A PRODUÇÃO DO LIVRO IMPRESSO E OS RECLAMES

Elizângela Dias

 

Com o propósito de especificar o lugar do reclame dentro de um texto e, mais especificamente, no livro, fazemos uma exposição sobre as principais características do livro manuscrito e do livro impresso, a partir de conceitos fornecidos pela Codicologia e Bibliografia Material.

A Codicologia ocupa-se de elementos do códice, ou livro manuscrito antigo, a fim de realizar, a partir da observação, uma descrição e interpretação de questões referentes ao suporte, tinta, letra, organização dos cadernos, paginação, cosedura, encadernação, entre outros. A finalidade é a reconstrução de fases da elaboração do códice e história de sua utilização (cf. Xavier, Mateus, s.v. Codicologia).

Enquanto a Codicologia se ocupa do livro manuscrito antigo, a Bibliografia Material trata do livro impresso. Essa disciplina tem por fim observar, descrever e interpretar elementos bibliográficos, a fim de traçar a história da produção e circulação do livro (cf. Xavier, Mateus, s.v. Bibliografia Material). A seguir, desenvolvemos um pouco mais os conceitos de ambas as disciplinas, dada a relevância que sua compreensão apresenta para o presente estudo.

Cabe ao pesquisador da área de Codicologia conhecer o quadro teórico da ciência codicológica e atender à finalidade essencial do estudo do códice - que é situá-lo de modo a compreender a transmissão do texto e a sua funcionalidade de leitura, e fixa a atenção particularmente em constituir instrumentos de recuperação do livro e, dos fundos de manuscritos. Garcia chama esta ciência de “Arqueologia del libro”, tanto do ponto de vista formal como textual (2002: 23).

Na Codicologia, importa considerar, primeiramente, os suportes da escrita medieval: papiro, pergaminho e papel. Foram utilizados inicialmente como suportes para a escrita: madeira, casca de árvores, folhas de palmeira, peles de animais, tabuletas de cera e o couro. A revolução para a confecção do livro foi a produção do papiro que diminuía os problemas apresentados pelo uso de vegetais, da madeira e da argila.

O papiro era de uso exclusivo do Egito até aproximadamente o século VII. Era feito de caule de um tipo junco, cujo nome científico é Cyperus Papyrus, as lâminas longitudinais e transversais eram coladas e formavam as folhas, geralmente usadas em forma de rolo, portanto os livros eram em rolos, mas também havia os livros quadrados. Este material não era muito resistente e com novas alternativas de materiais para a escrita, deixou totalmente de ser usado no século XI.

O pergaminho foi o principal material utilizado para a escrita entre os séculos IX e XII na Europa. Era feito de pele de animais, tais como o carneiro, bode, bezerro etc. Seu preparo é teoricamente simples, mas bastante trabalhoso. Vejamos: deixava-se a pele do animal de molho em água com cal por aproximadamente três dias, depois disso, raspava-se a pele para extrair os pêlos e gorduras e, a seguir, para uma raspagem mais refinada, usava-se pedra-pomes. Então, sobre uma bancada, a pele secava ao sol. Acompanhando a História, temos que a origem deste suporte de escrita deu-se em Pérgamo, por ordem do rei Euménes II, no séc. II a.C.. Portanto, a origem do nome pergaminho, deve-se ao topônimo Pérgamo. Esta invenção deveu-se à proibição do uso do papiro, por Ptolomeu V – do Egito. No entanto, atualmente consideramos que ocorreu um aprimoramento da técnica de confecção de suportes para a escrita. Por volta do século X, as peles de animais possuíam grande valor comercial e eram elementos corriqueiros na vida do homem medieval. Havia, nesse período, o peliteiro, que possuía a função de preparar, curtir e vender as peles. Entretanto, as peles por eles preparadas não tinham como finalidade a escrita, mas sim o fabrico de calçado e vestuário. No século XII e XIII, eram os monges, em seus respectivos mosteiros, que preparavam os pergaminhos para a escrita.

Já o papel, invenção chinesa datada de aproximadamente 100 d.C., chegou à Europa por intermédio dos árabes por volta do século IX. Apesar de já ser conhecido, passou a ser mais amplamente utilizado a partir do século XIV. A utilização do papel deu-se pela dispersão, no século XV, de fábricas pela Europa; o pergaminho, nesta época, apresentava preço pouco acessível.

