A AMBIGÜIDADE PRESENTE
EM SUPOSTAS ESTRUTURAS DE PASSIVA

Alessandra Helena Ferreira (UFES)

 

Sempre chamou a nossa atenção o tratamento que, geralmente, a maioria das gramáticas dispensa à estrutura de passiva. Nesta comunicação, pretendemos discutir as características morfo-sintático-semântico-discursivas que as estruturas com verbos convencer, prevenir, controlar, educar etc. apresentam que as tornam diferentes daquelas com os verbos quebrar, roubar, indiciar, etc.  Para tanto,  recorreremos aos estudos propostos por BORBA (1996),  na gramática de valências.  Sendo assim, interessa-nos investigar as estruturas de passiva com as formas participiais dos verbos convencer, prevenir, controlar, educar  que na ausência do agente da passiva (cf.  Ana foi convencida Æ, Mara foi prevenida  Æ, etc) tornam as orações das quais fazem parte, ambíguas.  Por uma questão de metodologia, será utilizado o programa UNITEX  para  selecionar as supostas estruturas de passiva em textos que circulam na sociedade. O corpus se restringe à modalidade escrita da língua. Nesse sentido, a descrição de estrutura lingüística pode esclarecer os contextos de uso e pode ser representada para fins computacionais, contribuindo na melhoria de softwares que lidam com processamento da linguagem natural.

 

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