A RELAÇÃO ORAL/ESCRITO
E A PROGRESSÃO TEMÁTICA
EM SEQÜÊNCIAS DE TIRAS DE QUADRINHOS

Maria da Penha Pereira Lins (UFES)

 

Os textos compostos por quadrinhos têm uma aceitação satisfatória em todas as camadas da sociedade e, por isso, merecem ser objeto de estudo no que se refere à sua organização textual. Apresentam um caráter de sincretismo, combinando itens visuais com verbais, sendo que os itens verbais caracterizam-se por se constituírem num texto escrito com a intenção de “reproduzir” a língua falada, que se mostra atualizada nos diálogos construídos nas interações encenadas entre os personagens.

É de conhecimento no meio acadêmico um elenco de estudos sobre oralidade e escrita. Ora estudam-se textos escritos, ora estudam-se textos falados sob a as mais diversas abordagens e, ainda, focalizam-se índices de oralidade que aparecem na escrita e vice-versa.

Em conseqüência disso, são apresentadas classificações tanto discurso oral quanto do escrito. A partir de uma visão extremista, poder-se-ia classificar o discurso oral, principalmente o da conversa espontânea, como um discurso sem organização prévia, relativamente não planejável de antemão, o que, em princípio, tornaria difícil predizer a forma e a direção do assunto para a seqüência inteira (Koch, 1991). O discurso escrito, por outro lado, se constituiria num discurso com organização prévia do conjunto de idéias a ser transmitido pelo comunicador (Ochs, 1979). Além disso, afirma-se haver mais envolvimento entre participantes da interação na fala e mais distanciamento na escrita (Tannen, 1985). Numa interação face-a-aface, a preocupação dos interlocutores parece estar centrada no desenvolvimento da interação em si, enquanto na escrita o foco parece estar no assunto discutido.

Koch (1992) relaciona as seguintes características distintivas mais freqüentemente apontadas entre as modalidades escrita e falada da língua: a fala é não-planejada, fragmentária, incompleta, pouco elaborada, tem predominância de frases curtas, simples ou coordenadas e apresenta pouco uso de passivas; a escrita é planejada, não-fragmentária, completa, elaborada, tem predominância de frases complexas, com subordinação abundante e mostra emprego freqüente de passivas. No entanto, previne a autora, essas diferenças nem sempre distinguem as duas modalidades, até porque existe uma escrita informal que se aproxima da fala e uma fala formal que se aproxima da escrita, de acordo com determinadas situações comunicativas. Compartilhando a posição de Ochs (1979), Koch (1992) conclui que a escrita formal e a fala informal constituem pólos opostos de um continuum, ao longo do qual se situam diversos graus de planejamento de interação verbal.

A aparente fragmentação do discurso oral se explica pelo fato de a elaboração se dar no próprio desenrolar da conversação e é decorrente da quase simultaneidade entre a manifestação verbal e a construção do discurso e, ainda, pela conseqüente rapidez de sua produção. O movimento rápido com que o locutor constrói sua fala influi diretamente no gerenciamento do fluxo informacional, conduzindo a descontinuidades, que são descompassos no fluxo da informação (Koch et al., 1991).

Já a linguagem dos quadrinhos apresenta uma singularidade. Os diálogos parecem estar no entremeio do oral com o escrito: constituem um texto planejado para parecer não-planejado, isto é, mostra uma intenção de se construir uma espontaneidade verbal, que é minuciosamente planejada anteriormente. Desse modo, pode-se caracterizar o texto de quadrinhos como um texto que é oral, mas não é oral, atualiza-se na escrita e complementa-se com o visual. È um texto para ser lido, mas com o objetivo de se fazer escutar, dado o seu caráter de informalidade.

É esse caráter de informalidade, em conjunto com uma elaboração fragmentada, que faz a aproximação do texto composto por tiras de quadrinhos com o texto falado, na medida em que a tira de quadrinhos é constituída de quadros e os tópicos são desenvolvidos dia a dia, de tira para tira, numa seqüência em que inserções e mudança de assuntos promovem continuidades e descontinuidades em sua organização.

