A Alternância [k] ~ [kw] no Português do Brasil[1]

Lirian Daniela Martini (UFMG)

 

Introdução

As seqüências de sons representadas graficamente no português por qu e gu constituem os únicos casos em que ocorre a semivogal alta posterior /w/ precedida de consoante e seguida de outra vogal em uma única sílaba (cf. Couto, 1996:36), como demonstrado a seguir:

a)    liqüefeito                           b)    ambígua

       eqüestre                                     bengüê

       iniqüidade                                 exíguo

       freqüente                                   agüenta

Certos autores sugerem que tal seqüência seja interpretada como /k/ e não como uma seqüência constituída de uma consoante velar e uma semivogal ou uma vogal alta posterior, conforme proposta de Bisol (1989). Para a pesquisadora, as seqüências [kwV] e [gwV] não constituem de mais dois fonemas no inventário fonemático da língua portuguesa. Trata-se de uma “unidade monofonemática” (Bisol 1989:216)

Do ponto de vista de Bisol, a seqüência consoante velar e glide posterior seria indicada no léxico como unidade monofonemática /k/, aderindo ao princípio de Trubetzkoy:

Si une partie constitutive d’um groupe phonique potentiellement monofhonématique ne peut être interprété comme une variante combinatoire d’ un phoneme unique quelconque de la même langue, tour lê groupe phonique peut être considere comme une realisatión d’ un phonème particulier. (Trubetzkoy, 1967:62)

Bisol utiliza três argumentos para sustentar sua hipótese. O primeiro deles é que a seqüência consoante velar glide posterior ocorre nas posições em que ocorrem os grupos consonantais em português (tr, pr, tl, etc...), mas enquanto que as consoantes dos referidos grupos são fonemas separados, o w da seqüência em pauta não tem esse status. O segundo argumento alega que a seqüência consoante velar glide mostra um comportamento similar ao da africada desvozeada que está em distribuição complementar com [t], ocorrendo somente antes de [i]. O terceiro argumento sustenta a idéia de que a seqüência consoante velar glide é reminiscência do grupo latino [kw]/[g/w], do qual a língua revela forte tendência de libertar-se, pois já existem no léxico formas alternantes já dicionarizadas (quociente ~ cociente, quatorze ~catorze, quotidiano ~cotidiano).

Na abordagem sincrônica de Bisol, a unidade monofonemática não aumenta o número de fonemas da língua, pois está apenas no léxico, indicando as palavras que preservam o grupo latino (cf. regra 2):

(2) /u/ ® [w]/ k,g __V

Com base numa análise diacrônica, Garcia (1989) argumenta a favor do /k/ e /g/ serem monofonemáticas em português porque em latim esses fonemas eram interpretados como monofonemáticos. Garcia, diz ainda que a interpretação bifonemática implicaria o surgimento de ditongos crescentes e tritongos, além da possibilidade de /k,g/ poderem “ocupar posição de consoante simples, como em ‘quanta/manta’ (Garcia 1989:12-13).

Ao contrário das duas abordagens mencionadas anteriormente, Couto (1994) defende que o elemento [w] de [kw] e [gw] pode ser interpretado como variante combinatória de outro fonema. Couto tenta propor não uma regra, como fez Bisol em (2), mas um princípio universal que explique a interpretação das seqüências em questão, de modo que a regra dada em (2) seria apenas uma de suas aplicações. Trata-se do Princípio do Dado Automático de Contexto, formulado em 3:

(3) Princípio do Dado Automático de Contexto (PDAC): tudo que é dado automaticamente pelo contexto é desprovido de valor fonológico.

Couto argumenta que haveria um nível subjacente com as seqüências de fonemas /kuV/ e /guV/ que, com a atuação de PDAC, virariam /kwV/ e /gwV/, pois a semivocalidade de [w] é dada pelo contexto.

Contestando a hipótese de Garcia (1989), Couto afirma que:

Muito mais importante do que substituir /kw, gw/ por consoante simples é o fato de esses presumíveis seguimentos complexos serem as únicas oclusivas da língua que não admitiriam outra consoante no aclive silábico como em /*krV/, /*klV/. Couto (1996:40)

Após a descrição das divergentes opiniões que permeiam a análise da alternância [k] ~ [kw], será argumento a seguir sobre a necessidade de uma outra proposta.

