AS MARCAS DA ORALIDADE NA ESCRITA

José Mario Botelho (UERJ, FEUDUC e ABF)

 

Que as pessoas não escrevem da mesma forma que falam é um fato tão óbvio quanto ao fato de considerar a escrita e a fala como modalidades particulares da língua, embora haja características de uma que podem ser normalmente encontradas na outra, já que não são estanques.

Acreditando que há mais semelhanças do que diferenças entre essas duas práticas discursivas e que tais semelhanças são fruto das influências mútuas de uma sobre a outra, as quais se manifestam de forma diferente e em momentos diferentes, procurei observar as marcas da oralidade na escrita em um desses momentos, que, neste trabalho, será denominado Escrita pós-letramento (Escrita2), como o fizeram Brown (1981) e Kato (1987).

Desta forma, o presente trabalho procurou comprovar a influência que a oralidade exerce sobre a escrita, o que faz com que sejam, num determinado momento, isomórficas as sua produções, em virtude de poderem ser encontradas marcas daquela sobre esta.

 

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