Observa-se que em seqüências de tiras de quadrinhos, apesar da descontinuidade temporal no que diz respeito à publicação, há, no entanto, uma continuidade tópica, que apresenta semelhanças com a forma de organização tópica de textos falados, principalmente no que se refere às estratégias relativas ao comportamento lingüístico. Além disso, as tiras de quadrinhos apresentam, ainda, estratégias visuais de manutenção do tópico, recurso característico desse gênero discursivo.

Para verificar a progressão temática em seqüências de tiras de quadrinhos buscamos observar os fenômenos da continuidade / descontinuidade, tendo por base as hipóteses a respeito da organização do texto falado, estabelecidas por Koch et al. (1991), no que se refere à modalidade oral do uso da língua e do ponto de vista postulado para análise, que atestam o “teor de produção pouco planejável de antemão” e “aparente desestruturação do discurso oral”, o que caracteriza, de acordo com a situação, a prevalência do modo pragmático em sua organização.

O texto de quadrinhos, buscando representar o coloquial, sem a preocupação com a correção gramatical típica da língua escrita, esteve à margem dos estudos feitos por especialistas da linguagem. No momento em que os estudiosos voltam seus olhares para a organização do texto oral, mais especificamente da interação espontânea em seu todo, um estudo enfocando a linguagem dos quadrinhos toma importância no âmbito da Lingüística. Até porque essa linguagem que se mostra tipicamente oral é, na sua forma de gestação, escrita, já que é planejada com antecedência.

Como atividade estruturalmente organizada, a conversação espontânea mostra-se coerente, na medida em que a relação semântica entre enunciados fica evidenciada, conferindo continuidade tópica. Entretanto, podem ocorrer rupturas no desenrolar da conversação, o que não significa que haja incoerência, porque, numa visão global, essas rupturas podem ser vistas como descontinuidades.

Tratando dessa questão, Koch (1992) parte de uma definição comum de que “tópico é aquilo sobre que se fala”, para prevenir que a noção de tópico é mais complexa e abstrata. A autora postula que um texto conversacional é constituído de fragmentos recobertos por um mesmo tópico. Cada conjunto de fragmentos constitui uma unidade de nível mais alto, sucessivamente, sendo que cada uma dessas unidades, em seu próprio nível, representa um tópico. É feita uma distinção de níveis hierárquicos, com a finalidade de classificar o tópico dentro da seguinte categorização: 1) segmentos tópicos: fragmentos de nível mais baixo; 2) subtópicos: conjunto de segmentos tópicos; 3) quadro tópico: conjunto de subtópicos e 4) supertópico: um tópico superior.

Tratando das rupturas na organização textual, Koch (op.cit.) afirma, ainda, que as descontinuidades no seqüenciamento tópico constituem dois grandes grupos: 1) os processos de inserção e 2) os processos de reconstrução. As inserções são definidas como segmentos discursivos de extensão variável que provocam uma espécie de suspensão temporária do tópico em curso. A reconstrução refere-se à reelaboração da seqüência discursiva, que provoca também uma diminuição de ritmo no fluxo informacional, com volta de conteúdos já veiculados.

Levando em consideração os planos linear e hierárquico, Koch et al. (1992) consideram que a descontinuidade na organização tópica se caracteriza pela inserção de tópicos constitutivos de um quadro tópico entre tópicos de um outro quadro tópico, mas que a organização seqüencial, perturbada na linearidade, tende a se restabelecer, à medida que se atenta para níveis hierárquicos mais elevados, isto é, a continuidade postulada em termos de só se abrir um novo tópico após o fechamento do anterior, característica principal de textos escritos, reaparece nos níveis mais altos da organização tópica de textos orais. A progressão / continuidade tópica de textos orais, que pode ser realizada de forma contínua ou descontínua, diz respeito ao conjunto de segmentos tópicos que, direta ou indiretamente, são relacionados com o tema geral.

No que se refere à organização tópica de seqüência de tiras de quadrinhos de um ponto de vista global, e levando em conta que são textos com planejamento prévio, pode-se pensar, em princípio, num texto que apresenta continuidade tópica regular, com uma hierarquia bem definida em sua construção, explorando um determinado assunto nas suas mais diversas abordagens, através do uso de operadores responsáveis pela coerência discursiva. Uma observação mais atenta permite perceber, no entanto, uma organização mais próxima do texto falado.