 

Gradação nas Formas da Língua

A alternância [kw] ~[k] exige uma outra proposta de análise porque a regra dada em (2) não explica de modo satisfatório a elisão do [w] em muitas ocorrências do grupo [kw] e [gw], já que alguns falantes pronunciam quota, lqüiidificador, qüestão, quociente, enquanto que outros dizem cota, liquidificador,questão, cociente. Nota-se, portanto, uma variação no nível do indivíduo e do item lexical específico.

Nesta nova abordagem de análise, a unidade básica da mudança é o item lexical que contém o fonema que sofre a mudança e não simplesmente o fonema em si. Isto implica em dizer que nem todos os itens da categoria /kw/ mudam ao mesmo tempo para a categoria /k/. Existe um estágio intermediário de oscilação pelo qual o item lexical passa antes de assumir a nova forma[2]. Seguindo a proposta de Hsieh (1977), podemos definir três formas cronológicas do morfema em mudança: a forma original, a variação sincrônica e a forma inovativa. É possível distinguir também três períodos históricos de um item lexical em termos de suas formas cronológicas: o período da pré-mudança, o de mudança e o da pós-mudança. O estabelecimento desses três estágios permite haver distinção entre mudança completa e mudança terminada. Uma mudança está completa quando todos os membros da categoria que está mudando já alcançaram o período da pós-mudança; uma mudança está terminada se alguns membros da categoria em mudança (não necessariamente todos) já alcançaram o período da pós-mudança. Podemos ter, então, uma mudança terminada que não esteja completa.

De acordo com esta abordagem da mudança, as possíveis irregularidades às leis fonéticas são vistas como reflexo da mudança incompleta ou de mudança em competição, não como conseqüências de analogia ou empréstimos lingüísticos.

Para demonstrar tal hipótese, recolhi dados de falantes nativos do português e procurei observar em que casos ocorre a elisão do fonema /w/, classificando os itens em três subclasses de itens no que concerne à utilização do /w/ na pronúncia. Na primeira coluna, temos itens que sempre são pronunciados com[kw]; na segunda coluna, temos itens que são pronunciados ora com [kw] ora sem [k]; por fim, na terceira coluna, encontram-se os itens que sempre são pronunciados com [k]:

(4)

Estágio da mudança

Período
dos itens

Pré-mudança

Mudança

Pós-
mudança

Formas
dos itens

Original

Variação sincrônica

Inovativa

 

Cinqüenta

Freqüente

Líqüido/líquido

Quatorze/catorze

Quociente/cociente

Qüestão/questão

Qüinqüênio/ qüinqüênio

Qüinquagésimo/qüinquagésimo

Liqüidação/liquidação

Cota
cotidiano

A maior incidência de formas alternativas na segunda coluna indica que a mudança está terminada, mas não completada.

 

Descrição e Seleção do Corpus

Para selecionar as palavras que possuem alternância [k] ~ [kw] listei, primeiramente, todos os verbetes com pronúncia [kw] para cada categoria[3] e verifiquei para cada um deles a respectiva freqüência no Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa.

Verificou-se que a categoria qua é constituída por 741 verbetes. Desse total, 740 possuem a seqüência [kw]. Somente uma delas, o verbete quatorze, tem alternância de pronúncia.

A categoria que é composta por 2815 verbetes. Desse total, 204 tem seqüência [kwe]. As outras 2611 palavras possuem seqüência de pronúncia [ke]. A única palavra que sofre alternância é o verbete qüestão/questão.

Na categoria qui, encontram-se 4167 verbetes. Desse total, 112 são pronunciadas com seqüência [kw]. Dessas 112 palavras, podemos afirmar seguramente que sete delas possuem alternância porque as duas formas encontram-se dicionarizadas, são elas: líqüido/líquido,qüinqüênio/quinqüênio,liqüidação/liquidação,qüinquagésimo/quinquagésimo,liqüidificador/liquidificador, equivalência / equivalência e eqüidade/equidade.