Outro item estudado pela Codicologia é o processo e o local de elaboração dos manuscritos: os scriptoria. Eram os locais de trabalho dos copistas, ou escribas, inicialmente eles tinham duas funções principais: a religiosa e a administrativa (finalidades judiciais, reais, fiscais etc.). No scriptorium havia divisões definidas de tarefas, cada trabalhador tinha sua função específica na composição do códice: um preparava o suporte da escrita, outro cortava este suporte, outro definia os limites dos fólios e sua justificação – margens -, outro trabalhava as capitulares, outros tratavam da iluminura e assim por diante. A cópia era uma ação repetitiva e devia-se agir com fidelidade máxima ao texto original.

Quanto aos instrumentos da escrita, ao longo da História, utilizou-se o estilo, o cálamo e a pena. Nos primeiros tempos da escrita utilizou-se o estilo – stilus ou graphium – haste de ferro ou mármore com ponta para traçar os caracteres nas tabuletas. Com o tempo, deu-se a utilização do cálamo – calamus – era um pedaço de junco cortado em forma de pena, utilizado até o século XIII. Pena de pássaro, geralmente de ganso ou de cisne, também foi bastante usada: as penas eram afiladas e talhadas, isto é, passavam por um processo de endurecimento para que atendessem de forma mais adequada à finalidade de instrumento para a escrita. Pelo menos no ocidente peninsular, a pena foi o instrumento de escrita mais usado até aproximadamente 1800.

Quanto ao formato do livro, fazemos breve comentário sobre os mais importantes: o rolo e o códice. O rolo ou volumen era mais cômodo de ser lido por uma pessoa em pé ou inclinada, porque era sustentado com as mãos, já o códice de pergaminho escrito dos dois lados – frente e verso – pedia uma mesa para ser colocado durante a leitura. A literatura pagã permaneceu nos rolos de papiro e a cristã passou a dar-se em pergaminho, o que fez com que nesta nova cultura, a cristã, os códices fossem impulsionados (Escolar, 1977: 14). Os impressos primitivos são chamados de incunábulos, e a maior parte deles trata de temas religiosos[1].

Na medida em que o livro, especialmente o impresso, começa a ser confeccionado, a necessidade do papel tornou-se cada vez mais intensa, já estamos entre os séculos XV a XVIII quando a indústria papeleira teve seu maior desenvolvimento, conforme afirmam Febvre e Martin (1992: 58).

A história e a composição dos livros são sistematizadas pela ciência chamada Bibliologia. Conforme já dissemos, esta ciência além de estudar a história e a composição dos livros, se relaciona com a bibliografia, e com a produção, evolução, descrição, conservação, publicação e, mais tangencialmente, a restauração dos livros.

Disciplina que estuda o livro impresso enquanto objecto material. Procura observar, descrever e interpretar os elementos bibliográficos ao longo das três fases da história da tipografia: a) período inicial: segunda metade do séc. XV. b) período da tipografia manual: 1501-1800; c) período da tipografia mecânica: 1801-1950. O seu objectivo é o de traçar a história da produção e circulação do livro de um ponto de vista simultaneamente técnico e cultural. (GasKell, P. A new introduction to Bibliography. 4thed, Oxford: Clarendon Press, 1985).

 

Origens da estrutura do livro

De posse das informações anteriores, importa agora tratar mais de perto das origens da estrutura de um livro. Quando se utilizou o rolo, a escrita era apresentada em colunas; a extremidade superior e a inferior eram as mais vulneráveis à deterioração, devido ao manuseio, e geralmente apresentavam tiras coladas nesta região.

Com base em Garcia (2002) para se ler o exemplar, enrolava-se com a mão esquerda a parte já lida e ao mesmo tempo se desenrolava o restante com a mão direita. Nos domínios latinos, ao final do texto havia a expressão Explicitus est liber e significava “o livro foi desenrolado”, isto é, o livro foi lido. Esta expressão seguiu sendo usada até o aparecimento do códice. Hoje herdamos a expressão hibrida Do incipit ao explicit, isto é, “do começo ao fim”.

