APRESENTAÇÃO

Doze dos quinze minicursos oferecidos neste congresso tiveram seus textos completos disponibilizados neste volume, sendo que dois deles não o tiveram porque seus autores já o publicaram em livros que estão no mercado livreiro.

Utilizando o que os autores publicaram no LIVRO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO, daremos aqui uma síntese dos minicursos oferecidos, pela ordem de apresentação.

1- O ensino inoperante da produção textual, a significação da escrita sob a teoria da Semiolingüística da Análise do Discurso como arcabouço teórico para o desenvolvimento do trabalho de produção textual à luz da Crítica Genética.

2- Os caminhos percorridos pela Geolingüística, enfatizando a importância dos trabalhos do filólogo Antenor Nascentes e seu interesse pelas questões dialetológicas. Bases para a elaboração do Atlas Lingüístico do Brasil norteia as pesquisas de Geografia Lingüística, oferecendo indicações a respeito da seleção de pontos, sujeitos e elaboração de questionário a ser aplicado.

Trata-se dos Atlas lingüísticos estaduais publicados e das publicações similares em andamento nas Universidades brasileiras, enfatizando a necessidade de termos brevemente concluído o Atlas Lingüístico do Brasil.

3- Em que costuma basear-se o professor de português, em tempos de variação e mudança? Em sua prática, apóia-se nas prescrições da gramática tradicional e na descrição de estruturas e prioriza a análise sintática? Monitora os desvios dos estudantes sistematicamente? Ou, por outro lado, conscientiza-se da fase de mudanças sintáticas, em estágio avançado na fala, por que passa o nosso português? E, por essa razão, aproveita o cabedal lingüístico de seus alunos, as habilidades e os avanços já alcançados antes de ingressarem na escola, acrescentando-lhes as informações de que não dispõem?

4- O ensino de língua portuguesa nos níveis Fundamental e Médio: da gramática à análise lingüística. PCN de língua portuguesa: propostas e abordagens. O texto como unidade de ensino: reflexão sobre os recursos lingüísticos e desenvolvimento da capacidade discursiva dos alunos.

5- A edição crítica é o resultado prático resultante da disciplina teórica Crítica Textual, geralmente executada como atividade filológica, apesar de nem sempre feita por filólogos.

A prática da edição crítica é anterior à constituição da Crítica Textual como ciência, por isto, tratar-se-á também de sua história.

6 - Levantamento das bases teóricas e busca de um quadro de oposições entre o estruturalismo e a teoria gerativo-transformacional.

7 - As figuras de estilo mais freqüentes do bucolismo virgiliano a saber: figuras de harmonia, de construção, de pensamento, tropos, figuras de transposição e algumas alusões políticas.

8 – O professor pode e deve utilizar o jornal na sala de aula de Língua Portuguesa para desenvolver a competência de leitura e de escrita do aluno e diversas habilidades?

9 – A cultura popular é uma fonte importante no ensino. Partindo disso, analisa-se a contribuição da fala popular de alguns moradores da região de Porto Nacional, TO. A manutenção de alguns arcaísmos, a mudança de sentido de alguns termos, a queda de alguns sons em algumas palavras, etc. A divulgação desses trabalhos tornará os estudos em Filologia Românica mais atraentes.

10 - O processo de legendagem de filmes de longa e curta metragem, documentários e clipes musicais em DVD. Serão abordadas as diferenças formais e de escopo entre as várias modalidades de tradução áudio-visual (legendagem, dublagem, voice-over, legendagem para surdos e as descrições em áudio para cegos), além da política de inclusão social européia relacionada à tradução áudio-visual, do mercado de trabalho dos legendadores etc. Por fim, será demonstrado, na prática, o processo de legendagem através da legendagem conjunta de algumas cenas de filmes.

11 - As três fases da Análise do Discurso em relação ao sujeito, interpelando-o quanto ao aspecto histórico e ideológico. Destacam-se as vozes discursivas que se fazem anunciar em um texto através das várias opções lingüísticas do discurso reportado.

 

Rio de Janeiro, agosto de 2006.

José Pereira da Silva