A metáfora e o discurso

Lilian Manes de Oliveira (UNESA)

O trabalho pretende abordar diferentes tipos de metáfora, no discurso de Graciliano Ramos, na obra São Bernardo, posicionando tal figura de linguagem como recurso argumentativo da expressão escrita no romance do mestre alagoano. A partir de um estudo teórico e diacrônico sobre a metáfora - num roteiro que inclui, dentre outros, Aristóteles, Jakobson, Coseriu, Jean Cohen, Mattoso Câmara e Charaudeau -, ressalta o seu valor sincrônico, já que elevada pela lingüística moderna à categoria de a mais importante das figuras de palavras. A sua importância sobressai, por caracterizar-se a língua - tentativa de expressão da realidade - como uma estrutura não só de relações contrastantes mas também de relações semelhantes. O estudo enfoca, no discurso em questão, metáforas verbais, substantivas, adjetivas; construídas por sintagma em que aparece o verbo de ligação ser ou por um só  termo (chamadas puras);e aquelas ligadas a fenômenos e aspectos da natureza, plantas, animais e partes do corpo. A exemplificação do corpus ilustra, num segundo momento, a comparação como uma metáfora explicitada, funcionando ambas como elemento de precisão e concisão da linguagem e enriquecendo aspectos argumentativos do texto.

 

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