Segundo Garcia (2002: 120) a idéia inicial do rolo perdura até os dias atuais se pensarmos no disco de vinil, nas fitas cassete, nos disquetes e, mais atualmente, nos cds. E, a nosso ver, é possível imaginar-se que a idéia original desapareça, já que aos poucos, todas essas mídias citadas acima estão sendo substituídas pelo MP3.

Os códices de pergaminho somente podiam ser quadrados ou retangulares, pois as “folhas” eram um tanto quanto espessas e não eram tão flexíveis como as folhas de papiro. O códice de pergaminho data do início da Era Cristã e não era projetado com o intuito de ser um objeto portátil.

O termo codex era usado para denominar um conjunto de folhas de qualquer material (madeira, pergaminho, bambu, etc.), unidos entre si pela margem interna por um vínculo que podia ser de cordões, tiras de couro ou anéis metálicos. Para a confecção do códice de pergaminho, os fólios eram cortados em formato padronizado e eram atados em conjunto por um lado e formavam os cadernos, que reunidos formavam o livro, de modo similar ao utilizado hoje.

Geralmente, em tipografia, na primeira página de cada um dos cadernos há uma assinatura[2], que até hoje é usada, para indicar onde deve ser feita a dobra de cada uma das folhas para uma posterior organização dos cadernos para o acabamento final. Então, temos também, como indicador de seqüência, os reclames, que apareciam no final de cada caderno, enquanto que as assinaturas apareciam no início. Com o passar do tempo os reclames passaram a ser utilizados em de todas as páginas e não apenas no final dos cadernos.

 

A organização dos cadernos de um livro

Interessa concentrarmo-nos na estrutura do códice e do livro impresso. Comecemos pelo caderno do códice.

Um caderno é constituído por unidades básicas, que são peças do suporte que receberá a escrita, são os bifólios. Bifólio é, conforme o próprio nome sugere um fólio dobrado ao meio.

Um caderno é a reunião de bifólios, obtidos pela dobra de uma folha. Para ser bifólio, portanto, deve haver pelo menos duas folhas. Senão tratar-se-á de um fólio (folha) simplesmente, ou do in-plano, possui, portanto, duas páginas – a frente e o verso. Veja-se esquema abaixo[3]:

Os cadernos, dependendo do número de bifólios pelos quais é composto, podem ter distintos nomes. Vide ilustrações abaixo:

 

Cadernos compostos por cinco bifólios são chamados de quínios; de seis, os sênios; de sete, os septênios; de oito, octônios e assim por diante. Esta técnica de construção dos fascículos é chamada de organização por bifólios independentes.

Há outra modalidade de organização dos fascículos que é por meio de dobras dos fólios. Se tivermos um fólio simplesmente, ou um seja, um in-plano, portanto, teremos duas páginas – a frente e o verso – então não poderemos considerar que isto seja um caderno. Mas, se o fólio possui uma dobra, temos o in-fólio que apresentará quatro páginas.

A folha in-octavo tem três dobras e dezesseis páginas e assim por diante.

A maneira mais complexa de se constituir um caderno é por meio da imposição. Tratava-se da distribuição das páginas sobre uma folha bastante grande e que uma vez dobrada teria o número de páginas planejado, portanto, para isso o copista precisava ter o cuidado de seguir um trajeto complexo para que a seqüência de sua escrita corresponde-se a página correta após as dobras da folha.

Os cadernos eram considerados unidades independentes até o momento da encadernação por isso eram necessários indicadores de ordem/seqüência; estes indicadores eram as assinaturas e os reclames. Vejam-se as gravuras abaixo:

Figura 5- Exemplo de caderno composto de três bifólios.

A numeração das páginas deu-se por volta de 1470, no “Sermo de praesentatine Beata Mariae” de Werner Rolevinck conforme Araújo (1986: 275).

Para o leitor, a seqüência das folhas do livro é dada pela paginação, porém para o encadernador, a seqüência seguida é a dos cadernos, que é indicada pelas assinaturas. Como as assinaturas, os reclames e paginação servem para se verificar uma possível supressão de folhas.