A categoria quo possui 67 verbetes, dentre eles, cincos têm pronúncia alternada, são eles: quotidiano/cotidiano, quota/cota, sequóia/secóia, alíquota/ alícota e quociente/cociente. Os outros 62 verbetes mantém a forma [kwo].

A categoria com quu não é descrita porque não foram encontradas seqüências [kwu] na língua portuguesa.

 

Os Itens Lexicais e a Noção de Freqüência

No que diz respeito aos itens lexicais, para se apontar as primeiras “vítimas” de uma mudança, uma das propostas mais comuns é aquela que utiliza a noção de freqüência. Esta proposta, em geral, aponta os itens mais freqüentes como sendo os mais expostos à mudança (cf. Bybee, 2001).

O trabalho de Phillips (1984) faz uma correlação da noção de freqüência para mudanças fisiologicamente motivadas e mudanças não motivadas fisiologicamente. De acordo com Phillips, no primeiro caso, palavras mais freqüentes são atingidas primeiro (são casos de redução vocálica, assimilações e apagamento de schaws), enquanto que, no segundo caso, são as palavras menos freqüentes que são atingidas primeiro (incluem-se, neste caso, mudanças que se originam no âmbito conceptual da língua, não nos parâmetros articulatórios do trato vocal).

Uma outra proposta que pode trazer colaborações para uma interpretação das freqüências alternantes [kw]~[k] é dado por Oliveira:

O que eu estou propondo é que este traço não seja atribuído aos itens léxicos nem como traço absoluto, nem como traço relativo. Em vez disso, proponho que o traço [Freqüência] seja atribuído a um item léxico como uma função da freqüência do contexto onde este item léxico não é a mesma de falante para falante, é de se esperar que a marcação de um determinado item léxico como [+ ou – freqüente] também não seja idêntica de falante para falante, ou de comunidade para comunidade. Assim, podemos preservar a idéia de que o traço [Freqüência] tenha algo a ver com a exposição dos itens lexicais a uma determinada mudança (...) (Oliveira, 1995: 87)

A afirmação exposta acima permite explicar o caso da palavra liquidificador, que não teve nenhuma ocorrência no corpus. Deduz-se, portanto, que isso acontece porque tal palavra é de uso doméstico, sendo difícil se manifestar em jornais, noticiários, revistas. Tal palavra seria mais freqüente em livros e cadernos de receita, por exemplo.

 

O Teste

A fim de verificar quais seqüências de som já se sedimentaram sincronicamente e quais delas são mais estáveis, foi feita uma entrevista com quatro grupos de informantes, contendo quatro indivíduos em cada um deles: 4 informantes do sexo feminino, com faixa etária de 20 a 35 anos; 4 informantes do sexo masculino, com faixa etária de 20 a 35 anos; 4 informantes do sexo feminino com faixa etária de 40 a 60 anos; 4 informantes do sexo masculino, com faixa etária de 45 a 60 anos. Todos esses informantes têm grau de escolaridade superior.

As perguntas dirigidas a eles foram:

1ª) Qual o número que vem depois do 13?

2ª) Quando a loja abaixa o preço dos produtos, dizemos que ela está fazendo o quê?

3ª) Quais os três estados físicos da água?

4ª) Como se chama a árvore que tem mais de 100 anos?

5ª) Quando você quer ficar sócio de um clube, o que você deve adquirir em primeiro lugar?

6ª) Qual o sinônimo de “dia-a-dia” e que também é título de uma música famosa de Chico Buarque? (se preciso, cantava um trecho da música)

7ª) Como chamamos um período de cinco anos?

8ª) Como chamamos o número 50 em ordinal?

9ª) Como chamamos o resultado na conta de divisão?