Se levarmos em conta que a impressão primeira que se tem de tiras de quadrinhos é a de que a cada dia um tópico diferente é enfocado e exaurido e que não há nenhuma ligação de umas com outras tiras, pode-se afirmar que, em seqüências de tiras de quadrinhos, tópicos são desenvolvidos contínua e descontinuamente, de forma coerente e em camadas, na direção de um tema mais amplo, abordando, em seus segmentos, assuntos relacionados a um mesmo frame. Isso significa uma ampliação razoável de um tópico, que se expande em termos de temática, abrangendo, no que diz respeito à escala hierárquica, subtópicos e quadros tópicos. Nos quadrinhos, considerando-se que a cada dia somente uma tira é publicada, observa-se que muitos quadros tópicos estendem-se por até um mês de publicação.

Apesar da sua semelhança com o texto oral, no que se refere à organização tópica, isto é, um aparente caos de assuntos projeta-se na superfície textual, tomando coerência ao se relacionarem assuntos em camadas hierárquicas mais altas, no que diz respeito às suas condições de produção, o texto de quadrinhos alinha-se a outros gêneros de textos escritos. Ele apresenta diversas características distintivas da escrita apontadas por Fávero et al. (2002): 1) interação à distância; 2) planejamento anterior à produção; 3) criação individual; 4) possibilidade de revisão; 5) livre consulta; 6) reformulação promovida apenas pelo escritor; 7) impossibilidade de acesso imediato; 8) impossibilidade de processamento do texto a partir de possíveis reações do leitor; 9) tendência a esconder o processo de criação de texto, mostrando apenas o resultado.

As seqüências de tiras diárias de quadrinhos enquadram-se completamente dentro dessas condições citadas. Essa dubiedade do texto de quadrinhos decorre do fato de que ele é, por natureza de produção, um texto escrito; mas, por natureza de recepção, um texto oral. Esse objetivo de mostrar-se um texto falado verifica-se pela organização de tópicos discursivos e, também, pela característica de ser dialogado e construído em linguagem informal.

Sobre essa questão, Marcuschi (2001) esclarece que atuar num grau de genericidade, afirmando que a fala não é coesiva e a escrita é coesiva, não tem grande sentido, porque não se pode observar um texto em si isolado de seu contexto sociocomunicativo, já que todo texto é um evento comunicativo numa dada prática social de uso da língua. Afirmando que não é fácil manter uma distinção rígida entre fala e escrita numa postura funcionalista, o autor cita Catah (1996), que propõe pelo menos duas distinções no plano do discurso: Língua falada (realizações) 1) corrente e 2) elaborada; Língua escrita (realizações): 1)corrente e 2) elaborada, para desfazer o mito de a fala é o lócus da informalidade e a escrita o da realização formal da língua. Ao tratar de processos de retextualização (passagem do texto falado para o escrito), o autor esclarece que o texto falado em hipótese alguma representa um texto “descontrolado e caótico” e que o texto escrito representa um texto “controlado e bem formado”. O que ocorre no processo de retextualização não é a passagem do caos para a ordem, mas a passagem de uma ordem para outra ordem. Quanto a isso, Marcuschi pergunta: a seqüência de notícias na TV durante o Jornal Nacional das 20 h é uma seqüência de pequenos textos ou um texto só? Há desconexão entre a seqüência do noticiário pelo fato de não se insistir num só tópico? Ou será que a noção de evento comunicativo chamado Noticiário de TV dá a delimitação sociocomunicativa e enquadre cognitivo suficiente para que saibamos como encadear e como entender aquelas produções lingüísticas?

Esse raciocínio de Marcuschi pode ser aplicado às seqüências de tiras de quadrinhos. Nelas tópicos variados se interligam e o leitor de tiras sabe como encadeá-los e como entender as produções lingüísticas e visuais a elas inerentes, porque domina o enquadre referente ao gênero quadrinhos. Por comparação, então, o texto de tiras de quadrinhos representaria a combinação dessas duas ordens, a que se refere Marcuschi, imbricadas numa só.