O livro manuscrito foi confeccionado de data não definida antes de Cristo até o século XV. A partir deste século e até aproximadamente 1471, confeccionaram-se os primeiros livros impressos, chamados de incunábulos, do latim incunabulu, “berço”. Seriam então as primeiras produções de tipografia. Em verdade, consistiam em impressões feitas por tipos de madeira mergulhados em tinta e que funcionavam como uma espécie de carimbo. Deste modo, no final da Idade Média possibilitaram a confecção de um maior número de cópias das obras, tornando assim os conhecimentos mais acessíveis e evitando o contato com o manuscrito, artigo raro.

 

A estrutura do livro impresso

Conforme já relatado, devido ao aumento da produção de papel e à invenção da imprensa, atribuída a Gutemberg, deu-se, na cidade de Mogúncia, o surgimento do livro impresso e sua produção foi acelerada e aumentada, no século XV.

De acordo com Martins (2001), os caracteres dos primeiros livros impressos buscavam imitar a letra manuscrita. Entretanto, os leitores preferiam os livros impressos por serem mais legíveis. As possíveis explicações para que os impressos imitassem os manuscritos são talvez, primeiramente, enganar o comprador que receava a nova invenção; depois com o intuito de evitar as queixas dos copistas, entretanto, essas explicações são pouco sustentáveis. O que se acredita aqui é que na verdade os manuscritos serviram mesmo simplesmente de modelo para a impressão.

Nos primeiros tempos, não havia a concepção de margens para a escrita tão definida como atualmente, hoje trabalhamos com o contraste do preto no branco, isto é, estudamos as melhores medidas para a mancha com a finalidade de proporcionarmos uma melhor fluência da leitura.

O formato do livro baseia-se na altura e largura da folha impressa após haver sido dobrada em forma de cadernos. Os formatos e as composições dos cadernos ou fascículos podem reconhecidos pelas assinaturas (Martins, 2001: 284).

 

O USO DOS RECLAMES NOS LIVROS

Do período medieval até os primeiros anos da imprensa, a formatação da mancha textual deu-se de modo que a margem superior fosse menor do que a margem inferior, pois, além do já explanado acima, na última linha havia o reclame que ocupava um pequeno espaço do canto direito, acarretando um maior espaço em branco na margem inferior (Houaiss, 1983: 46). Logo, desde a tradição manuscrita até a impressa, a preocupação a respeito do tamanho das margens se manteve.

Nos scriptoria uma só obra sofria a intervenção de muitos artesãos, portanto, para facilitar a organização posterior do caderno, podiam ser inseridos dois tipos de marcação: as assinaturas e os reclames.

A assinatura era colocada em determinado local para informar a ordem dos cadernos que constituíam o manuscrito como um todo. O mais freqüente tipo de assinatura é o alfabético, mas existe também o alfa-numérico. A assinatura, em períodos mais tardios era marcada no canto superior direito da primeira página de cada caderno. Depois passou a ser inserida no canto inferior direito da última página de cada caderno, e eram indicados por algarismos romanos. Outras vezes, as assinaturas eram precedidas por uma abreviatura que indicava qual era o tipo de caderno, por exemplo, “t” poderia indicar um terno. Mais adiante, as assinaturas passaram para a posição central da margem inferior da primeira página de cada caderno e se repetia no último fólio.

Após tratar-se do tema das margens e da assinatura, nada mais apropriado que se abordar a questão dos reclames propriamente ditos. Já sabemos que consistem num grupo de letras ou palavras que a princípio eram colocadas na margem inferior do verso do último folio de um fascículo e essas letras ou palavras se repetiam no início do fólio seguinte. Na maioria das vezes, eram escritos na horizontal e foram retirados de muitas obras devido a sucessivas aparadas dos encadernadores. Eles podem ser escritos na vertical ou escritos de forma oblíqua (Díaz, 1999: 3-30). Se bem que o fato de não haver nenhum sistema de ordenação entre as páginas de um texto é freqüente, pois se afirma que o uso deste elemento técnico está relacionado com os costumes dos copistas que podiam utilizá-lo com certa independência. Nessa época, de produção de livros manuscritos, os reclames ainda indicavam a seqüência dos cadernos; posteriormente passaram a indicar a seqüência dos fólios.

