A COMPETÊNCIA LINGÜÍSTICA
A ORALIDADE EM AÇÃO

Carmen Elena das Chagas (UFF)

 

O presente trabalho objetiva analisar as questões que interferem na aprendizagem, fazendo uma reflexão sobre o aspecto lingüístico da oralidade, já que o processo do desenvolvimento da linguagem favorece por si o aparecimento de desníveis no vocabulário, na articulação das palavras e na fluência da comunicação. Um aluno que fala pouco ou que fala muito e, repetidamente, parece sugerir aos educadores que há uma deficiência na formação das idéias e, conseqüentemente, inadequações de linguagens. Assim, a expressão oral requer habilidades perceptivo-motoras e integrações sensoriais e motoras, podendo ela ser desenvolvida de forma multidisciplinar. A organização do corpus deste trabalho foi obtido na gravação de fitas cassetes em conversas com situações de interação assimétricas face a face, onde 30 alunos, constituídos de 15 meninos e 15 meninas, de faixa etária aproximada, da 8ª série (9º ano de escolaridade) da rede municipal do município de Quissamã / RJ, puderam utilizar  turnos de fala que possibilitaram mostrar resultados satisfatórios e coerentes no desenvolvimento do trabalho a partir da oralidade de cada um. Considerando estes fatos, a pesquisa demonstra sua relevância científico-social ao analisar as questões que interferem na prática da linguagem oral, buscando desenvolver um ensino que não vise tão só a um sucesso escolar, mas à preparação de usuários da língua mais habilitados e instrumentalizados para a vida, sendo assim a competência lingüística um fator de inclusão social sem discriminação de idade, gênero ou etnia.

 

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