Nessa linha de raciocínio, pode-se afirmar que, na medida que o texto de quadrinhos é escrito para parecer falado, é, por conseguinte, um texto construído em discurso elaborado para parecer um discurso corrente.

Ainda sobre a questão de textos escritos serem mais coesos e textos falados serem menos coesos, Koch (2002) admite que não existem testos (escritos ou orais) totalmente explícitos, que o texto constitui-se de um conjunto de pistas destinadas a orientar o leitor na construção de sentido e que, para realizar tal construção, ele terá de preencher lacunas, formular hipóteses, testa-las, encontrar hipóteses alternativas em caso de “desencontros” entre o dito e o não-dito, fazendo-o por meio de inferências que exigem a mobilização de conhecimentos prévios, dos conhecimentos pressupostos como partilhados, do conhecimento da situação comunicativa, do gênero textual e de suas exigências. Desse modo, a compreensão terá de dar-se de forma não-linear. Em vista desses argumentos, a autora afirma que todo texto é um hipertexto.

Tratando especificamente de hipertexto eletrônico, Koch salienta que, do ponto de vista da produção, os links com função dêitica monitoram o leitor no sentido da seleção de focos de conteúdo, porções de hipertextos que devem merecer consideração, caso esteja ele interessado em obter uma leitura mais aprofundada, mais rica em matizes e pormenores sobre o tópico em tela. Servem como pistas dadas ao leitor para que busque no hipertexto as informações necessárias que lhe permitam detectar o que é realmente relevante para solucionar o problema que lhe é posto, isto é, aquelas que vão produzir, naquele contexto, efeitos contextuais, que são dotados de saliência relativamente àquele background. Os links representam operadores de coesão, à disposição dos leitores para faze-los funcionar como orientadores da hiperleitura na direção de sentidos coerentes e compatíveis com a perspectiva postulada no todo do hipertexto que a hospeda, evitando que seja desviada para a incongruência e insustentabilidade dos posicionamentos assumidos naquele texto eletrônico. A autora considera que também no hipertexto, os princípios da topicidade e da relevância têm sua validade.

Sob certos aspectos, pode-se considerar uma seqüência de tiras de quadrinhos como um hipertexto. O leitor busca pistas nos componentes visuais e lingüísticos, relaciona-as aos esquemas de conhecimentos prévios sobre tiras de quadrinhos que já tem internalizados e busca a coerência, relacionando tópicos e caminhando na direção de uma temática mais ampla.

Mondada (2001), ao tratar de tópicos que se desenvolvem progressivamente e de tópicos com fronteiras, constata que os tópicos que se desenvolvem progressivamente são próprios de uma boa conversação, em que nem bem se acaba de falar de um tópico já se começa outro, isto é, há uma certa fluidez. Em oposição, os tópicos com fronteiras claramente delimitadas são características de interações formais, em que os locutores consideram importante tratar exclusiva e exaustivamente de um tópico. Nas transições progressivas, a preferência é por temáticas abertas. A autora cita Sacks (1992), para afirmar que essa diferença se traduz em duas maneiras diferentes de falar: 1) falar sobre um tópico e 2) falar topicalmente.[1]

No interior de uma perspectiva que reconhece um continuum entre fala e escrita, pode-se considerar que “falar sobre um tópico” se aproximaria mais da escrita, por sua organização, enquanto “falar topicalmente” se aproximaria da fala, por seu afrouxamento na gestão do tópico.

Os dois processos citados por Sacks podem ser depreendidos na organização das seqüências de tiras de quadrinhos. Ora os autores de tiras falam sobre um tópico, ora falam topicalmente. Há autores, como Miguel Paiva (Gatão de Meia Idade), por exemplo, que só se permitem falar de outro tópico quando esgotam o anterior. Já outros autores preferem “falar topicalmente”, isto é, de maneira mais solta, indo e voltando no desenvolvimento do tópico. Em O Amigo da Onça, por exemplo, o quadrinista Péricles, por um determinado tempo / espaço de segmentos, mantém um determinado tópico, colocando no interior do subtópico pequenas e rápidas inserções, que não prejudicam o acompanhamento do assunto em desenvolvimento. Desse modo, pode-se afirmar que Péricles fala topicalmente e Miguel Paiva fala sobre um tópico.