A seguir temos a descrição das respostas para cada um dos informantes:

Grupo A: sexo feminino/idade de 20 a 35 anos

Informante 1

Informante 2

Informante 3

Informante 4

catorze

catorze

catorze

catorze

liqüidação

liquidação

liqüidação

Liquidação

cota

cota

cota

Cota

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinqüênio

qüinqüênio

quinqüênio

quinqüênio

cotidiano

cotidiano

cotidiano

cotidiano

questão

questão

questão

questão

líquido

líquido

líquido

líquido

cociente

cociente

cociente

cociente

 

Grupo B: sexo masculino/idade de 20 a 35 anos

Informante 1

Informante 2

Informante 3

Informante 4

catorze

catorze

catorze

catorze

liqüidação

liquidação

liqüidação

Liquidação

cota

cota

cota

Cota

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinqüênio

qüinqüênio

quinqüênio

quinqüênio

cotidiano

cotidiano

cotidiano

cotidiano

questão

questão

questão

questão

líquido

líquido

líquido

líquido

cociente

cociente

cociente

cociente

 


 

Grupo C: sexo feminino/idade de 45 a 60 anos

Informante 1

Informante 2

Informante 3

Informante 4

catorze

catorze

catorze

catorze

liqüidação

liquidação

liqüidação

Liquidação

cota

cota

cota

Cota

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinqüênio

qüinqüênio

quinqüênio

quinqüênio

cotidiano

cotidiano

cotidiano

cotidiano

questão

questão

questão

questão

líquido

líquido

líquido

líquido

cociente

cociente

cociente

cociente

 

Grupo D: sexo masculino/idade de 45 a 60 anos

Informante 1

Informante 2

Informante 3

Informante 4

catorze

catorze

catorze

catorze

liqüidação

liquidação

liqüidação

Liquidação

cota

cota

cota

Cota

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinquagésimo

quinqüênio

qüinqüênio

quinqüênio

quinqüênio

cotidiano

cotidiano

cotidiano

cotidiano

questão

questão

questão

questão

líquido

líquido

líquido

líquido

cociente

cociente

cociente

cociente

Observando os dados anteriores, podemos concluir que houve apenas uma ocorrência com a forma quatorze com falante do sexo feminino e idade superior a 45 anos. Isso mostra que a forma quatorze está se estabilizando em [ka]. Essa ocorrência é muito interessante, pois mostra que o comportamento pode ser individual, como a proposta de Oliveira (1992).[4]

Todos os entrevistados pronunciaram a palavra questão com o segmento [ke], com exceção do informante 2c. Nota-se que esta informante é mais conservadora e apresenta tendência para preservar as formas com [kw].

Observa-se, nas tabelas expostas anteriormente, que a forma [kwi] está dando indícios de começar a se estabilizar em [ki], mas ainda apresenta um maior número de alternâncias, ao contrário da forma [kwe] de questão, que é encontrada em apenas um informante do sexo feminino com idade superior a 50 anos. A pronúncia [ke] já se sedimentou sincronicamente, pois nenhum informante com menos de 35 anos apresentou a forma [kwe] para o item questão.

Pode-se notar que as alternâncias são mais comuns em palavras com seqüência [kwi] e que essas alternâncias aparecem com maior freqüência em pessoas de 45 a 60 anos. Em indivíduos mais jovens, verifica-se maior estabilização da seqüência [k].

Após fazer uma tabulação total dos dados, chega-se às seguintes porcentagens:

Palavra

Porcentagem

Palavra

Porcentagem

catorze

 96%

quatorze

 4%

liquidação

 62%

liqüidação

 37%

cota

 100%

quota

 0%

cotidiano

 100%

quotidiano

 0%

quinquagésimo

 50%

qüinquagésimo

 50%

quinqüênio

 68%

qüinquênio

 32%

questão

 96%

qüestão

 4%

líquido

 100%

líqüido

 0%

cociente

 100%

quociente

 0%

 

Conclusão

Observou-se que a categoria qua possui apenas um único verbete com alternância de pronúncia: quatorze/catorze. Podemos deduzir que esta forma está se estabilizando em [ka], mas ainda apresenta variação em um único item, portanto, o condicionamento parece ser lexical. Deverá, então, haver uma explicação para a exceção quatorze/catorze na categoria qua. Uma hipótese provável é a associação da pronúncia da forma quinze com a forma catorze, tendendo a manter a seqüência inicial [k] e não [kw]. Ao observar que as outras 740 palavras dessa categoria não possuem alternância, deduz-se que as seqüências [kwa] tendem a serem estáveis.

