autônimo, o signo que remete ao próprio signo. Além disso, sintaticamente, ocorre uma ruptura na cadeia discursiva e, no que tange aos aspectos formais, a fala do outro é inserida através de travessão ou aspas.

Deve-se notar que a fidelidade ao dizer do discurso direto não implica a verdade do dizer, uma vez que manter o significante não significa manter o significado, tendo em vista que as condições de produção não foram consideradas. A fidelidade do dizer é uma ilusão provocada pela reprodução do significante, pelo uso do signo autônimo. Reproduzir ipsis litteris a fala de outrem não significa fidelidade, visto que não foram levadas em conta as condições de produção.

 

Discurso indireto

O discurso indireto, no que tange à teoria de Authier-Revuz sobre as heterogeneidades enunciativas, também constitui uma forma marcada de heterogeneidade mostrada, uma vez que, do ponto de vista enunciativo, o enunciador apropria-se da palavra do outro, traduzindo-a, reformulando-a, fazendo uso do signo-padrão – signo que remete a um elemento do mundo, o signo do uso. Nesse modo de inserção do discurso, não há mais a cópia do significante de um dizer.

Além disso, sintaticamente, o discurso indireto caracteriza-se pelo não-rompimento da cadeia discursiva, e, quanto aos aspectos formais, a fala do outro é introduzida através do se, do que ou de pronomes e advérbios.

 

Discurso indireto livre

Já o discurso indireto livre constitui uma forma não-marcada de heterogeneidade mostrada. Do ponto de vista enunciativo, assim como ocorre no discurso indireto, a fala do outro é traduzida, reformulada, usa-se o signo-padrão, não havendo a conservação do significante. Também, sintaticamente, não há ruptura da cadeia discursiva. No entanto, do ponto de vista formal, há a supressão do sintagma que insere a fala do outro. Assim, essa é introduzida diretamente, sem a presença de aspas, travessão, que, se, advérbios ou pronomes.

 

Discurso direto livre

Primeiramente, é importante frisar que esse tipo de discurso relatado não se encontra nas gramáticas tradicionais. Em todas elas, a apresentação das formas de discurso relatado só abarca o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre. No entanto, a presença desse discurso em vários tipos de texto é evidente.

Também o discurso direto livre constitui uma forma não-marcada de heterogeneidade mostrada. Do ponto de vista enunciativo, assim como ocorre no discurso direto, há uma simulação da fala do outro e o conseqüente uso do signo-autônimo, o signo que remete ao próprio signo. No entanto, sintaticamente, não há ruptura na cadeia discursiva e, no que tange aos aspectos formais, é suprimido o sintagma que insere a fala reproduzida do outro. Dessa maneira, a fala é introduzida diretamente, sem a presença de aspas, travessões, que, se, advérbios ou pronomes. Também, nesse discurso, não há fidelidade ao dizer do outro, uma vez que não foram consideradas as condições de produção.

 

Outras formas de inserção do discurso outro

Modalização em discurso segundo sobre o conteúdo

Em enunciados do tipo “João fez, segundo sua mãe, uma boa prova”, é importante notar que a afirmação sobre o fato de João ter ido bem na prova está modalizada, remetendo a um discurso outro. Assim, tal afirmação caracteriza-se ela mesma como segunda, dependente desse outro discurso.

As formas do tipo “segundo fulano”, assim como “de acordo com fulano”, “é fulano quem o diz”, modalizam pela referência a um outro discurso. No exemplo supracitado, a modalização recaiu sobre o conteúdo afirmado.

 

Modalização autonímica em discurso segundo

Há ainda os elementos modalizadores que recaem sobre o emprego de uma palavra emprestada de um exterior, como, por exemplo:

                                          como diria x
João espaireceu longamente para falar de modo...
                                          para retomar uma expressão...
                                          segundo as palavras de x

Nesses exemplos, é importante que se note que a remissão a um discurso segundo não ocorreu por causa de determinado conteúdo, mas apenas pela utilização de uma palavra pertencente a outro discurso.

Além dessas formas de inserção do discurso outro, há ainda outras, como a ilha textual, a glosa, as aspas, a alusão, os provérbios e a ironia. Em outra oportunidade, na continuação dessa pesquisa, serão expostas as características de cada uma delas.


 

Mapeamento dos editoriais de “O Globo” e “Jornal do Brasil”

Neste momento do trabalho, me proponho a tecer observações a respeito do funcionamento da alteridade discursiva nos editorias do jornal O Globo e Jornal do Brasil. Verificarei de que maneira o discurso outro comparece nos editoriais jornalísticos. Se através do discurso direto, do indireto, do indireto livre, ou da modalização autonímica, por exemplo.

Através da observação das publicações de dois meses dos editoriais de O Globo e Jornal do Brasil, pude observar que algumas formas de inserção do discurso outro são muito mais freqüentes que outras.

Há uma grande recorrência, por exemplo, do discurso indireto, o que revela que não é privilegiado um trabalho com a suposta reprodução da fala do outro, mas com a sua tradução. É o que se pode observar no trecho grifado do editorial de 17 de abril deste ano do jornal O Globo.

Policias experientes garantem que as armas de guerra vistas nos morros, expostas nas mãos muitas vezes de adolescentes, não vêm de fora. São conseguidas dentro do próprio Rio com a conivência de policiais corruptos e por esquemas montados dentro de quartéis das Forças Armadas. (negrito do autor)

Há outras formas de inserção do discurso outro que quase não comparecem. É o caso, por exemplo, do discurso direto. E quando se apresenta é majoritariamente através das aspas, e não do travessão. É o que se pode observar nos editorial de 26 de abril deste ano do Jornal do Brasil.

Vamos acabar com essa multinacional, esbravejaram.

O que se nota é que os verbos utilizados em discurso direto se diferem semanticamente dos verbos do discurso indireto. Enquanto no discurso direto, de maneira geral, ocorrem verbos sentiendi (esbravejar), no discurso indireto, aparecem verbos dicendi (garantir). Os verbos sentiendi não permitem a construção frasal com conjunção integrante “que”, diferentemente dos verbos dicendi, daí também haver entre eles diferença sintática.

O pouco comparecimento do discurso direto nos editoriais jornalísticos encontra justificativa em um artigo de Medeiros (2003:1). Segundo a autora, nem sempre ao discurso direto se conferiu o estatuto de verdade, como se acredita hoje em dia. Medeiros ainda acrescenta que o discurso indireto é uma prática comum no campo jurídico (em relatos em tribunais e atas, por exemplo) e no discurso histórico, discursos esses que primam pela verdade. Como os editoriais, apesar de apenas expressarem o ponto de vista dos jornais, querem se mostrar como discursos da verdade, assim como os discurso jurídicos e da história, o que comparece majoritariamente é o discurso indireto, e não o discurso direto.

 

Referências Bibliográficas

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––––––. Observações no campo do discurso relatado. In: –––. Palavras incertas: as não-coincidências do dizer. Campinas: Unicamp, 1998, p. 133-161.

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INDURSKY, Freda. A fala dos quartéis e as outras vozes. Campinas: Unicamp, 1997.

MEDEIROS, Vanise Gomes de. Trajeto histórico de dois tipos de discurso relatado: o discurso direto e o discurso indireto. In: –––. Dizer a si através do outro: do heterogêneo no identitário nacional. Niterói: UFF, 2003.

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