Além disso, pode-se aplicar às seqüências de quadrinhos a parceria entre interlocutores, salientada por Koch (1999), na produção de sentido. A autora enfatiza que a coerência não está apenas no texto, mas resulta de uma construção dos parceiros na situação interativa, com base numa série de fatores textuais, cognitivos ou interacionais. É de interesse dos parceiros que a conversação flua. Desse modo, a descontinuidade na apresentação de uma tira a cada dia e a aparente descontinuidade na apresentação de diferentes tópicos a cada dia não se consubstanciam, na medida em que, vale a pena insistir, o leitor de quadrinhos conhece as pistas que a linguagem própria do gênero concede, e atua, durante sua interpretação, dentro de um frame, corporificado por um personagem-título, num caminho referente à temática e ao mundo de referência de cada um dos diferentes autores.

Dado o caráter particular de tiras de quadrinhos, que constituem textos híbridos, apresentando características tanto da fala quanto da escrita e conjugando componentes lingüísticos e visuais, há que se notar, ainda, que esse tipo de texto mostra estratégias de organização típicas do texto de quadrinhos que o distinguem do texto puramente oral e do texto escrito.

A identificação de estratégias tanto da escrita quanto do oral, além daquelas típicas do gênero textual quadrinhos, permite incluir o texto de quadrinhos no conjunto de textos que imbricam propriedades que se situam em pontos distintos do continuum oral / escrito. Em relação ao gerenciamento do tópico, as seqüências de quadrinhos apresentam organização próxima tanto de textos falados quanto de outros gêneros textuais, como, por exemplo, da carta pessoal, no sentido de que assuntos variados são tratados de maneira informal e sem rigidez de elaboração temática (Cf. Paredes Silva, 1995).

No que se refere a planejamento, a utilização de marcadores conversacionais permite situar o texto constituído de seq6uências de quadrinhos mais próximo do pólo de menor planejamento. Já o uso de legendas o aproximaria do pólo de maior planejamento.

Em síntese, no que diz respeito ao continuum fala / escrita, observa-se que o texto de quadrinhos, que é previamente construído, atende às características de texto escrito, no que se refere a seu planejamento mas, por outro lado, atende, também, às características de texto falado, no que se refere a seu produto final. Isto é, a pretensão de se apresentar como um texto falado, como resultado de seu formato dialogado e uso de estratégias interacionais, permite situa-lo entre os dois pólos do continuum.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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KOCH, Ingedore V. Organização tópica da conversação. In: –––. A inter-ação pela linguagem. 6ª ed. São Paulo: Contexto. 1992.

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––––––. Aspectos do processamento do fluxo da informação no discurso oral dialogado. In: CASTILHO, Ataliba (org.). Gramática do português falado. Campinas. UNICAMP. 1991. v.1.

MARCUSCHI, Luiz A. Letramento e oralidade no contexto das práticas sociais e eventos comunicativos. In: SIGNORINI, Inês. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez. 2001.

MONDADA, Lorenza. Gestion du topic et organization de la conversation. Cadernos de estudos lingüísticos. Campinas. Nº 41. 2001.

OCHS, E. Plannede and unplanned discourse. In: GIVON, T. (ed). Syntax and semantics. V 12. Discourse and syntax. New York. Academic Press. 1979.

PAREDES SILVA, Vera L. Ao correr da pena. In: HEYE, J. (org.) Flores verbais. Rio de Janeiro. Ed 34. 1995.

TANNEN, D. Relative focus on involvement in oral and written discourse. In: OLSON, D; TORRANCE, N. e HUDYARD, A. (eds) Literacy, language and learning. Cambridge: CUP, 1985.


 


 

[1] Falar topicalmente caracteriza a conversação em que falantes passam progressivamente de um tópico a outro, sem que se possa delimitar fronteiras com precisão. Falar sobre tópico caracteriza a conversação em que fronteiras tópicas são claramente definidas.