A categoria que possui apenas uma palavra com alternância: questão/qüestão. Acredita-se, portanto que a pronúncia [ke] já se sedimentou sincronicamente, tendendo à estabilidade. A seqüência [kwe] para o verbete qüestão só é encontrada em falantes mais idosos, que são, em geral, mais conservadores.

O type questão teve uma freqüência de ocorrência alta no corpus pesquisado, com um total de 1176 tokens. Este dado pode constituir uma explicação viável para a alternância da pronúncia qüestão/questão e conseqüentemente a estabilização da segunda forma, já que os falantes evitam as formas marcadas na língua, no caso a forma [kw], e, por isso, procuram “deixá-la” com a seqüência [ke], que constitui uma forma “não-marcada” na língua.

As palavras com alternância [kwi]~[ki] possuem uma motivação fonética combinada com baixo type. Formas com seqüência [wi] tendem a se reduzir porque apresentam a mesma qualidade vocálica, ou seja, ambas são altas. Nestes casos, apenas uma das vogais se manifesta, já que [i] e [w] não possuem tendência para ficarem juntas no português como, por exemplo, “frio (fri), fio (fi)”.

A categoria quo possui alternância de pronúncia nos seguintes itens léxicos: quotidiano/cotidiano, quota/cota, alíquota/alícota e quociente/cociente. Na língua portuguesa, as seqüências [wo] estão se reduzindo a [o] e isso ocorre em casos de ditongos crescentes como “Cuoco”, e em formas constituídas por ditongos decrescentes como “pouco (poco), vou (vo), dourado (dorado)”. Esta seria uma justificativa cabível para a manifestação das formas cociente e cotidiano.

De modo geral, podemos chegar à conclusão de que a alternância [kw]~[k] constitui mais uma evidência de que as mudanças se propagam não de forma abrupta, mas vão sendo atingidas paulatinamente, de modo gradual.

O condicionamento para a mudança parece ser lexical e o fator freqüência pode estar atuando em alguns casos.

 


 

Referências Bibliográficas

BISOL, L. O ditongo na perspectiva da fonologia atual. DELTA, v.5, nº 2. p. 185-224, 1989.

––––––. Ditongos derivados. DELTA, v.10, nº especial, p.123-140, 1994.

BYBEE, J. Phonology and Language Use. Cambridge Studies in Linguistics 94. Cambridge: University Press, 2001

COUTO, H.H. As Seqüências /kw/ e /gw/ em português. Revista de Estudos da Linguagem, v.2, nº 4, p. 35-43, 1996.

––––––. Ditongos crescentes e ambissilabissidade em português. Letras de Hoje, 1994.

GARCIA, J.M. Estudo comparativo das estruturas silábicas no latim clássico e no português padrão. Brasília: UNB, 1989 (Dissertação de Mestrado).

HISIEH, H.I. Lexical Diffusion: evidence from child language acquisition. In: Wang, S.Y. The Lexicon in Phonological Change. The Hague: Mounton, p.133-147, 1977.

OLIVEIRA, M.A. Aspectos da difusão lexical. Revista de Estudos da Linguagem. Faculdade de Letras da UFMG, v.1, p.31-41, 1992.

––––––. O léxico como controlador das mudanças sonoras. Revista de Estudos da Linguagem. Faculdade de Letras da UFMG, v. 36, p. 75 –92, 1995.


 

[1] Agradeço à Daniela Mara Lima Oliveira Guimarães pelas ricas sugestões dadas na leitura do presente artigo. Todos os erros que permanecem são de minha inteira responsabilidade.

[2] O item lexical pode ou não assumir a nova forma, já que é possível a ocorrência de formas idiossincráticas.

[3] Os itens lexicais que contém o seguimento qua foram elencados, fazendo uso do dicionário Michaelis, em um grupo; aqueles que contém o seguimento que foram elencados em outro grupo e, assim sucessivamente, até os itens que contém o seguimento quo.

[4] Verifica-se que os quadros acima foram clonados e que, por isto, não correspondem aos resultados de uma pesquisa realmente feita. [Nota do editor].