Portanto, conhecer as assinaturas e os reclames é útil para auxiliar a descobrir características codicológicas de um documento, como tipo de cadernos, datação etc. Nem todos os tipos de códices e livros, no entanto, possuíam reclames. Um exemplo disso são os incunábulos. O estudo e a classificação dos incunábulos é uma tarefa difícil e exige muito conhecimento do assunto. De uma maneira geral, os incunábulos são feitos em papel espesso, desigual e amarelado, os caracteres são irregulares. Têm várias abreviaturas e a maioria não tem paginação, assinaturas, lugar e dada de impressão, muito menos, reclames (Finó, 1940: 19).

 

O reclame no livro impresso

Segundo McKerrow (1927: 83) os primeiros livros impressos não apresentavam reclames. Informa que a primeira obra que apresentou este fenômeno data de julho de 1471 na Itália. Afirma ainda que até 1500 tornam-se comuns nas imprensas italianas. Assim como nos manuscritos, inicialmente os reclames eram regra apenas nos finais de cadernos, isto até o século XVI, quando se tornou usual colocá-lo nos finais de todas as páginas. Dá notícia também de um outro livro impresso com ocorrência de reclame: a Epistola ad Germanum Brixium de Thomas More, impressa por R. Pynson em 1520. Por volta de 1530, os reclames eram regularmente usados por impressores ingleses até o final do século XVIII, quando começaram a desaparecer. Na Inglaterra entre o século XVI até 1824 era comum o uso de palavras-guia em todas as páginas. Na Europa, entretanto, havia uma grande variedade no uso dos reclames: por exemplo, muitos livros franceses do século XVI não apresentavam reclames.

Segundo Araújo (1940: 274), até o século XVIII a numeração das páginas não era utilizada para orientar na encadernação; esta função era dos reclames, que indicavam a seqüência na qual os cadernos deveriam ser reunidos. Havia um reclame ao final e à direita de um caderno e era repetido como a primeira palavra da página que começava o caderno seguinte. Entretanto, com freqüência encontravam-se reclames em todas as páginas. E além disso, muitas vezes ainda estavam presentes as assinaturas e a numeração das páginas.

Quanto à data limite para o uso do reclame, vemos que ainda não há uma conclusão, uma vez que Martins (2001), afirma que os reclames foram utilizados desde as primeiras impressões do século XV e até o século XVIII. No entanto, os durante nosso estudo, encontramos exemplos de reclame em textos do século XIX.

Figura 6 - Exemplo de reclame em documento impresso.

Obra Arte da Pintura, Symmetria e Perspetiva. 1767.

O sistema de numeração em todas as páginas do livro, manuscrito ou impresso, é um sistema mais eficaz quanto à indicação da seqüência das páginas. Este sistema de organização não é voltado para os cadernos como unidades de composição do livro e sim para o texto como um todo.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Emanuel. A construção do livro. Brasília: INL, 1986.

DIAS, Elizangela Nivardo. A História, a Codicologia e os Reclames. Revista Histórica, São Paulo (2005), v. 4, p. 1-9. ISBN 1808-6284.

FEBVRE, Lucien e MARTIN, Henri-Jean. O aparecimento do livro. São Paulo: UNESP, 1992. ISBN 85-7139-023-1.

FINÓ, J. Frédéric. Elementos de bibliología. Buenos Aires: Imprenta y Casa Editora Coni, 1940.

GARCÍA, Elisa Ruiz. Introducción a la codicología. Madrid, Fundación Germán Sánchez Ruipérez, 2002. ISBN 84-89384-41-X.

GASKELL, P. A new introduction to bibliography. Oxford: Clarendon Press, 1985.

Houaiss, Antonio. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: INL, 1967. 2v.

––––––. Dicionário eletrônico. 2002.

Martins, Wilson. A palavra escrita. São Paulo: Ática, 2001. ISBN 85-08-05757-1.

XAVIER, Maria Francisca. Dicionário de termos lingüísticos, Lisboa: Cosmos, 1990.


 


 

[1] “Se calcula en unas 13.000 el número de obras o ediciones publicadas en el sigo XV, de las cuales más o menos los 6/7 son obras reliosas o teológicas, y sólo 1/7 obras literarias, antiguas y contemporáneas.” Finó, J. Frédéric. In: Elementos de Bibliología, 1940, p. 16.

[2] Trata-se de um número ou uma letra, ou um número e uma letra juntos.

[3] Tomamos como base para estas representações gráficas Garcia, 2002, p. 144.